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Pontos de vista: fotografia e cidade em álbuns do Arquivo Nacional

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  • Apresentação

    Fruto da cultura urbana do século XIX, a fotografia encontra nas cidades, além de um lugar de disseminação, também um objeto privilegiado. Reconhecido internacionalmente como uma das primeiras experiências do fazer fotográfico, o trabalho de Nicéphore Niépce, em 1826, debruçou-se justamente sobre a urbe. Utilizando-se de uma câmera escura e de uma placa de estanho coberta de betume, Niépce registrou muros e telhados vistos da janela de sua casa após mais de oito horas de exposição à luz e nomeou seu feito de “heliografia” – a escrita do sol. Originada de uma limitação de ordem técnica – o longo tempo de exposição requerido para registrar a imagem impunha a imobilidade do objeto –, essa experiência, conhecida como Point de vue du gras, iria dar início a uma prolífica série de registros do espaço urbano.

    O rápido aprimoramento tecnológico e a difusão do uso contribuíram para a massificação da fotografia e para a multiplicação das formas de olhar a cidade. As vistas urbanas e as obras de remodelamento tornaram-se frequentes nas imagens produzidas por profissionais contratados por administrações públicas e por anônimos, em registros mais intimistas e afetivos. Antes da fotografia, os meios para registrar as edificações eram o desenho e a pintura. A nova técnica permitiu uma divulgação sem precedentes da arquitetura e desempenhou papel importante no trabalho de alguns arquitetos, como o americano Henry Hobson Richardson, que colecionava álbuns com exemplares de criações europeias e os utilizava como fontes na confecção de novos projetos.

    Tornou-se hábito, igualmente, organizar essas imagens em álbuns, constituindo assim narrativas sobre as cidades a partir dos mais diferentes enfoques e interesses – vistas panorâmicas, detalhes arquitetônicos, melhoramentos urbanos, marcas de conflitos, recordações de viagem e registros de atividades comerciais, financeiras e de lazer. Os álbuns podiam ser organizados pelos próprios fotógrafos ou por indivíduos e instituições que adquiriam ou encomendavam as fotografias. Dessa forma, os sentidos atribuídos às sequências de imagens eram construídos pelos fotógrafos ou por quem as organizava e arranjava. Em um momento posterior, por quem narrava os percursos fotografados e por quem folheava os álbuns. E mais uma vez, já dentro das instituições de guarda de acervos, pelos técnicos e pesquisadores que os manusearam.

    O acervo iconográfico do Arquivo Nacional é abundante em fotografias, muitas delas organizadas em álbuns. Esta exposição apresenta imagens oriundas de quatro álbuns custodiados pela instituição que se debruçam sobre Rio de Janeiro, Paris, Manaus e cidades americanas, todos elaborados entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do século XX. Período fundamental da história da fotografia, o final do século XIX assistiu à consolidação de uma linguagem fotográfica para abordar as cidades, de caráter eminentemente técnico e documental. As fotografias são frontais, há predominância de enquadramentos que favorecem a perspectiva e preferência por imagens que não retratem pessoas a menos que seja necessário para dar a ideia de tamanho do objeto representado. Na outra ponta, a fotografia mais afetiva, das viagens em família, embora dirija o olhar para os mesmos objetos, capta o dinamismo presente nas vias de circulação e nos fluxos de veículos e pessoas.

    O Rio de Janeiro é apresentado pelo fotógrafo Juan Gutierrez em 1894, no exato momento das comemorações pelos cinco anos da Proclamação da República. Feito sob encomenda, o trabalho expressa um novo olhar – o republicano – sobre a cidade que ainda mantém a memória dos seus espaços fortemente vinculada ao Império. Paris é vista pelos olhos de Gilberto Ferrez, em 1927, aos 19 anos de idade, quando de sua primeira visita à Europa, em parte do tempo acompanhado pelos pais. Atravessadas de afeto, as imagens também permitem entrever um fotógrafo em pleno processo de aperfeiçoamento. Manaus é fotografada por Marcos di Panigai, que acompanhou o presidente Afonso Pena em viagem ao Amazonas, em 1906. Arquitetura, hábitos e modismos franceses servem de espelho à sociedade da borracha, que busca dissociar-se da imagem de atraso. As cidades americanas são vistas pelas lentes de Albert Lévy, fotógrafo que organiza em 1886 o primeiro álbum, hoje raríssimo, sobre arquitetura americana publicado na França. Washington, Boston, Nova Iorque têm seus arranha-céus e residências escrutinados pelo fotógrafo francês.

    A exposição visa aproximar-se das diversas operações de seleção e ordenamento realizadas pelos fotógrafos e pelos organizadores dos álbuns: imagens mentais, decisões estéticas e técnicas, seleção das fotografias que compõem os álbuns, sequência de apresentação e disposição das imagens nas páginas, legendas manuscritas – indícios de suas formas de perceber e construir as cidades, formas essas marcadas pelo tempo e lugar de onde nos falam através de seus trabalhos.

    Denise de Morais Bastos

    Curadora

  • Galerias

    • O Rio de Janeiro nas comemorações da Proclamação da República
    • Revolta da Armada
    • O Rio de Janeiro nas comemorações da Proclamação da República

      Sede do vice-reinado, capital do Império português, do Império brasileiro e da República, o Rio de Janeiro foi objeto de incontáveis registros artísticos nos quais cidade e natureza sempre estiveram entrelaçadas. A partir da segunda metade do século XIX, com o advento da fotografia, seus espaços naturais e construídos passaram a ser escrutinados e a figurar como lugares privilegiados no trabalho de variados fotógrafos. A primeira fotografia feita no país teve como objeto a cidade do Rio de Janeiro. O daguerreótipo, capturado em 1840 apenas um ano após a invenção do método de fixação de imagens, retratou o Paço Imperial e seus arredores.

      No final do século XIX, a cidade do Rio de Janeiro, então com pouco mais de meio milhão de habitantes, sediou a Proclamação da República e assistiu às diversas transformações ocorridas na esfera pública com o estabelecimento do novo sistema político-institucional e as instabilidades dos seus primeiros anos. O novo regime encontrou a cidade com feições ainda marcadamente coloniais e uma população numerosa que contava com infraestrutura deficiente, apesar dos investimentos paulatinamente realizados nos sistemas de abastecimento de água, esgoto, iluminação pública e transporte coletivo. Saiba mais

    • Capa do álbum Recordação das festas nacionais. Álbum comemorativo do quinto aniversário da República. Fotógrafo: Juan Gutierrez de Padilla. Rio de Janeiro, 1894. Floriano Peixoto.

    • O arco do triunfo, elemento construtivo associado aos ritos de passagem, foi utilizado em comemorações cívicas no Brasil desde o período colonial. Primeira foto do álbum de Gutierrez, tem seu caráter simbólico acentuado pelas linhas de força que para ele convergem. O arco era encimado pelo lema de inspiração positivista – “ordem e progresso” – e integrava as comemorações pelo aniversário de cinco anos da Proclamação da República, contribuindo para reforçar a ideia de mudança do regime monárquico para o republicano. Recordação das festas nacionais

    • Em outra vista com o arco do triunfo, vê-se o Palácio Itamaraty, então sede do governo republicano, à direita, decorado com estátuas. A imagem registra os antigos trilhos de bonde a tração animal e os transeuntes, que olham diretamente para o fotógrafo. Recordação das festas nacionais

    • O início do período republicano marca uma transição para formas de sociabilidade ao ar livre, momento em que começam a se consolidar novos usos dos espaços públicos urbanos. Os piqueniques, uma das contribuições inglesas para a vida cotidiana das cidades, tornaram-se atividades muito em voga no Rio de Janeiro. Piquenique no Corcovado. Recordação das festas nacionais

    • Na imagem intitulada “Aspectos do banquete campestre”, os preparativos para receber os participantes do piquenique no Hotel do Silvestre. Recordação das festas nacionais

    • “Vista geral do campo d’Aclamação”. Assinalando o período de transição, Gutierrez manteve a denominação utilizada no período imperial apesar de o nome do local já ter sido alterado, em 1890, após a Proclamação da República, para Parque da Praça da República. Veem-se os quiosques feitos de madeira, onde era possível encontrar comida e cigarros e dois tipos de bandeira: a que estampava o lema positivista “ordem e progresso”, em vigor desde 1889, e a bandeira provisória da República, inspirada na bandeira norte-americana e usada pelo curto período entre 15 e 19 de novembro de 1889. Recordação das festas nacionais

    • Em mais uma demonstração cívica registrada pelas lentes do fotógrafo, vê-se o prédio da escola normal, antiga Escola Primária da Freguesia de Santana, que oferecia ensino primário a meninos e meninas. Ao lado, o prédio do Palácio da Prefeitura, inaugurado em 1825 e que deu lugar, posteriormente, a um maior, construído no mesmo local, com projeto de José de Sousa Monteiro, discípulo de Grandjean de Montigny. Novamente inaugurado em 1882, é o prédio que se vê na foto e que foi, no século XX, derrubado para a construção da avenida Presidente Vargas. Ao fundo, a Igreja de São Gonçalo Garcia e São Jorge. Recordação das festas nacionais

    • O Exército brasileiro, instituição que comandou o processo de Proclamação da República, é um dos personagens centrais da narrativa visual de Gutierrez neste álbum. Desfiles, edificações, conflitos são retratados em fotografias que ajudam a construir o discurso oficial sobre essa força armada. Quartel-General do Exército brasileiro. Construído em 1811, foi demolido nos anos 1930 para dar lugar ao Palácio Duque de Caxias. Recordação das festas nacionais

    • Hoje conhecido como Campo de Santana, esse parque era denominado Campo da Aclamação por ter sediado a aclamação do primeiro imperador do Brasil, d. Pedro I, em 1822. A República foi proclamada no mesmo lugar, em 1889. Dando continuidade ao processo de ressignificação dos espaços para o novo regime, Gutierrez destaca o pavilhão temporário construído para os festejos dos cinco anos de Proclamação da República. Recordação das festas nacionais

    • O pavilhão central dos festejos da Proclamação da República no ato da entrega das medalhas, cercado por uma multidão predominantemente masculina. Recordação das festas nacionais

    • A estátua do general Osório foi o primeiro monumento construído pela República na cidade do Rio de Janeiro. Erigida em meio à Praça XV, nas imediações do Paço Imperial, a estátua é obra do escultor Rodolfo Bernadelli e foi inaugurada em 12 de novembro de 1894 em meio a grandes festejos, como é possível observar na sequência de cenas retratadas por Gutierrez. Estátua do general Osório antes da inauguração. Recordação das festas nacionais

