Erguido a partir de uma vigorosa expansão territorial e do entrecruzamento de variados povos, o Império Romano teve na urbanização e no cosmopolitismo algumas de suas características principais. As inovações experimentadas ao longo de sua constituição levaram-no a um apogeu de prosperidade e deixaram marcas indeléveis em campos tão diversos como filosofia, direito, política, arquitetura e língua. Como parte de sua história, que é a do mundo antigo formado por um amplo sistema de culturas, assiste-se ao nasciment do cristianismo no Império que chega ao fim no Ocidente no ano 476 da era comum. Saiba mais

Com a sua fundação envolta em narrativas míticas, Roma desenvolve-se de pequena cidade em capital do Império, confundindo-se com ele, e em cidade mundial, para onde produtos e pessoas de todas as partes convergem. Palco de intervenções públicas grandiosas, foi reconstruída, renovada e teve seu território aumentado inúmeras vezes. Nos primeiros séculos da era comum, chegou a ter uma população de aproximadamente um milhão de habitantes, a maior densidade populacional do Ocidente. Com uma arquitetura "realista", voltada para a praticidade do uso e para a demonstração da força mais que para a beleza, foram erguidos templos, aquedutos, anfiteatros, foros, termas, arcos de triunfo. Ao longo dos séculos, a cidade continuou exercendo fascínio, sendo copiosamente retratada e tornando-se destino obrigatório dos viajantes do século XIX. O Coliseu e o Arco de Constantino vistos do Arco de Titus. Desenho do pintor, aquarelista e litógrafo francês Hubert Clerget a partir de fotografia. Edouard Thomas Charton. Le tour du monde: nouveau journal des voyages. Paris, Londres: Librairie de L. Hachette et Cie, 1860-1874. 

Le tour du monde foi originalmente um periódico de viagens, fundado em 1860 por Edouard Charton, político e jornalista. Em uma época em que tantas partes do mundo eram desconhecidas para boa parcela da população do globo, os fascículos traziam relatos dos principais exploradores do período: Livingstone, Stanley, Burton, Saffray, Garnier, Brazza, Scott, Amundsen. A publicação guardava também a ideia do grand tour, a viagem de iniciação empreendida a partir do setecentos pela aristocracia europeia, precursora do hábito do turismo. Grandes ilustradores como Gustave Doré, H. Clerget e Castelli colaboraram nessa obra, que dedica vários fascículos às cidades italianas.

Suetônio (c.69 - c.140), administrador de bibliotecas públicas no governo de Trajano e secretário particular do imperador Adriano, utilizou as referências do seu convívio nos círculos aristocráticos para escrever A vida dos doze Césares, única de suas obras que chegou até os dias de hoje. Biografia minuciosa da vida pública e privada dos doze primeiros imperadores romanos, de César a Domiciano, contém informações detalhadas dos antepassados, infância, juventude, feitos militares, trajetória política e também algumas indiscrições. 

Frontispício. Gaius Suetonius Tranquillus. De la vie des douze Cesars: avec leurs portraicts en tailles douce.
Paris: Chez Jean Cochart, 1663

Gaius Suetonius Tranquillus. De la vie des douze Cesars: avec leurs portraicts en tailles douce.
Paris: Chez Jean Cochart, 1663

Gaius Suetonius Tranquillus. De la vie des douze Cesars: avec leurs portraicts en tailles douce.
Paris: Chez Jean Cochart, 1663

Gaius Suetonius Tranquillus. De la vie des douze Cesars: avec leurs portraicts en tailles douce.
Paris: Chez Jean Cochart, 1663

Flavius Josephus teria sido originalmente o general que na guerra entre judeus e romanos (66-70) defendeu a Galileia. Após a destruição de Jerusalém e a queda do II Templo, torna-se conselheiro do general romano Vespasiano, posteriormente imperador. A partir de então, Josephus passou a compor relatos ditos históricos que apresentavam o judaísmo aos romanos. Escrevendo em aramaico e com acesso aos arquivos imperiais, entre suas mais famosas obras estão A guerra judaica e Antiguidade judaica. Essa edição, do século XVII, reúne da criação do mundo à guerra entre hebreus e romanos.

Folha de rosto. Flavius Josephus. Historico delle antichità e Guerre giudaiche: diviso in vintisette libri.
Veneza: Apresso Domenico Milocho, 1671

Flavius Josephus. Historico delle antichità e Guerre giudaiche: diviso in vintisette libri.
Veneza: Apresso Domenico Milocho, 1671

Carte de l'Italie Ancienne, pour l'intelligence des origines latines, rectifiée dans la partie méridionale sur les observations de Mr. l'Abbé de Chaupi. Par l'auteur du Monde Primitif. [S.l.: S.n.], 1779

O Coliseu de Roma foi construído pelo imperador Vespasiano no ano 70 da era comum e está entre as maiores construções do Império Romano. Essa impressionante arena tinha um piso de madeira normalmente recoberto de areia para absorver o sangue dos combates. Cercada de jaulas e celas, comportava entre 45 e 55 mil espectadores, e é um exemplo dos recursos avançados da engenharia de Roma. Somente dois terços de sua estrutura resistiram aos terremotos e à prática medieval de transformar o monumento em uma pedreira para outras construções.

Vista geral do Coliseu. Desenho de E. Thérond a partir de uma fotografia.
Edouard Thomas Charton. Le tour du monde..., 1860-1874

9 de setembro de 1958.
Correio da Manhã

[S.l.: S.n.], 1925.
Arquivo Orlando Guerreiro de Castro

A cidade de Pompeia foi soterrada em agosto do ano 79 pela erupção do Vesúvio, que atingiu também Herculano e Stabia, cidades vizinhas. Contava com uma população estimada entre 10 e 15 mil habitantes. Suas ruínas só foram encontradas no século XVI pelo arquiteto italiano Domenico Fontana, que pretendia construir ali um canal. Ainda se passariam mais de duzentos anos até que Carlos III da Espanha, que dominava também a região de Nápoles, ordenasse em 1738 o início de escavações onde fora Herculano. Novas escavações nas décadas seguintes levaram à identificação de Pompeia, em 1763.

Rua di Stabia, Reg. IX nº 10. Pasquale d'Amelio. Pompei dipinti murali scelti: opera premiata con X decorazioni cavalleresche. Napoli: Richter & Co. Napoli Lit. Edit, 1888

Desenho do litógrafo e ilustrador francês Lancelot. Edouard Thomas Charton. Le tour du monde..., 1860-1874

Pasquale d'Amelio. Pompei dipinti murali scelti..., 1888

Michel Amodio. Pompeia [Itália], 1863. Cartão cabinet. Coleção Fotografias Avulsas

O alto custo do pergaminho e o tempo necessário para copiar manuscritos inviabilizavam a difusão em massa dos livros. O papel, vindo do Oriente, apresentou-se como uma alternativa viável, e, no século XIV, instalou-se na Itália a indústria europeia do papel, fabricado a partir de farrapos e cordas. Com o advento da imprensa de tipos móveis, inventada na Alemanha, criaram-se as condições técnicas para que as obras de filósofos, poetas, juristas e pensadores gregos e latinos passassem a ser editadas e distribuídas em larga escala, difundindo a cultura humanista.

Publio Ovidu Nasonis [Ovídio]. Heroidum epistolæ. Venetiis: Apud Ioan. Gryphium, 1566

Iustini ex Trogi Pompeii Historiis Externis Libri XLIIII... . Venetiis: Ioannes Gryphius excudebat, 1569

Opera omnia cum historicorum veterum fragmentiis... Dresdæ & Lipsiæ: Apud Joh. Christ. Mithium & Joh. Christ. Zimmermannum, 1699

A família Médici, formada por banqueiros e mercadores, protagonizou a política e a cultura durante o século XV, na Itália. Os nomes dos seus membros - Cosimo, Lorenzo, Giovanni - são indissociáveis do patrocínio das artes no período.

Scipione Ammirato. Discorsi del signor Scipione Ammirato sopra Cornelio Tacito... .Venezia: Per Filipo Giunti, 1599

de manuscritos. Paul Lacroix; F. Kellerhoven (Ilustrador). Les arts au moyen age et à l'époque de la renaissance. 5. ed. Paris: Librairie de Firmin Didot Frères, 1874

Paul Lacroix; F. Kellerhoven (Ilustrador). Les arts au moyen age et à l'époque de la renaissance. 5. ed. Paris: Librairie de Firmin Didot Frères, 1874

O uso de tipos móveis - letras do alfabeto fundidas em chumbo, arranjadas em sequências formando frases e submetidas ao peso de uma prensa de maneira a imprimir com tinta sobre o papel - foi fundamental para a disseminação de conhecimentos novos e antigos. A maioria dos livros era impressa em latim, mas com o aumento do número de leitores gerando uma demanda estimada em duzentos milhões de livros no século XVI, outros idiomas passaram a ser também utilizados. Elementos decorativos, como capitais ornamentadas e historiadas, usuais em manuscritos, ainda serão mantidos nos livros impressos por muitos anos.

Filipo Cavriana. Discorsi del signor Filipo Cavriana Cav. Dis. Stefano sopra i primi cinqui libri di Cornelio Tacito. Fiorenza: Filipo Giunti, 1547

(1503-1572) destacou-se no ambiente intelectual humanista do século XVI, como matemático, tradutor e diplomata. Secretário do Cardeal Giovanni de Médici, foi editor de trabalhos traduzidos do arquiteto renascentista Leon Battista Alberti e autor também de tratados sobre arte e matemática.

Cosimo Bartoli. Discorsi historici universali.
Genova: Zabatta, 1582

Títulos das obras manuscritos nos cortes inferiores para facilitar sua identificação quando guardadas em posição horizontal nas estantes.

Cosimo Bartoli. Discorsi historici universali..., 1582
Scipione Ammirato. Discorsi del signor Scipione Ammirato sopra Cornelio Tacito..., 1599

Imagem emblemática do Renascimento, o quadro da Mona Lisa, pintado por Leonardo da Vinci (c.1504), supostamente retrata a senhora Elisabetta Gherardini, esposa de Francesco del Giocondo, comerciante de Florença. A obra, que integra o acervo do Museu do Louvre, na França, foi elaborada usando o sfumato(fumaça, em italiano), técnica desenvolvida por Leonardo e que consiste em esfumaçar as cores em vez de traçar linhas duras. Também chamada La Gioconda no século XVII, a pintura a óleo em madeira foi objeto de inúmeras interpretações e intervenções estéticas: de Sigmund Freud a Andy Warhol, passando por Salvador Dali, pelo cineasta Roberto Rossellini e por Marcel Duchamp.

Mona Lisa. S.l., S.d.
Correio da Manhã

foi encarregado de modificar a decoração da Capela Sistina, templo que abrigava as mais destacadas cerimônias da Igreja Católica. Entre 1508 e 1512, o artista executou os afrescos do teto, decorando-o com cenas do Gênesis, e entre 1536 e 1541, os da parede sobre o altar com a cena do Juízo Final.

Capela Sistina, cena do Juízo Final. Vaticano, Roma. Underwood & Underwood. 1904.
Arquivo Afonso Pena Júnior

As transformações artísticas mais representativas do período do Renascimento - proporção, perspectiva e domínio da cor - encontram seu apogeu nas obras de Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael.

A obra Ressurreição de Cristo, pintura a óleo sobre madeira, executada por Rafael entre 1499 e 1502, faz parte do acervo do Museu de Arte de São Paulo.

