Na década de 1930, a arqueóloga norte-americana Helen Palmatary iniciou seu trabalho pioneiro com o estudo de coleções oriundas de Santarém e do Lago Grande de Vila Franca, pertencentes a museus da América do Norte, Suécia e Brasil. Em 1953, Palmatary, vinculada ao Museu da Filadélfia, esteve no Brasil e desenvolveu muitos estudos sobre essa coleção de cerâmica –grande parte deles publicados nos EUA. O trabalho de Palmatary tem o mérito de não estar centrado somente em classificar tipos cerâmicos. A autora apresenta um bem-elaborado contexto histórico para a região, alerta para a necessidade de trabalhos sistemáticos de campo para o vale do Tapajós, compara similaridades e diferenças técnicas existentes entre a cerâmica de Santarém e a do Marajó, e dissocia uma relação direta entre ambas, destacando que a de Santarém, embora apresente motivos em preto, vermelho, sobre fundo branco (ou creme), prima pela modelagem naturalista.
Ofício n. 552 da Divisão Cultural da Fundação Brasil Central, 16 de dezembro de 1953. Fundo Fundação Brasil Central
Carta da arqueóloga Helen C. Palmatary ao presidente da Fundação Brasil Central, 12 de dezembro de 1953. Fundo Fundação Brasil Central