    • Um expressivo contingente de pessoas acorreu à inauguração da estátua do general Osório, muitas utilizando-se das torres e telhados das igrejas para assistir à cerimônia. Estátua do general Osório no ato da inauguração. Recordação das festas nacionais

    • Manuel Luís Osório é considerado herói da Guerra do Paraguai e a inauguração da estátua em sua homenagem contou com a participação de autoridades da Argentina e do Uruguai, aliados do Brasil no conflito. Uma das poucas imagens do álbum com enquadramento vertical, a fotografia reforça dois aspectos: o proeminente papel desempenhado por Osório no seio do Exército e o achatamento da memória de um lugar vinculado ao poder monárquico – o Paço Imperial – pelo novo regime. Recordação das festas nacionais

    • O Arsenal de Marinha, cujas origens remontam ao século XVIII, era a referência técnica para as atividades náuticas do país. Nele foram construídos e reparados navios das esquadras real e imperial, alguns projetados no próprio arsenal. Na foto aparecem também o Mosteiro de São Bento e as instalações da Cia. City Improvements. Recordação das festas nacionais

    • Considerado um arrabalde distante durante o período colonial, Botafogo vai, paulatinamente, adquirindo a imagem de bairro aristocrático após a vinda da corte portuguesa para o Brasil. De localidade quase deserta no início do século XIX, passa a ser procurado como local de residência de nobres e de ricos comerciantes, quando a princesa Carlota Joaquina decide residir em um solar em frente à praia. Com as melhorias ocorridas no sistema de transportes, a partir da segunda metade do século XIX, Botafogo consolida-se como bairro de moradia. Nas lentes de Gutierrez, o enquadramento recai em uma paisagem que foi numerosas vezes reproduzida nas obras de viajantes e consagrada por outros fotógrafos seus contemporâneos – a praia de Botafogo e o Corcovado. Recordação das festas nacionais

    • A entrada da barra do Rio de Janeiro é outra vista recorrente em gravuras e fotografias que retratam a cidade. As características da topografia e da ocupação urbana sobressaem na fotografia feita por Gutierrez que, de maneira geral, não busca nas imagens selecionadas para este álbum o registro de costumes. Recordação das festas nacionais

    • A Quinta da Boa Vista foi doada em 1808 para servir de residência à família real portuguesa por Elias Antônio Lopes, um dos mais importantes comerciantes na praça mercantil do Rio de Janeiro na virada do século XVIII para o XIX. Foi residência da família imperial brasileira até 1889, tornando-se profundamente associada ao poder monárquico. Depois da Proclamação da República, com o exílio da família imperial, foi utilizada para sediar a primeira Assembleia Constituinte do novo regime, entre 1889 e 1891. Em 1892 passou a funcionar como sede do Museu Nacional. Recordação das festas nacionais

    • A Escola Militar da Praia Vermelha, cujas origens remontam à Academia Real Militar, foi considerada um dos locais de gestação do processo que culminou na Proclamação da República. Desde a segunda metade do século XIX imersa nos ideais positivistas, a Escola oferecia um programa de estudos voltado para a matemática e as ciências e constituía uma das alternativas de formação para os jovens das províncias, especialmente da região Norte do país. Praia da Saudade e Escola Militar, tirada do morro do Pasmado. Ao fundo, o Pão de Açúcar. Recordação das festas nacionais

    • Primeiro de Março, a cidade é apresentada de maneira pulsante: diferentes meios de transporte, quiosques e circulação de transeuntes pela calçada. Engraxates, com sombrinhas para abrigar os fregueses do sol e jornais para garantir a distração durante a execução do serviço, são flagrados enquanto aguardam os clientes. Ao fundo, vê-se o morro do Castelo. Recordação das festas nacionais

    • O prédio do Paço Municipal, que abrigou a Câmara Municipal da Corte durante o período imperial, localizava-se no Campo de Santana. Demolido, deu lugar a uma nova construção, a que se vê na foto, inaugurada em 1882 e sede da solenidade de Proclamação da República. Extinta pelo novo regime, a Câmara foi substituída pelo Conselho de Intendência. Prédio da Intendência Municipal. Recordação das festas nacionais

    • O mirante existente no topo do morro do Corcovado, apelidado pela população de Chapéu de Sol, antecedeu a estátua do Cristo Redentor e era o ponto terminal da estrada de ferro do Corcovado, primeira ferrovia construída no Brasil com finalidade turística. Pavilhão do Corcovado e morro da Gávea. Recordação das festas nacionais

    • Panorama visto do Silvestre. Ao fundo, o Pão de Açúcar e a costa fluminense. Recordação das festas nacionais

    • A cidade vista do alto do Corcovado. Recordação das festas nacionais

    • Entre os últimos anos do Império e os primeiros da República, as discussões sobre a necessidade de efetuar melhorias no porto do Rio de Janeiro eram frequentes. Até próximo da década de 1870, o porto funcionava em trapiches e cais dispersos, embora a movimentação de passageiros e, principalmente, de mercadorias fosse bastante expressiva. Durante séculos, por ele saíram ouro, diamantes, açúcar, café e entraram produtos manufaturados. O porto do Rio de Janeiro detém ainda um triste recorde: foi o maior porto de entrada de população africana escravizada nas Américas. A imagem mostra os melhoramentos que foram executados nas proximidades do Arsenal de Guerra. Recordação das festas nacionais

    • Em 1824, o imperador d. Pedro I organizou uma excursão ao Corcovado, dando início a uma tradição muito popular de passeios para apreciar a vista deslumbrante da cidade. Em 1882, poucos anos antes da Proclamação da República, foi concedido privilégio para os engenheiros Francisco Pereira Passos e João Teixeira Soares construírem uma estrada de ferro ligando a rua Cosme Velho ao alto do Corcovado. Obra de razoável grau de dificuldade, seu primeiro trecho foi inaugurado em 1884 com a presença da família imperial. Estação de Paineiras, caminho de ferro do Corcovado. Recordação das festas nacionais

    • Capital do Império e depois da República, a cidade do Rio de Janeiro sempre foi marcada pela monumentalidade de sua natureza, a qual contribuiu para forjar sua identidade e construir uma imagem para o país. Floresta, mar e montanhas sucederam-se em vistas feitas primeiro por viajantes e naturalistas estrangeiros, depois pelos diversos fotógrafos que tomaram o Rio de Janeiro como objeto das suas lentes. Corcovado visto do Largo dos Leões. Recordação das festas nacionais

    • Panorama visto do morro da Providência. Na imagem, nota-se a mancha de vegetação que forma o Campo de Santana, em cujas imediações foi proclamada a República. Recordação das festas nacionais

    • A representação de uma natureza acolhedora e agradável é frequentemente encontrada nas fotografias de Gutierrez. Aqui o Corcovado é visto do caminho do Aqueduto da Carioca. Recordação das festas nacionais

    • Entrada da Baía de Guanabara tirada do morro da Nova Cintra, no Catete. Recordação das festas nacionais

    • Inaugurado em 1875, o prédio do Ministério da Agricultura foi projetado por Francisco Pereira Passos, que viria a ser prefeito do Rio de Janeiro nos primeiros anos do século XX, quando conduziu importante reforma urbanística na cidade. De traçado quadrangular, um dos primeiros a ser avistados por quem desembarcava no cais Pharoux, o edifício constava em guias para viajantes estrangeiros como sendo merecedor de uma visita. Recordação das festas nacionais

    • A praia de Copacabana, considerada um arrabalde no final do século XIX, portanto distante da cidade, era ocupada por uma pequena população de pescadores e alcançada a partir de caminhos precários. A construção do chamado túnel Velho, em 1892, e a inauguração de uma linha de bondes da Companhia Ferro-Carril Jardim Botânico interligaram-na a Botafogo e ao restante da cidade, abrindo caminho para sua rápida expansão. A inauguração do túnel e da linha de bondes contou com a presença do então vice-presidente da República, marechal Floriano Peixoto, e seu Estado-Maior. Recordação das festas nacionais

    • A ponte do Silvestre cruza, em seus 75 m, o vale de mesmo nome e integra o trajeto da estrada de ferro do Corcovado. Construída em estrutura metálica sobre o rio Carioca, a partir dela é possível apreciar uma vista panorâmica da cidade. Ponte do Silvestre e Baía de Guanabara. Recordação das festas nacionais

    • Revolta da Armada

      Entre os anos de 1893 e 1894, a cidade do Rio de Janeiro assistiu à sublevação da Marinha brasileira contra o governo do presidente Floriano Peixoto. Sucessor do marechal Deodoro da Fonseca, que havia renunciado, Floriano não convocou novas eleições, conforme estipulado pela Constituição à época, deflagrando o movimento que visava a sua destituição e que se desenrolaria em etapas. Sufocada pelo Exército brasileiro, a Revolta da Armada, como ficaria conhecido o episódio, contou com desdobramentos no sul do país e, na cidade do Rio de Janeiro, teve a Baía de Guanabara como palco de batalhas. O fotógrafo Juan Gutierrez foi contratado pelo Exército brasileiro para documentar o conflito, que resultou em uma série de fotografias, da qual vemos alguns exemplares neste álbum. O Aquidabã era considerado uma das melhores embarcações da esquadra brasileira e foi um dos navios utilizados pelos revoltosos. Comandado pelo contra-almirante Custódio José de Mello, ex-ministro da Marinha de Floriano com aspirações presidenciais, acabou sendo torpedeado quando se encontrava em combate no litoral de Santa Catarina. Efeito do torpedo no encouraçado 24 de Maio, ex-Aquidabã. Recordação das festas nacionais

    • A fortaleza de Villegaignon, uma das rebeladas, fornecia apoio de artilharia aos navios envolvidos na Revolta da Armada e foi duramente bombardeada pelas forças governistas. Ruínas de Villegaignon. Recordação das festas nacionais

    • Os embates colocaram em lados opostos os militares do Exército, que defendiam o mandato de Floriano Peixoto, e os militares da Marinha, que há muito se ressentiam da desigualdade na divisão de poder. As cidades do Rio de Janeiro e Niterói foram bombardeadas pelos revoltosos e a população da região litorânea chegou a ser evacuada. A conduta de Floriano Peixoto, reprimindo violentamente o conflito, rendeu-lhe o título de “marechal de ferro”. Ruínas de Villegaignon . Recordação das festas nacionais

    • Canhão Armstrong, de 25 toneladas, conhecido como “Vovô”, localizado na fortaleza de São João, uma das leais ao governo de Floriano Peixoto. Recordação das festas nacionais

    • Os jovens formados pela Escola Militar da Praia Vermelha eram chamados, à época, de “mocidade militar”. Desde a segunda metade do século XIX, esses estudantes participaram ativamente da política, sendo o próprio Floriano Peixoto um dos egressos da Escola. A “mocidade militar” abraçou o republicanismo e teve um papel preponderante para o fim da monarquia. Seus cadetes tomaram parte na Revolta da Armada, combatendo os revoltosos e manejando canhões na fortaleza de São João. Recordação das festas nacionais