27 de maio de 1954.
Correio da Manhã

Nascimento de Jesus Cristo, afresco realizado por Giotto na Capela dos Scrovegni, em Pádua, entre 1303 e 1305. S.d.
Correio da Manhã

A conversão de São Paulo, óleo sobre tela (c.1545) de autoria de Tintoretto, atualmente integra a coleção da National Gallery of Art, nos Estados Unidos. S.d.
Correio da Manhã

O sonho da vida, afresco executado por Orcagna no claustro do cemitério de Pisa, século XIV. Paul Lacroix; F. Kellerhoven (Ilustrador). Les arts au moyen age et à l'époque de la renaissance. 5. ed.
Paris: Librairie de Firmin Didot Frères, 1874

abriga mármores pertencentes a templos e palácios, de autoria de grandes mestres gregos e romanos da Antiguidade.

Museus Vaticanos - Sala das Estátuas. Desenho de E. Thérond a partir de uma fotografia de Soulier. Edouard Thomas Charton. Le tour du monde..., 1860-1874

Corografias e mapas circulam entre Ocidente e Oriente desde a Antiguidade, conformando diferentes maneiras de ver o mundo e favorecendo a expansão dos impérios e o funcionamento dos negócios. Durante a Idade Média, a incerteza sobre a existência e localização dos territórios e a dificuldade em atribuir-lhes nomes foram os problemas centrais da cartografia, ainda profundamente influenciada por questões de ordem teológica. A conjugação de ciência e narrativas, muitas vezes lendárias, foi aos poucos cedendo lugar ao pensamento científico, culminando em uma proliferação de mapas razoavelmente precisos sobre a região do Mediterrâneo. As demais regiões do globo eram representadas a partir de uma geografia fantástica, povoada de monstros e relatos míticos, prática que perdurou até o início do Renascimento. A redescoberta do texto da Geografia, de Ptolomeu, geógrafo e astrônomo do século II, aliada à incorporação de aperfeiçoamentos técnicos - velas triangulares, bússola, quadrante - e a um entendimento mais rigoroso sobre os ventos e correntes marítimas aglutinaram-se e concorreram para viabilizar a navegação em alto-mar. A chegada ao continente americano e o contato com o outro, diferente e intrigante, fizeram emergir, para os europeus, um mundo inteiramente novo que passa imediatamente a ser retratado em riqueza de detalhes, iniciando uma nova fase de aperfeiçoamento da cartografia.

As cidades de Veneza, Gênova e Florença intermediavam o comércio Oriente-Ocidente de longa data. A partir do século XIV, Veneza passa a concentrar essa atividade, e as mercadorias importadas do Oriente, como tecidos luxuosos, alimentos, temperos e pigmentos irão afetar de maneira decisiva os hábitos de consumo da população, as artes e a cultura. Advém desse comércio o impulso para a descoberta de rotas alternativas para a Índia e para viagens a outras terras, em especial a América.

Praça e Igreja de São Marcos. Desenho do paisagista e litógrafo francês Jacques Guiaud. Edouard Thomas Charton. Le tour du monde..., 1860-1874

Cronache della commemorazione del IV centenario colombiano.
Gênova: Edite a cura del Municipio, 1892

Por volta de 1485, foi impresso o primeiro isolario (livro de ilhas), executado pelo veneziano Bartolomeo Zamberti, um capitão de navio que adotou o nome de Bartolomeo da li Sonetti devido aos sonetos que utilizava para descrever seus mapas. Re-editado em 1532, este isolario se destaca por incluir uma representação da rosa dos ventos, elemento que simboliza a forma de orientação nos mapas e está diretamente relacionado com as técnicas de navegação.

Mapa-múndi de Bartolomeo Zamberti, 1532. Raccolta di documenti e studi..., 1892-1894

Giovanni Botero (1533-1617), jesuíta italiano, cosmógrafo e historiador, é o autor das Relações universais, obra que é ao mesmo tempo um estudo sobre geografia política e texto de propaganda da fé católica. Descreve a situação geográfica dos países e suas condições políticas e crenças religiosas, dando destaque à disseminação do cristianismo no Novo Mundo.

Itália. Giovanni Botero. Relationi universali. Brescia: Compagnia Bresciana, 1599

Relationi universali. Venetia: Presso Alessandro Vecchi, 1622

Raccolta di documenti e studi. Roma: Auspice il Ministero della Pubblica Instruzione, 1892-1894

Relationi universali. Venetia: Presso Alessandro Vecchi, 1622

A América segundo as últimas observações, dividida em seus principais estados. - [Sem escala]. - Roma, Itália: Calcografia Cam^le, 1788

João José de Santa Tereza, foi um frei carmelita português que viveu grande parte de sua vida na Itália, onde publicou a obra sobre a guerra entre Portugal e Holanda pelo domínio sobre o território nordeste do Brasil. Contendo numerosos mapas, plantas e vistas das cidades brasileiras, provavelmente inspirados em desenhos de Franz Post, o livro foi financiado por d. Pedro II, rei de Portugal.

Brasil. João José de Santa Teresa. Istoria delle guerre del regno del Brasile accadute tra la Corona di Portogallo e la Republica di Olanda. Roma: Nella Stamperia degl'Eredi del Corbelleti, 1698

João José de Santa Teresa. Istoria delle guerre del regno del Brasile..., 1698

João José de Santa Teresa. Istoria delle guerre del regno del Brasile..., 1698

O contato, ao mesmo tempo maravilhado e tenso, com as terras recém-descobertas e os relatos de viagem daí originados propagaram descrições de seres fantásticos, invariavelmente disformes, que contribuíram para a construção de uma imagem exótica desses novos territórios no imaginário europeu.

A edição de 1622 das Relações universais, de Giovanni Botero, contém imagens e narrações sobre bestas que habitariam as várias partes do globo. Da África, Botero descreve um homem que "de monstruoso tem somente o pescoço... sobre o qual há uma cabeça disforme, quase infernal". Na Província de Santa Cruz, como era conhecido o Brasil, se encontraria um "monstro com a cabeça canina...os braços similares àqueles de um homem, as pernas e os pés como os do cavalo".

[Província de Santa Cruz]. Giovanni Botero. Relationi universali. Venetia: Presso Alessandro Vecchi, 1622

Relationi universali. Venetia: Presso Alessandro Vecchi, 1622

Relationi universali. Venetia: Presso Alessandro Vecchi, 1622

Relationi universali. Venetia: Presso Alessandro Vecchi, 1622

Relationi universali. Venetia: Presso Alessandro Vecchi, 1622

Relationi universali. Venetia: Presso Alessandro Vecchi, 1622

Relationi universali. Venetia: Presso Alessandro Vecchi, 1622

Relationi universali. Venetia: Presso Alessandro Vecchi, 1622

Relationi universali. Venetia: Presso Alessandro Vecchi, 1622

Relationi universali. Venetia: Presso Alessandro Vecchi, 1622

Biblia sacra: vulgatae editionis... Venetiis: Apud Nicolaum Pezzana, 1742

Membro da Companhia de Jesus, o padre italiano Gabriel Malagrida atuou como missionário no Brasil no início do século XVIII. No seu retorno a Portugal, foi acusado de colaborar com a família Távora na trama para a tentativa de assassinato do rei d. José I, em 1758, em razão do que foi estrangulado e queimado em um auto de fé.

Gabriel Malagrida. Il Malagrida accusato...  Lugano: São José, 1795

Em 1759, a Companhia de Jesus foi expulsa de Portugal e de todo o império ultramarino, tendo todos os seus bens confiscados. Em seguida, essa medida foi adotada pela França, em 1764, e pela Espanha, em 1767, conduzindo à extinção da Companhia, em 1773, pelo papa Clemente XIV.

Francisco Romão de Oliveira. Compendio istorico dell 'espulsione dei gesuiti dai regni di portogallo, e da tutti i suoi dominj. Nizza, 1791

(1662-1729), padre e astrônomo italiano, destacou-se por ter atuado em diferentes atividades: foi bibliotecário do cardeal Ottoboni, depois papa Alexandre VIII, de quem também foi mordomo papal; por indicação de sir Isaac Newton, foi eleito Fellow of the Royal Society, em Londres, um das mais antigas academias de ciência, ainda hoje em funcionamento; descobriu um cometa, em 1684, que foi batizado com seu nome; trabalhou ainda como topógrafo e arqueólogo. Autor e ilustrador de A história universal, utilizou-se de um modo de representação conhecido como capriccio, no qual são justapostos desenhos de diferentes artefatos antigos, com o intuito de complementar o texto e proporcionar ao leitor a possibilidade de apreciar elementos de difícil descrição.

Frontispício. Francesco Bianchini. La istoria universale provata con munumenti, e figurata con simboli de gli antichi. Roma: Stampata a spese dell'autore nella stamparia di Antonio de Rossi, 1697

Folha de rosto. Francesco Bianchini. La istoria universale provata con munumenti, e figurata con simboli de gli antichi. Roma: Stampata a spese dell'autore nella stamparia di Antonio de Rossi, 1697

Em 1680, José de Souza Pereira, do Conselho do rei de Portugal, ofereceu seu Política dos príncipes da Itáliaao monarca português por julgá-lo instrutivo a estadistas. Com propósitos semelhantes aos do Príncipe de Maquiavel, o livro analisa as disputas entre os dez grandes estados em que então se dividia a Península Itálica. Ao longo do século seguinte, o território que hoje conhecemos como Itália teve suas fronteiras redesenhadas inúmeras vezes ao sabor dos conflitos europeus, quando as casas de Habsburgo da Áustria e a dos Bourbon da Espanha submeteriam boa parte dos Estados italianos. Entre essas dinastias, apenas a Casa de Savoia resiste à dominação estrangeira, passando de ducado a reino em 1713, ampliando suas fronteiras ao norte e anexando a ilha de Sardenha. Saiba mais

Francesco Bianchini. La istoria universale provata con munumenti, e figurata con simboli de gli antichi. Roma: Stampata a spese dell'autore nella stamparia di Antonio de Rossi, 1697

"Política dos Príncipes de Itália. Trata-se dos segredos máximos que observa cada príncipe no seu Estado". Livro de autoria de José de Souza Pereira, do conselho do rei de Portugal, d. Pedro II, a quem dedica a obra, na qual analisa a administração dos principados italianos. 1680.
Negócios de Portugal

Carta de d. João V, rei de Portugal, a Vítor Amadeu II, duque de Savoia, manifestando o seu contentamento com as vitórias obtidas pelo duque em recente campanha militar e congratulando-o pelo nascimento de seus sucessores. Lisboa, 13 de agosto de 1707.
Negócios de Portugal

Edital Régio de Vittorio Amedeo, duque de Savoia e rei da Sardenha, estabelecendo novas medidas relativas à política monetária e cunhagem de moedas em seus domínios. Torino, 30 de dezembro de 1785.
Negócios de Portugal

Ofício do vice-rei do Brasil, d. Fernando José, comunicando ao príncipe regente de Portugal ter expedido as ordens necessárias para que as embarcações da República Italiana - proclamada por Napoleão Bonaparte quando ocupou parte do norte do território que corresponde à atual Itália - sejam recebidas nos portos da capitania do Rio de Janeiro como as das nações amigas da coroa portuguesa.

