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Arte e ciência

No século XIX, enquanto o imperador brasileiro é chamado de cientista de cetro e coroa, a ciência e as artes são incorporadas ao programa da civilização. A ciência segue a trilha vitoriosa das Luzes, ao passo que o ideário romântico dominará a cena por boa parte do período, assistindo-se ainda a uma certa contaminação mútua entre romantismo e realismo.

É assim que o eclipse total do sol em 1858, fenômeno raro visível no Brasil, foi estudado por uma expedição organizada pelo Observatório do Rio de Janeiro, contando com a presença de Emmanuel Liais, renomado astrônomo do Observatório de Paris. Em 1870, Carlos Gomes estréia O guarani, no Rio de Janeiro, após bem sucedidas apresentações na Europa. Baseada em livro de José de Alencar, a ópera se alinha com a busca de construção de uma identidade nacional, evidenciando o tema dos índios.

No teatro, delineia-se uma dramaturgia própria, com a construção de novos locais de encenação, apuro nas montagens, cenografia e figurinos, organização de elencos brasileiros e sensibilização do público.

Ainda na literatura, os cenários naturais vão paulatinamente cedendo espaço ao meio urbano na forma de romances que escrutinam a vida da cidade, suas modas e modos. A formação de um público leitor impulsiona a abertura de bibliotecas e livrarias.

O desenvolvimento da imprensa periódica e ilustrada enseja a circulação de jornais satíricos e de humor, fazendo florescer a arte das charges e caricaturas e criando um novo espaço para pintores e desenhistas.

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