    • A fortaleza de São João começou a ser construída no período inicial da colonização do Brasil, ainda no século XVI, no local de fundação da cidade do Rio de Janeiro. Formada por um conjunto de fortes – São José, São Teodósio, São Martinho e São Tiago –, trocou tiros com as embarcações rebeladas durante a Revolta da Armada. Recordação das festas nacionais

    • A imagem de Gutierrez fornece a dimensão dos danos sofridos pela fortaleza de Villegaignon, uma das rebeladas durante a Revolta da Armada. Oferece também um contraponto para as vistas panorâmicas da cidade em maior número no álbum. Ruínas de Villegaignon. Recordação das festas nacionais

    • O canhão Armstrong, localizado na fortaleza de São João, disparava projéteis de 550 libras (250 kg) e produziu inúmeros estragos em Villegaignon. Efeito de uma bala 550 no subterrâneo de Villegaignon. Recordação das festas nacionais

    • Barricada erguida com sacos de areia e canhão posicionados no morro do Castelo durante a Revolta da Armada. Recordação das festas nacionais

    • Frequentada por d. João VI e refúgio de José Bonifácio depois do exílio, a ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara, ganhou notoriedade em razão do romance de Joaquim Manuel de Macedo – A moreninha –, que a tem como cenário. Bucólica, a ilha tornou-se destino para piqueniques e passeios de desfrute de suas belezas naturais. Durante a Revolta da Armada, foi ocupada pelos revoltosos e transformada em ponto de apoio para os confrontos que tiveram lugar na Baía de Guanabara. Recordação das festas nacionais

    • Na foto, a Pedra do Índio, um dos ícones da cidade de Niterói, que pode ser avistada da Praia das Flechas. Recordação das festas nacionais

    • Ilha de Paquetá com as pedras arredondadas que caracterizam sua paisagem. Recordação das festas nacionais

    • Praia do Catimbau, em Paquetá. Recordação das festas nacionais

    • Criado após a vinda da corte portuguesa para o Brasil, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi responsável, ao longo de sua história, pela aclimatação de espécies exóticas e estudo de plantas nativas. Aberto ao público desde 1819, caracterizou-se também como espaço privilegiado de recreação, desfrutado por visitantes nacionais e estrangeiros. Alameda do Jardim Botânico do Rio de Janeiro; ao fundo, o Corcovado. Recordação das festas nacionais

    • Durante o século XIX, o Jardim Botânico desenvolveu uma série de iniciativas para fortalecimento da atividade agrícola: foram introduzidas espécies para a produção do chá preto, de palha para fabricação de chapéus e de amoreiras para servir de alimento ao bicho da seda, utilizado na confecção do tecido. A partir de 1890, intensificaram-se a pesquisa científica e o estudo da flora brasileira. Recordação das festas nacionais

    • Após a Proclamação da República, o naturalista João Barbosa Rodrigues assumiu a direção do Jardim Botânico e criou o Museu Botânico, a biblioteca e o herbário. Deu início também a uma série de expedições científicas com o objetivo de coletar novos espécimes. Recordação das festas nacionais

    • Bambuzais do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Recordação das festas nacionais

    • Cortado por alamedas retilíneas, o espaço ocupado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi organizado de forma a permitir a diversidade de cultivos e a fruição por parte de seus visitantes. Esse tipo de configuração possibilita a formação de perspectivas que foram exploradas por Gutierrez na sequência de imagens sobre o jardim. Recordação das festas nacionais

    • A palmeira-imperial, um dos símbolos da monarquia no Brasil, compõe a aleia do Jardim Botânico. A árvore encantou diversos viajantes que visitaram o Rio de Janeiro no século XIX e se transformou em recurso paisagístico largamente empregado na cidade, conforme atestam várias fotografias presentes neste álbum. Recordação das festas nacionais

    • O Rio de Janeiro nas comemorações da Proclamação da República
    • Revolta da Armada
    • Paris e a fotografia
    • Paris e a fotografia

       
      Fiquei encantado. As ampliações estão de outro mundo. São verdadeiros quadros e estou bem contente com este magnífico resultado.
      Mostrei imediatamente a todos estas obras-primas. Todos admiraram muito. (Gilberto Ferrez, Diário de viagem à Europa, diário 2, p. 25)

      A Academia de Ciências da França anunciou, em 1839, o processo para registrar imagens de forma permanente desenvolvido por Louis Jacques Mandé Daguerre. Utilizando-se de uma placa de metal sensibilizada com vapor de iodo e de uma câmara escura, tornou-se possível fixar imagens após 25 a trinta minutos de exposição à luz. Devido a esse longo tempo, a imobilidade do objeto se impunha, e Daguerre apontou seu invento para as ruas de Paris. Boulevard du temple, daguerreótipo de 1838, mostra o que permaneceu imóvel em uma das ruas mais agitadas de Paris na época: seus prédios. A partir daí, a fotografia foi utilizada para documentar as transformações urbanas aceleradas pelas quais passava Paris. Esse tipo de registro fotográfico caracterizou-se pela preocupação com detalhes arquitetônicos, foco em prédios e monumentos, enquadramento frontal e, praticamente, ausência de pessoas, o que acabou por condicionar, em grande medida, as fotografias de cidades produzidas em outras partes do mundo. Saiba mais

    • “Paris é um monstro e tão grande que não sei por onde começar.” “Andei por várias ruas e boulevards [...] e isso, em vez de me orientar, entonteceu-me mais ainda.” Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. [França], 2 e 3 de maio de 1927 “[...] finalmente uma das maravilhas de Paris e Victor Hugo, a catedral de Notre Dame. Visitei tudo isso pela manhã, e a Notre Dame visitei interiormente, à tarde, com papai. Em primeiro lugar, fomos até o primeiro andar, onde se descortinou um panorama belíssimo da cidade. Aí fizemos uma porção de fotografias dos detalhes mais interessantes da igreja [...].

      Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Paris, 5 de maio de 1927. Família Ferrez.

      Página do álbum de viagem de Gilberto Ferrez a Paris.

      Em sentido horário, catedral e fonte da praça de Notre Dame; detalhe da torre de Notre Dame; o Sena visto do primeiro andar da catedral; detalhe de Notre Dame; [gárgula]. 1927. Família Ferrez

    • “À tarde fui ver a Allée des Cygnes [Alameda dos Cisnes], que é uma ilha formada por uma longa faixa de terra onde se fez uma alameda. Fica entre a ponte de Passy e Grenelle.” Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Paris, 12 de maio de 1927. Família Ferrez

      O Sena e a Torre Eiffel vistos da Ilha dos Cisnes. Ampliação de fotografia da viagem de Gilberto Ferrez a Paris, em 1927. Família Ferrez

    • Torre Eiffel vista do Trocadero. Paris, 1927. Família Ferrez

    • “À tarde fui com Mamãe à Torre Eiffel. Apesar do frio e do vento, fomos até em cima 299m de altura. Tem-se uma vista sobre Paris magnífica principalmente do Seine [Sena] e do Trocadero e Champ de Mars [Campo de Marte]. Voltei encantado. A construção da torre é uma maravilha, nunca pensei (apesar das fotografias) que fosse tão monstruoso. Tirei fotografias que saíram muito boas.” Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Paris, 11 de maio de 1927. Família Ferrez

      Claire Louise Poncy Ferrez, mãe de Gilberto Ferrez, no segundo andar da Torre Eiffel. Paris, 1927. Família Ferrez

    • Trocadero em fotografia tirada da Torre Eiffel a 295m de altura. Paris, 1927. Família Ferrez

    • Jardim e Palácio do Trocadero vistos da Torre Eiffel a 115m de altura. Paris, 1927. Família Ferrez

    • O Sena e a Ilha dos Cisnes vistos da Torre Eiffel a 57m de altura. Paris, 1927. Família Ferrez

    • Catedral de Notre Dame vista do cais de Bourbon. Paris, 1927. Família Ferrez

    • “Para a frente desta estátua [de Léon Gambetta, primeiro-ministro francês] é que está o Jardim das Tulherias, onde se vê o maravilhoso traçado do célebre jardineiro [André] Le Nôtre. O jardim está repleto de chafarizes enormes e de estátuas. É aí que está o carrossel, que é um arco menor que o Arco do Triunfo, porém muito bonito.” Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Paris, 4 de maio de 1927. Família Ferrez

      Tulherias, Arco do Carrossel. Paris, 1927. Família Ferrez

    • Detalhe do Arco do Triunfo. Paris, 1927. Família Ferrez

    • “À tarde fui ver o Museu de Cluny. O edifício onde está este museu é muito bonito, é em estilo gótico-bourguignon. O museu é pequeno, mas tem um pouco de tudo e tudo muito bonito.” Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Paris, 7 de maio de 1927. Família Ferrez 

      Júlio Ferrez, pai de Gilberto Ferrez, em Cluny. Paris, 1927. Família Ferrez

    • “Terminada a visita deste pequeno, mas bonito museu [Cluny], fomos ver o parque que o cerca, que está repleto de estátuas e esculturas antigas, notando-se a porte de la chapelle de la Viérge de L’abbaye St. Germain des Prés (XIII) [porta da capela da Virgem da Abadia de Saint-Germain-de-Prés].” Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Paris, 7 de maio de 1927. Família Ferrez 

      A capela da Virgem de Saint-Germain-de-Prés foi construída na segunda metade do século XIII e destruída em 1794. A porta da capela, à época da visita de Gilberto Ferrez, estava instalada no jardim de Cluny, e o fotógrafo a ela se refere como “porta antiga”. Jardim de Cluny, Paris, 1927. Família Ferrez

    • Porta do monastério de Cluny. Paris, 1927. Família Ferrez

    • “Hoje o dia foi para o Pequeno e Grand-Palais [Grande Palácio], Champs-Elysées [Campos Elísios] e Esplanades des Invalides [Esplanada dos Inválidos]. Este recanto de Paris é belíssimo, há uma profusão de árvores, estátuas, parques, belas avenidas etc. que encantam o espectador principalmente quando se tem dias tão belos como estes que até agora tem se tido.” Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Paris, 11 de maio de 1927. Família Ferrez

      Palácio dos Inválidos. Paris, 1927. Família Ferrez

    • “À tarde fui ver l’Église de St. Germain Lauxerois [a Igreja de São Germano de Auxerre], que é a mais velha de Paris, a Tour St. Jacques [Torre de São Tiago], Hotel de Ville [Prefeitura].” Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Paris, 23 [de maio] de 1927. Família Ferrez 