Rio de Janeiro, 2 de novembro de 1804.
Secretaria de Estado do Brasil

Exemplar do modelo da bandeira e flâmula da República Italiana que durou de 1802 a 1805, quando foi transformada em Reino da Itália. Rio de Janeiro, 2 de novembro de 1804. Secretaria de Estado do Brasil

Carta de Vittorio Emanuele I, rei da Sardenha, a d. João, príncipe regente de Portugal, agradecendo as demonstrações de estima que dele recebera através do marquês de Niza, embaixador de Portugal em São Petersburgo, e avisando-o de que lhe enviava em missão particular o cavalheiro Gaetano Balbo, a fim de melhor exprimir-lhe a sua gratidão e expor as dificuldades que a Casa de Savoia vinha passando após a revolução francesa, rogando a sua boa influência junto às cortes amigas para auxiliar o seu representante.

Roma, 6 de setembro de 1809.
Negócios de Portuga

com a missa celebrada na Igreja de Santo Antônio dos Portugueses pelo nascimento da princesa de Portugal, Maria da Glória, filha de d. Pedro I. Roma, 1819.
Negócios de Portugal

italiano de Pádua, professor de História Natural e Química na Faculdade de Filosofia da Universidade de Coimbra, incumbido da criação do Jardim Botânico, do Museu de História Natural e do Laboratório de Química da Universidade, foi um dos nomes mais influentes no âmbito do programa reformista implementado pelo marquês de Pombal

Memória sobre ações governamentais necessárias ao incremento da produção de turfa extraída do pântano da Comporta, em Portugal. [11 de agosto de 1796].
Diversos Códices

pelos espanhóis e franceses, o recurso à transmigração da família real para o Rio de Janeiro e a necessidade de consultas a pessoas experientes que proponham soluções para a salvação do reino. S.d. Diversos Códices

Giuseppe Verdi

A ópera é um gênero teatral e musical que está muito associado à tradição italiana, embora não exclusivamente. Encenadas no formato mais conhecido até hoje a partir do século XVII, combinavam atuação e canto no desenvolvimento de narrativas dramáticas ou cômicas, contando, principalmente a partir do século XIX, com o virtuosismo dos cantores e cantoras líricos.

Retrato do compositor italiano Giuseppe Verdi (1813-1901), autor, entre muitas célebres obras, das óperas La Traviata e Aida. Stabilimento Ricordi. Carte de visite. S.l. [18--]. Coleção Fotografias Avulsas

(1818-1897), compositor, violinista e professor de música do conservatório de Milão, do qual se tornou diretor em 1882. Entre seus pupilos, Giacomo Puccini. Stabilimento Ricordi. Carte de visite. S.l. [18--]. Coleção Fotografias Avulsas

Retrato de Amilcare Ponchielli (1834-1886). Compositor de óperas, entre elas La Gioconda. Stabilimento Ricordi. Carte de visite. S.l. [18--]. Coleção Fotografias Avulsas

Retrato de Franz Liszt (1811-1886). O grande compositor húngaro foi educado em Viena pelo compositor italiano Antonio Salieri, também mestre de Beethoven, e viveu parte de sua vida na Itália. Stabilimento Ricordi. Carte de visite. S.l. [18--]. Coleção Fotografias Avulsas

Retrato do tenor italiano Angelo Masini (1844-1926). Marcozzi, Carlo. Cartão Cabinet. Milão, [18--]. Coleção Fotografias Avulsas

Retrato de Vicente Cernichioro. Musicólogo, compositor e violinista italiano radicado no Brasil, foi professor do Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro e escreveu Storia della musica nel Brasile, publicado em 1926. Valerio & Aguiar. Cartão Cabinet. São Paulo, [189-]. Coleção Fotografias Avulsas

Retrato de Fanny Cerrito, ou Francesca Cerrito (1821-1909), bailarina e coreógrafa italiana. Stabilimento Ricordi. Carte de visite. S.l. [18--]. Coleção Fotografias Avulsas

Retrato de Teresa Stolz (1834-1902). Nascida na Boêmia, mas naturalizada italiana, foi uma grande soprano. Intérprete especial das óperas de Verdi, foi dela o papel principal em Aida. Stabilimento Ricordi. Carte de visite. S.l. [18--]. Coleção Fotografias Avulsas

(1840-1912), soprano austríaca radicada na Itália, amiga e cantora de Verdi. Stabilimento Ricordi. Carte de visite. S.l. [18--]. Coleção Fotografias Avulsas

Nascido no Rio de Janeiro, o maestro Henrique Oswald (1852-1931) cresceu em meio aos pianos comercializados por seu pai, de origem suíça, em São Paulo. Recebeu da mãe italiana, professora de piano, as primeiras lições do instrumento para o qual comporia a maior parte de suas músicas. Aos 16 anos, fixa residência em Florença e ingressa no Instituto Moriani, estudando contraponto, harmonia e composição com os professores Maglioni e Grazzini e piano com Henry Ketten e Giuseppe Buonamici. Completaria seus estudos com o patrocínio do imperador d. Pedro II, ainda em Florença, onde constituiu família com a cantora lírica Laudomia Gasperini. Na Itália, atuou como pianista, professor de piano, maestro e compositor, além de ocupar o posto de chanceler brasileiro nos consulados de Havre e Gênova. Conviveu com grandes nomes da música italiana, com os quais manteria ativa correspondência após seu retorno ao Brasil, em 1903, quando assume o cargo de diretor do Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro.

Retrato de Henrique Oswald, 1875. Fotógrafo: Michele Schemboche, italiano com estúdios em Turim, Florença e Roma, na segunda metade do século XIX. Arquivo Família Henrique Oswald

Carta da Accademia del Regio Istituto Musicale di Firenze a Henrique Oswald anunciando a Menção de Honra à sua música La speranza è la mia forza - título atribuído ao seu Concerto para piano e orquestra, op.10,dedicado ao professor Giuseppe Buonamici - no Concurso Golinelli. Florença, 30 de março de 1893. Arquivo Família Henrique Oswald

Correspondência do Consulado Geral do Brasil em Gênova notificando o maestro Henrique Oswald, residente em Florença, da proposta do governo brasileiro de nomeá-lo para o cargo de Diretor do Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro. Gênova, 22 de maio de 1903. Arquivo Família Henrique Oswald

Carta de Campo Salles, então presidente da República, a Henrique Oswald. Agradece a oferta da composição Il Neo e comunica sua transferência para o consulado brasileiro em Gênova. Autoriza-o a fazer as combinações necessárias com o cônsul para que possa dedicar-se à música de modo mais completo, permitindo-lhe a residência em Florença. Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1901. Arquivo Família Henrique Oswald

Cartão-postal Fontana del Nettuno, Bolonha, endereçado ao pianista Alfredo Oswald, filho de Henrique Oswald nascido em Florença, onde foi registrado como brasileiro. Bolonha, 21 de maio de 1908. Remetente não identificado. Arquivo Família Henrique Oswald

Cartão-postal Panorama dal Gianicolo, Roma, do maestro italiano Carlos Zecchi (1903-1984) a Henrique Oswald, felicitando-o pela passagem de ano. Roma, 4 de janeiro de 1930. Edizione Gigli Mauro. Arquivo Família Henrique Oswald

Cartão de visitas do maestro italiano Luigi Mancinelli (1848-1921). S.d. Arquivo Família Henrique Oswald

Cartão de visitas de Giacomo Puccini (1858-1924), célebre compositor de óperas italiano, autor de La bohème, Tosca, Madame Butterfly e Turandot. S.d. Arquivo Família Henrique Oswald

Carta do diretor da sucursal de São Paulo da gravadora Giovanni Ricordi ao maestro Henrique Oswald sobre a impressão de exemplares de sua Sonata para órgão, dedicada ao maestro Furio Franceschini. São Paulo, 26 de novembro de 1930. Arquivo Família Henrique Oswald

Maestro Furio Franceschini (1880-1976)

Nascido em Roma, chegou ao Brasil em 1904, como regente assistente de uma companhia lírica italiana. Além de maestro, foi organista, compositor de mais de seiscentas músicas e professor. Radicou-se em São Paulo, onde foi mestre-de-capela da Catedral da Sé. Entre seus alunos figuram o Padre Tallarico, Guiomar Novaes, Dinorá de Carvalho e Ângelo Camin. Está entre os fundadores da Academia Brasileira de Música

La croce d'oro (A cruz de ouro), segundo ato. Manuscrito original da ópera em três atos composta pelo músico brasileiro Henrique Oswald. [Florença], 1872. Arquivo Henrique Oswald

e poema sobre o maestro em recorte do jornal Il Pasquino Coloniale (1909-1941), publicação humorística voltada para a colônia italiana em São Paulo, de autoria de Voltolino. S.d. Arquivo Família Henrique Oswald

O tema da imigração no Brasil oitocentista toca em um ponto nevrálgico na história brasileira: o problema do trabalho em um país sustentado pela mão de obra negra e escrava, que vislumbra o fim do regime escravista. Saiba mais

Il Brasile e gli italiani

Frontispício da obra Il Brasile e gli italiani, editada por Fanfulla, em 1906. O Fanfulla, fundado em 1893, é um jornal publicado em italiano no Brasil para os imigrantes e a comunidade ítalo-brasileira, que continua em circulação até os dias atuais.

Il Brasile e gli italiani. São Paulo: Fanfulla, 1906

entre 1855 e 1889, feita para a Exposição Universal de Paris. Destacam-se os números: dos 760.367 imigrantes de várias nacionalidades entrados no país em 34 anos e meio, em números da época, 289.699 (38,10%) eram italianos. Litografia Paulo Robin & Cia, gravador Aranha. Rio de Janeiro, 1889. Série Agricultura - Terras Públicas e Colonização

Muitos agricultores italianos que emigraram para o Brasil no século XIX foram transportados para as grandes fazendas de café do Vale do Paraíba fluminense e paulista, onde iniciariam um movimento de substituição da mão de obra escrava. A imigração europeia, e em especial a italiana, para o Brasil foi direcionada ao trabalho nas lavouras do café, principal atividade econômica do Império. Nas fazendas, muitos imigrantes passaram por diversas dificuldades, desde a adaptação à língua e aos novos costumes, ao enfrentamento com uma cultura que considerava o trabalho braçal degradante e associado ao escravo e às violências praticadas diariamente contra eles. A tendência de tratar o trabalhador livre e assalariado como um escravo foi um dos elementos que prejudicaram os esforços de trazer mais estrangeiros para o país, além de provocar abandonos das fazendas e quebras de contratos. Boa parte dos que aqui chegavam mudava-se para as cidades mais próximas em busca de novas oportunidades.

