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Exposição

Rio 1908: a cidade de portos abertos

 

  • Apresentação

    A exposição Rio 1908: a cidade de portos abertos é mais um produto apresentado pelo Arquivo Nacional a partir de seu acervo de fotografias, obras raras, desenhos e plantas originais, integrado às comemorações dos 200 anos da chegada da Corte ao Brasil.

    Um século após o desembarque do príncipe d. João no Rio de Janeiro, a capital da recente República brasileira festejou a abertura dos portos com uma exposição organizada na Praia Vermelha. A cidade havia passado pela reforma de núcleos importantes de sua estrutura nos anos de 1903 a 1906 - pelas mãos do prefeito Pereira Passos -, entre uma série de medidas que provocaram desde odes ao progresso até a Revolta da Vacina, em 1904.

    Tal como no Rio de Janeiro joanino, buscava-se a cidade das Luzes, rompendo com o traçado colonial. No início do século XX, o modelo é Paris, suas largas avenidas e bulevares haussmanianos. Novamente, era o passado colonial que viria abaixo, junto com muitas questões sociais, agora com violência e radicalidade. De portos abertos aos estrangeiros, nas fachadas da avenida Central, atual avenida Rio Branco, o Rio exibia um ideal arquitetônico que representava os principais agentes daquele projeto: exportadores de café, comerciantes de luxo, grandes jornais, os primeiros magazines, hotéis de grande porte, teatros, instituições públicas e empresas.

    A Exposição Comemorativa de 1908 reuniu pavilhões especialmente construídos para a ocasião, que correspondiam aos estados, além do de Portugal, país convidado. Incluía, ainda, pavilhões da Fábrica Bangu, do Teatro João Caetano, e outros espaços em que eram apresentados os principais produtos da nossa economia, exibição esta que traduzia um discurso sobre o Brasil do início do século, decorridos apenas vinte anos do fim da escravidão.

    As transformações urbanas instauradas em 1808 foram implementadas pelos homens do Antigo Regime na América, impondo mudanças nos hábitos urbanos, na higiene pública e nas construções. Entre os grandes intérpretes daquele cenário carioca, Debret, membro da Missão Artística Francesa desembarcada em 1816, e artistas como Rugendas. O Rio de 1908 ergue-se sobre um mundo que tenta deslocar a memória colonial e do Império. Nesse momento, a cidade ganha outros intérpretes, como Paulo de Frontin, Adolfo Morales de los Rios e Heitor de Melo.

    Imprimir no tecido urbano os ideais do que se anuncia como uma nova época é um traço comum aos projetos civilizadores. Em 1808 e 1908, o Rio de Janeiro foi visto como o lugar da sua realização.

    Cláudia Beatriz Heynemann
    Maria do Carmo Teixeira Rainho
    Curadoras

  • Sobre as imagens

    Todas as imagens da exposição Rio 1908: a cidade de portos abertos receberam tratamento digital de forma a garantir o conforto visual do visitante e foram igualmente editadas para compor a narrativa da exposição. Assim, as reproduções aqui exibidas foram mescladas, cortadas, tiveram cor alterada ou detalhes realçados e não correspondem aos tamanhos originais dos documentos. 

    Todas as imagens desta exposição retratam a cidade do Rio de Janeiro. As fotografias são estereoscopias da Coleção Fotografias Avulsas e as plantas e documentos manuscritos integram o Fundo Comissão Construtora da Avenida Central.


    As imagens de obras raras foram extraídas dos seguintes autores:

    ARAGO, Jacques Étienne Victor. Voyage autor du monde... pendant les années 1817, 1818, 1819 et 1820. Paris: Imprimerie en Taille-Douce de Langlois, 1824-1826.
    CALLCOTT, Maria Dundas Graham. Journal of a voyage to Brazil and residence there during part of the 1821, 1822, 1823. London: Longman Group Limited, 1824.
    CHAMBERLAIN, Sir Henry. Vistas e costumes da cidade e arredores do Rio de Janeiro em 1818-1820. Rio de Janeiro: Kosmos, 1943.
    DEBRET, Jean Baptiste. Voyage pittoresque et historique au Brésil, ou Séjour d'un Artiste Français au Brésil, depuis 1816 jusqu'en 1831... Paris: Firmind Didot Frères, 1834-1839.
    RUGENDAS, Johann Moritz. Voyage pittoresque dans le Brésil. Paris: Engelmann & Cie., 1835.

     

    1808/1908: A busca por ares civilizados

    Pão de Açúcar e Morro do Corcovado: O2/FOT 441(1)
    Baía do Rio de Janeiro: Jean Baptiste Debret. OR 1909 Vol.3. Pl.53
    Negras vendedoras de angu: Jean Baptiste Debret. OR 1909 Vol. 3. Pl.35
    Mercado Municipal: O2/FOT 441 (10)
    Rio, a partir do morro da Glória. Maria Dundas Graham:OR 0595
    Monumento à Abertura dos Portos:O2/FOT 520 (29)
    Avenida Beira-Mar: O2/FOT 520 (24)
    Vista da Boa Viagem. Jacques Étienne Victor Arago: OR 2126 Pl. 4
    Baía do Rio de Janeiro: Jacques Étienne Victor Arago. OR 2126 Pl. 5
    Pavilhão de Regatas de Botafogo: O2/FOT 441(21)
    Visita da esquadra americana 1: O2/FOT 441(19)
    Visita da esquadra americana 2: O2/FOT 441(20)
    Vista geral da cidade: Jean Baptiste Debret. OR 1909 Vol.3 Pl.4

     

    1808/1908: Permanências e rupturas

    Passeio Público: O2/FOT 520(23)
    Quinta da Boa Vista: O2/FOT 441(45)
    Museu Nacional: O2/FOT 441(46)
    Praça XV de Novembro: O2/FOT 441(9)
    Praça dos Estivadores: O2/FOT 441(8)
    Central do Brasil: O2/FOT 520(21)
    Ilha do Governador: O2/FOT 441(52)
    Planta da cidade: Jean Baptiste Debret. OR 1909 Vol.3
    Vista da cidade: Johann Moritz Rugendas. OR 2119 Pl.9
    Botafogo: Johann Moritz Rugendas. OR 2119 Pl.11
    Copacabana: O2/FOT 441(51)
    Vista geral da cidade: Jean Baptiste Debret. OR 1909 Vol.3 Pl.2

     

    1808/1908: Reestruturação urbana e novas sociabilidades

    Largo da Lapa: O2/FOT 520(30)
    Avenida Mem de Sá: O2/FOT 520(20)
    Vista tomada do ancoradouro: Henry Chamberlain. OR 1985 p.32
    Vista da entrada da baía: OR 1909 Vol.3 Pl.3
    Vista do Corcovado: Maria Dundas Graham. OR 0595
    Avenida do Mangue: O2/FOT 441(6)
    Jardim Botânico: O2/FOT 441(38)
    Igreja de N. Sra. do Carmo: O2/FOT 441(14)
    Avenida Marechal Floriano: O2/FOT 441(3)
    Uma família brasileira: Henry Chamberlain. OR 1985 p.39
    Museu Nacional de Belas Artes: O2/FOT 441(11)

     

    Av. Central: Hotéis, Clubes de Engenharia e Naval

    Oswaldo Cruz: 1C.0.SCC.15.70
    Machado de Assis: 1C.0.SCC.15.41(1)
    Marc Ferrez: 1C.0.SCC.171
    Hotel e Teatro Avenida: 1C/MAP 49 f. 2/10
    Hotel Avenida: O2/FOT 520(4)
    Clube de Engenharia 1: 1C/MAP 81 f. 1/4
    Clube de Engenharia 2: O2/FOT 520(7)
    Av. Central, 39: 1C/MAP 17 f. 1/4
    Clube Naval: 1C/MAP 92 f. 6/9
    Av. Central, 45: 1C/MAP 18 f. 1/6
    Theodor Wille & Cia: 1C/MAP 23 f. 1/5
    Av. Central, 127: 1C/MAP 33 f. 1/3
    Av. Central, 106:1C/MAP 75 f. 1/5

     

    Av. Central: Docas de Santos, Policlínica Geral, magazines

    Docas de Santos 1: O2/FOT 520(5)
    Jornal O País: O2/FOT 520(19)
    Rua da Carioca: O2/FOT 520(18)
    Clube Militar:1C/MAP 55 f. 5/5 A e B
    Av. Central, 103:1C/MAP 27 f. 2/3
    Av. Central, 247: 1C/MAP 54 f 1/3
    Policlínica Geral: 1C/MAP 42 f. 3/8
    Caixa de Amortização:1C/MAP 62 f. 1/4
    Docas de Santos 2: 1C/MAP 64 f. 1/5
    Ao Primeiro Barateiro:. 1C/MAP 72 f. 1/3
    Ao Bastidor de Bordar:1C/MAP 74 f. 1/4
    Casa Colombo: 1C/MAP 29 f. 1/5
    Joalheria, leques e luvas: 1C/MAP 32 f. 1/7

     

    Av. Central: Lloyd Brasileiro, Teatro Municipal, jornais

    Av. Central, 38:1C/MAP 63 f. 1/3
    Caixa de Amortização:O2/FOT 520(11)
    Prédio da Hasenclever & Co.: O2/FOT 520(3)
    Estabelecimentos comerciais: O2/FOT 520(1)
    Lloyd Brasileiro: O2/FOT 520(6)
    Ao Primeiro Barateiro: O2/FOT 520(2)
    Teatro Municipal: O2/FOT 520(14)
    Biblioteca Nacional:O2/FOT 520(15)
    Justiça Federal: O2/FOT 520(16)
    Palácio Monroe: O2/FOT 520(17)
    Jornal do Brasil: 1C/MAP 76 f. 1/8
    Jornal O País 1: O2/FOT 520(9)
    Jornal do Comércio: O2/FOT 520(10)
    Jornal O País 2: 1C/MAP 82 f. 1/7