      Torre de São Germano de Auxerre. Paris, 1927. Família Ferrez

    • Monumento à República, com as estátuas que simbolizam liberdade, igualdade e fraternidade, lemas da Revolução Francesa. Paris, [1927]. Família Ferrez

    • O destaque da foto é a escultura Triunfo da República, obra de Jules Dalou (1838-1902), localizada na Praça da Nação. Inicialmente denominada Praça do Trono, durante a Revolução Francesa recebeu uma guilhotina onde, durante pouco mais de um mês, foram realizadas 1.300 execuções. Triunfo da República. Paris, [1927]. Família Ferrez

    • “À tarde fui visitar o jardim de Buttes-Chaumont, que é pequeno, porém é o mais bonito de Paris. Onde ele está situado é que ficava antigamente o célebre ‘gibet de Montfaucon’ [forca de Montfaucon]. Há um lago onde se pode andar de barco, e no centro do lago existe uma ilha em cujo cume está um templo corintiano imitado do de Tivoli. Acede-se a esta ilha por duas pontes, e o templo fica bem no cume da ilha (é bem alto). Do templo tem-se uma bela vista sobre o jardim e arredores.” Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Paris, 7 de maio de 1927. Família Ferrez

      Jardim de Buttes-Chaumont visto da ilha. Paris, 1927. Família Ferrez

    • A ponte de Bir-Hakeim era denominada, à época da visita de Gilberto Ferrez, ponte de Passy. Cais e ponte de Passy. Paris, 1927. Família Ferrez

    • “Depois da aula fui dar um giro no Parc-Monceau. É mais bonito que o de Buttes-Chaumont. É pequeno, porém é uma maravilha, tirei várias fotografias que saíram muito boas.” Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Paris, 14 de maio de 1927. Família Ferrez

      Parque Monceau. Paris, 1927. Família Ferrez

    • Parque Monceau. Paris, 1927. Família Ferrez

    • “Depois da lição fui visitar o Trocadero, onde há um museu de arte comparada. Muito interessante (...). Depois fui visitar o jardim do Trocadero, onde fiz algumas fotografias. Está fazendo um frio de rachar (...).” Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Paris, 11 de maio de 1927. Família Ferrez

      Trocadero. Paris, 1927. Família Ferrez

    • A fonte Louvois, obra do arquiteto Louis Visconti (1791-1853), é composta por quatro estátuas que representam os grandes rios franceses: Sena, Garona, Loire e Saône.

      Fonte Louvois na praça de mesmo nome. Paris, 1927. Família Ferrez

    • A Torre de São Tiago era o antigo campanário da igreja de mesmo nome, construída nas primeiras décadas do século XVI com o patrocínio dos açougueiros do mercado central da cidade. A igreja foi demolida durante a Revolução Francesa e a torre foi o único elemento que permaneceu de pé. Fotografada por Édouard Baldus (1852-1853) e Henri Le Secq (1851-1853), dois dos fotógrafos integrantes da Missão Heliográfica contratados para efetuar a documentação fotográfica dos monumentos de Paris, a Torre de São Tiago tornou-se um marco da arquitetura da cidade. Torre de São Tiago. Paris, [1927]. Família Ferrez

    • Ponte Alexandre. Paris, 1927. Família Ferrez

    • “Hoje fui ver: Porte St. Denis [portão de São Dinis], Porte St. Martin [portão de São Martinho], Place de la République [Praça da República], Place de la Bastille [Praça da Bastilha], onde está a Colonne Juillet [Coluna de Julho] (fui até em cima), tirei algumas fotografias do canal Gare de L’Arsenal [Gare do Arsenal], fui até os Halles, e finalmente visitei a bela Igreja de St. Eustache [Santo Eustáquio].” Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Paris, 1927. Família Ferrez

      Gare do Arsenal e Coluna de Julho. Paris, [1927]. Família Ferrez

    • Paris; em destaque, a catedral de Notre Dame. [1927]. Família Ferrez

    • Palácio dos Inválidos. Paris, [1927]. Família Ferrez

    • “Hoje o dia foi dedicado a ir visitar a Cité e a Ilha de Saint André. Muito interessante. Como monumentos, o que há de mais interessante são todas as pontes aí existentes [...].” Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Paris, 5 de maio de 1927. Família Ferrez

      O Sena e a Ilha da Cidade. Paris, 1927. Família Ferrez

    • “Hoje, domingo, partimos às 8 horas de casa para irmos (Papai e eu) a Versailles, onde fomos passar o dia inteiro. De manhã visitamos o castelo que tem como coisa principal a ver toda a história de França em quadros pintados pelos mais célebres artistas. [...] o palácio é uma maravilha. Não há uma sala por mais pequena [sic] que seja que não está ricamente, e com um gosto encantador, decorada. Tudo indica a grandeza e o luxo em que viviam os nobres outrora.” Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Paris, 5 de junho de 1927. Família Ferrez

      Ampliação de fotografia tirada durante a viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Versailles, 1927. Família Ferrez

    • “Depois do almoço fomos ver o que restava a ver [do castelo de Versailles], mas já não era tão agradável como de manhã, pois havia tanta gente que todas as salas estavam literalmente atulhadas. Fomos então visitar o maravilhoso parque, único no mundo e onde há perspectivas e ‘bassins’ [lagos] maravilhosos. Ficamos passeando até as 4 ½ hora, em que deveria principiar ‘Les Grandes Eaux’ [As Grandes Águas]. O parque, apesar de ser imenso (...), estava repleto de pessoas. Às 4 ½ em ponto, ‘Les Grandes Eaux’ principiaram e eu vi uma coisa deslumbrante. De todos estes enormes ‘bassins’ que ornam Versailles, sair uma quantidade d’água fantástica, e o conjunto era uma coisa fantástica impossível de fazer-se uma ideia ainda que leve. Às 5:15 tudo estava acabado. Durante estes 45 min. tinha se gasto uma quantidade fabulosa d’água.” Diário de viagem de Gilberto Ferrez à Europa. Paris, 5 de junho de 1927.

      Página do álbum de viagem de Gilberto Ferrez a Paris. As Grandes Águas, Colunata, Pirâmide. Versailles, 1927. Família Ferrez

    • Colunata. Versailles, 1927. Família Ferrez

    • Lago de Latona. Versailles, 1927. Família Ferrez

    • Aldeia do Pequeno Trianon. Versailles, 1927. Família Ferrez

    • Aldeia. Versailles, 1927. Família Ferrez

    • Peristilo do Grande Trianon. Versailles, 1927. Família Ferrez

    • Grande Trianon. Versailles, 1927. Família Ferrez

    • Estátua de Luís II de Bourbon-Condé. Versailles, 1927. Família Ferrez

    • Pátio de Mármore. Versailles, 1927. Família Ferrez

    • Júlio Ferrez, pai de Gilberto Ferrez, em frente à Capela Real de Versailles e à estátua de Henri de la Tour d’Auvergne, visconde de Turenne. 1927. Família Ferrez

    • Paris e a fotografia
    • Manaus, a Paris das selvas
    • Manaus, a Paris das selvas

      Fortemente modelada pela hidrografia da região amazônica, Manaus manteve-se, até meados do século XIX, pouco alterada em relação à época de sua fundação. As ruas sem calçamento e as casas de um só piso, cobertas de palha, somente iriam sofrer alguma modificação a partir do apogeu econômico impulsionado pela exportação da borracha, ocasião em que a cidade estabeleceu vínculos com o restante do país e com o mercado internacional. Saiba mais

    • Folha de rosto do álbum.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas, com assinatura de Antônio Constantino Nery, governador do estado do Amazonas. [1906]

    • Afonso Pena foi o primeiro presidente da República a visitar o Amazonas. Chegou em Manaus em 26 de junho de 1906 e iniciou a visita à cidade pelos trapiches do Manaus Harbour e pelos armazéns da alfândega. Utilizou-se de uma embarcação do Lloyd, o Maranhão, para realizar parte da viagem que empreendeu pelo país ao ser eleito. O Correio do Norte, na sua edição de 26 de junho de 1906, assim o descrevia: “O Maranhão, do Lloyd, que deve amanhecer hoje em nosso porto, conduzindo o Exmo. Sr. conselheiro Afonso Pena, presidente da República [...], foi construído em Glasgow em 1887 [...]. Possui as seguintes acomodações: para passageiros de 1ª classe 100 beliches com 45 camarotes; para a 3ª classe acomoda 600 passageiros”. Vista do antigo porto de Manaus, com a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, hoje Catedral Metropolitana de Manaus, à direita. Voltada para o rio Negro, a Matriz foi construída no século XIX em substituição à edificação do século XVIII, destruída em um incêndio. Localizava-se originalmente entre os igarapés do Espírito Santo e da Ribeira, ambos posteriormente aterrados. À esquerda, o conjunto de prédios conhecido como Complexo Booth Line, formado pelas sedes da Booth Steamship Company, empresa de navegação; da Manaus Tramways and Light Company, que oferecia os serviços de bondes e de energia elétrica de Manaus; e da casa comercial Waldemar Scholz. Maranhão, antigo porto de Manaus.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas. Fotógrafo: Marco di Panigai. [1906]

