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Guerra do Paraguai

O maior conflito bélico internacional ocorrido nas Américas foi um divisor de águas para os países envolvidos: Uruguai, Argentina e Brasil lutaram contra o Paraguai, o que no caso do Império brasileiro acabou contribuindo para a sua derrocada. Os custos financeiros e humanos do conflito, ocorrido entre 1864 e 1870, esvaziaram os cofres públicos e a credibilidade do governo, incapaz de dar um fim rápido à contenda. Além disso, se no início da guerra o exército imperial mostrou a sua fragilidade, ao seu fim era uma força reestruturada que recuperava o seu prestígio, ideologicamente marcada por idéias republicanas.

Ocorrida em um período de definição dos Estados nacionais latino-americanos, a guerra do Paraguai integra um complexo processo de consolidação territorial destes países e o fortalecimento das suas instituições. O recorrente intervencionismo brasileiro no Uruguai, cujo território em parte constituíra a província Cisplatina, serviu como gatilho para uma guerra total. Milhares morreram em conseqüência dos combates, das epidemias e da fome. No final da guerra as forças aliadas, esvaziadas dos exércitos argentino e uruguaio, ocuparam um Paraguai arrasado e territorialmente diminuído.

O exército imperial em defesa dos interesses comerciais e territoriais do Brasil na região do Prata logrou derrotar um inimigo moderno, numeroso e treinado. Contudo, a guerra viria a expor as fragilidades do Estado imperial, incapaz de contar com o mesmo tipo de força armada, dependente da escravidão e isolado em um continente republicano.

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