Cultura do café nas fazendas da Serra dos Órgãos. Karl Friedrich Philipp von Martius. Flora brasiliensis... Vindobonae, Lipsiae: Apud Frid. Beck, Apud Frid. Fleischer in comm., 1840-1873

Patente do processo de aperfeiçoamento de tampas de latas, por Lambert e Cia. Fotografia Mauro Domingues. Rio de Janeiro, 18 de abril de 1910. Privilégios Industriais

Proposta da Companhia Promotora de Indústrias e Melhoramentos dirigida ao Generalíssimo Chefe do Governo Provisório, para instalação de 13 núcleos coloniais no Espírito Santo e em Minas Gerais. Destaca a importância da imigração para o desenvolvimento da agricultura na nova República e pede o apoio do governo federal. Rio de Janeiro, 19 de agosto de 1890. Série Agricultura - Terras Públicas e Colonização

As relações de vapores, a chegada à hospedaria de imigrantes

A viagem para a América foi uma experiência terrível para aqueles que foram obrigados a emigrar em busca de novas oportunidades. Antes mesmo da partida, começavam os percalços devido à exigência de se apresentar nos portos dias antes do embarque. Assim, viam-se obrigados a fazer gastos extraordinários, tornando-se vítimas de toda a sorte de aproveitadores - dos agentes das companhias de navegação e de viagens, dos comerciantes e vendedores. Nos relatos sobre a experiência da viagem até o novo mundo, as lembranças recorrentes dos imigrantes italianos estão associadas às precárias condições dos navios e a estranheza diante dos dialetos e costumes dos seus conterrâneos oriundos das distintas regiões italianas. Mas lembram-se também de raros momentos de confraternização, quando então passageiros e tripulação festejavam a passagem pela linha do equador. Saiba mais

Anúncio oferecendo serviço de transporte de colonos italianos

Anúncio publicado por Emanuele Cresta, consignatário de uma linha de vapores de Gênova, oferecendo o serviço de transporte de colonos italianos para fazendeiros interessados em introduzir a mão de obra imigrante no Brasil. Almanak administrativo, mercantil e industrial do Rio de Janeiro - Almanaque Laemmert. Rio de Janeiro, n. 40, 1883

Carta do Banco Mauá endereçada ao conselheiro Inácio da Cunha Galvão comunicando a chegada de 35 italianos ao porto do Rio de Janeiro, em conformidade com o contrato estabelecido pelo governo imperial em 1874 para a vinda de europeus. O vapor Rivadavia foi o primeiro a transportar imigrantes subsidiados. Rio de Janeiro, 10 de maio de 1875. Inspetoria Geral de Terras e Colonização

no Havre, em direção ao Rio de Janeiro, em conformidade com o contrato firmado entre o governo imperial e Joaquim Caetano Pinto Júnior. Havre, 18 de junho de 1875. Divisão de Polícia Marítima, Aérea e de Fronteiras - Relações de passageiros em vapores

Lista de passageiros embarcados no vapor Roma, em Nápoles, Itália, em 9 de janeiro de 1888, com destino ao Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2 de fevereiro de 1888. Divisão de Polícia Marítima, Aérea e de Fronteiras - Relações de passageiros em vapores

Contrato firmado entre a Companhia Navigazioni Generale Italiana Florio & Rubattino e o governo brasileiro para o transporte de imigrantes europeus para a criação de núcleos coloniais no Brasil. Rio de Janeiro, 23 de setembro de 1890. Série Agricultura - Terras Públicas e Colonização

Panorama do Rio de Janeiro no qual se vê a igreja da Candelária, a Alfândega e os trapiches do porto. Litografia de Deroy sobre fotografia de Victor Frond. Charles Ribeyrolles e Victor Frond. Brazil pitoresco: história, descrições, viagens, instituições, colonização. Rio de Janeiro: Tipografia Nacional, 1859-1861

vindo de Gênova para o Rio de Janeiro, transportados pela companhia La Veloce. Gênova, 3 de maio de 1888. Divisão de Polícia Marítima, Aérea e de Fronteiras - Relações de passageiros em vapores

Anúncio da Companhia de Navegação Italiana La Veloce, cujos agentes eram Tavolara & Fiorita. Este último, posteriormente, criou para si a companhia Ângelo Fiorita de transporte de imigrantes italianos para o Brasil. Almanak administrativo, mercantil e industrial do Rio de Janeiro - Almanaque Laemmert. Rio de Janeiro, n. 41, 1884

Litografia de Gatti e Duca. Napoli, 1844

Recibo d'A Terrina Fluminense emitido à Inspetoria Geral das Terras e Colonização, pela compra de artigos de cozinha para a Hospedaria de Imigrantes da Ilha das Flores, entre eles 1.340 xícaras e 1.500 colheres de ferro batido. Rio de Janeiro, 5 de outubro de 1890. Série Agricultura - Terras Públicas e Colonização

alojados na hospedaria do governo durante o ano de 1877. A primeira coluna refere-se aos italianos, e entre as variadas ocupações destacam-se os agricultores, maioria entre os que vinham para o Império. A tabela faz parte do Relatório da Inspetoria Geral das Terras e Colonização apresentado ao conselheiro João Lins Vieira, ministro e secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, pelo inspetor-geral José Cupertino Coelho Cintra. Rio de Janeiro, 4 de novembro de 1878. Diversos Códices - SDH

indicando as vias de comunicação, organizado pelo Ministério da Agricultura. O mapa indica as colônias para onde foram os primeiros imigrantes italianos e as respectivas culturas a que se dedicaram. Estão traçadas também as principais rotas de transporte por via terrestre, em ferrovias, e por mar, destacando as companhias de navegação responsáveis pelas linhas e o tempo de viagem. Il Brasile e gli italiani. São Paulo: Fanfulla, 1906

Relação de 22 imigrantes italianos que chegaram ao porto do Rio de Janeiro e foram transportados para Santos no vapor Itajaí. Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 1875. Inspetoria Geral de Terras e Colonização

Projeto de construção de uma Hospedaria de Imigrantes em Santos, assinado por Urbano Cândido de Vasconcellos. As obras para uma hospedaria em Santos foram iniciadas em 1910 e concluídas em 1912, mas o prédio não chegou a abrigar imigrantes, que costumavam seguir direto para as fazendas por trem ou iam para a hospedaria da capital, São Paulo. Santos, 25 de agosto de 1890. Ministério da Viação e Obras Públicas

Relação das bagagens dos imigrantes italianos que seguiram para Itajaí no vapor Rio de Janeiro, com as assinaturas. Rio de Janeiro, 187-. Inspetoria Geral de Terras e Colonização

Carta do sul do Império do Brasil compreendendo as províncias Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, organizada pelo engenheiro Alexandre Speltz. O destaque é para as colônias no estado de Santa Catarina, como Itajaí e Blumenau, e para as terras devolutas, que deveriam ser usadas para novos núcleos coloniais. Rio de Janeiro: Laemmert & Cia., 1885. Arquivo Francisco Lobo Leite Pereira

Planta da colônia Nova Itália, no estado do Paraná, elaborada pelo engenheiro André Braz Chalréo Júnior e desenhada por Jacinto Alves da Silva. Rio de Janeiro, 31 de agosto de 1878. Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas

Lista das ferramentas fornecidas aos colonos italianos na colônia Nova Itália, atual Morretes, no Paraná. Os instrumentos eram fornecidos aos imigrantes, que assinavam comprometendo-se a restituí-los à Administração da Colônia tão logo findassem o trabalho. Paraná, 1º de janeiro de 1878. Série Agricultura - Terras Públicas e Colonização

Lista, em italiano, de imigrantes que compõem a colônia Alessandra, no Paraná. Na primeira coluna o nome das famílias, depois o número de membros, o papel desempenhado na colônia, assinalando que alguns ocupam cargos na administração e a maioria é de "colonos", ou seja, agricultores. Paraná, 25 de agosto de 1875. Inspetoria Geral de Terras e Colonização

Entre as décadas de 1870 e 1890, uma grande quantidade de imigrantes entrou nos portos brasileiros rumo às fazendas de café e aos núcleos coloniais, que desde o início contaram com numerosas famílias italianas. Foram criadas colônias no Rio de Janeiro (a primeira, colônia de Porto Real, fundada em 1878 exclusivamente por italianos), no Espírito Santo (como Rio Novo, que prosperou depois da chegada dos primeiros italianos na década de 1880), no Paraná (destacando-se a colônia Nova Itália), em Santa Catarina (o núcleo de Itajaí recebeu muitos trabalhadores da Itália), no Rio Grande do Sul (nas colônias Conde d'Eu e Dona Isabel, hoje Garibaldi e Bento Gonçalves, os italianos introduziram a produção de uvas e vinho) e em São Paulo. Saiba mais

Família Vaccari

Lista das famílias que foram para Porto Real, primeira colônia italiana fundada no estado do Rio. Destaca-se a família Vaccari, composta por Luigi e Domenica, seus filhos e netos, chegados em 24 de junho de 1877. Porto Real, 4 de julho de 1877. Série Agricultura - Terras Públicas e Colonização

Registro de óbito de Catarina Vaccari, filha do casal Giuseppe e Margarita, de apenas um ano, falecida de "catarro sufocante" pouco depois de chegarem à colônia. A outra filha do casal, Liberata, também morreu em Porto Real, 21 dias depois de Catarina. Porto Real, 4 de julho de 1877. Série Agricultura - Terras Públicas e Colonização

Mapa da província do Rio de Janeiro, mandado organizar pelo presidente da província Antônio da Rocha Fernandes Leão, para o serviço de imigração. Rio de Janeiro, 1887. Arquivo Francisco Bhering

Planta da parte da província do Espírito Santo em que estão compreendidas as colônias, mandada organizar na Inspetoria Geral das Terras e Colonização pelos engenheiros Coelho Cintra e Carlos Rivierre. Rio de Janeiro, 1878. Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas

Natural da cidade de Lerici, que acabou sendo incorporada ao seu nome no Brasil, Pedro Nicolini de Lerici, chegou no brigue Assumpção em 1824, mas somente solicitou sua naturalização em 1855. O certificado do Consulado Geral da Sardenha no Brasil, de 1843, permitiu que obtivesse o título de residência. Viveu na cidade de Itapemirim, no Espírito Santo, estado que recebeu muitos súditos italianos no século XIX. Certificado de nacionalidade de Pedro Nicolini. Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 1843. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Requerimento de naturalização do dr. Carlos Éboli, médico italiano de Nápoles radicado em Nova Friburgo desde 1860, onde fundou, juntamente com o dr. Fortunato de Azevedo, em 1870, o Instituto Sanitário Hidroterápico, também chamado Casa das Duchas, destinado ao tratamento de beribéri. Nova Friburgo, 22 de fevereiro de 1876. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Certificado de cumprimento do serviço militar de Caetano Cuomo, como corneteiro do 31º Batalhão de Infantaria do Exército Real Italiano. Palermo, 11 de agosto de 1889. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Passaporte de Vincenzo di Francesco Boccardi, agricultor, emitido na comuna italiana de Bovino. Vem com sua família para São Paulo (Brasil) "por motivo de trabalho". Bovino, 18 de maio de 1895. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Primeira página da Revista Illustrada, publicada e desenhada por Ângelo Agostini, que anuncia a segunda edição das Aventuras de Zé Caipora. Apesar de ser considerado por muitos o primeiro artista gráfico do Brasil, Ângelo Agostini nasceu na Itália em 1843. Chegou a São Paulo em 1859, onde participou da fundação de periódicos como Diabo Coxo e O Cabrião. Envolvido em polêmicas da política paulista, muda-se para a Corte, que testemunharia o auge do seu talento. Em publicações como O Arlequim, Vida Fluminense, O Mosquito, O Mequetrefe, Revista Ilustrada, Dom Quixote e o O Malho satiriza a vida cotidiana e a alta política do país que adotou como seu. Criou personagens inesquecíveis como Zé Caipora e Nhô Quim, e trabalhou até sua morte no Rio de Janeiro, em 1910. Revista Illustrada. Rio de Janeiro, ano 13, n. 480, 1888

Primeira página do periódico Don Quixote, editado e desenhado por Ângelo Agostini, no qual emite, por meio do personagem Sancho, sua opinião favorável sobre um assunto controverso para a época: o divórcio. Rio de Janeiro, ano 2, n. 67 e 68, 1896

Nascida em Nápoles, veio para o Brasil junto com uma comitiva composta de artistas, professores e estudiosos em 1843 para se casar com d. Pedro II. Toda a descendência da família imperial brasileira é, por conseguinte, italiana.