    • As recepções oferecidas em Manaus ao presidente e aos representantes da imprensa que o acompanhavam incluíam almoços, cujos cardápios franceses, marca de distinção para a sociedade da época, eram minuciosamente descritos nas folhas locais e nas da cidade do Rio de Janeiro, capital da República. Palacete do senador Silvério Nery, irmão do governador do Amazonas, Constantino Nery, onde ficou hospedado o presidente Afonso Pena. Projetado pelo arquiteto italiano Filinto Santoro, o palacete foi erguido no final do século XIX.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Alguns meses antes da visita presidencial, a canhoneira portuguesa Pátria realizou um percurso de nove meses pelos portos brasileiros. Subiu o rio Amazonas e, em Manaus, sua tripulação foi recebida com missa campal e desfiles militares. Missa campal; Constantino Nery, governador do estado do Amazonas, passa revista aos regimentos militares. 3 de maio de 1906.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Constantino Nery, governador do estado do Amazonas, assiste ao desfile dos regimentos militares; regresso da missa campal. 3 de maio de 1906.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Afonso Pena percorreu Manaus de bonde, compartilhando um hábito da população local: trajetos de trabalho ou de lazer eram vencidos fazendo-se uso dessa inovação tecnológica que acelerou, de forma revolucionária para a época, os ritmos de deslocamento. Implantado na cidade em 1896, o novo meio de transporte redefiniu a forma como os moradores se relacionavam com o seu entorno e forjou um novo costume: passear de bonde. Avenida Silvério Nery.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Na virada do século XIX para o XX, a cidade de Manaus não contava com avenidas largas construídas segundo o modelo dos boulevards estabelecido por Haussmann. Ao contrário, suas ruas eram estreitas e rivalizavam com os igarapés. A avenida Eduardo Ribeiro, paralela à rua Barroso, foi uma das primeiras tentativas de aproximar Manaus de Paris: aberta de forma a possibilitar a passagem de bondes, nela estabeleceu-se o chamado comércio elegante – lojas de moda, hotéis, redações de jornal, restaurantes e confeitarias, que estimularam na população o hábito do passeio. Percorrida por membros da elite e por trabalhadores das casas comerciais, migrantes e toda sorte de populares, a avenida também possuía seus contrastes, mesclando prédios imponentes com outros de feição mais modesta. Na primeira foto, a rua Barroso, retificada, calçada, com construções alinhadas e exibindo um dos poucos prédios de três pavimentos da cidade. Na foto abaixo, a avenida Eduardo Ribeiro ocupada por uma assistência eminentemente masculina que acorreu aos festejos organizados para a tripulação da canhoneira Pátria. É possível observar a arborização, os trilhos do bonde e a decoração confeccionada para a festa.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Inaugurado em 1900, o Palácio da Justiça localiza-se na avenida Eduardo Ribeiro, próximo ao Teatro Amazonas, e é um dos representantes da imponência pretendida para os prédios públicos construídos no período do auge da exploração econômica da borracha. À esquerda do palácio, visitado por Afonso Pena, réplica em madeira da Torre Eiffel, assinalando a influência francesa do modelo de cidade desejado para Manaus.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Inaugurado em 1896 para ser um teatro de ópera, o Teatro Amazonas tornou-se um símbolo da cidade de Manaus. Mesmo com suas obras então inacabadas, o edifício era grandioso: seus elementos em ferro foram adquiridos em Paris e Glasgow; espelhos, na Itália e na França; lustres de cristal, em Veneza. Operários nacionais e estrangeiros trabalharam em suas obras, com destaque para o italiano Domenico de Angelis, responsável pelas pinturas do Salão Nobre. Na virada do século XIX para o XX, encontrava-se em funcionamento uma linha de navegação Gênova-Manaus, operada pela companhia Ligure-Brasiliana que, além dos imigrantes, trazia também companhias italianas para se apresentar no novo espaço. Mais alta construção da cidade à época, o teatro recebia uma companhia francesa quando da visita de Afonso Pena, que encenava Fausto, de Gounod. O presidente eleito assistiu à apresentação, assim descrita pelo jornal Correio do Norte em sua edição de 28 de junho de 1906: “É a primeira vez que ouvimos em Manaus um Fausto como levam as boas companhias em Paris, com a partitura completa e os bailados do 5º ato”.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • O Salão Nobre, recinto mais luxuoso do Teatro Amazonas, destaca-se pelas pinturas que retratam a natureza local. Planejadas para imitar tapeçarias, as pinturas dos painéis instalados nas paredes foram objeto de um estudo prévio detalhado que embasou a seleção de motivos e os enquadramentos. Na foto, em frente e à esquerda, uma canoa em um igarapé; à direita, um painel com borboletas; ao centro, a perspectiva facultada pelo jogo de espelhos; à extrema esquerda, garças em um igarapé; e, no teto, um trecho de A glorificação das belas artes no Amazonas, assinado por Domenico de Angelis.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • A Praça da República, com o belíssimo jardim mostrado na foto de Marco di Panigai, originou-se do Largo do Pelourinho, criado antes do século XIX, localizado em uma das áreas mais antigas de Manaus. Passaram-se seis dias até que a notícia da Proclamação da República chegasse à cidade, e foi no jardim da então denominada praça Dom Pedro II que a população se reuniu para propor a instalação de um governo provisório. Ao fundo, o Paço da Liberdade, que à época da visita de Afonso Pena era utilizado como sede do governo republicano.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Construída às margens do rio Negro, a cidade de Manaus sempre manteve uma relação conflituosa com os igarapés. Ora eram incorporados ao tecido urbano, com suas margens ocupadas, utilizados como vias de locomoção; ora eram vistos como obstáculos e fontes de doença, sendo então aterrados ou subjugados pela construção de pontes. Serraria Sá; rua Coronel Ramalho Júnior.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • A Torre Eiffel, ícone de Paris, é convocada a atestar o “progresso” e a “civilidade” alcançados por Manaus na virada do século XIX para o XX. Como parte dos festejos de um ano da posse do governador Constantino Nery, foi construída uma réplica em madeira do monumento francês, com aproximadamente vinte metros de altura. Encimada por uma foto do governador e exibindo a inscrição “Salve dr. A[ntônio] Constantino Nery”, a réplica evocava o glamour e o charme atribuídos à cidade que serviu de modelo às transformações urbanísticas da capital do Amazonas. À esquerda, o Palácio da Justiça.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • O edifício conhecido como Paço da Liberdade foi construído na década de setenta do século XIX e abrigou a sede do governo provincial. Com a Proclamação da República, passa a ser ocupado pela administração do governo republicano. Palácio do Governo.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Considerado uma das obras monumentais da administração do governador Eduardo Ribeiro, o Reservatório do Mocó tinha o objetivo de aumentar a distribuição de água para a população em crescimento. A construção evidencia o cuidado tomado à época com a aparência dos prédios públicos: tratava-se de uma caixa d’água com estrutura em ferro importada da Inglaterra, encoberta por uma fachada neorrenascentista que lhe conferia um porte majestoso.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • A avenida Eduardo Ribeiro homenageia o engenheiro militar que foi presidente da província e administrou a cidade de Manaus entre 1892 e 1896. Durante seu mandato, foram construídos o Teatro Amazonas, o Palácio da Justiça e o Reservatório do Mocó, entre outras obras que buscavam aproximar Manaus de seu modelo e lhe valeram a designação de Paris da Selva. Construída a partir do aterramento do igarapé do Espírito Santo, a avenida Eduardo Ribeiro foi ornamentada para recepcionar o presidente Afonso Pena, que a percorreu à noite, no primeiro dia da sua visita. Na foto, a loja comercial Canto das Novidades anuncia “camisas, miudezas, perfumarias”, enquanto os bondes circulam e o comércio de rua segue seu ritmo.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • O Ginásio Amazonense oferecia educação secundária nos moldes do Colégio Pedro II, do Rio de Janeiro, em uma época em que não existiam cursos superiores em ciências e letras. Tornou-se referência tanto de ensino quanto de status para a sociedade que enriqueceu no auge da economia de exportação da borracha.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Rua Barroso, com a cúpula do Teatro Amazonas ao fundo, e rua Henrique Martins, transversal à primeira.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • A casa comercial anunciava “grande depósito de bebidas nacionais e estrangeiras”, buscando fazer frente aos novos hábitos que incluíam as saídas noturnas para consumo de bebidas em mesas de bares, restaurantes e confeitarias espalhadas nas calçadas da avenida Eduardo Ribeiro.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • As políticas de embelezamento da cidade de Manaus sempre tiveram os igarapés como seus alvos preferenciais. Traços marcantes da paisagem, os igarapés foram vistos, por sucessivas administrações municipais, como desencadeadores de problemas sanitários e empecilhos à livre expansão urbana. Remoção de famílias, aterros e canalizações foram algumas das soluções empregadas para tomar terrenos às águas, metamorfoseando os igarapés em ruas, avenidas e praças. Igarapé de São Raimundo.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Igarapé de São Raimundo.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • A praça São Sebastião abriga importantes edificações da cidade como o Palácio da Justiça e a Igreja de São Sebastião. Na foto, o Teatro Amazonas e o Monumento à Abertura dos Portos, comemorativo da abertura dos portos e rios brasileiros à navegação de cabotagem realizada por embarcações estrangeiras, ocorrida em 1866. A medida era considerada essencial para escoar a produção de café de São Paulo e de látex da Amazônia. Datado de 1899 e construído com material importado principalmente da Itália, o monumento é obra do artista italiano Domenico de Angelis.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • A alternância de períodos de cheia e vazante dos rios amazônicos afeta profundamente as comunidades ribeirinhas que utilizam as águas para transporte, abastecimento e como fonte de pescado. A cidade de Manaus chega a ficar inundada durante semanas devido à cheia do rio Negro. Rio Negro na máxima enchente.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Praça 15 de Novembro, nas proximidades da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, com o chafariz de ferro fundido, fabricado pela empresa Sun Foundry, de Glasgow, Escócia, e o prédio do Lloyd Brasileiro.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Visita de Afonso Pena à capitania do porto de Manaus; igarapé do Educandos.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Nos primeiros anos da República, os estados da federação ficaram com encargo de oferecer instrução pública. No Amazonas, o ensino primário foi sendo regulamentado por uma série de dispositivos legais entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, período durante o qual foi dada ênfase à construção de prédios escolares obedecendo a preceitos higiênicos, que igualmente se aplicavam aos cuidados com o corpo. Na foto, uma escola pública, com destaque para meninas com vestes claras, cabelos presos e portando sombrinhas. Escola pública.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • O Mercado Público de Manaus é mais uma das grandes obras que a cidade recebeu no período do auge da economia gomífera. Espelhando-se nos grandes mercados cobertos europeus da primeira metade do século XIX, o edifício é emblemático da arquitetura do ferro no Brasil, que prosperou porque a fabricação em série diminuía os custos e facilitava a montagem. O interior do mercado é todo construído em peças de ferro de procedência inglesa. Na foto, vê-se o pavilhão central com o exterior em alvenaria.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Barracas, quiosques e animais de carga misturavam-se nas imediações do Mercado Público, por onde circulava toda uma miríade de trabalhadores populares formada por carregadores, barraqueiros, estivadores e seringueiros. Comerciantes ambulantes junto ao Mercado Público.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • A arquitetura de prédios públicos e particulares na Manaus do auge da economia da borracha era eclética. Aproveitando-se de referências neoclássicas e neogóticas, entre outras, e da facilidade de importação de materiais de construção civil, os arquitetos e engenheiros, na maior parte das vezes também estrangeiros, foram dando à cidade uma feição diversificada e pitoresca. Tesouro do Estado.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Os ingleses dominaram o comércio da borracha e introduziram algumas modificações nos hábitos e costumes locais. Esportes como basebol, críquete, turfe e tiro ao alvo foram por eles trazidos para a cidade de Manaus, sendo o turfe o que mais se popularizou. Em 1906, foi inaugurado o Prado Amazonense, hipódromo construído nas proximidades do Reservatório do Mocó. Esporte caro de ser mantido, porque exige a criação e o treino de cavalos, em geral importados, sua prática começou a declinar quando a economia gomífera entrou em crise. Prado Amazonense.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • A construção de pontes de ferro estava entre as medidas adotadas pelo governador Eduardo Ribeiro com vistas a vencer os igarapés e propiciar que a urbanização se espraiasse para além deles. As pontes, em conjunto com jardins, praças e avenidas, também concorriam para o “embelezamento” da cidade que buscava sintonizar um estilo de vida europeu. Ponte de ferro Benjamin Constant na Cachoeirinha.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Prédio de linhas neoclássicas, localizado próximo ao Ginásio Amazonense, o quartel da Polícia Militar foi ampliado e reformado durante o período de auge da economia de exportação da borracha.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Localizada de frente para o rio Negro, a Catedral Nossa Senhora da Conceição foi, durante muitos anos, um ponto de referência para os viajantes que chegavam a Manaus da única forma possível: utilizando-se de embarcações. Fundada por missionários carmelitas, sua construção obedece a linhas neoclássicas, e a capela inicial, do século XVII, foi sendo aos poucos aumentada. No dia da chegada de Afonso Pena a Manaus, segundo noticiou o jornal Correio do Norte em sua edição de 27 de junho de 1906, foi realizado um Te-Deum na catedral.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Um ano após a Proclamação da República, Manaus contava com 30.720 habitantes, dez anos depois já eram 52.040 e, em 1907, 86 mil. Os aumentos populacionais eram em virtude dos incentivos dados para a imigração, na tentativa de captar mão de obra para a extração do látex. Os trabalhadores da borracha eram principalmente migrantes nordestinos, em sua maioria cearenses escapando da devastação provocada pelas secas. Havia ainda imigrantes portugueses e alemães, envolvidos com o comércio; ingleses, atuando nas firmas de navegação e de concessão de serviços públicos; e italianos atuando na arquitetura e nas artes. Utilizada como matéria-prima para diversos tipos de objeto, desde os domésticos até os industriais, a borracha era extraída das seringueiras em jornadas de trabalho bastante penosas e beneficiada de forma rudimentar. Bolas de látex resultantes do beneficiamento da borracha.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Devido à expansão da economia de exportação da borracha, a cidade de Manaus adquiriu a nova função de entreposto comercial. O prédio da Recebedoria do Estado integrava o complexo das instalações portuárias que foram ampliadas para dar suporte ao incremento das atividades comerciais.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • A preocupação com a “beleza” e “civilidade” no uso e ocupação dos espaços públicos começa a ganhar fôlego nos códigos de postura municipais de Manaus ainda no século XIX. Alinhamento dos imóveis, proibição de coberturas em palha, exigência de caiação ou pintura eram algumas determinações que visavam conferir uma aparência homogênea à cidade que se transformava rapidamente. Na foto, em primeiro plano, o Monumento à Abertura dos Portos e, ao fundo, o casario baixo, de no máximo dois pavimentos, com telhado de duas águas, característico da cidade. Panorama de uma parte de Manaus.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Construído no final do século XIX e localizado no bairro da Cachoeirinha, o velódromo Recreio atraía multidões para as competições de bicicleta disputadas por atletas estrangeiros e do sul do país.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Praça 15 de Novembro, com o afamado Café dos Terríveis, frequentado por uma clientela eclética e ponto de encontro da intelectualidade que estudou fora do país e buscava reproduzir, em Manaus, a atmosfera dos cafés de Paris e do Rio de Janeiro.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Casa de Detenção de Manaus. Construída durante a administração de Constantino Nery, a obra foi coordenada pelo arquiteto português Emídio José Ló Ferreira.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • A valorização imobiliária dos diversos espaços da cidade ia se concretizando à medida que recebiam tanto melhoramentos urbanísticos – retificação de ruas, normatizações para edificações, padronização de fachadas, plantio de árvores – quanto serviços de infraestrutura – energia elétrica, transporte, abastecimento de água e coleta de lixo. Rua dos Andradas.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Manaus foi paulatinamente adquirindo “ares modernos”, e os espaços que simbolizavam a “civilidade” alcançaram grande visibilidade. À remodelação dos espaços públicos correspondia a exploração de novas formas de sociabilidade por parte da população. As praças, principalmente, marcadas pela circulação de diferentes segmentos sociais, eram alvo de estritas normatização e vigilância, na tentativa de impor os comportamentos considerados adequados. Praça Tamandaré, rua Marquês de Santa Cruz.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • O dinamismo da economia amazonense, propiciado pela comercialização da borracha no mercado externo, refletia-se em seu porto, única forma de acesso à cidade existente à época. Considerado o mais moderno do país quando da sua inauguração, o porto foi projetado pelos ingleses e adaptado com instalações flutuantes para resistir ao regime de cheias e vazantes do rio. Destinado ao transporte de passageiros e de cargas, por ele eram escoadas borracha, castanha e madeiras, e chegavam à cidade os produtos importados para as obras civis e o consumo das famílias abastadas. Porto de Manaus.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • A ponte de desembarque do porto de Manaus, conhecida como Roadway, consiste em uma instalação flutuante construída sobre uma fileira de cilindros, o que permite seu funcionamento independentemente da época do ano – no período de cheia do rio, permanece praticamente no nível do cais de alvenaria; na vazante, transforma-se em um plano inclinado. Na imagem, as laterais da Roadway utilizadas por pedestres e o vão central com trilhos, por veículos de carga.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • A estrutura de saúde pública de Manaus foi igualmente afetada pelo crescimento econômico no período de auge da economia gomífera. Pressionada pelo aumento populacional, a cidade, que dispunha de poucos hospitais – Hospital Militar de São Vicente, Santa Casa de Misericórdia e Hospital Beneficente Português (na foto) –, se viu confrontada com a necessidade de ampliar e perenizar os serviços de saúde para além daqueles oferecidos em caráter de filantropia ou de forma intermitente, quando da existência de epidemias.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Criado em 1876, o Corpo de Bombeiros do Amazonas foi o segundo a ser estabelecido no país, vinte anos após o da cidade do Rio de Janeiro. Carro em prontidão.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Rua 10 de Julho, arborizada, com energia elétrica e bondes. À esquerda, parte do prédio do Palácio da Justiça, exemplar da arquitetura que pretendia “modernizar” a cidade; à direita, em primeiro plano, a aparência das moradias cujas construções iniciais foram sendo aumentadas com diversos tipos de material – placas de madeira, chapas de metal –, conforme avançavam sobre os fundos dos terrenos e ficavam fora de vista.