     

    Exposição de 1908: Palácios dos Estados e das Indústrias

    Porta Monumental: ON/FOT.22(202) e O2/FOT 447(26)
    Primeiro bilhete: ON. Caixa 1 (1.27)
    Palácio dos Estados: O2/FOT 447(5)
    População 1907: ACG06951
    Vias e meios de comunicação: ACG06951
    Produtos de exportação: ACG06951
    Palácio das Indústrias 1: O2/FOT 440(3)
    Palácio das Indústrias 2: O2/FOT 447(25)
    Palácio das Indústrias 3: O2/FOT 440(1)
    Pavilhão de Portugal 1: O2/FOT 440(10)
    Pavilhão de Portugal 2: ON/FOT.22(1)
    Anexo do Pavilhão de Portugal: O2/FOT 440(11)

     

    Exposição de 1908: Produtos e pavilhões

    Pará na Exposição Nacional: ACG05803
    Algodoeiro: ACG06951
    Cacaueiro: ACG06951
    Cafeeiro: ACG06951
    Cana-de-açúcar: ACG06951
    Fumo: ACG06951
    Mate: ACG06951
    Seringueira: ACG06951
    Pavilhão de São Paulo 1: O2/FOT 447(8)
    Palácios dos Estados: O2/FOT 440(7)
    Pavilhões de MG e BA: O2/FOT 447(4)
    Pavilhão da BA: O2/FOT 447(9)
    Pavilhão de São Paulo 2:O2/FOT 440(12)
    Pavilhão de São Paulo 3: O2/FOT 440(15)

     

    Exposição de 1908: Diversões, restaurantes, teatro

    Pavilhão de São Paulo: O2/FOT 440(13)
    Pavilhão do Distrito Federal: O2/FOT 447(10)
    Pavilhão da Fábrica Bangu 1: O2/FOT 440(21)
    Pavilhão da Fábrica Bangu 2: O2/FOT 447(18)
    Diversões:  O2/FOT 447(13)
    Festa das crianças: O2/FOT 447(3)
    Restaurante: ON/FOT.22(3)
    Restaurante Pão de Açúcar: O2/FOT 447(14)
    Restaurante Rústico: O2/FOT 440(27)
    Teatro João Caetano: ON/FOT.22(4) e O2/FOT 447(16)
    Sociedade de Agricultura: O2/FOT 447(17)

  • Galerias

    • 1808/1908: A busca por ares civilizados
    • Baía do Rio de Janeiro
    • O Rio civiliza-se
    • Negras vendedoras de angu
    • Mercado Municipal do Rio de Janeiro
    • Rio, a partir do morro da Glória
    • Monumento Comemorativo do Centenário da Abertura dos Portos
    • Avenida Beira-Mar
    • Bairro da Glória
    • Vista da Boa Viagem
    • Baía do Rio de Janeiro
    • Pavilhão de Regatas de Botafogo
    • Visita da esquadra americana (moda)
    • Esquadra americana - Baía de Guanabara
    • Visita da esquadra americana - moda
    • Vista geral da cidade do Rio de Janeiro
    • 1808/1908: A busca por ares civilizados

      Pão de Açúcar e Morro do Corcovado

      O Pão de Açúcar e o Corcovado são aqui apresentados ainda sem os marcos que os tornariam célebres no século XX: o Cristo Redentor e o bondinho, este idealizado por Augusto Ramos durante a Exposição de 1908.

       

      Pão de Açúcar e Morro do Corcovado. s.a. [1908]

    • Baía do Rio de Janeiro

      Os relatos de viagem contribuíram para a formação de um imaginário sobre o Brasil em que o exótico contrastava com os valores europeus. Entre esses autores, destaca-se Debret, integrante da Missão Artística Francesa, que aportou no Brasil em 1816 e publicou seu relato entre 1834 e 1839. 

       

      Seqüência panorâmica da baía do Rio de Janeiro (Guanabara). Jean Baptiste Debret. Voyage pittoresque et historique au Brésil...

    • O Rio civiliza-se

      "O Rio civiliza-se!" A famosa frase atribuída ao colunista Figueiredo Pimentel, proferida no contexto das reformas promovidas pelo prefeito Pereira Passos no início do século XX, cairia como uma luva se houvesse sido dita por algum morador da cidade em princípios do século XIX. A chegada da família real em 1808 provocou diversas reflexões sobre a cidade que seria a nova sede do Império português. A precariedade das condições das casas e ruas da nova Corte levou à primeira iniciativa de "civilizar" o Rio de Janeiro.

      O intendente de polícia da Corte, Paulo Fernandes Viana, responsável pelas obras públicas, abriu e pavimentou ruas e estradas, aterrou pântanos, reformou calçadas e prédios, derrubou casas velhas, ergueu chafarizes e fontes e saneou a área central, visando atribuir à cidade um ar de Corte européia. Quando a família real se despede, em 1821, deixa para trás um Rio de Janeiro, se não "civilizado" - a enorme população de escravos em circulação não permitia tal conclusão -, ao menos pronto para assumir seu novo papel de capital do Império.

      A busca por ares civilizados continuava a ser, ainda nas primeiras décadas do século XX, um desafio. Amplas reformas e programas de renovação urbana, capazes de proporcionar uma nova imagem, removiam do centro da cidade formas precárias de habitação e trabalho, demolindo velhos edifícios e cortiços e segregando a população pobre em direção aos morros próximos às docas e ao interior, para onde as novas ferrovias conduziam também unidades fabris. Uma série de avenidas que incluía, além da avenida Central, a Mem de Sá, Passos e Beira-Mar, articuladas à avenida Portuária, conferia um novo desenho à cidade. Ao mesmo tempo, um extenso programa de alargamento das ruas na área central foi desenvolvido para permitir a passagem dos novos meios de transporte. Bairros situados nas faixas costeiras transformaram-se em valorizados locais de habitação para as camadas mais altas. A canalização e a retificação de alguns dos principais rios da cidade, em especial o Mangue, compunham o programa de saneamento básico.

      Essas transformações nas primeiras décadas da República permitiram a constituição de um conjunto de estruturas urbanas compatíveis com as principais cidades européias, mas que não afastaram, de todo, o caráter conservador de uma sociedade que se pretendia moderna sem abrir mão de seus privilégios.

    • Negras vendedoras de angu

      A multidão de ambulantes e pequenos artesãos, característica do Rio de Janeiro desde os tempos coloniais, persistia no início do século XX. As quituteiras baianas, o leiteiro que ordenhava as vacas em via pública, o menino vendedor de jornais, o vassoureiro, o condutor de cargueiros que trazia legumes e verduras para a cidade, o mascate de panos e armarinho e o vendedor de caldo de cana, espremido em carrocinhas com realejo, eram representantes das modalidades de comércio e abastecimento tipicamente populares, a serem substituídas por mercados municipais como os da Praia do Russel e da Praia de Botafogo.

    • Mercado Municipal do Rio de Janeiro

      s.a. [1908]

    • Rio, a partir do morro da Glória

      A inglesa Maria Graham (1785-1842), amiga da imperatriz Leopoldina, foi preceptora, a convite do imperador d. Pedro I, de sua filha Maria da Glória. No Rio de Janeiro entre 1821 e 1824, a escritora e artista amadora produziu uma série de desenhos sobre a flora brasileira, além de vistas e paisagens urbanas. Aqui, vemos a Glória antes do adensamento populacional que levaria à criação da freguesia de mesmo nome, em 1834.

      Rio, a partir do morro da Glória. Maria Dundas Graham. Journal of a voyage to Brazil...

    • Monumento Comemorativo do Centenário da Abertura dos Portos

      s.a. [1906]

       

    • Avenida Beira-Mar

      recho na Lapa, com a Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro ao fundo. s.a. [1906]

    • Bairro da Glória

      O bairro da Glória foi contemplado, ainda na segunda metade do século XIX, com a implantação de um sistema de esgoto e drenagem pluvial, iniciativa pioneira na cidade. No início do século XX, a reurbanização do Rio de Janeiro incluiu a abertura da avenida Beira-Mar, construída para articular-se com a avenida Central e a área portuária.
      O projeto, tal como ocorreu em outros trechos das faixas costeiras, promoveu sua valorização.

    • Vista da Boa Viagem

      A baía de Guanabara foi freqüentemente retratada pelos viajantes europeus no século XIX, atraídos pela paisagem e pelos inúmeros acidentes geográficos da costa. O francês Jacques Arago (1790-1855) desenhou a baía em dois momentos durante uma viagem ao redor do mundo com o geógrafo Louis Freycinet, entre 1817 e 1820.

       

      Vista da Nossa Senhora da Boa Viagem. Jacques Étienne Victor Arago. Voyage autor du monde... 1824-1826.

    • Baía do Rio de Janeiro

      ista da Praia Grande. Jacques Étienne Victor Arago. Voyage autor du monde... 1824-1826.