Imperador Pedro II, imperatriz Teresa Cristina e comitiva a bordo do navio Congo em sua terceira viagem à Europa. S.l. [1887-1888]. Coleção Fotografias Avulsas

joalheiro da Casa Imperial, chegou ao Brasil por ocasião da vinda da futura imperatriz d. Teresa Cristina. Guimarães & Cia Fotógrafos. Cartão Cabinet. Rio de Janeiro, [18--]. Coleção Fotografias Avulsas

napolitanos, vieram para o Brasil e se estabeleceram como ourives e joalheiros. Foram responsáveis por boa parte das joias usadas pela boa sociedade carioca no século XIX, inclusive pelas mulheres da Casa Imperial.

Catálogo de joias da casa Domingos Farani & Irmão, fundada em 1864 e que funcionou na rua dos Ourives, nº 59, no Rio de Janeiro, atual rua Miguel Couto

O professor de música das princesas imperiais, cavaleiro da Ordem da Rosa, compositor da Imperial Casa e Capela e diretor do Imperial Conservatório de Música, Archangelo Fiorito anuncia seus serviços. Almanak administrativo, mercantil e industrial do Rio de Janeiro - Almanaque Laemmert. Rio de Janeiro, n. 40, 1883

Carta de Paulo Barbosa da Silva, mordomo imperial e conselheiro do imperador, recomendando o mestre de música Archangelo Fiorito para naturalização. Veio para o Brasil como mestre de música na comitiva de dona Teresa Cristina em 1843, e recebeu em 22 de janeiro de 1855 um privilégio de cinco anos para produzir massas alimentares no Brasil usando farinha de mandioca. Rio de Janeiro, 20 de outubro de 1860. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Francisco Storino, cabeleireiro, estabelecido na rua 7 de Setembro, no Rio de Janeiro. Almanak administrativo, mercantil e industrial do Rio de Janeiro - Almanaque Laemmert. Rio de Janeiro, n. 57, 1900

Requerimento de Francisco Storino para naturalização de seu filho, Francisco Storino Júnior. O pai afirma ser italiano estabelecido na cidade do Rio de Janeiro, e alega que o filho tem 18 anos e já reside no Brasil há pelo menos um ano. No entanto, para requerer naturalização, de acordo com a lei de 12 de julho de 1871 em vigência na época, era preciso ser maior de 21 anos e residente no país por mais de dois anos. Portanto, o pedido foi indeferido. Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1878. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Produzido por F^lli Gancia & C^o, provedores do rei de Itália, e introduzido no Brasil por Emanuele Cresta & Cia, do Rio de Janeiro. Asti, Itália. S.d. Série Indústria e Comércio

Nervi, Itália, 1879. Série Indústria e Comércio

fornecedores das Casas Reais da Itália e de Portugal. Turim, Itália, 1880. Série Indústria e Comércio

inventado por Guido Terzi, de São Paulo, chamado Chapéu para anúncios.  Sistema privilegiado G. Terzi. Rio de Janeiro, 8 de janeiro de 1898. Privilégios Industriais

apresentado por Michele d'Anna. O pedido de patente foi avaliado pelo funcionário responsável: Machado de Assis. São Paulo, 18 de outubro de 1898. Privilégios Industriais

apresentado pelo engenheiro Henrique Boccolini, de São Paulo, e denominado Moinho Vertical Engenheiro Boccolini, com aparelho refrigerante para café. Rio de Janeiro, 31 de maio de 1900. Privilégios Industriais

Hotel Águia de Ouro, de G. Giorelli & Sobrinho, "os primeiros introdutores dos legítimos vinhos italianos". Na rua da Alfândega, 7, Rio de Janeiro. Almanak administrativo, mercantil e industrial do Rio de Janeiro - Almanaque Laemmert. Rio de Janeiro, vol. 1, n. 40, 1883

Societá Fratelli Lavarello fu Gio-Batta. Serviço postal entre a Itália e América meridional. Com sede em Gênova e agentes no Rio de Janeiro. Almanak administrativo, mercantil e industrial do Rio de Janeiro - Almanaque Laemmert. Rio de Janeiro, n. 48, 1891

La Ligure Brasiliana, Navigazione Italiana, com sede em Gênova. Representados no Brasil por A. Fiorita & Cia., na rua Primeiro de Março, 37, com linhas diretas de Gênova e escalas para o Rio, Santos e Pará. Almanak administrativo, mercantil e industrial do Rio de Janeiro - Almanaque Laemmert. Rio de Janeiro, n. 57, 1900

de Cocito Irmão & Cia., também importadores de vinhos, conservas e alimentos finos. O hotel possuía intérprete para auxílio dos estrangeiros. Na rua da Estação, 23, São Paulo. Almanak administrativo, mercantil e industrial do Rio de Janeiro - Almanaque Laemmert. Rio de Janeiro, n. 63, 1906

Paschoal Segreto, Empresa de Espetáculos e Atrações. Foi um dos pioneiros na empresa teatral e na introdução do cinema no Brasil, para onde emigrou ainda no século XIX. Administrava, entre outros, o teatro Carlos Gomes no Rio de Janeiro. Almanak administrativo, mercantil e industrial do Rio de Janeiro - Almanaque Laemmert. Rio de Janeiro, n. 63, 1906

Francisco Matarazzo & Cia., industriais e importadores, com sedes em São Paulo, Santos e outras cidades paulistas. São Paulo. Almanak administrativo, mercantil e industrial do Rio de Janeiro - Almanaque Laemmert. Rio de Janeiro, n. 63, 1906

Entre a década de 1870 e os vinte primeiros anos do século XX, estima-se que quase um milhão de italianos emigraram para o Brasil em busca de terra, trabalho e melhores condições de vida. Sobretudo depois de 1888, com o fim da escravidão, as levas se intensificaram e a maior parte dos que vieram seguiu para regiões rurais, para as fazendas de café ou núcleos coloniais. Saiba mais

Vista do movimento do porto de Imperia, região da Ligúria

Itália, [c. 1910]. Arquivo Central do Estado (Roma). Ministério da Marinha Mercante

Antonio e Giuseppe Jannuzzi, de uma família de escultores em pedra da Calábria, chegaram ao Brasil em 1874 e começaram a trabalhar inicialmente como mestres de obra - executores. Em 1883 abrem a firma Antonio Jannuzzi & Irmão, responsável por grandes edifícios no Rio de Janeiro.

Anúncio da casa Antonio Jannuzzi, Irmão & Cia., de arquitetos e construtores. Almanak administrativo, mercantil e industrial do Rio de Janeiro - Almanaque Laemmert. Rio de Janeiro, n. 57, 1900

Na bem-sucedida carreira dos irmãos Antonio e Giuseppe Jannuzzi, arquitetos e construtores, destaca-se a abertura da Avenida Central no Rio de Janeiro, hoje Avenida Rio Branco, para a qual desenharam e construíram diversos prédios, inclusive o da própria firma, em cuja planta se vê a fachada do número 144. Outros arquitetos italianos se destacaram nos projetos de edifícios para a nova avenida, entre eles, Rafael Rebechi e Tomaso Bezzi.

Avenida Central: prédio dos srs. Antonio Jannuzzi, Irmão & Cia. Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1904. Comissão Construtora da Avenida Central

Projeto do novo edifício do Clube Naval na Avenida Central. Projetado pelo engenheiro e arquiteto italiano Tomaso Gaudenzio Bezzi, responsável pelo edifício do Museu do Ipiranga, em São Paulo, o prédio do Clube Naval foi um dos poucos que resistiram ao tempo e ainda pode ser visto entre os n^os 180 e 184 da Avenida Rio Branco. Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 1905. Comissão Construtora da Avenida Central

Certificado de nacionalidade italiana de Rafael de Falco, motorista, emitido pelo Consulado Geral da Itália em São Paulo. Nascido em Palermo, em 27 de agosto de 1896, chegou ao Brasil em um novo momento da imigração, quando os trabalhadores vinham menos para o campo e mais para as cidades, em busca de empregos mais urbanos. Pediu naturalização em 1924. São Paulo, 10 de março de 1924. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Requerimento de naturalização de João Mattioda, operário do Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro. Italiano de 31 anos, com residência fixa, apresenta os documentos para tornar-se cidadão brasileiro. Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 1923. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Declaração da firma Destilação Italiana a vapor, de Rosin Trevisan & C., de que Felippe Massaro era funcionário da casa na qualidade de arrumador de cocheira, tendo boa conduta e comportamento honesto. Atestados de boa conduta e de trabalho fixo eram normalmente alguns dos documentos exigidos para a concessão da naturalização a um estrangeiro. São Paulo, 8 de agosto de 1908. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

A maioria dos emigrantes que vieram para o Brasil em busca de terras e melhores condições de vida embarcou nos muitos vapores a partir do porto de Gênova.

Porto de Gênova, com projeto de ampliação. Bergamo, Itália, 1910. Arquivo Central do Estado (Roma). Ministério da Marinha Mercante

Requerimento de Andrea Alfano, alfaiate italiano, estabelecido com oficina própria há mais de seis anos na rua Caetano Pinto, no Brás, que aproveitava o momento da "grande naturalização" para requerer sua cidadania brasileira.

A "grande naturalização" foi um procedimento adotado na Constituição de 1891, que previa que os estrangeiros residentes no Brasil há pelo menos seis meses poderiam solicitar a nacionalidade brasileira. São Paulo, 5 de junho de 1903. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Atestado da Intendência Municipal de Garibaldi, Rio Grande do Sul, de que Virgilio Cuoghi, italiano, exercia o cargo de maestro da banda musical do município, tendo boa conduta. Garibaldi, 22 de fevereiro de 1927. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Fotografia no passaporte de Angiolina Grimaldi. 11 de abril de 1922. Solicita naturalização em 1928. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

58 anos, trabalhador, natural de Veneza, residente no Rio de Janeiro, em Anchieta. Fotografia extraída do certificado emitido pelo Real Consulado da Itália no Rio de Janeiro de que o imigrante deseja conservar a nacionalidade italiana. Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1921. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Concessão de naturalização conferida a Nunzio Marcantonio pelo ministro da Justiça e Negócios Interiores, Sabino Barrozo. Rio de Janeiro, 12 de junho de 1902. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Cópia da certidão de nascimento de Massimiliano Tescaroli, lavrador, nascido em Vigasio, Verona, em 13 de agosto de 1886. A cópia da certidão de nascimento e a certidão de casamento foram apresentadas no processo de naturalização de Massimiliano, iniciado em 1928. Vigasio, 22 de outubro de 1927. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Certidão de casamento, realizado em São Paulo, de Massimiliano Tescaroli com Julia Guiso, ele italiano, ela da cidade. A cópia da certidão de nascimento e a certidão de casamento foram apresentadas no processo de naturalização de Massimiliano, iniciado em 1928.  São Paulo, 20 de maio de 1916. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Carteira de identidade de estrangeiro de Giovanni Landi, 39 anos, casado, era natural de Valisotto, Itália, e residia em Curitiba, Paraná. Curitiba, 31 de maio de 1926. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Apesar de declarar ser lavrador, de acordo com o atestado da Sport Garage de Affonso Perotti, Landi era operário da oficina há dois anos. Curitiba, 31 de maio de 1926. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Registro da certidão de nascimento de Immacolata Moffa, nascida em 12 de dezembro de 1897, em Colle Sannita, Benevento, Itália. Colle Sanita, 19 de novembro de 1905. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Imaculada, como passou a se chamar no Brasil Immacolata Moffa, tornou-se professora primária, como se vê no atestado de bons antecedentes emitido pela Polícia de Casa Branca, que confirma seu "bom procedimento moral e civil". Casa Branca, 31 de agosto de 1923. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Itália, 1934. Arquivo Central do Estado (Roma). Ministério da Marinha Mercante

Patrizzio Bellotti, 46 anos, casado com Mariangela Matarazzo, 39 anos, chegou ao Brasil em 1935 com as três filhas, Giuseppina e as gêmeas Maria e Michelina Bellotti, a bordo do vapor Oceania, indo residir em São Paulo. Para requerer a permanência, apresentaram diversos documentos, entre eles, fotos, passaporte, prova de ocupação lícita, atestados de bons antecedentes, de boa saúde e sanidade mental.