      Visita do presidente Afonso Pena ao Amazonas

    • Manaus, a Paris das selvas
     
     
    • As cidades americanas
    • As cidades americanas

      Durante o século XIX, os Estados Unidos enveredaram por um processo de transição de país predominantemente agrário para industrializado, aumentando o número da população residente em cidades, algumas das quais, em poucas décadas, se transformaram em metrópoles. A urbanização do país, impulsionada pela vertiginosa industrialização, foi também tributária da migração campo-cidade e das correntes imigratórias provenientes da Europa. Esse crescimento populacional, especialmente acentuado nas últimas décadas do século XIX, fez com que as grandes cidades passassem a dominar a paisagem norte-americana. Saiba mais

    • A escolha do sítio para abrigar a capital federal dos Estados Unidos remonta a 1790. Com uma configuração espacial fortemente influenciada pelo plano urbanístico de Pierre Charles L’Enfant, Washington atraiu, no decorrer dos anos, o interesse de renomados arquitetos e engenheiros que se ocuparam da construção de seus prédios públicos. O Capitólio sofreu vários acréscimos e aqui é retratado com sua famosa cúpula, largas avenidas e as expansões efetuadas por Thomas Ustick Walter (1804-1887) e Edward Clark (1822-1902).

      Lévy, Albert. L’architecture américaine. [Fotógrafo: Albert Lévy] v. 1. Paris: Librairie Genérale de L’Architecture & des Travaux Publics; André Daly, [1892]

    • Capitólio em Hartford, Connecticut, projeto do arquiteto Richard Michell Upjohn (1828-1903), que integrou à construção elementos do revivalismo gótico.

      Lévy, Albert. L’architecture américaine. v. 1

    • Ministérios da Guerra, da Marinha e de Estado, em Washington, D.C.

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      O enquadramento de fachadas em diagonal, utilizado por Albert Lévy em diversas fotografias, permite visualizar o volume da construção, e os cinco homens posicionados à frente do prédio fornecem sua escala. O índice do álbum informa que este prédio seria o da Câmara Municipal e Memorial em North Easton. A pesquisa, entretanto, identificou-o como o Museu de Belas-Artes, em Saint Louis, Missouri, projeto dos arquitetos Robert Swain Peabody (1845-1917) e John Goddard Stearns Jr. (1843-1917).

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    • Não existiam escolas de arquitetura nos Estados Unidos antes da Guerra Civil (1861-1865), e o arquiteto Henry Hobson Richardson (1838-1886), após ingressar em Harvard, prosseguiu seus estudos na Escola de Belas-Artes, em Paris. De volta aos Estados Unidos, Richardson iniciou sua carreira, transformando-se mais tarde em um dos mais importantes arquitetos americanos. Seu trabalho rendeu a criação de um novo estilo revivalista de construção nomeado romanesco richardsoniano, caracterizado pela utilização de paredes maciças de pedra, arcos semicirculares e torres. Albert Lévy fotografou vários dos prédios projetados por Richardson para seus álbuns. O índice deste exemplar informa que o prédio seria o Museu de Belas-Artes, em Saint Louis. A pesquisa, entretanto, identificou-o como a Câmara Municipal e Memorial em North Easton, Massachusetts.

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    • Museu de Belas-Artes, na praça Copley, em Boston, Massachusetts. Projeto de John Hubbard Sturgis (1834-1888) e Charles Brigham (1841-1925). Lévy, Albert. L’architecture américaine. v. 1

    • O Museu Eden, em Nova Iorque, oferecia aos seus visitantes estátuas de cera, estereoscópios, música e, de forma pioneira, apresentações de cinema. Projetado pelo arquiteto Henry Fernbach (1829-1883) em uma mescla de estilos arquitetônicos, o prédio foi demolido em 1916. A fotografia ainda apresenta traços do nome – Eden Musee – escrito no telhado.

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    • Biblioteca em Woburn, Massachussetts, projetada por Henry Hobson Richardson.

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    • Faculdade de Direito de Harvard, em Cambridge, Massachussetts. Projetada por Henry Hobson Richardson, seguindo as linhas do que ficou conhecido como estilo romanesco richardsoniano.

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    • Faculdade de Columbia, Nova Iorque.

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    • Bolsa de Comércio, em Nova Iorque, de autoria do arquiteto George Browne Post (1837-1913), que venceu um concurso para projetar as instalações do pregão e de escritórios e acabou por desenvolver um dos mais impressionantes projetos de bolsa já construídos. Utilizando-se, pela primeira vez, de colunas e vigas de ferro para alicerçar numerosos andares e paredes, Post contribuiu para solucionar alguns impasses relativos à construção de edifícios altos.