    • Pavilhão de Regatas de Botafogo

      s.a. [1908]

    • Visita da esquadra americana (moda)

      Rio de Janeiro. s.a. [1908]

    • Esquadra americana - Baía de Guanabara

      Visita da esquadra americana ao Rio de Janeiro. s.a. [1908]

    • Visita da esquadra americana - moda

      Na primeira década do século XX, a esquadra americana realizou uma volta ao mundo, com duração de 14 meses, feito que incluiu os EUA entre as maiores potências navais da época. A esquadra fundeou na baía de Guanabara, atraindo a atenção de adultos e crianças, que vestiam suas melhores roupas para visitar os navios. As mulheres optavam por vestidos brancos, de cintura marcada devido ao uso do espartilho, ou pelo conjunto de saia e blusa em duas cores, com as saias em tecidos mais pesados. Também podiam escolher o costume com três peças: saia, blusa e jaqueta, esta inspirada na moda masculina. As saias e vestidos ainda eram bem compridos e volumosos, não permitindo que se vissem os calçados. Chapéus grandes de palha ou veludo recebiam adornos como flores e plumas e, com as luvas, completavam a vestimenta feminina. Os homens aparecem de terno completo, colarinho alto e tecidos pesados, e portam cartola ou chapéu de palha. Nas crianças pequenas, já se nota uma liberdade no vestir: roupas leves e claras, distanciando-se dos trajes infantis do século XIX. Destaca-se ainda o jovem vestido de marinheiro, um dos carros-chefe da indumentária infanto-juvenil desde o século anterior.

    • Vista geral da cidade do Rio de Janeiro

      Jean Baptiste Debret. Voyage pittoresque et historique au Brésil...

    • 1808/1908: A busca por ares civilizados
    • Baía do Rio de Janeiro
    • O Rio civiliza-se
    • Negras vendedoras de angu
    • Mercado Municipal do Rio de Janeiro
    • Rio, a partir do morro da Glória
    • Monumento Comemorativo do Centenário da Abertura dos Portos
    • Avenida Beira-Mar
    • Bairro da Glória
    • Vista da Boa Viagem
    • Baía do Rio de Janeiro
    • Pavilhão de Regatas de Botafogo
    • Visita da esquadra americana (moda)
    • Esquadra americana - Baía de Guanabara
    • Visita da esquadra americana - moda
    • Vista geral da cidade do Rio de Janeiro
    • 1808/1908: Permanências e rupturas
    • Estereoscopia
    • Quinta da Boa Vista
    • Museu Nacional
    • Praça XV de Novembro
    • Praça dos Estivadores
    • Central do Brasil
    • Cais na Ilha do Governador
    • Tradições da cidade colonial
    • Planta da cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro
    • Vista da cidade - Rugendas
    • Botafogo
    • Copacabana
    • Botafogo e Copacabana
    • Vista geral da cidade do Rio de Janeiro tomada do Convento de São Bento
    • 1808/1908: Permanências e rupturas

      Passeio Público

      Terraço do Passeio Público, com vista, ao fundo, da Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, do Mercado da Glória e da avenida Beira-Mar.

      s.a. [1906]

    • Estereoscopia

      A estereoscopia, forma de fotografia tridimensional muito popular entre meados do século XIX e a primeira década do século XX, era obtida através de uma câmera com duas lentes, que reproduziam duas imagens ligeiramente diferentes de um mesmo objeto.

      Por meio de um visor, este par de imagens desiguais converte-se em uma única imagem com características novas. As mais antigas produzidas no Brasil são de Revert Henrique Klumb, que possuiu ateliê no Rio de Janeiro na década de 1850. Após um período de declínio, a técnica voltou a despertar interesse entre 1895 e 1915, tornando-se uma forma de diversão das famílias, que mantinham em suas salas os aparelhos e "caixas de vista".

      No Brasil, isto se deveu ao conde de Agrolongo, dono da Grande Manufatura de Fumos e Cigarros Marca Veado que distribuía, na capital, estereoscopias de tamanho reduzido (2,5 cm x 7 cm) em seus maços. Em 1908, um novo editor, Rodrigues & Co., estabelecido na rua do Ouvidor, organizou um conjunto de cartões estereoscópicos do Rio de Janeiro no formato internacional 9 cm x 18 cm. Com cerca de 100 fotografias de excelente qualidade, cujos autores permaneceram anônimos, sua coleção era distribuída como brinde por firmas como a Papelaria e Livraria Gomes Pereira.

    • Quinta da Boa Vista

      Depois que a família real instalou-se no Paço de São Cristóvão, a região tornou-se uma área residencial valorizada. Em 1876, d. Pedro II convidou Auguste Glaziou, paisagista e arquiteto francês, para reformar o parque em torno da casa principal. O projeto não foi concluído em conseqüência da proclamação da República, que resultou no exílio da família imperial e na decadência da área. O Paço abriga, atualmente, o Museu Nacional.

       

      Quinta da Boa Vista. s.a. [1908]

    • Museu Nacional

      s.a. [1908]

    • Praça XV de Novembro

      s.a. [1908)
    • Praça dos Estivadores

      s.a. [1908]

    • Central do Brasil

      Estação da E. F. Central do Brasil.

      s.a. [1906]

    • Cais na Ilha do Governador

      s.a. [1908]

    • Tradições da cidade colonial

      A reforma Pereira Passos não eliminou certas tradições herdadas da cidade colonial, assim como a apropriação histórica de alguns de seus espaços. O antigo largo do Paço, atual praça XV de Novembro, permaneceu um lugar de grande circulação de populares. A praça dos Estivadores, hoje rua Camerino, reúne trabalhadores portuários desde a época do mercado do Valongo.

      A Estrada de Ferro Central do Brasil, palco do vai-e-vem diário entre centro e subúrbio, concentrava o transporte terrestre. Em outras localidades, os trabalhadores possuíam apenas ferryboats para levá-los ao seu ofício.

    • Planta da cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro

      Jean Baptiste Debret. Voyage pittoresque et historique au Brésil...

    • Vista da cidade - Rugendas

      O alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858) nasceu em uma família de artistas. Foi contratado como desenhista para a missão científica do barão de Langsdorff, mas logo no início abandonou a expedição, passando a viajar por conta própria. Permaneceu no país de 1822 a 1825. Em 1835, publicou os cem desenhos que havia produzido na Voyage pittoresque dans le Brésil, voltada essencialmente para o público europeu, e que obteve grande popularidade.

       

      Vista do Rio de Janeiro - tomada da Igreja de Nossa Senhora da Glória. Johann Moritz Rugendas. Voyage pittoresque dans le Brésil.

    • Botafogo

      Johann Moritz Rugendas. Voyage pittoresque dans le Brésil.

    • Copacabana

      Panorama de Copacabana tirado da igrejinha que deu nome ao bairro, demolida em 1908 para construção do Forte. No Posto VI, havia uma colônia de pescadores e a Casa de Mère Louise, um famoso cabaré.

      s.a. [1908]

    • Botafogo e Copacabana

      Retratada por viajantes desde o século XIX, a enseada de Botafogo era uma das regiões mais bonitas da cidade. O bairro era a escolha das populações abastadas do Rio de Janeiro, assim como Laranjeiras e Jardim Botânico.

      Data de 1892 o primeiro túnel que permitiu o acesso a Copacabana, passando por Botafogo e chegando à atual praça Cardeal Arcoverde. Contudo, a comunicação com o bairro acelerou-se de fato a partir da abertura do Túnel Novo, projeto do engenheiro Coelho Cintra, de 1906.

    • Vista geral da cidade do Rio de Janeiro tomada do Convento de São Bento

      Jean Baptiste Debret. Voyage pittoresque et historique au Brésil...

    • 1808/1908: Permanências e rupturas
    • Estereoscopia
    • Quinta da Boa Vista
    • Museu Nacional
    • Praça XV de Novembro
    • Praça dos Estivadores
    • Central do Brasil
    • Cais na Ilha do Governador
    • Tradições da cidade colonial
    • Planta da cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro
    • Vista da cidade - Rugendas
    • Botafogo
    • Copacabana
    • Botafogo e Copacabana
    • Vista geral da cidade do Rio de Janeiro tomada do Convento de São Bento
    • 1808/1908: Reestruturação urbana e novas sociabilidades
    • Avenida Mem de Sá
    • Lapa
    • Vista tomada do ancoradouro
    • Vista da entrada da baía do Rio de Janeiro
    • Vista do Corcovado
    • Avenida do Mangue
    • Chafariz do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
    • Palmeiras imperiais
    • Desfile militar na avenida Marechal Floriano
    • Igreja de N. Sra. do Carmo
    • Uma família brasileira
    • Museu Nacional de Belas Artes
    • Vivências públicas e privadas
    • 1808/1908: Reestruturação urbana e novas sociabilidades

      Largo da Lapa

      Em primeiro plano, o Lampadário Monumental do Largo da Lapa. Ao fundo, o Grande Hotel, o Convento de Santa Teresa e o Grande Hotel Bragança.

      s.a. [1906]

    • Avenida Mem de Sá

      Arcos da Lapa ao fundo. s.a. [1906]

    • Lapa

      O Largo da Lapa também passou por um processo de reestruturação no início do século XX, que incluiu o arrasamento do morro do Senado, a abertura da avenida Mem de Sá, a arborização do largo e a construção do Lampadário Monumental, obra de Rodolfo Bernardelli. Como parte do projeto de abertura de avenidas litorâneas, a praia da Lapa foi aterrada para construção da avenida Beira-Mar.

       

      O Aqueduto da Carioca, ou Arcos da Lapa, construído no século XVIII, tornou-se, a partir de 1896, via de passagem para os bondes que se dirigiam a Santa Teresa. O casario que ocupava o espaço sob esta construção foi derrubado.

    • Vista tomada do ancoradouro

      A cidade do Rio de Janeiro - vista tomada do ancoradouro. Henry Chamberlain. Vistas e costumes da cidade e arredores do Rio de Janeiro...

    • Vista da entrada da baía do Rio de Janeiro

      Jean Baptiste Debret. Voyage pittoresque et historique au Brésil...