Família Bellotti. São Paulo, 1938. Série Interior - Estrangeiros: Visto - Expulsão - Permanência

pai e filho. Vieram para o Brasil chamados pelo irmão do Pasquale pai, José Papa, para trabalharem com ele em seu depósito de ferro velho. Recebem a autorização de permanência em 1940. Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1938. Série Interior - Estrangeiros: Visto - Expulsão - Permanência

Nascido em Pescaglia, 29 anos, casado, era ferreiro da Companhia Federal de Fundição no Rio de Janeiro. Chegou ao Brasil em 1935, a bordo do vapor Mendoza, como se pode verificar na passagem de navio, de terceira classe, emitida em Gênova, em 4 de julho de 1935. Veio para o Rio de Janeiro com a mulher, Lina de Cesari, e a filha de dois meses, Palmira Palmerini. O verso do bilhete traz impressa a lei de emigração da Itália. Rio de Janeiro, 20 de setembro de 1938. Série Interior - Estrangeiros: Visto - Expulsão - Permanência

São Paulo, 22 de novembro de 1938. Série Interior - Estrangeiros: Visto - Expulsão - Permanência

O casal chegou ao Brasil em 1926 e residiam em Petrópolis, Rio de Janeiro, onde eram proprietários do Grande Hotel. Petrópolis, 26 de novembro de 1938. Série Interior - Estrangeiros: Visto - Expulsão - Permanência

Edoardo Foglizzo era empresário teatral, diretor da Compagnia Italiana di Operette Alba Regina, na qual Licia, sua esposa, era atriz. Chegaram ao Brasil em 1937 na qualidade de artistas, e apresentaram documentação bastante diversa, como atestados de boa conduta das famosas Casa Wagner e G. Ricordi, editores e distribuidores de música erudita. São Paulo, 28 de novembro de 1938. Série Interior - Estrangeiros: Visto - Expulsão - Permanência

57 anos, casado, empregado nas Indústrias Reunidas F. Matarazzo como engenheiro especializado em assuntos da indústria. São Paulo, 4 de agosto de 1939. Série Interior - Estrangeiros: Visto - Expulsão - Permanência

Ofício reservado do secretário dos Negócios da Justiça e da Segurança Pública, Washington Luís Pereira de Souza, ao ministro da Justiça e Negócios Interiores, Augusto Tavares de Lira, informando sobre o inquérito policial instalado contra os italianos Oreste Ristori, Leopoldo Cerchiari e Julio Sorelli. O inquérito conclui que os italianos, anarquistas, promovem a desordem do trabalho agrícola e urbano, combatendo a imigração e fomentando greves. O futuro presidente, Washington Luís, aconselha que os estrangeiros sejam expulsos do território nacional. São Paulo, 7 de maio de 1907. Série Interior - Estrangeiros: Visto - Expulsão - Permanência

Contra a imigração, panfleto escrito e publicado por Oreste Ristori, apreendido pela polícia e anexado ao seu processo de expulsão. No texto ele expõe as condições precárias de vida que os imigrantes levam nas fazendas cafeeiras do interior do estado de São Paulo, muitas vezes tratados com a violência que se aplicava aos escravos. São Paulo: La Battaglia, 1906. Série Interior - Estrangeiros: Visto - Expulsão - Permanência

A linguagem do livreto Contra a imigração é forte e expressa os ideais anarcossindicalistas, em efervescência nos primeiros anos do século XX, trazidos para o Brasil por muitos trabalhadores estrangeiros que emigravam para as grandes cidades brasileiras, especialmente São Paulo. São Paulo: La Battaglia, 1906. Série Interior - Estrangeiros: Visto - Expulsão - Permanência

Relatório da 2ª delegacia de polícia de São Paulo, que instaurou inquérito sobre o italiano Lampeano Leone, natural de Torino, 38 anos, residente naquela cidade. Conclui que Leone é "anarquista perigoso e denodado propagandista do comunismo oriundo da Rússia", conforme ele próprio se confessa. Por ser considerado um indivíduo "perigoso à estabilidade e segurança social", recomenda a expulsão de acordo com a lei 1.641, de 7 de janeiro de 1907. A polêmica Lei Adolfo Gordo tornou legal a expulsão de estrangeiros que comprometessem "a segurança nacional ou a tranquilidade pública". Entre as razões para expulsão poderiam estar delitos comuns, como vagabundagem e lenocínio, e, principalmente, atividades políticas que promovessem desordens, manifestações e greves, associadas ao movimento anarquista. São Paulo, 8 de dezembro de 1919. Série Interior - Estrangeiros: Visto - Expulsão - Permanência

Panfleto da Federação Operária de São Paulo conclamando o operariado para greve, apreendido com Lampeano Leone e anexado ao seu processo de expulsão como prova contra o italiano, acusado de anarquista e incitador de greves e desordens. São Paulo, 1919. Série Interior - Estrangeiros: Visto - Expulsão - Permanência

Termo de declarações de Arduino Maceroni, do Gabinete de Investigações de São Paulo. O italiano de 30 anos, operário, residente em Jacareí, era porteiro de uma das fábricas de Francisco Matarazzo quando aderiu ao movimento revolucionário de 1924, já tendo lutado na Primeira Guerra, na Europa. "Admirador de Luiz Carlos Prestes", pretendia dedicar-se à propagação do comunismo quando foi preso. São Paulo, 7 de julho de 1930. Série Interior - Estrangeiros: Visto - Expulsão - Permanência

A associação Circolo Italiano foi fundada em São Paulo, em 1911, e a partir dos anos 1920 passa a ser pressionada pelo consulado geral daquele país a aderir ao novo regime. Mesmo com a oposição de alguns membros, ao final da década são promovidos reuniões e bailes em homenagem ao fascismo. Em 1942, com a invasão da sua sede pela polícia, teve arquivos e objetos apreendidos pela Superintendência de Segurança Política e Social. Foram arrecadados retratos de Mussolini, bandeiras, livros e farta correspondência.

Convite para a recepção de gala promovida pelo Circolo Italiano em homenagem ao 1º aniversário do "Império italiano", com a presença do delegado do governo da Itália para as comemorações dos 50 anos da imigração para o Brasil. São Paulo, 31 de julho de 1937. Ministério da Justiça e Negócios Interiores

Carta do Circolo Italiano ao embaixador italiano sobre uma homenagem que será prestada ao cônsul-geral, com as mais fervorosas saudações fascistas. São Paulo, 8 de setembro de 1935. Ministério da Justiça e Negócios Interiores

agradecendo pela cessão da Sala Marina Crespi para o uso do seu Departamento de Estudos. Despede-se com a saudação dos integralistas, "anauê". São Paulo, 23 de julho de 1934. Ministério da Justiça e Negócios Interiores

Declaração dos proprietários da Casa Aos Três Abruzzos de que Ulisses Matarazzo Sobrinho, italiano, nunca manifestou interesse em conservar sua nacionalidade de origem, mostrando, ao contrário, "seu verdadeiro espírito de brasilidade". São Paulo, 29 de setembro de 1943. Série Interior - Nacionalidades - Processos de Naturalização

Força Expedicionária Brasileira - FEB

Ao longo de 1942, o governo brasileiro, em consonância com as resoluções das conferências pan-americanas, assina um acordo de cooperação militar com os Estados Unidos, rompe relações diplomáticas e, finalmente, declara guerra ao Eixo em agosto. Nesse contexto seria criada a Força Expedicionária Brasileira ‒ FEB ‒, em novembro de 1943.

As tropas brasileiras não impressionaram muito o 5º Exército norte-americano, que a divisão brasileira iria compor, integrando o 4º Corpo de Exército, comandado pelo general Willys Dale Crittenberg. De acordo com o próprio comandante da FEB, general Mascarenhas de Moraes, escolhido para o cargo por ser considerado um militar apolítico, "o retardamento da entrega do material e as necessidades prementes da frente de combate forçaram a nossa divisão expedicionária a entrar em linha em estado de adestramento reconhecidamente incompleto". Em resultado, boa parte das tropas brasileiras completou seu treinamento em campo de batalha. Saiba mais

Il Duce italiano, Benito Mussolini, e o Führer do Terceiro Reich alemão, Adolf Hitler. Apesar de afinidades entre as ideologias fascista e nazista, as respectivas máquinas de guerra de ambos os países não poderiam ser mais opostas: a Itália lutava uma guerra antiga e seguia táticas antiquadas.

A Alemanha tinha o exército mais moderno do mundo, o primeiro a ter uma real compreensão de como lutar uma guerra mecanizada contemporânea. S.d.

Correio da Manhã

Ponte com versos do Hino dos universitários fascistas. Letra de Vittorio Emanuele Bravetta e música de Giuseppe Blanc (1927).

Frente alpina, 21 a 24 de junho de 1940.
Partido Nacional Fascista, Arquivo Central do Estado (Roma)

Frente alpina, junho de 1940.
Partido Nacional Fascista, Arquivo Central do Estado (Roma)

Rápido avanço das tropas italianas na área de Moncenisio, região fronteiriça com a França. Frente alpina, junho de 1940.
Partido Nacional Fascista, Arquivo Central do Estado (Roma)

Artilharia motorizada e infantaria em Val Stretta (Bardonecchia). Frente alpina, junho de 1940. Partido Nacional Fascista, Arquivo Central do Estado (Roma)

21 a 24 de junho de 1940. Partido Nacional Fascista, Arquivo Central do Estado (Roma)

Frente alpina, junho de 1940. Partido Nacional Fascista, Arquivo Central do Estado (Roma)

Área do Moncenisio, região fronteiriça com a França. Frente alpina, junho de 1940.

Partido Nacional Fascista, Arquivo Central do Estado (Roma)

Frente alpina. 21 a 24 de junho de 1940.

Partido Nacional Fascista, Arquivo Central do Estado (Roma)

Força aérea italiana fazendo o reconhecimento aéreo de Mentone, localidade francesa ocupada pela Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Frente alpina, junho de 1940.
Partido Nacional Fascista, Arquivo Central do Estado (Roma)

Junho de 1940. Partido Nacional Fascista, Arquivo Central do Estado (Roma)

Junho de 1940. Partido Nacional Fascista, Arquivo Central do Estado (Roma)

Cidade italiana de Ventimiglia, na região da Ligúria, após o bombardeio francês de 22 a 25 de junho de 1940.
Partido Nacional Fascista, Arquivo Central do Estado (Roma)

Cidade italiana de Ventimiglia, na região da Ligúria, após o bombardeio francês de 22 a 25 de junho de 1940.
Partido Nacional Fascista, Arquivo Central do Estado (Roma)

A poucas semanas da rendição, importante centro industrial do norte da Itália sofre ataques aéreos violentos.

