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Moda

O século XVII marca o início do monopólio da França na criação da moda, soberania abalada apenas em dois momentos pelos ingleses: no período imediatamente após a Revolução Francesa - quando a Inglaterra domina e exporta os padrões de vestimenta, sobretudo os masculinos, para o resto da Europa - e na década de 1960, quando Londres e os modelos advindos dos estilos dos jovens rivalizam com aqueles originários da alta-costura francesa.

O Brasil não ficou imune às influências da França no que se refere aos padrões vestimentários e, num sentido mais amplo, à cultura das aparências. Após a chegada da Corte, em 1808, modistas francesas se estabeleceram no Rio de Janeiro, oferecendo produtos que os jornais começavam a divulgar. Mulheres da boa sociedade importavam da França vestidos, calçados, meias, roupas íntimas, perfumes e maquiagem, além de acessórios e luvas, os quais, obviamente, eram inadequados ao clima dos trópicos. Também as meninas estavam submetidas a essa tirania desde o enxoval e as próprias bonecas com as quais brincavam colaboravam para reforçar o padrão de beleza francês. Casas comerciais eram batizadas como Torre Eiffel, Notre Dame, Au Bon Marché, Au Grand Opéra, nomes que emprestavam a elas um toque de sofisticação.

Ao longo da primeira metade do século XX, a despeito de algumas iniciativas visando à adoção de vestimentas mais adequadas ao clima brasileiro, os estilos da alta costura francesa mantiveram o seu predomínio, ajudados, inclusive, pelos filmes de Hollywood. Embora a influência americana e inglesa nas roupas tenha se intensificado no Brasil a partir dos anos de 1950 - basta se pensar na popularização do jeans -, não se pode negar que a França ainda é um farol da moda e não apenas para nós. Se hoje ela não é necessariamente o lugar onde a moda nasce, pois esta muitas vezes surge em cidades a milhares de quilômetros da capital francesa, certamente as semanas de moda de Paris ainda mantêm o seu protagonismo difundindo aquilo que importa vestir.

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