    • Vista do Corcovado

      Maria Dundas Graham. Journal of a voyage to Brazil...

    • Avenida do Mangue

      s.a. [1908]

    • Chafariz do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

      s.a. [1908]

    • Palmeiras imperiais

      Criado em 1808 como um jardim de aclimatação de especiarias, o Jardim Botânico expandiu suas fronteiras científicas e de lazer desde o século XIX, ocupando lugar privilegiado em vistas e descrições da cidade, sobretudo a aléia central com o majestoso corredor de palmeiras imperiais.

      Este recurso paisagístico foi empregado também no Canal do Mangue, cujo prolongamento integrou a reforma Pereira Passos. A obra contou ainda com a abertura, às margens do canal, da avenida Francisco Bicalho, então a mais larga do Rio de Janeiro.

    • Desfile militar na avenida Marechal Floriano

      s.a. [1908]

    • Igreja de N. Sra. do Carmo

      Com o objetivo de interligar a Cidade Nova ao mar, as ruas Larga e Estreita deram lugar à rua Marechal Floriano. Na Lapa, as transformações urbanas fizeram coexistir edificações coloniais com outras, características do período republicano.

       

      Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro. s.a. [1908]

    • Uma família brasileira

      Henry Chamberlain. Vistas e costumes da cidade e arredores do Rio de Janeiro...

    • Museu Nacional de Belas Artes

      s.a. [1908]

    • Vivências públicas e privadas

      A vida na colônia era monótona: as mulheres raramente saíam sem a companhia de escravos e a família restringia suas relações sociais a festas religiosas. As transformações na cidade, acentuadas na primeira década do século XX, refletiram-se diretamente na interação e nas vivências públicas e privadas dos habitantes do Rio de Janeiro, fazendo aflorar uma nova sociabilidade. A "europeização" do espaço urbano abriu lugar para as pessoas e, em especial, para as mulheres em novos domínios privados e públicos. Machado de Assis, na primeira década do século XX, escrevia: "o nosso Rio mudou muito, até de costumes. (...) Há mais senhoras a passeio".

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    • Av. Central: Hotéis, Clubes de Engenharia e Naval
    • Machado de Assis
    • Marc Ferrez
    • Comissão Construtora da Av. Central
    • Abertura da Av. Central
    • Hotel e Teatro Avenida
    • Hotel Avenida
    • Hotéis
    • Clube de Engenharia - projeto
    • Clube de Engenharia
    • Avenida Central, números 39, 41 e 43
    • Clube Naval
    • Avenida Central, números 45, 47 e 49
    • Theodor Wille & Cia.
    • Avenida Central, 127
    • Avenida Central, números 106 e 108
    • Av. Central: Hotéis, Clubes de Engenharia e Naval

      Oswaldo Cruz

      Correspondência de [Oswaldo] Gonçalves Cruz para Paulo de Frontin, informando sobre a vacinação antivariólica do pessoal subalterno empregado na Comissão Construtora da Avenida Central. 19/7/1904.

    • Machado de Assis

      Correspondência de Joaquim Maria Machado de Assis para o engenheiro-chefe da Comissão Construtora da Avenida Central, solicitando mais uma via de ofício sobre pessoal operário empregado a fim de efetuar-se pagamento. 29/4/190-.

    • Marc Ferrez

      Correspondência assinada por Marc Ferrez com orçamento para impressão de fotogravuras. 30/1/1907.

    • Comissão Construtora da Av. Central

      A Comissão Construtora da Avenida Central, presidida pelo engenheiro Paulo de Frontin, subordinava-se ao Ministério da Indústria, Viação e Obras e Públicas. E era ali, como primeiro oficial de uma repartição do ministério, que se encontrava o romancista Machado de Assis (1839-1908), em cujas obras protagonizava o próprio Rio de Janeiro, do Império e da República. O autor de Memórias póstumas de Brás Cubas, entre tantos títulos, é um habitante exemplar do que se chamou cidade letrada.

      Outro personagem desse tempo, em que vigora o poder dos médicos e engenheiros, é o sanitarista Oswaldo Cruz (1872-1917), criador do Instituto Soroterápico Federal (que, posteriormente, ganharia seu nome) e empreendedor de uma vasta campanha de erradicação das epidemias que devastavam a cidade. Às medidas de "despotismo sanitário" para o combate à febre amarela, somou-se a vacinação obrigatória antivariólica, o combustível da célebre Revolta da vacina de 1904. 

       

      Nesse Rio de Janeiro em que o tempo se precipita velozmente, não faltariam os fotógrafos, que desde meados do século XIX produziam retratos e vistas da cidade. Um dos maiores dessa geração, Marc Ferrez (1843-1923) teve ele mesmo seu estúdio desapropriado na rua São José para construção da avenida. Publica, em 1907, o Álbum da avenida Central, um registro do concurso internacional de fachadas aberto pela Comissão Construtora, que o contratou para essa atividade.

    • Abertura da Av. Central

      A abertura da avenida Central inscreve-se na galeria das mais marcantes realizações operadas por Francisco Pereira Passos, prefeito da capital federal de 1903 a 1906. Filho de um grande latifundiário fluminense, Pereira Passos, engenheiro formado pela Escola Militar, atuou na carreira diplomática em Paris, onde, na década de 1850, fez contato com os engenheiros da École des Ponts et Chaussés, dedicando-se aos estudos de arquitetura, construção de portos, canais e estradas de ferro e economia política. Na capital francesa, acompanhou também a famosa revolução urbanística empreendida por Eugène Haussmann. 

      Ao retornar ao Brasil, Passos foi, de 1876 a 1880, diretor da Estrada de Ferro Central. Com a eleição de Rodrigues Alves, foi nomeado prefeito do Distrito Federal com a missão de cumprir as metas de campanha do presidente para a capital: sanear o Rio de Janeiro, remodelar o porto, alargar as ruas mais movimentadas, derrubar os pardieiros, desafogar o centro. Para tanto, Pereira Passos cercou-se do sanitarista Oswaldo Cruz e dos engenheiros Francisco Bicalho e Paulo de Frontin.

      Sua gestão, em que a cidade sofrerá uma dramática transformação, é denominada por Gastão Cruls "o grande quadriênio". Para o cronista, o período pode ser sintetizado assim: "as ruas estreitas e os becos escuros transformaram-se em avenidas largas e ruas bem arejadas. Ao golpe incessante dos alviões e das picaretas, esboroavam-se para sempre os pardieiros imundos e as pocilgas nauseabundas".

      Síntese de um projeto que visava apagar definitivamente as marcas coloniais e qualquer traço da cidade imperial, a avenida Central foi uma vitrine para Pereira Passos, para o Rio e para o país. Cenário da vida elegante, com prédios enormes para os padrões da época, abrigando magazines, restaurantes e hotéis de cinco a oito andares, a avenida também vai sediar os mais importantes jornais, empresas públicas e instituições culturais, que farão dela, por muitas décadas, o cartão de visitas da modernidade brasileira.

    • Hotel e Teatro Avenida

      Projeto de Antônio Jannuzzi Irmão e Cia., aprovado em 14/11/1906. Construtor: Antônio Jannuzzi Irmão e Cia.

    • Hotel Avenida

      Projeto de Francisco de Azevedo Monteiro Caminhoá. Construtor: Francisco de Azevedo Monteiro Caminhoá. s.a. [1906]

    • Hotéis

      Na avenida Central, foram construídos dois dos maiores e mais imponentes hotéis do Rio de Janeiro das primeiras décadas de 1900: o Palace Hotel e o Hotel Avenida.

      De propriedade de Eduardo Guinle, o terreno situado nos nos 185 a 191 abrigou o Palace Hotel e o Teatro Fênix, denominados Hotel e Teatro Avenida no projeto de 1906. O hotel estava localizado no ponto mais nobre da avenida Central, no trecho entre a Almirante Barroso e a rua México. Foi inaugurado em 1919, com oito andares, seis elevadores e 300 quartos, dos quais 50 possuíam banheiro. Dele saíam os desfiles de carro aberto durante o carnaval. Seu bar era um ponto de encontro, freqüentado por celebridades e visitantes ilustres. Em 1952, foi demolido para construção do edifício Marquês de Herval.

       

      O Hotel Avenida ocupava os nos 152 a 162 da avenida Central e pertencia à Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico. Inaugurado em 1910, apresentava duas novidades: elevadores e 220 quartos com luz elétrica. No térreo, funcionava uma estação circular dos bondes que trafegavam pela zona sul, além de bares e restaurantes, como o da Brahma, ao lado da rua São José, onde também funcionou a Leiteria Silvestre. Foi demolido em 1957, para construção do edifício Avenida Central.

    • Clube de Engenharia - projeto

      Fundado em 1880 por Conrado Niemeyer, o Clube de Engenharia funcionou, inicialmente, nas ruas da Alfândega e da Quitanda Em 1904, o clube comprou um terreno nos nos 124 a 126 da nova avenida. Após disputar com vários concorrentes, venceu o projeto do arquiteto Rafael Rebechi para o prédio da nova sede, inaugurado em fevereiro de 1910. Durante a construção, houve um desabamento, fato que repercutiu amplamente na imprensa da época. A sede possuía quatro pavimentos com rica ambientação interna, e foi demolida, em 1946, para dar lugar a outro prédio da instituição.

       

      Projeto de Rafael Rebechi, aprovado em 1/9/1905. Construtor: Heitor de Melo.

