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50 anos em 5

Cinquenta anos em cinco é o slogan eternamente vinculado ao governo JK. Os grandes planos de crescimento eram típicos de um Estado propugnador da economia em regimes de espectros políticos variados: anunciado em 1956, o Plano de Metas enfatizava a entrada de capitais estrangeiros e estabelecia Energia, Transportes, Alimentação, Indústria de base e Educação como metas. A meta-síntese era Brasília, a nova capital. Também foi criado o Conselho do Desenvolvimento encarregado do Plano de Desenvolvimento Econômico, herdeiro de estudos como os da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos de 1951 e da Comissão Econômica para América Latina e Caribe - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (CEPAL-BNDE) em 1952, no segundo governo Vargas.

Siderúrgicas, barragens, hidrelétricas, fábricas, usinas, construção de estradas, produção de motores, caminhões, carros de passeio, jipes, de procedência alemã e norte-americana, davam o ritmo de uma marcha que avançava do litoral para o interior. Juscelino era o "pioneiro da indústria nacional" e o governo registrou crescimento anual de 7% entre 1957 e 1961. Por outro lado, críticos da política econômica assinalaram a omissão nos planos de governo de uma política monetária e fiscal e os gastos excessivos, concentrados nos campos da energia e dos transportes, que drenavam 70% dos recursos previstos para as metas de JK.

O desenvolvimento econômico do país entrelaçou-se com a política externa americana, em meio à Guerra Fria. Assim seguiram-se, naqueles anos, a estação de rastreamento de foguetes dos EUA, em Fernando de Noronha, as visitas de Nixon e Eisenhower, pressões pelo combate conjunto ao comunismo, consultas sobre o comércio brasileiro com a URSS, tentativas de quebra do monopólio brasileiro sobre o petróleo e, por sua vez, a obtenção de empréstimos, a aprovação da Operação Pan-Americana defendida por JK e a presença do embaixador americano Ellis Briggs com Elizeth Cardoso e Louis Armstrong em 1958 na sofisticada noite carioca. Era a década dos jazz ambassadors, quando músicos americanos tornaram-se embaixadores da boa vontade em todo o mundo e, em conjunto com a bossa nova, compuseram a trilha sonora do novo impulso modernizador do país.

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