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    • Entrada principal do Teatro do Cassino, em Nova Iorque, projeto dos arquitetos Francis Hatch Kimball (1845-1919) e Thomas Wisedell (1846-1884), em estilo revivalista mourisco.

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    • Terminada em 1880, a Igreja do Messias, em Saint Louis, Missouri, não possui ornamentos externos, privilegiando cores e texturas da alvenaria empregada. Projeto dos arquitetos Robert Swain Peabody (1845-1917) e John Goddard Stearns Jr. (1843-1917).

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    • A Igreja da Santíssima Trindade, projeto de Henry Hobson Richardson, foi o primeiro exemplar do estilo romanesco richardsoniano. Na imagem, a igreja e uma escola. Boston, Massachusetts.

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    • Igreja do Bom Pastor, capela particular de Elizabeth Colt, viúva de Samuel Colt, fabricante de armas. Localizada em Hartford, Connecticut, foi projetada por Edward Tuckerman Potter. Albert Lévy indica como arquiteto dessa construção William Appleton Potter, meio-irmão de Edward, o que pode ter gerado a confusão.

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    • Capela no cemitério de Hartford, Connecticut.

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    • Sinagoga Emanu-El, em Nova Iorque, projeto de Henry Fernbach em estilo mourisco.

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    • Casa paroquial da Igreja da Santíssima Trindade, em Boston, Massachusetts. Projeto de Henry Hobson Richardson.

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    • Nas cidades americanas da virada do século XIX para o XX, a arquitetura passa a se debruçar sobre uma nova forma de ocupação do espaço, associada às igualmente novas formas de fazer negócios – os prédios de escritórios. Com vários andares, janelas maiores e envidraçadas, essas construções iriam ser precursoras da primeira geração de arranha-céus. Escritórios da Companhia de Caminhos de Ferro, em Baltimore, Maryland.

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    • O desenvolvimento das atividades de comércio e prestação de serviços, aliado à crescente valorização de terrenos, ensejou a concentração das construções em espaços menores e a elevação da altura dos prédios. Comparadas às de hoje, edificações de seis ou oito andares não são espetaculares. No final do século XIX, entretanto, os novos materiais e técnicas construtivas nelas empregadas garantiram a verticalização que se tornaria vertiginosa no século XX. Escritórios de companhia de seguros e banco, em Nova Iorque.

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    • Escritórios da Companhia de Seguros North America, na Filadélfia, Pensilvânia, projeto dos arquitetos Edward Clark Cabot (1818-1901) e Francis Ward Chandler (1844-1926).

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    • Escritórios da Companhia de Seguros Liverpool, London & Globe, na Filadélfia, Pensilvânia, projeto do arquiteto Theophilus Parsons Chandler Jr. (1845-1928).

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    • Escritórios para empresas privadas, em Nova Iorque, projetados pelo arquiteto George Browne Post.

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    • A empresa criada pelos arquitetos Daniel Hudson Burnham (1846-1912) e Johm Wellborn Root (1850-1891) desenvolveu trabalhos, no final do século XIX, que estabeleceram as bases, tanto do ponto de vista estrutural quanto de design, para a construção futura de arranha-céus. Ambos também foram responsáveis pela coordenação da Feira Mundial de Chicago, em 1893, comemorativa dos quatrocentos anos da chegada de Colombo à América. Os trabalhos de Burnham e Root, assim como os de Dankmar Adler, iriam compor a chamada Escola de Chicago, com uma arquitetura verticalizada, com fachadas de vidro e sem ornamentação. Escritórios para empresas privadas, em Chicago, Illinois, projeto dos arquitetos Daniel Hudson Burnham (1846-1912) e John Wellborn Root (1850-1891).

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    • O grande incêndio que arrasou Chicago, em 1871, ofereceu a oportunidade para que os arquitetos reconstruíssem a cidade fazendo uso dos novos materiais e técnicas disponíveis. Estruturas metálicas e a instalação de elevadores iriam permitir a construção de prédios cada vez mais altos, e este projeto, de John J. Flanders (1847-1914), não passou despercebido às lentes de Albert Lévy. Com 12 andares, o edifício Mallers era a construção mais alta de Chicago à época da sua inauguração, em 1885.

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    • Escritórios para empresas privadas, em Chicago, Illinois, projeto dos arquitetos Daniel Hudson Burnham e John Wellborn Root. Na sacada do quinto andar, cavalheiros posam para a foto.

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    • Edifício Cheney, descrito no álbum como grande estabelecimento de comércio e escritórios. Localizado em Hartford, Connecticut, foi projetado pelo arquiteto Henry Hobson Richardson.

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    • Edifício Newell, estabelecimento comercial e de escritórios em Minneapolis, Minnesota, de autoria de William H. Dennis (1845-1917).

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    • Magazine de comércio de tapetes, em Nova Iorque. Projeto de William W. Smith (1862-1937).

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    • Loja de artigos femininos ou “grande magazine de novidades”, como indicado por Albert Lévy no álbum. Projeto de Robert Swain Peabody (1845-1917) e John Goddard Stearns (1843-1917), em Boston, Massachusetts.

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    • Novas formas de fazer negócios também foram introduzidas no comércio de bens de consumo individual. Os chamados “magazines de novidades” reuniam em um só lugar diversos produtos relacionados à confecção de vestimentas femininas. Esta loja em Albany, Nova Iorque, fotografada por Albert Lévy, está localizada em frente a uma calçada movimentada e apresenta em suas vitrines rendas, chapéus, tecidos e roupas prontas, dispostos de maneira a incitar o cliente potencial a entrar.

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    • Charretes, carrinhos e caixotes movimentam a entrada da casa de comércio atacadista, em Nova Iorque, projeto dos arquitetos Walter Cook (1846-1916) e George Fletcher Babb (1836-1916).

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    • Casa de comércio atacadista, em Baltimore, Maryland, projeto de Charles L. Carson (1847-1891).

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    • Casa de comércio atacadista, projeto de Charles L. Carson.

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    • Ambach, Burgunder & Co. Confecções, projeto de Charles L. Carson, em Baltimore, Maryland.

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    • Edifício James Conroy, em Milwaukee, Wisconsin. À direita, a galeria de arte de Phillip Poposkey e Frank Durbin; à esquerda, a sorveteria Conroy’s; no andar superior, o escritório de advocacia de Goodwin, Benedict & Miller. Casa comercial em Milwaukee, Wisconsin.

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    • Casa comercial em Baltimore, Maryland.

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    • Prédio da fraternidade Odd Fellows, em Cambridge, Massachusetts, projeto dos arquitetos Henry Walker Hartwell (1833-1919) e William Cummings Richardson (1854-1935). No andar térreo, casa comercial.

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    • Casa comercial de E. Rothschild & Brothers, em Chicago, Illinois, construída por Dankmar Adler (1844-1900).

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    • Prédio da editora Ivison, Blakeman, Taylor & Co., em Nova Iorque, projeto de Jarvis Morgan Slade (1852-1882).

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    • Detalhe da residência de Cornelius Vanderbilt II, em Nova Iorque, projeto do arquiteto George Browne Post. Como em várias das fotografias de Albert Lévy, veem-se ruas também em obras e trabalhadores posando para a foto.

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    • Residência de Cornelius Vanderbilt II, em Nova Iorque. Nas janelas, pessoas posando, uma das marcas do trabalho de Albert Lévy.

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    • A arquitetura residencial norte-americana caracteriza-se por uma grande variedade de períodos e estilos. As casas geminadas, fáceis de construir em lotes estreitos e com preços acessíveis, tornaram-se uma tipologia frequente, capazes de atender a demanda crescente por moradia em cidades como Nova Iorque, Baltimore, Filadélfia e Washington. [S.l.]

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    • Casas geminadas. Albany, Nova Iorque.

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    • Bares e cafés eram, no final do século XIX, os espaços por excelência do exercício da sociabilidade, desempenhando um papel central na cultura urbana. O cuidado com a ambiência exigia uma decoração ao mesmo tempo sofisticada e sóbria, sintonizada com o ideal de civilidade vigente à época. Mais do que lugares para se beber em público, esses estabelecimentos acolhiam contatos informais, intercâmbio de informações e transações comerciais. [S.l.]

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    • Residência, projeto do arquiteto Robert Henderson Robertson (1849-1919). Nova Iorque.

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    • Residências de Horace Billings e H. Tuttle. Boston, Massachusetts.

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    • Residências de Hamilton McKown Twombly e William Seward Webb, relacionados via casamento com a família Vanderbilt. Ao fundo, Igreja de São Tomás, projeto do arquiteto Richard Upjohn. Nova Iorque.

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    • Residências. [S.l.]

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    • Condomínio de apartamentos Berkshire, em Nova Iorque. Projeto do arquiteto Carl Pfeiffer (1834-1888).

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    • Residência. [S.l.]

      Lévy, Albert. L’architecture américaine. v. 3

    • Residência. [S.l.]

      Lévy, Albert. L’architecture américaine. v. 3

    • Residência em Boston, Massachusetts, projeto do arquiteto William Ralph Emerson (1833-1917).

      Lévy, Albert. L’architecture américaine. v. 3

    • Residências. [S.l.]