    • Clube de Engenharia

      Jornal O País, Clube de Engenharia e Casa Artur Napoleão. s.a. [1906]

    • Avenida Central, números 39, 41 e 43

      Arquiteto e construtor, Heitor de Melo recebeu o grande prêmio de honra da Seção de Arquitetura da Exposição de 1908. Autor de vários projetos na avenida Central, estudou na Escola Nacional de Belas Artes e foi premiado em concursos internacionais. Um dos remanescentes de sua produção é o chamado "Castelinho Francês", na praia do Flamengo.

      Avenida Central, nos 39, 41 e 43. Proprietários: Antônio Fernandes dos Santos e Francisca Augusta Penalva dos Santos. Projeto de Heitor de Melo, aprovado em 17/7/1905. Construtor: Barnabé Moreira Lopes.

    • Clube Naval

      Projeto de Tommaso e Bezzi, aprovado em 25/7/1906. Construtor: Heitor de Melo.

    • Avenida Central, números 45, 47 e 49

      Projeto de Adolfo Morales de los Rios, aprovado em 23/8/1905. Construtor: Heitor de Melo.

    • Theodor Wille & Cia.

      ma grande firma de Hamburgo, estabeleceu-se em Santos, em março de 1844, abrindo posteriormente filiais no Rio de Janeiro e em São Paulo. Exportadora de algodão e café, era proprietária de várias fazendas e controlava empresas de energia elétrica e uma indústria têxtil. Entre 1895 e 1907, a companhia liderava as exportações do Porto de Santos. O prédio foi erguido pelos italianos Antonio e José Jannuzzi, donos da maior construtora da cidade no princípio do século XX, responsável por 12 edifícios da avenida Central.

      Avenida Central nos 79 e 81. Proprietário: Theodor Wille e Cia. Projeto de C. Arno Gierth, aprovado em 25/1/1905. Construtor: Antônio Jannuzzi Irmão e Cia.

    • Avenida Central, 127

      Proprietário: Manuel Barreiro Cavanelas. Projeto de José Gonzáles, aprovado em 14/2/1905. Construtor: José Gonzáles.

    • Avenida Central, números 106 e 108

      Proprietário: Luís de Resende. Projeto de Alfredo Bandeira, aprovado em 10/4/1905. Construtor: Paulo Schroeder.

    • Av. Central: Hotéis, Clubes de Engenharia e Naval
    • Machado de Assis
    • Marc Ferrez
    • Comissão Construtora da Av. Central
    • Abertura da Av. Central
    • Hotel e Teatro Avenida
    • Hotel Avenida
    • Hotéis
    • Clube de Engenharia - projeto
    • Clube de Engenharia
    • Avenida Central, números 39, 41 e 43
    • Clube Naval
    • Avenida Central, números 45, 47 e 49
    • Theodor Wille & Cia.
    • Avenida Central, 127
    • Avenida Central, números 106 e 108
    • Av. Central: Docas de Santos, Policlínica Geral, magazines
    • Jornal O País
    • Rua da Carioca
    • Clube Militar
    • Avenida Central, números 103 a 105
    • Avenida Central, 247
    • Policlínica Geral do Rio de Janeiro
    • Caixa de Amortização
    • Docas de Santos - projeto
    • Ao Primeiro Barateiro
    • Morales de los Rios
    • Ao Bastidor de Bordar
    • Casa Colombo
    • Joalheria, leques e luvas
    • Magazines
    • Av. Central: Docas de Santos, Policlínica Geral, magazines

      Companhia Docas de Santos

      A iluminação da avenida Central era feita por candelabros laterais com lanternas de gás incandescente e candelabros centrais com focos elétricos. Na arborização central, foi utilizado o pau-brasil.

       

      Trecho da rua Visconde de Inhaúma, na altura do prédio da Companhia Docas de Santos. s.a. [1906]

    • Jornal O País

      Esquina da avenida Central com a rua Sete de Setembro, tendo o prédio do jornal O País à esquerda. s.a. [1906]

    • Rua da Carioca

      com instalações para circulação de bondes. s.a. [1906]

    • Clube Militar

      Em 1904, indicando a ascensão política desse grupo, o Clube Militar recebeu do presidente Rodrigues Alves um terreno nos nos 249 a 253, para construção de sua sede na avenida Central. A inauguração ocorreu em 1910 com a presença do presidente da República, Nilo Peçanha.
      Projeto de Antônio de Albuquerque Sousa e José Maciel de Miranda, aprovado em 17/10/1906. Construtor: José Pólen.

    • Avenida Central, números 103 a 105

      As fachadas projetadas por Adolfo Morales de los Rios possuíam um estilo próprio, denominado Moralino por Artur Azevedo. O arquiteto tinha o hábito de assinar seus trabalhos como A. Morales de los Rios, acrescentando, muitas vezes, Me Fecit (Fez-me, Foi quem o fez).

      Projeto de prédio a construir no ângulo da rua do Rosário. Avenida Central, nos 103 a 105. Proprietário: Joaquim Ferreira Cardoso. Projeto de Adolfo Morales de los Rios, aprovado em 17/5/1905. Construtor: João Vieira Lima.

    • Avenida Central, 247

      A família Garnier foi proprietária da afamada livraria fundada no Rio de Janeiro, em 1844. O proprietário do terreno, Hippolyte, é considerado um importante divulgador da literatura hispano-americana no mundo, tendo traduzido para o francês e o espanhol obras de autores brasileiros, como Machado de Assis.

       

      Avenida Central, no 247. Proprietário: François Hippolyte Garnier. Projeto de Rafael Rebechi, aprovado em 17/5/1905. Construtor: Rafael Rebechi.

    • Policlínica Geral do Rio de Janeiro

      A Policlínica Geral do Rio de Janeiro, a primeira clínica pediátrica do Brasil, atendeu milhares de pessoas no centro da cidade. O edifício na avenida Central, nos 167 a 171, foi obra do português Luiz Moraes Jr., que construiu hospitais na cidade a convite de Oswaldo Cruz e depois de Carlos Chagas e Pedro Ernesto.

       

      Policlínica Geral do Rio de Janeiro. Projeto de Luiz Moraes Jr., aprovado em 15/4/1905. Construtor: Luiz Moraes Jr.

    • Caixa de Amortização

      A Caixa de Amortização foi criada em 1827, para emissão, amortização, resgate e substituição de apólices da dívida pública e pagamento dos juros. O prédio, localizado na esquina da avenida Central com a Visconde de Inhaúma, nos nos 28 a 36, é um dos poucos que obedecem fielmente ao estilo neoclássico, e foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

      Projeto de Gabriel Junqueira, da Comissão Construtora da Avenida Central, sob a direção de Paulo de Frontin, presidente da mesma, aprovado em 30/3/1905. Construtor: Comissão Construtora da Avenida Central.

    • Docas de Santos - projeto

      Em 1888, Cândido Graffrée e Eduardo Guinle lideraram o grupo de investidores que venceu a concorrência pública para construir e explorar o Porto de Santos. A Companhia Docas de Santos, da qual eram concessionários, instalou escritório nos nos 44 a 48 da avenida Central em um prédio de estilo eclético. Tombado pelo Iphan, em 1978, o edifício hoje abriga a 6ª Superintendência Regional deste órgão.

       

      Projeto de Ramos de Azevedo, aprovado em 19/4/1905. Construtor: Antônio Jannuzzi Irmão e Cia.

    • Ao Primeiro Barateiro

      Desde o século XIX e até os primeiros anos do século XX, o cenário privilegiado da vida elegante da cidade era a rua do Ouvidor, o "beco do luxo". Com a abertura da avenida Central, os grandes magazines ajudam a consolidar uma nova forma de se fazer comércio: produtos variados, dispostos de forma organizada em ambientes espaçosos e confortáveis, facilitando o processo de escolha por parte dos clientes. Entre estes magazines está Ao Primeiro Barateiro, localizado nos nºs 96 a 100, entre as ruas dos Ourives e do Rosário, em prédio de propriedade da Venerável Ordem Terceira da Penitência projetado pelo arquiteto espanhol Adolfo Morales de los Rios.

       

      Projeto de Adolfo Morales de los Rios, aprovado em 28/12/1904. Construtor: Daniel Bordenave.

    • Morales de los Rios

      Biógrafo e herdeiro de Grandjean de Montigny, Morales cursou a Escola de Belas Artes de Paris, e exibia em seus trabalhos a marca do ecletismo. Foi o profissional com o maior número de projetos aprovados no concurso de fachadas da avenida Central. De sua autoria são o Museu Nacional de Belas Artes, o restaurante Assirius, do Teatro Municipal, e o prédio que hoje abriga o Centro Cultural da Justiça Federal.
      Ao falecer, em 1928, no Rio de Janeiro, deixou cerca de três mil projetos de arquitetura, inúmeras aquarelas, gravuras, esculturas e monumentos, além de monografias sobre diversos temas.

    • Ao Bastidor de Bordar

      Projeto de Rafael Rebechi, aprovado em 22/3/1905. Construtor: Rafael Rebechi.

    • Casa Colombo

      Projeto de aumento de Trajano de Medeiros, aprovado em 29/12/1906. Construtor: Trajano de Medeiros.

    • Joalheria, leques e luvas

      Magazine especializado em joalheria, leques e luvas. Projeto de Adolfo Morales de los Rios, aprovado em 12/11/1904. Construtor: Luís Silva.

    • Magazines

      O alto custo dos terrenos da avenida Central fez com que apenas os grandes magazines ali se estabelecessem, em edifícios que apresentavam um mínimo de três pavimentos, sendo o térreo destinado às atividades comerciais.

      O magazine Ao Bastidor de Bordar, no nº 104, era de propriedade de Domingos L. do Couto e E. Juvanon. Este possuía estabelecimento comercial de armarinho desde 1896.