O Globo. Rio de Janeiro, 16 de agosto de 1943.
Arquivo Bernardo Fernandes de Brito

Não foi sem hesitação que Getúlio Vargas se decidiu por declarar guerra ao Eixo. Nos anos que precederam o conflito, com sua política "pendular" aprofundou as relações comerciais com a Alemanha, mas, já em 1939, os mercados europeus fecharam-se ao país. Ao lado de uma inequívoca afinidade ideológica com os regimes fascistas, e em meio à política de boa vizinhança do presidente Roosevelt, voltada para a negociação e cooperação com a América Latina, Vargas procurou negociar com os norte-americanos o apoio aos aliados, em troca de investimentos como os que se fizeram na siderurgia. Liderando um governo ditatorial, o presidente acabou pagando um alto preço por essas contradições: o fim da guerra e a vitória dos Aliados foram o canto do cisne para um governo que internamente tinha práticas semelhantes aos inimigos que combatera, mas que por razões geopolíticas e também por oportunismo - à espera que a balança começasse a pender para um dos lados do conflito - decidira-se a lutar ao lado da democracia.

Protestos contra o afundamento de navios mercantes brasileiros torpedeados pelas forças alemães a partir de fevereiro de 1942. Rio de Janeiro, 30 de junho de 1942. Agência Nacional

Em julho de 1944, depois de um período de reformulação e treinamento de oficiais das forças de ar e terra, inclusive em escolas militares norte-americanas, o primeiro contingente da FEB foi enviado à Nápoles.

Rio de Janeiro, 1944. Correio da Manhã

1944. Correio da Manhã

Os últimos escalões da Força Expedicionária e da Força Aérea Brasileira chegam à Nápoles.

Itália, 24 de fevereiro de 1945.
Agência Nacional

O último escalão da FEB chegaria em fevereiro de 1945, totalizando um total de mais de 25 mil homens - e algumas enfermeiras - que formariam o contingente da divisão da FEB.

Itália, 24 de fevereiro de 1945.
Agência Nacional

em meio a um acampamento em que ingleses, americanos, brasileiros e soldados de outras nacionalidades dividiam o pouco que sobrara de um campo de pouso em Tarquínia. Outubro de 1944.

Arquivo Salgado Filho

[1944-1945]. Correio da Manhã

Os últimos escalões da Força Expedicionária e da Força Aérea Brasileira chegados à Nápoles.

Itália, 24 de fevereiro de 1945. Agência Nacional

Apresenta o quantitativo de prisioneiros de guerra, de mortos e feridos em combate e o contingente enviado à Itália. Oferecido pelo comandante da FEB ao Ministro da Justiça, em 13 de março de 1946.

Ministério da Justiça e Negócios Interiores

Em 1900, cerca de 90% da ainda reduzida força de trabalho industrial de São Paulo era composta de estrangeiros. No setor têxtil, por exemplo, aproximadamente 60% dos trabalhadores nasceram na Itália. Dentre estes imigrantes, que vieram não apenas para a cidade de São Paulo, mas também para outras cidades do Brasil e para as áreas rurais, havia militantes anarquistas e, em menor número, socialistas, cujo êxodo havia sido de certa forma encorajado pelos governos dos seus países de origem, incomodados com estes indivíduos, especialmente após sua participação em algumas insurreições e atentados. Saiba mais

Plano de campanha da FEB

Oficiais e soldados brasileiros, em um jipe equipado com metralhadora pesada, estudam o plano de campanha da FEB, de avanço para o norte da Itália.

Pisa, 1944. Correio da Manhã

[1944-1945]. Correio da Manhã

Peças do fuzil Springfield. À direita, o terceiro-sargento Onofre Rodrigues de Aguiar, de São Paulo, e o tenente americano Clarence E. Larson, de Fort Dodge, Iowa.

1944. Correio da Manhã

Foto de Horácio Coelho. Itália, 1944.
Correio da Manhã

7 de julho de 1944.
Agência Nacional

Força Expedicionária Brasileira na Itália. 7 de julho de 1944.
Agência Nacional

Itália, 16 de maio de 1945. Agência Nacional

Itália, 23 de abril de 1945. Agência Nacional

Itália, 7 de julho de 1944. Agência Nacional

Itália, 16 de maio de 1945. Agência Nacional

7 de julho de 1944. Agência Nacional

Percebe-se a existência de cápsulas vazias de canhões em torno do grupo.

Itália, 1944. Correio da Manhã

Itália, 1944. Correio da Manhã

"Moças da Cruz Vermelha americana do escalão avançado do 5° Exército servindo bolos e mate, aos soldados brasileiros em seu acampamento na Itália. As moças são da esquerda para direita: Mary Ross Moen, de Onawa, Iowa, e Louis Berney, de Fallon, Nevada".

Publicada em 13 de setembro de 1944. Correio da Manhã

Força Aérea Brasileira na Itália. "Salão Flamengo, barbearia".
[1944-1945] Correio da Manhã

Além das tropas do Exército, a aviação brasileira também tomou parte no conflito. Em dezembro de 1943, foi criado o 1º Grupo de Caça, integrante da recém-criada Força Aérea Brasileira (FAB). As duas forças tinham símbolos próprios, como era de praxe entre as divisões combatentes na guerra. O Exército adotou a cobra fumando, em referência aos comentários que diziam, antes da entrada do Brasil no conflito, que era mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil lutar na guerra. A Força Aérea escolheu uma avestruz de quepe que, contrariando o mito referente a estas aves, jamais esconde a cabeça diante do perigo.

1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira, o Senta a Pua!, por ocasião da campanha de guerra na Itália. S.d.
Correio da Manhã

7 de julho de 1944. Agência Nacional

Combatentes britânicos, americanos e brasileiros em momento de relaxamento em Pisa. A FAB permaneceu em missão de guerra em Pisa, com os aviões P-47, de dezembro de 1944 a julho de 1945.

Arquivo Salgado Filho

da Força Aérea Brasileira em operação sob supervisão da 12ª Força Aérea Norte-Americana. [1944-1945].

Arquivo Salgado Filho

ao fundo, escreve relatório dando conta de uma missão recém-cumprida. [1944-1945].

Arquivo Salgado Filho

Capitão Newton Lagares Silva e o segundo-tenente José Meira de Vasconcelos, pilotos do esquadrão de caça brasileiro, operando sob a supervisão da 12º Força Aérea Norte-Americana. Torre de Pisa ao fundo. [1944-1945].

Arquivo Salgado Filho

[1944-1945]. Arquivo Salgado Filho

aquece os motores antes de decolar para uma nova missão, já reabastecido e equipado com novas bombas. [1944-1945]. Arquivo Salgado Filho

carrega caça P-47 do seu esquadrão. [1944-1945].

Arquivo Salgado Filho

Os caças-bombardeiros P-47 da FAB encontram-se em fila e prontos para partir. [1944-1945].

Arquivo Salgado Filho

Rio de Janeiro, 1º de outubro de 1943.

Arquivo Bernardo Fernandes de Brito

Soldados da Força Aérea Brasileira examinam perfurações à bala na fuselagem de um avião do 1º Grupo de Caça da FAB. S.d.

Correio da Manhã

A situação dos imigrantes italianos no Brasil a partir de 1942 foi de insegurança. Em 11 de março, o presidente Getúlio Vargas decreta o bloqueio dos bens dos "súditos do eixo" residentes no país. A repressão recrudesceu após a declaração de guerra em agosto do mesmo ano. Casas de particulares eram vasculhadas pelas forças policiais em busca de provas da ligação com o fascismo; livros, jornais, documentos em italiano eram apreendidos e queimados. Proibiu-se que o idioma italiano fosse falado em locais públicos. A população era instigada a denunciar os quinta-colunas e multiplicaram-se os ataques a propriedades de italianos em todo Brasil.

Carta de Mariana Maimone Mensitiére ao presidente Getúlio Vargas reclamando a soltura de seus dois filhos, recolhidos pela polícia em Salvador, Bahia, por serem de origem italiana.

São Félix (BA), 5 de março de 1944.
Gabinete Civil da Presidência da República

Carta de Mariana Scatola, residente no Brasil há 52 anos, pedindo autorização ao presidente Getúlio Vargas para vender imóveis que possuía no bairro da Lapa (SP), interditados à venda pelo fato de a proprietária ser de origem italiana.

São Paulo, 1944. Gabinete Civil da Presidência da República

Rafael Angélico, detido em Salvador pelo Departamento de Ordem Política e Social da Bahia por ser italiano. Ilhéus (BA), 1944.

Gabinete Civil da Presidência da República

Telegrama da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto solicitando ao presidente Getúlio Vargas a revogação do Decreto no. 4166, de forma a liberar os bens dos italianos residentes no Brasil. 1945.

Gabinete Civil da Presidência da República

Assinatura de Horácio Coelho, fotógrafo da FEB.

Itália, 1945. Correio da Manhã

Cabo José da Fonseca e soldado José Ferreira transmitindo ordem de fogo ao telefone. Assinatura de Horácio Coelho, fotógrafo da FEB.

Itália, 1945. Correio da Manhã

Artilheiros brasileiros reunidos em volta de um fogão na casamata que comunica com a posição onde está o canhão de 105 mm.

Correio da Manhã

"O sargento Adão Alves Viana, de Porto Alegre, da Força Expedicionária Brasileira tenta sua sorte em ski que pediu emprestado a um italiano" [1944-1945].

Correio da Manhã

Sentados, da esquerda para direita: Allan Fischer (USIS), Joel Silveira (Diários Associados), Egídio Squeff (O Globo) e Fernando Stamato (Agência Nacional). Em pé, na mesma ordem: Rubem Braga (Diário Carioca), Frank Norall (USIS), Thassilo Mitke (Agência Nacional), Henry Bagley (Associated Press), Raul Brandão (Correio da Manhã) e Horácio Gusmão, cinegrafista da FEB.

14 de abril de 1945.
Correio da Manhã

Mapa e texto sobre a luta nos Apeninos. S.l.

7 de abril de 1945.
Correio da Manhã

Itália, 23 de abril de 1945.
Agência Nacional

Carta de Otaviano Saturnino dos Santos, pai de soldado da FEB, ao presidente Getúlio Vargas reclamando notícias de seu filho, que servia na Itália desde junho de 1944.

Inhapim (MG), 11 de agosto de 1945.
Gabinete Civil da Presidência da República

Em 10 de julho, as forças aliadas desembarcam na Sicília, e a ilha é completamente tomada no mês seguinte. Foi o golpe final para Mussolini. Il Duce é preso e o marechal Badoglio assume o comando do governo provisório. Embora afirmasse diante dos alemães que continuaria a lutar contra o inimigo em comum, ele secretamente inicia negociações de paz com os Aliados. O armistício de 8 de setembro de 1943 acaba provocando a divisão da Itália: o sul, pró-Aliados e governado pelo rei e Badoglio, e o norte, governado por Mussolini depois do seu resgate pelos alemães, que o transformaram em seu fantoche por dois anos. Em 1945, em meio a uma tentativa de fuga para a Espanha, Mussolini foi capturado por partisans, executado e teve seu cadáver exposto em praça pública.

Rendição do general alemão Otto Fretter-Pico, comandante da 148ª Divisão de Infantaria Alemã, e do general italiano Mario Carloni à FEB, após a Batalha de Fornovo di Taro, última participação brasileira na Segunda Guerra Mundial.

