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O Brasil entra em guerra

O Brasil entra em guerra

“Queremos guerra!” Esse era o apelo que vinha das manifestações populares nas ruas do Distrito Federal, na época ainda o Rio de Janeiro, que se seguiram ao afundamento de diversos navios brasileiros por submarinos alemães. Entre os anos de 1940 e 1943, mais de vinte embarcações brasileiras foram atingidas e afundadas no oceano Atlântico, causando aproximadamente duas mil mortes. O sentimento de revolta tomou conta de parte da população que foi para as ruas cobrar do governo uma retaliação às ofensivas alemães.

O governo brasileiro, que rompeu relações com o Eixo (Alemanha, Itália e Japão) em janeiro de 1942, mas procurava ainda se manter neutro no cenário de guerra, teve que tomar uma atitude e, em 22 de agosto de 1942, declarou estado beligerante contra o nazifascismo na Europa, apesar da contradição que significava um governo ditatorial como o de Getúlio Vargas lutar pela democracia e liberdade, e contra o totalitarismo. A hesitação do Brasil em assumir um lado pode ser explicada também, em parte, pela existência de uma ala germanófila no Exército e no governo brasileiros, e em razão de a própria Alemanha ser um importante parceiro comercial do país.

Ao lado dos norte-americanos, que lideravam os Aliados, estava o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Oswaldo Aranha, que se empenhava em estreitar a comunicação e os acordos entre os dois países. Os Estados Unidos precisavam dos brasileiros para instalarem uma base militar no Nordeste, que seria fundamental para o transporte de equipamentos, munições e suprimentos para a guerra, além do apoio definitivo e oficial do Brasil ao lado dos Aliados.

O governo de Vargas soube tirar partido do interesse norte-americano para garantir a construção da Companhia Siderúrgica Nacional – em troca de um empréstimo substancial – e a modernização das forças armadas brasileiras. No entanto, precisou, em contrapartida, romper com o Eixo e se juntar aos Aliados, ceder espaço para o estabelecimento de uma base militar norte-americana em Natal, Rio Grande do Norte, e organizar uma Força Expedicionária Brasileira para ir ao front de guerra e representar o Brasil junto às forças aliadas.

 

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