      A Casa Colombo, de propriedade de Antonio Portela e Cia., foi o primeiro magazine a estabelecer-se na avenida Central. Situava-se nos nos 113 a 115, esquina da rua do Ouvidor, e era especializado em artigos masculinos. Depois, vieram a Torre Eiffel, a Casa das Fazendas Pretas, Ao Primeiro Barateiro e Ao Bastidor de Bordar.

      O projeto de construção de um magazine especializado em joalheria, leques e luvas não foi concretizado. O prédio, localizado no nº 125 da avenida, era de propriedade de Manuel José de Magalhães Machado, e acabou abrigando a seguradora A Eqüitativa.

    • Av. Central: Docas de Santos, Policlínica Geral, magazines
    • Jornal O País
    • Rua da Carioca
    • Clube Militar
    • Avenida Central, números 103 a 105
    • Avenida Central, 247
    • Policlínica Geral do Rio de Janeiro
    • Caixa de Amortização
    • Docas de Santos - projeto
    • Ao Primeiro Barateiro
    • Morales de los Rios
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    • Casa Colombo
    • Joalheria, leques e luvas
    • Magazines
    • Av. Central: Lloyd Brasileiro, Teatro Municipal, jornais
    • Caixa de Amortização
    • Prédio da Hasenclever & Co.
    • Estabelecimentos comerciais na avenida Rio Branco
    • Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro
    • Ao Primeiro Barateiro
    • Teatro Municipal
    • Biblioteca Nacional
    • Justiça Federal
    • Palácio Monroe
    • Jornal do Brasil
    • Jornal O País
    • Jornal do Comércio
    • Jornal O País - projeto
    • Jornais cariocas
    • Av. Central: Lloyd Brasileiro, Teatro Municipal, jornais

      Avenida Central, números 38 a 42

      Projeto de prédio para o patrimônio da Mitra Fluminense. Avenida Central, nos 38 a 42. Proprietário: Mitra Arquiepiscopal do Rio de Janeiro. Projeto de Adolfo Morales de los Rios, aprovado em 1/3/1905. Construtor: Casemiro Pereira Cota.

    • Caixa de Amortização

      As calçadas em mosaico da avenida Central foram executadas por calceteiros vindos de Lisboa e, em sua arborização, empregou-se o jambeiro brasileiro.

       

      Caixa de Amortização. s.a. [1906]

    • Prédio da Hasenclever & Co.

      Trecho da rua General Câmara. s.a. [1906]

    • Estabelecimentos comerciais na avenida Rio Branco

      s.a. [1906]

    • Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro

      s.a. [1906]

    • Ao Primeiro Barateiro

      s.a. [1906]

    • Teatro Municipal

      O Teatro Municipal, projeto de Francisco de Oliveira Passos e Albert Guilbert, teve como inspiração a Ópera de Paris, de Charles Garnier. Todo material operacional e de acabamento foi importado da Europa. Exibe pinturas e esculturas dos maiores artistas brasileiros da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e Rodolfo Bernardelli. Inicialmente, as apresentações restringiam-se a espetáculos trazidos da França e da Itália; na década de 1930, o Teatro ganhou seu corpo artístico com orquestra, coro e balé.

       

      Teatro Municipal do Rio de Janeiro. s.a. [1906]

    • Biblioteca Nacional

      A história da Biblioteca Nacional está relacionada à transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808. Na bagagem real, cerca de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas, foram trazidas da Biblioteca Real de Lisboa. O prédio atual da instituição, inaugurado em 1910, foi construído pelos engenheiros Napoleão Muniz Freire e Alberto de Faria.

       

      Fundação Biblioteca Nacional. s.a. [1906]

    • Justiça Federal

      O Palácio Episcopal segue o estilo dos edifícios pontifícios da Renascença e foi projetado por Adolfo Morales de los Rios. Adquirido pelo governo federal, tornou-se sede do Supremo Tribunal Federal, de 1909 a 1960. Hoje, abriga o Centro Cultural da Justiça Federal.

       

      Justiça Federal. s.a. [1906]

    • Palácio Monroe

      Construído, em 1904, para ser o Pavilhão do Brasil na Exposição de Saint Louis, o Palácio Monroe recebeu o grande Prêmio Medalha de Ouro. Dois anos depois, o pavilhão, projeto do engenheiro militar Francisco Marcelino Souza Aguiar, foi remontado no Rio de Janeiro. Com as obras do metrô na década de 1970, o monumento foi demolido.

       

      Palácio Monroe. Trecho da esquina da avenida Beira-Mar. s.a. [1906]

    • Jornal do Brasil

      Avenida Central nos 110 a 112. Proprietário: Sociedade Anônima "Jornal do Brasil". Projeto de João Felipe Pereira, aprovado em 20/6/1906, modificando o de João Ludovico Berna. Construtor: Luís M.de Matos.

    • Jornal O País

      s.a. [1906]

    • Jornal do Comércio

      s.a. [1906]

    • Jornal O País - projeto

      Edifício do jornal O País. Avenida Central nos 128 a 132. Proprietário: Sociedade Anônima "O País". Projeto de Adolfo Morales de los Rios, aprovado em 24/10/1904. Construtor: José Maria Pereira Júnior.

    • Jornais cariocas

      Os jornais cariocas tiveram um papel fundamental nos debates sobre a abertura da avenida Central. As crônicas de Olavo Bilac, Paulo Barreto (o João do Rio) e Lima Barreto mostravam de formas distintas os caminhos da reforma urbana no Rio de Janeiro, em um tempo em que civilidade e cultura, ordem e progresso eram a tônica. Muitos jornais se estabeleceram na avenida, como O PaísJornal do Brasil e Jornal do Comércio, e reuniam cronistas e críticos literários que marcaram época, como José Veríssimo, Coelho Neto, Medeiros e Albuquerque, Artur Azevedo, Julia Lopes de Almeida e Carmem Dolores.

    • Av. Central: Lloyd Brasileiro, Teatro Municipal, jornais
    • Caixa de Amortização
    • Prédio da Hasenclever & Co.
    • Estabelecimentos comerciais na avenida Rio Branco
    • Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro
    • Ao Primeiro Barateiro
    • Teatro Municipal
    • Biblioteca Nacional
    • Justiça Federal
    • Palácio Monroe
    • Jornal do Brasil
    • Jornal O País
    • Jornal do Comércio
    • Jornal O País - projeto
    • Jornais cariocas
     
     
    • Exposição de 1908: Palácios dos Estados e das Indústrias
    • Exposição de 1908
    • Primeiro bilhete
    • Palácio dos Estados
    • População - Ano de 1907; Coeficientes de nupcialidade - Ano de 1907
    • Estatísticas
    • Vias e meios de comunicação no Brasil
    • Principais produtos de exportação do Brasil - Médias qüinqüenais
    • Estação de bondes em frente ao Palácio das Indústrias
    • Fonte luminosa em frente ao Palácio das Indústrias
    • Palácio das Indústrias
    • Intervenções urbanísticas
    • Pavilhão de Portugal
    • Pavilhão de Portugal - vista frontal
    • Anexo do Pavilhão de Portugal
    • Participação de Portugal
    • Exposição de 1908: Palácios dos Estados e das Indústrias

      Porta Monumental da Exposição Nacional de 1908

      A iluminação da exposição, a gás e a eletricidade, incluía-se entre as atrações. Lâmpadas de diferentes sistemas e feitios, decorativas e de alta intensidade proporcionaram um efeito feérico ao exterior dos edifícios. Somente para a Porta Monumental, que possuía 25 metros de altura, foram utilizadas 8 mil lâmpadas incandescentes e 30 de arco a vapor de mercúrio.

      Porta Monumental da Exposição Nacional de 1908. Arquivo Afonso Pena. s.a. s.d.

       

      Porta Monumental da Exposição Nacional de 1908. s.a. 1908.

    • Exposição de 1908

      O governo Afonso Pena (1906-1909) buscou "modernizar" o país estimulando a exportação, a implantação de ferrovias, a imigração e a interligação do território por rede telegráfica. No contexto das intensas modificações urbanísticas daquele início de século no Rio de Janeiro, a Exposição Nacional de 1908, realizada no atual bairro da Urca, pretendia evidenciar os elementos da nova ordem associados às idéias de progresso e civilidade.

      Destinada a comemorar os cem anos da abertura dos portos, a primeira exposição nacional da República contou com apoio expressivo da imprensa. Dividida em quatro grandes ramos - agricultura, indústria pastoril, várias indústrias e artes liberais -, a exposição visava, segundo Afonso Pena, "traçar um inventário do País", exibindo seus recursos naturais, capacidade de produção e desenvolvimento econômico.

      Os governos dos estados e do Distrito Federal e as associações comerciais, agrícolas e industriais participaram do evento, organizado por uma Comissão que tinha entre seus membros o sanitarista Oswaldo Cruz, o escultor Rodolfo Bernardelli e o engenheiro Paulo de Frontin.

      O governo federal construiu pavilhões a serem usados gratuitamente pelos expositores, além dos especiais, projetados pelos estados para divulgação de seus produtos. Os 182 mil m² ocupados constituíram a maior superfície de exposição no Brasil até aquela data e ultrapassaram em tamanho as exposições internacionais de Londres (1851), Sidney (1879) e Melbourne (1880). Inscreveram-se 671 expositores portugueses e 11.286 de todo o Brasil, que apresentaram mais de cem mil produtos, transportados sem custos pela Estrada de Ferro Central do Brasil, pela Leopoldina Railway e pelos portos, sendo, em seguida, minuciosamente examinados e julgados por dois júris. Foram premiados 7.956 produtos brasileiros e 902 portugueses.

