Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

O Brasil na Guerra

Força Expedicionária Brasileira - FEB

Ao longo de 1942, o governo brasileiro, em consonância com as resoluções das conferências pan-americanas, assina um acordo de cooperação militar com os Estados Unidos, rompe relações diplomáticas e, finalmente, declara guerra ao Eixo em agosto. Nesse contexto seria criada a Força Expedicionária Brasileira ‒ FEB ‒, em novembro de 1943.

As tropas brasileiras não impressionaram muito o 5º Exército norte-americano, que a divisão brasileira iria compor, integrando o 4º Corpo de Exército, comandado pelo general Willys Dale Crittenberg. De acordo com o próprio comandante da FEB, general Mascarenhas de Moraes, escolhido para o cargo por ser considerado um militar apolítico, "o retardamento da entrega do material e as necessidades prementes da frente de combate forçaram a nossa divisão expedicionária a entrar em linha em estado de adestramento reconhecidamente incompleto". Em resultado, boa parte das tropas brasileiras completou seu treinamento em campo de batalha.

No entanto, depois do mal estar iniciado pelas condições precárias, o contingente acabaria por acompanhar de forma mais do que satisfatória as tarefas e missões que lhe eram designadas. Batalhas como a de Monte Castelo, que cairia depois de cinco ataques e várias semanas, tornando-se a batalha mais famosa da FEB, e a ocupação de Montese, cuja conquista foi fundamental para abrir caminho para o vale do rio Pó, ganharam espaço nos jornais, caíram na boca do povo e marcaram o imaginário das Forças Armadas brasileiras.

O avanço do 4º Corpo de Exército contribuiu de forma decisiva para a desarticulação das forças do Eixo, que, a despeito da desesperadora situação já em fins de abril, insistiam em defender os últimos bastiões nazistas em solo italiano, mais precisamente, no norte do país. Em 27 de abril, Milão é tomada pela resistência italiana antifascista do Comitê de Libertação Nacional, e logo depois Mussolini é capturado por seus opositores. A partir daí, os comandantes italianos e alemães que ainda combatiam na região foram se rendendo um a um.

Lutando em terreno montanhoso, em um clima frio e úmido que castigava soldados pouco treinados de um país tropical, muitos combatentes brasileiros ainda assim encontravam tempo e espírito para viver a experiência de estar em uma nação distante: histórias pitorescas, romances com as jovens locais, o improviso e a adaptação entraram para a crônica do conflito, suplantando em muito a verdade do duro retorno à pátria e à vida anterior.

Fim do conteúdo da página