      Lévy, Albert. L’architecture américaine. v. 3

    • As cidades americanas
  • Sobre o acervo

    Módulo 1 – O Rio de Janeiro nas comemorações da Proclamação da República

    Capa do álbum Recordação das festas nacionais - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_capa

    O arco do triunfo - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_001

    Em outra vista com o arco do triunfo, vê-se o Palácio Itamaraty - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_002

    Piquenique no Corcovado - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_003

    “Aspectos do banquete campestre” - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_004

    Vista geral do campo d’Aclamação - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_005

    Prédio da escola normal, antiga Escola Primária da Freguesia de Santana - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_006

    Quartel-General do Exército brasileiro - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_007

    Campo de Santana - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_008

    O pavilhão central dos festejos da Proclamação da República - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_009

    Estátua do general Osório - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_010

    Estátua do general Osório no ato da inauguração - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_011

    Manuel Luís Osório - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_012

    O Arsenal de Marinha - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_013

    Considerado um arrabalde distante durante o período colonial, Botafogo - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_014

    A entrada da barra do Rio de Janeiro - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_015

    A Quinta da Boa Vista - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_016

    A Escola Militar da Praia Vermelha - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_017

    Correios e da rua Primeiro de Março - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_018

    Prédio da Intendência Municipal - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_019

    Pavilhão do Corcovado e morro da Gávea - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_020

    Panorama visto do Silvestre - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_021

    A cidade vista do alto do Corcovado - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_022

    A imagem mostra os melhoramentos - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_023

    Estação de Paineiras - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_024

    Corcovado visto do Largo dos Leões - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_025

    Panorama visto do morro da Providência - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_026

    A representação de uma natureza acolhedora e agradável - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_027

    Entrada da Baía de Guanabara - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_028

    Prédio do Ministério da Agricultura - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_029

    A praia de Copacabana - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_030

    Ponte do Silvestre e Baía de Guanabara - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_031

    O Aquidabã - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_032

    Ruínas de Villegaignon - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_033

    Ruínas de Villegaignon - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_034

    Canhão Armstrong - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_035

    Os jovens formados pela Escola Militar da Praia Vermelha - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_036

    A fortaleza de São João - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_037

    Ruínas de Villegaignon - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_038

    O canhão Armstrong - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_039

    Barricada erguida com sacos de areia e canhão - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_040

    Ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_041

    Pedra do Índio - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_042

    Ilha de Paquetá - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_043

    Praia do Catimbau, em Paquetá - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_044

    Alameda do Jardim Botânico do Rio de Janeiro - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_045

    Jardim Botânico - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_046

    Após a Proclamação da República - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_047

    Bambuzais do Jardim Botânico do Rio de Janeiro - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_048

    Cortado por alamedas retilíneas - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_049

    A palmeira-imperial - BR_RJANRIO_Q6_LEG_ADM_FOT1_050

    Módulo 2 – Paris e a fotografia

    Página do álbum de viagem de Gilberto Ferrez a Paris - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_PAG_19

    O Sena e a Torre Eiffel vistos da Ilha dos Cisnes - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_4_72_1

    Torre Eiffel vista do Trocadero - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_078

    Claire Louise Poncy Ferrez - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_060

    Trocadero em fotografia tirada da Torre Eiffel - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_057

    Jardim e Palácio do Trocadero - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_058

    O Sena e a Ilha dos Cisnes - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_059

    Catedral de Notre Dame vista do cais de Bourbon - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_050

    Tulherias, Arco do Carrossel - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_048

    Detalhe do Arco do Triunfo - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_052

    Júlio Ferrez, pai de Gilberto Ferrez, em Cluny - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_064

    A capela da Virgem de Saint-Germain-de-Prés - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_065

    Porta do monastério de Cluny - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_066

    Palácio dos Inválidos - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_107

    Torre de São Germano de Auxerre - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_108

    Monumento à República - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_112

    Triunfo da República - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_053

    Jardim de Buttes-Chaumont - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_063

    Cais e ponte de Passy - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_068

    Parque Monceau - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_069

    Parque Monceau - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_071

    Trocadero. Paris - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_076

    A fonte Louvois - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_080

    Torre de São Tiago - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_082

    Ponte Alexandre - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_083

    Gare do Arsenal e Coluna de Julho - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_084

    Paris; em destaque, a catedral de Notre Dame - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_113

    Palácio dos Inválidos - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_115

    O Sena e a Ilha da Cidade - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_123

    Ampliação de fotografia tirada durante a viagem - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_4_72_2

    Página do álbum de viagem de Gilberto Ferrez a Paris - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_PAG_32

    Colunata - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_104

    Lago de Latona - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_105

    Aldeia do Pequeno Trianon - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_072

    Aldeia - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_073

    Peristilo do Grande Trianon - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_074

    Grande Trianon - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_075

    Estátua de Luís II de Bourbon-Condé - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_100

    Pátio de Mármore - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_101

    Júlio Ferrez, pai de Gilberto Ferrez - BR_RJANRIO_FF_GF_1_0_5_1_103

    Módulo 3 – Manaus, a Paris das selvas

    Folha de rosto do álbum - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_F ROSTO

    Afonso Pena foi o primeiro presidente - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_002

    As recepções oferecidas em Manaus - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_003

    Alguns meses antes da visita presidencial - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_004

    Constantino Nery, governador do estado do Amazonas - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_006

    Afonso Pena percorreu Manaus de bonde - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_007

    Na virada do século XIX para o XX, a cidade de Manaus - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_008

    Inaugurado em 1900, o Palácio da Justiça - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_009

    Inaugurado em 1896 para ser um teatro de ópera - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_011

    O Salão Nobre - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_013

    A Praça da República - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_015

    Construída às margens do rio Negro - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_016

    A Torre Eiffel - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_020

    O edifício conhecido como Paço da Liberdade - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_021

    Considerado uma das obras monumentais - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_025

    A avenida Eduardo Ribeiro - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_027

    O Ginásio Amazonense oferecia educação secundária - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_029

    Rua Barroso, com a cúpula do Teatro Amazonas ao fundo - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_030

    A casa comercial anunciava “grande depósito de bebidas nacionais e estrangeiras” - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_031

    As políticas de embelezamento da cidade de Manaus - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_032

    A praça São Sebastião - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_033

    A alternância de períodos de cheia e vazante - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_034

    Praça 15 de Novembro - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_037

    Visita de Afonso Pena à capitania do porto de Manaus - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_038

    Nos primeiros anos da República - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_039

    O Mercado Público de Manaus - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_044

    Barracas, quiosques e animais de carga - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_045

    A arquitetura de prédios públicos e particulares - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_046

    Os ingleses dominaram o comércio da borracha - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_047

    A construção de pontes de ferro - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_048

    Prédio de linhas neoclássicas - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_049

    Localizada de frente para o rio Negro - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_052

    Um ano após a Proclamação da República - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_055

    Devido à expansão da economia de exportação da borracha - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_058

    A preocupação com a “beleza” e “civilidade” - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_059

    Construído no final do século XIX - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_060

    Praça 15 de Novembro - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_061

    Casa de Detenção de Manaus - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_070

    A valorização imobiliária dos diversos espaços da cidade - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_071

    Manaus foi paulatinamente adquirindo “ares modernos” - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_072

    O dinamismo da economia amazonense - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_073

    A ponte de desembarque do porto de Manaus - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_074

    A estrutura de saúde pública de Manaus - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_077

    Criado em 1876, o Corpo de Bombeiros do Amazonas - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_079

    Rua 10 de Julho - BR_RJANRIO_ON_0_FOT_00060_094

    Módulo 4 – Cidades Americanas

    A escolha do sítio para abrigar a capital federal - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_001

    Capitólio em Hartford - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_002

    Ministérios da Guerra, da Marinha e de Estado - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_003

    O enquadramento de fachadas em diagonal - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_004

    Não existiam escolas de arquitetura nos Estados Unidos - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_005

    Museu de Belas-Artes - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_006

    O Museu Eden - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_007

    Biblioteca em Woburn - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_008

    Faculdade de Direito de Harvard - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_009

    Faculdade de Columbia - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_010

    Bolsa de Comércio - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_011

    Entrada principal do Teatro do Cassino - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_012

    Terminada em 1880, a Igreja do Messias - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_013

    A Igreja da Santíssima Trindade - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_014

    Igreja do Bom Pastor - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_015

    Capela no cemitério de Hartford - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_016

    Sinagoga Emanu-El - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_017

    Casa paroquial da Igreja da Santíssima Trindade - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_018

    Nas cidades americanas da virada do século XIX para o XX - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_019

    O desenvolvimento das atividades de comércio - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_020

    Escritórios da Companhia de Seguros North America - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_021

    Escritórios da Companhia de Seguros Liverpool - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_022

    Escritórios para empresas privadas - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_023

    A empresa criada pelos arquitetos - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_024

    O grande incêndio que arrasou Chicago - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_025

    Escritórios para empresas privadas - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_026

    Edifício Cheney - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_027

    Edifício Newell - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_028

    Magazine de comércio de tapetes - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_029

    Loja de artigos femininos - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_030

    Novas formas de fazer negócios - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_031

    Charretes, carrinhos e caixotes - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_032

    Casa de comércio atacadista, em Baltimore - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_033

    Casa de comércio atacadista - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_034

    Ambach, Burgunder & Co. Confecções - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_035

    Edifício James Conroy - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_036

    Casa comercial em Baltimore - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_037

    Prédio da fraternidade Odd Fellows - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_038

    Casa comercial de E. Rothschild & Brothers - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_039

    Prédio da editora Ivison - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V1_PCH_040

    Detalhe da residência de Cornelius Vanderbilt II - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V2_PCH_001_048

    Residência de Cornelius Vanderbilt II - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V2_PCH_001_054

    A arquitetura residencial norte-americana - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V2_PCH_001_056

    Casas geminadas - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V2_PCH_001_059

    Bares e cafés - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V2_PCH_001_060

    Residência, projeto do arquiteto Robert Henderson Robertson - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V2_PCH_001_0063

    Residências de Horace Billings e H. Tuttle - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V2_PCH_001_065

    Residências de Hamilton McKown Twombly e William Seward - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V2_PCH_001_068

    Residências - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V2_PCH_001_073

    Condomínio de apartamentos Berkshire - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V2_PCH_001_075

    Residência - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V3_PCH_079

    Residência - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V3_PCH_091

    Residência em Boston - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V3_PCH_097

    Residências - BR_RJANRIO_S7_FOT_001_V3_PCH_099

  • Ficha técnica

    A exposição Pontos de vista – fotografia e cidade em álbuns do Arquivo Nacional apresenta imagens oriundas de quatro álbuns pertencentes a fundos privados custodiados pela instituição e que se debruçam sobre Rio de Janeiro, Paris, Manaus e cidades americanas. Elaborados entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do século XX, os álbuns compõem os fundos Floriano Peixoto (Q6); Família Ferrez (FF); Afonso Pena (ON); e Paulo de Assis Ribeiro (S7), respectivamente.

    A exposição Pontos de vista – fotografia e cidade em álbuns do Arquivo Nacional foi realizada exclusivamente para ambiente virtual.

    Data: junho de 2023

  • Créditos

    REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

    Presidente da República

    Luiz Inácio Lula da Silva

    Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos

    Esther Dweck

    ARQUIVO NACIONAL

    Diretora-geral

    Ana Flávia Magalhães Pinto

    Diretora de Processamento Técnico, Preservação e Acesso ao Acervo

    Diana Santos Souza

    Coordenadora-geral de Acesso e Difusão (substituta)

    Daiana Maria Ribeiro Dantas Martins

    Coordenadora de Pesquisa, Educação e Difusão do Acervo

    Leticia dos Santos Grativol

    EXPOSIÇÃO

    Curadoria/seleção de imagens/textos e legendas

    Denise de Morais Bastos

    Edição e revisão de textos

    Maria Cristina Martins

    Programação visual

    Luciana Monteiro Peralva

    Tratamento de imagens

    Norrau Comunicação e Marketing Ltda

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