      Além dos itens exibidos - que deveriam dar a medida do progresso do país -, as próprias instalações da exposição funcionaram como uma espécie de mostruário de técnicas, novos materiais, soluções de infra-estrutura e embelezamento urbano.

    • Primeiro bilhete

      Devido ao atraso nas obras e à demora na remessa dos produtos, a Exposição Nacional teve sua abertura oficial adiada duas vezes: de 15 de junho para 14 de julho, e depois para 11 de agosto. O evento durou até 15 de novembro, tendo recebido neste período mais de um milhão de visitantes pagantes.

      Primeiro bilhete da Exposição Nacional de 1908. Arquivo Afonso Pena.

    • Palácio dos Estados

      O prédio do Palácio dos Estados foi concebido, em 1880, para ser a Faculdade de Medicina da Universidade Pedro II. As obras foram retomadas em 1908 para a Exposição Nacional e, quando concluído, foi considerado um dos maiores edifícios públicos do país. Principal pavilhão da exposição, com área de 7.600 m2, possuía 91 salas para uso dos vários estados e de instituições como o Observatório Astronômico, o Corpo de Bombeiros e a Casa de Correção do Distrito Federal. No Palácio, também ocorreram a Exposição Comemorativa do 1º Centenário da Imprensa no Brasil e a exposição de Belas Artes. O edifício sedia hoje a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais.

      Palácio dos Estados visto da Praia da Saudade, atual avenida Pasteur. s.a. 1908.

    • População - Ano de 1907; Coeficientes de nupcialidade - Ano de 1907

      Boletim Comemorativo da Exposição Nacional de 1908. Rio de Janeiro: Tip. da Estatística. 1908.

    • Estatísticas

      A Exposição Nacional de 1908 foi uma vitrine para exibição dos resultados do recenseamento municipal de 1906, uma vez que o desastroso Recenseamento Geral de 1900, a cargo da Diretoria Geral de Estatística (DGE), não havia conseguido contabilizar a população brasileira de forma eficaz. Assim, a exposição foi uma oportunidade para revelar a todos os visitantes, em números, quadros, mapas e gráficos, a quantidade de habitantes da Capital Federal, comprovando que cada vez menos pessoas morriam de varíola, febre amarela e peste bubônica.

      Os dados divulgados no Pavilhão do Distrito Federal compuseram, posteriormente, o Boletim Comemorativo da Exposição Nacional de 1908, edição trilíngüe em português, francês e esperanto, publicada pela DGE. Ali também se viam os quadros e gráficos pictóricos exibidos na exposição, com figuras humanas representando a população recenseada, as projeções para 1907 e o coeficiente de nupcialidade.

    • Vias e meios de comunicação no Brasil

      Boletim Comemorativo da Exposição Nacional de 1908. Rio de Janeiro: Tip. da Estatística. 1908.

    • Principais produtos de exportação do Brasil - Médias qüinqüenais

      Boletim Comemorativo da Exposição Nacional de 1908. Rio de Janeiro: Tip. da Estatística. 1908.

    • Estação de bondes em frente ao Palácio das Indústrias

      s.a. 1908.

    • Fonte luminosa em frente ao Palácio das Indústrias

      s.a. 1908.

    • Palácio das Indústrias

      s.a. 1908.

    • Intervenções urbanísticas

      A Praia da Saudade sofreu um conjunto de intervenções urbanísticas para viabilizar a exposição. Um cais foi construído para interligar, por barcas, a área do evento com o Cais Pharoux; o trânsito pela Praia de Botafogo ganhou um caminho próprio para tramways; foram abertas avenidas, ruas e praças, nomeadas a partir de fatos da história do País; um trenzinho transportava os visitantes entre os pavilhões.

      Adotou-se a construção ou o reaproveitamento de edifícios, como o prédio da Escola Militar, da segunda metade do século XIX, adaptado para sediar o Pavilhão das Indústrias. O projeto era de René Barba, arquiteto chefe da exposição, premiado no concurso de fachadas da avenida Central. As reformas incluíram, além da remodelação da fachada, a instalação de um sistema de fontes superpostas e iluminadas - uma das atrações da exposição que rendeu ao edifício o apelido de Chateau d'Eau.

    • Pavilhão de Portugal

      O único pertencente a outro país, foi projetado pelo arquiteto René Barba e possuía um anexo chamado "Belas Artes".

      Pavilhão de Portugal. s.a. 1908.

    • Pavilhão de Portugal - vista frontal

      Arquivo Afonso Pena. s.a. s.d.

    • Anexo do Pavilhão de Portugal

      s.a. 1908.

    • Participação de Portugal

      Embora a exposição tivesse âmbito nacional, era natural que Portugal participasse do centenário da abertura dos portos. A presença de d. Carlos, rei de Portugal, acabou não se confirmando devido ao atentado que resultou no falecimento do monarca. Em correspondência endereçada ao presidente Afonso Pena, o capitão de corveta Luís Gomes comenta o fato: "A prova flagrante do prejuízo material que nos acarretou o estúpido crime do Terreiro do Paço, tivemo-la na circunstância seguinte: na segunda-feira, depois desse brutal atentado, a estação do telégrafo inglês, à rua da Candelária, esteve o dia repleta de negociantes que foram expedir contra-ordens às encomendas que haviam feito, contando com a visita de d. Carlos".

    • Exposição de 1908: Palácios dos Estados e das Indústrias
    • Exposição de 1908
    • Primeiro bilhete
    • Palácio dos Estados
    • População - Ano de 1907; Coeficientes de nupcialidade - Ano de 1907
    • Estatísticas
    • Vias e meios de comunicação no Brasil
    • Principais produtos de exportação do Brasil - Médias qüinqüenais
    • Estação de bondes em frente ao Palácio das Indústrias
    • Fonte luminosa em frente ao Palácio das Indústrias
    • Palácio das Indústrias
    • Intervenções urbanísticas
    • Pavilhão de Portugal
    • Pavilhão de Portugal - vista frontal
    • Anexo do Pavilhão de Portugal
    • Participação de Portugal
    • Exposição de 1908: Produtos e pavilhões
    • Produtos
    • Algodoeiro
    • Cacaueiro
    • Cafeeiro
    • Cana-de-açúcar
    • Fumo
    • Mate
    • Seringueira
    • Pavilhão de São Paulo, projetado por Ramos de Azevedo
    • Palácio dos Estados
    • Pavilhões de Minas Gerais e Bahia
    • Pavilhões dos Estados
    • Pavilhão da Bahia
    • Pavilhão de São Paulo - visitantes
    • Entrada do Pavilhão de São Paulo
    • Exposição de 1908: Produtos e pavilhões

      Pará na Exposição Nacional

      Jacques Ourique. O Estado do Pará na Exposição Nacional do Rio de Janeiro em 1908. Rio de Janeiro: Leuzinger, 1908.

    • Produtos

      Os produtos expostos por cada estado eram bastante diversificados. Na Seção de Agricultura, exibiu-se milho, ouriço de castanha, feijões, pimentas. A Seção de Indústria Pastoril apresentou cavalos, pôneis, búfalos, tartarugas. Na Seção Várias Indústrias, havia farinhas, doces, cachaças, bengalas, sofás, panelas indígenas, telhas, roupas, pó-de-arroz, essências, trabalhos de ourivesaria e joalheria, ferramentas, peles de animais, vassouras, peneiras, cuias e produtos químicos como elixires, injeções e mesmo ampolas de cocaína.

      As indústrias extrativas levaram a Coleção do Herbário do Museu Emílio Goeldi (Belém/PA) de plantas da flora amazonense; peles e bolas de borracha; frutas silvestres; mocotó, mel e resinas; toras de madeira; plantas medicinais, penas de aves amazônicas. Na Seção Artes Liberais, figuraram livros didáticos, pinturas, instrumentos musicais, projetos de saúde pública e melhorias municipais. Os produtos expostos foram acompanhados de dados relacionados à procedência, ao custo de produção e ao preço do transporte até os centros de consumo

    • Algodoeiro

      Boletim Comemorativo da Exposição Nacional de 1908. Diretoria Geral de Estatística. Rio de Janeiro: Tip. da Estatística, 1908.

    • Cacaueiro

      Boletim Comemorativo da Exposição Nacional de 1908. Diretoria Geral de Estatística. Rio de Janeiro: Tip. da Estatística, 1908.

    • Cafeeiro

      Boletim Comemorativo da Exposição Nacional de 1908. Diretoria Geral de Estatística. Rio de Janeiro: Tip. da Estatística, 1908.

    • Cana-de-açúcar

      Boletim Comemorativo da Exposição Nacional de 1908. Diretoria Geral de Estatística. Rio de Janeiro: Tip. da Estatística, 1908.

    • Fumo

      Boletim Comemorativo da Exposição Nacional de 1908. Diretoria Geral de Estatística. Rio de Janeiro: Tip. da Estatística, 1908.

    • Mate

      Boletim Comemorativo da Exposição Nacional de 1908. Diretoria Geral de Estatística. Rio de Janeiro: Tip. da Estatística, 1908.

    • Seringueira

      Boletim Comemorativo da Exposição Nacional de 1908. Diretoria Geral de Estatística. Rio de Janeiro: Tip. da Estatística, 1908.

    • Pavilhão de São Paulo, projetado por Ramos de Azevedo

      s.a. 1908.

    • Palácio dos Estados

      s.a. 1908.

    • Pavilhões de Minas Gerais e Bahia

      Panorama visto do mar: a Praia da Saudade, com o Pavilhão de Minas Gerais à esquerda e o Pavilhão da Bahia à direita, ambos idealizados por Rafael Rebechi. s.a. 1908

    • Pavilhões dos Estados

      Ao longo da Avenida dos Estados, principal via de circulação da exposição, com 30 m de largura e 480 m de extensão, distribuíram-se os pavilhões dos estados - Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal. Construídos em estilo eclético, esses edifícios, em sua maioria, possuíam estrutura frágil - madeira recoberta de estuque - e foram concebidos de forma a durar não mais que oito anos. Instituições e empresas também se fizeram representar com pavilhões: Jardim Botânico, Corpo de Bombeiros, Correios e Telégrafos, Cia. Progresso Industrial do Brasil - Fábrica Bangu, entre outros.

    • Pavilhão da Bahia

      Demolido logo após o término da exposição. s.a. 1908.

    • Pavilhão de São Paulo - visitantes

      Pavilhão de São Paulo, construído com recursos do governo estadual e demolido em 1909. s.a. 1908.

    • Entrada do Pavilhão de São Paulo

      s.a. 1908.

    • Exposição de 1908: Produtos e pavilhões
    • Produtos
    • Algodoeiro
    • Cacaueiro
    • Cafeeiro
    • Cana-de-açúcar
    • Fumo
    • Mate
    • Seringueira
    • Pavilhão de São Paulo, projetado por Ramos de Azevedo
    • Palácio dos Estados
    • Pavilhões de Minas Gerais e Bahia
    • Pavilhões dos Estados
    • Pavilhão da Bahia
    • Pavilhão de São Paulo - visitantes
    • Entrada do Pavilhão de São Paulo
    • Exposição de 1908: Diversões, restaurantes, teatro
    • Pavilhão do Distrito Federal
    • Pavilhão da Fábrica Bangu - projeto de Sampaio Corrêa
    • Pavilhão da Fábrica Bangu
    • Fábrica Bangu
    • Diversões oferecidas pela Exposição Nacional de 1908
    • Festa das crianças
    • Divertimentos
    • Restaurante
    • Restaurante Pão de Açúcar
    • Restaurante Rústico
    • Teatro João Caetano
    • Pavilhão da Sociedade Nacional de Agricultura
    • Moda
    • Exposição de 1908: Diversões, restaurantes, teatro

      Pavilhão de São Paulo

      s.a. 1908.

    • Pavilhão do Distrito Federal

      onde estavam representadas as repartições públicas da Capital Federal. s.a. 1908.

    • Pavilhão da Fábrica Bangu - projeto de Sampaio Corrêa

      Concebido por José Villas-Boas, foi projetado por Sampaio Corrêa, decorado por Martinho Dumiense e demolido em 1909. s.a. 1908.

    • Pavilhão da Fábrica Bangu

      s.a. 1908.

    • Fábrica Bangu

      Criada, em 1889, para produzir morins e chitas, em 1894, a Fábrica Bangu já comercializava seus produtos para outros estados brasileiros, graças à qualidade dos tecidos e ao barateamento da produção. Em 1903, a empresa inaugura a oficina de gravura, entre outras inovações que fazem com que seus tecidos adquiram alta qualidade, de maneira que, por volta de 1905, várias empresas estrangeiras vendam tecidos com nomes que lembravam a palavra Bangu, como gambu e ximbu, confundindo os consumidores.

      Na Exposição de 1908, a Fábrica Bangu ocupou um pavilhão exclusivo para expor suas máquinas e produtos e recebeu duas medalhas de ouro - para gravura mecânica e tricromia - e o Grande Prêmio destinado aos melhores tecidos. 

      A despeito da jornada de trabalho de 12 horas e da existência de mil crianças entre os nove mil operários empregados nas 22 fábricas de tecidos do Rio de Janeiro, as imponentes engrenagens do pavilhão da Bangu exibiam apenas a grandiosidade da era fabril.

    • Diversões oferecidas pela Exposição Nacional de 1908

      arque infantil e restaurante Pão de Açúcar. s.a. 1908.

    • Festa das crianças

      Na Avenida dos Estados, em frente ao Palácio das Indústrias. s.a. 1908.

    • Divertimentos

      Os divertimentos foram igualmente contemplados na Exposição Nacional de 1908: iluminação decorativa, fogos de artifício, restaurantes, coretos, exibições cinematográficas, regatas e corsos. Atenção especial foi dedicada às crianças, com a instalação de um parque infantil.

    • Restaurante

      Da topografia da Praia Vermelha, veio o nome do restaurante de luxo que atendia os visitantes da exposição. O local foi palco do documentário Almoço à imprensa no restaurante Pão de Açúcar, curta-metragem produzido pela Companhia Empresa Paschoal Segreto.

      Restaurante [Pão de Açúcar]. Fachada principal. Arquivo Afonso Pena s.a. s.d.

    • Restaurante Pão de Açúcar

      s.a. 1908.

    • Restaurante Rústico

      Vista para o Morro do Pão de Açúcar. s.a. 1908.

    • Teatro João Caetano

      O pavilhão do Teatro João Caetano, ou apenas Teatro da Exposição, foi erguido ao pé do Morro da Urca, para concertos sinfônicos, exposições e peças teatrais. O dramaturgo Artur Azevedo foi nomeado diretor do teatro, no qual foi apresentada uma peça inédita de Júlia Lopes de Almeida. O músico Alberto Nepomuceno foi encarregado de comandar os concertos, que incluíram Debussy, Beethoven e Carlos Gomes.

       

      [Teatro João Caetano]. Arquivo Afonso Pena. s.a. s.d.

       

      Teatro João Caetano. s.a. 1908.

    • Pavilhão da Sociedade Nacional de Agricultura

      s.a. 1908.

    • Moda

      A influência de Paul Poiret, estilista francês que livrou as mulheres dos espartilhos ao propor modelos que afrouxavam a silhueta feminina, ainda não se fazia notar nas roupas exibidas na Exposição de 1908. Vestidos compridos, de cintura marcada, alguns com anquinhas, eram o padrão feminino da época. Luvas e chapéus com enfeites eram itens obrigatórios. Merece destaque a presença da sombrinha, já que a pele alva ainda era um sinal de distinção, e o vestido branco, bem mais apropriado ao clima tropical do que aqueles de tecidos pesados e escuros que marcaram a indumentária feminina no século anterior.

      Os homens, que há muito haviam abandonado os excessos vestimentares, já portavam o que seria o seu uniforme no século XX, o conjunto de terno e gravata. O chapéu foi um dos poucos acessórios que ainda se manteve por décadas no parecer masculino. Quanto aos meninos e jovens, usavam uma variação do terno, de proporções mais curtas, chapéu e botas de cano médio. Embora ainda não exibissem vestimentas direcionadas especificamente à sua faixa etária, já não usavam mais a versão "em miniatura" da indumentária dos adultos. De modo geral, levadas pelos sopros de "modernização" que atingiam a cidade, as roupas caminhavam em direção à racionalidade.

    • Exposição de 1908: Diversões, restaurantes, teatro
    • Pavilhão do Distrito Federal
    • Pavilhão da Fábrica Bangu - projeto de Sampaio Corrêa
    • Pavilhão da Fábrica Bangu
    • Fábrica Bangu
    • Diversões oferecidas pela Exposição Nacional de 1908
    • Festa das crianças
    • Divertimentos
    • Restaurante
    • Restaurante Pão de Açúcar
    • Restaurante Rústico
    • Teatro João Caetano
    • Pavilhão da Sociedade Nacional de Agricultura
    • Moda
  • Ficha Técnica

    Exposição: Rio 1908 - a cidade de portos abertos

    Local: Arquivo Nacional - Sede

    Período: 24 de outubro de 2007 a 11 de janeiro de 2008

  • Créditos

    Presidente da República
    Luiz Inácio Lula da Silva

    Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República
    Dilma Rousseff

    Secretária-Executiva da Casa Civil da Presidência da República
    Erenice Alves Guerra

    Diretor-Geral do Arquivo Nacional
    Jaime Antunes da Silva

    Coordenador-Geral de Acesso e Difusão Documental
    Alexandre Manuel Esteves Rodrigues

    Coordenadora de Pesquisa e Difusão do Acervo
    Maria Elizabeth Brêa Monteiro

    EQUIPE TÉCNICA

    Curadoria e textos
    Cláudia Beatriz Heynemann - Coordenação de Pesquisa e Difusão do Acervo
    Maria do Carmo Teixeira Rainho - Gabinete da Direção-Geral

    Coordenação de Pesquisa e Difusão do Acervo

    Assistente de curadoria e textos
    Denise de Morais Bastos

    Pesquisa de imagens e legendas
    Beatriz Helena Biancardini Scvirer • Denise de Morais Bastos • Maria Elizabeth Brêa Monteiro•
    Renata William Santos do Vale • Viviane Gouvêa

    Revisão de texto
    Maria Rita Aderaldo

    Design gráfico
    Alzira Reis • Sueli Araújo

    Produção de cenografia
    Marcelo Camargo

    Coordenação de Preservação do Acervo

    Digitalização de imagens
    Laboratório de Fotografia
    Mauro Domingues • Flávio Lopes

    Restauração de documentos
    Lucia Regina Saramago Peralta 
    Alice Jesus Nunes
    Alda Arcoverde de Freitas
    Erika Benirschke
    Paulo Fernando Alves Vieira
    Leila Iannie Pires
    Alvaro Cesar Moura Carvalho
    Francisco Gomes da Costa

    Agradecimentos
    Marilena Leite Paes - Conselho Nacional de Arquivos (Conarq)
    Lúcia Maria Fabiano Gusmão - Coordenação de Documentos Audiovisuais e Cartográficos

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