Itália, 30 de abril de 1945.
Correio da Manhã

Itália, 27 de fevereiro de 1945.
Correio da Manhã

Apesar da rendição incondicional da Itália, em setembro de 1943, seus antigos aliados do Eixo impediriam que a paz reinasse em solo italiano até a derrocada final da própria Alemanha, em 1945.

Jornal O Globo. Rio de Janeiro, 8 de setembro de 1943.
Arquivo Bernardo Fernandes de Brito

"A ordem de cessar-fogo acaba de ser dada a todas as tropas que combatem na Itália. Glória a Deus nas alturas e paz entre os homens de boa vontade na Terra", ordem do dia transmitida pelo general Mascarenhas de Moraes em 3 de maio de 1945, um dia após a rendição das forças alemãs na Itália. Pracinhas brasileiros fazendo sinal de vitória.

Itália, 1945.
Correio da Manhã

Carta de Fernando do Amaral, pai do pracinha brasileiro Olávio Soares do Amaral, morto na Batalha de Monte Castelo, solicitando ao presidente Getúlio Vargas o pagamento do fundo de Previdência deixado por seu filho.

Rio de Janeiro, 10 de maio de 1945.
Gabinete Civil da Presidência da República

Carta do estudante italiano Attílio Colombo, de 17 anos, ao presidente brasileiro Getúlio Vargas manifestando seu desejo de emigrar para o Brasil em razão das dificuldades financeiras que sua família passava na Itália após a guerra.

Itália, 26 de maio de 1945.
Gabinete Civil da Presidência da República

Rio de Janeiro, 18 de julho de 1945.
Correio da Manhã

Cerimônia em homenagem aos pracinhas brasileiros sepultados no Cemitério de Pistoia, na região da Toscana italiana. Colegiais de Pistoia seguram as flores recebidas via aérea do Brasil, e que colocarão nos túmulos dos expedicionários. Em 1960, os restos mortais foram trasladados para o Monumento aos Mortos da Segunda Guerra, no Aterro do Flamengo (RJ), e no antigo cemitério foi erguido o Monumento Votivo Brasileiro.
Pistoia, 7 de novembro de 1952. Correio da Manhã

O imediato pós-guerra trouxe o cinema do neorrealismo, destacando-se Roma, cidade aberta, de Roberto Rossellini, em 1946. É importante voltar a essa origem, aos anos 1930 e 1940, que correspondem à inauguração dos estúdios da Cinecittà por Mussolini, atento, como os demais ditadores, à sua imagem e a do regime. A partir de 1943, com a Itália cercada pelos alemães e o bombardeio aliado, abria-se o caminho para o cinema da vida como ela era, com ruínas, fraternidade, miséria. Um cinema documentário, das ruas, quando é visível a tendência a se distanciar da Cinecittà, de recente memória fascista e que para cineastas como Rossellini fazia parte de sua trajetória. Saiba mais

Federico Fellini (1920-1993) e Riccardo Fellini. S.d.

No repertório de cenas inesquecíveis do cinema, a entrada de Anita Ekberg na Fontana di Trevi em La dolce vita (1960), de Fellini, ficaria como a marca de uma era do cinema e da sociedade italiana. É nessa produção que surge também a figura de Marcello Mastroianni, ator favorito do diretor que iniciou a carreira ainda em 1941 como roteirista, figurando, já em 1945, em Roma, cidade aberta, de Roberto Rosselini. Recebeu dois Oscars de melhor filme estrangeiro com A estrada da vida (La strada), de 1954, e Noites de Cabíria (Le notti di Cabiria), de 1957, ambos estrelados por Giulietta Masina, sua esposa. À frente de uma longa filmografia, Fellini lançou em 1963 o ousado Oito e meio, também com Marcello Mastroianni, e que lhe traria novo Oscar. Nascido em Rimini, Fellini retorna à cidade dos anos 1930 e à vida provinciana durante a ascensão do fascismo, satirizando os desejos, fantasias e a política por meio de personagens que formariam o universo de tipos fellinianos, identificados com o exagero, o grotesco, a fragilidade, o insólito. Amarcord, título do filme de 1973, vem de Io me ricordo, "eu me lembro", e deu ao diretor o quarto prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood. Filmes como Ensaio de orquestra, E la nave va, Ginger e Fredtambém se destacam nos últimos anos de vida, até A entrevista, em 1992. Em 1993 receberia um Oscar pelo conjunto da obra, falecendo no mesmo ano em Roma.

Federico Fellini. 21 de outubro de 1960

O diretor Federico Fellini e sua mulher, a atriz Giulietta Masina. Roma, 28 de julho de 1960

(Il bidone), filme de Federico Fellini, com Broderick Crawford e Franco Fabrizi, Itália, França, 1955

Direção de Federico Fellini, Itália, França, 1957

(La dolce vita), com Marcello Mastroianni, Anouk Aimée. Itália. Dirigido por Federico Fellini, foi o grande vencedor da Palma de Ouro em Cannes em 1960

(La dolce vita). 1960

(La dolce vita). 8 de outubro de 1960

Itália, França, 1963. Ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Figurino, foi eleito o melhor filme em 1965 pela crítica carioca

Julieta dos espíritos (Giulietta degli spiriti), dirigido por Fellini em 1965, foi apresentado em noite de gala na Semana Italiana no Museu de Arte Moderna, em 20 de outubro de 1968. Itália, França

Cena de Satyricon, ou Os degenerados, título internacional do filme de Fellini. Itália, 1969

Cena de Satyricon, ou Os degenerados, título internacional do filme de Fellini. Itália, 1969

Itália, França,1972

(La loi des rues), filme francês de Ralph Habib,1956

de Pietro Germi, 1952

(Risate di gioia), de Mario Monicelli. Itália, 1960

(The secret of Santa Vittoria), de Stanley Kramer, 1969

(Matrimonio all'italiana), dirigido por Vittorio de Sica. Itália, França, 1964

(Matrimonio all'italiana), de Vittorio de Sica. Itália, França, 1964

(Dramma della gelosia), de Ettore Scola, filme indicado à Palma de Ouro em 1970. Itália, Espanha

dirigido por Mario Monicelli. Itália, França, 1965

(La moglie del prete), de Dino Risi. Itália, França, 1971

O diretor Dino Risi e os atores Sophia Loren e Marcello Mastroianni no set de filmagem de A mulher do padre(La moglie del prete). Itália, França, 1971

Tentação morena, ou Houseboat, de Melville Shavelson, com Sophia Loren e Cary Grant, nos papéis principais. Estados Unidos, 1958

Mulher daquela espécie (That kind of woman). Produzido por Carlo Ponti e Marcello Girosi, com direção de Sidney Lumet, estrelado por Sophia Loren e Tab Hunter. Estados Unidos, 1959

ou It started in Naples, de Melville Shavelson, 1959

em episódio dirigido por Vittorio de Sica. As outras três histórias são conduzidas por Fellini, Mario Monicelli e Luchino Visconti. Itália, França,1962

Cena do épico de Anthony Mann A queda do Império Romano, com Sophia Loren. Estados Unidos, 1964

Interfoto. S.d.

(La donna più bella del mondo), dirigido por Robert Z. Leonard. Itália, França, 1955

Na corda bamba (Trapeze), estrelado por Gina Lollobrigida, Burt Lancaster e Tony Curtis, e dirigido por Carol Reed. Estados Unidos, 1956

Giuliano Gemma, ou Montgomery Wood, em Ringo não perdoa (Per pochi dollari ancora), dirigido por Giorgio Ferroni. Itália, França, Espanha, 1966. O Spaghetti Western tem início na década de 1960, destacando-se o cineasta Sergio Leone, diretor de Era uma vez no Oeste, e atores americanos e italianos como Clint Eastwood, Lee Van Cleef, Franco Nero, Giuliano Gemma, Terence Hill em personagens como Trinity e Ringo, criando uma leitura europeia do gênero americano

(Il prezzo del potere), dirigido por Tonino Valerii. Itália, Espanha, 1969

(Trinity is still my name), dirigido por Enzo Barboni, Itália, 1971

(Straziami, ma di baci saziami), filme de Dino Risi com Pamela Tiffin, Nino Manfredi e Ugo Tognazzi. Itália,1968

em cena de Procuro amante para minha mulher (Cuori solitari), de Franco Giraldi. Itália, 1970

(Lo scatenato), de Franco Indovina. Itália, 1967

(La pecora nera), filme de Luciano Salce. Itália, 1968

em Investigação sobre um cidadão acima de qualquer suspeita (Indagine su un cittadino al di sopra di ogni sospetto), filme de Elio Petri. Itália, 1970. Com trilha sonora de Enio Morricone, o enredo opõe um policial e um jovem esquerdista em uma crítica ao sistema político italiano

Cena de Era uma vez no Oeste (C'era una volta il West), com Claudia Cardinale, Henry Fonda e Charles Bronson. Dirigido por Sergio Leone. Itália, Estados Unidos, 1968

Claudia Cardinale em Uma rosa para todos (Una rosa per tutti), filme ítalo-brasileiro dirigido por Franco Rossi no Rio de Janeiro. Filmado em uma favela carioca é uma adaptação da peça teatral de Gláucio Gil. Além da atriz, participaram atores brasileiros como Oswaldo Loureiro, José Lewgoy e Milton Rodrigues. 1965

Os deuses malditos (La caduta degli Dei), filme de Luchino Visconti. Itália, Alemanha, 1969. Com Burt Lancaster, Silvana Mangano e Helmut Berger. Com esse filme, que aborda a ascensão do nazismo, Visconti (1906-1976) deu início a sua "trilogia alemã", que incluiu Morte em Veneza e Ludwig, a paixão de um rei

(Morte a Venezia), de Luchino Visconti, adaptado da obra de Thomas Mann, com música do compositor Gustav Mahler, inspiração do autor para criação do personagem central. Itália, França, 1971

(Morte a Venezia), de Luchino Visconti. 1971

(Gruppo di famiglia in un interno), filme de Luchino Visconti. Itália, França, 1974

(La donna scarlatta), de Jean Valère. França, Itália, 1969

Cena de Deserto vermelho - O dilema de uma vida (Il deserto rosso), de Michelangelo Antonioni. Itália, França, 1964

A aventura (L'avventura), com Monica Vitti. Filme franco-italiano dirigido por Michelangelo Antonioni, vencedor do grande prêmio do júri em Cannes. Itália, França, 1960

O diretor italiano Michelangelo Antonioni no set de filmagem de Zabriskie Point, filme americano de 1970. Primeiro filme nos Estados Unidos do cineasta responsável por Depois daquele beijo (Blow-up, 1966) e outras obras no período de 1949 a 2004. Zabriskie Point tem entre seus autores Sam Shepard e a trilha sonora de uma geração: Pink Floyd, Grateful Dead e Rolling Stones

Cena de O conformista (Il conformista), de Bernardo Bertolucci. Adaptado do romance de Alberto Moravia, o filme se passa no período fascista. Itália, França, Alemanha,, 1970

Vista do domo da Catedral de São Pedro, Itália. Underwood & Underwood.
1897. Arquivo Afonso Pena Júnior

A maior das igrejas, o maior dos palácios - Roma, Itália. Underwood & Underwood.
1905. Arquivo Afonso Pena Júnior

S.d. Correio da Manhã

S.d. Correio da Manhã

1958. Correio da Manhã

próxima à praça de São Marcos. 1951. Correio da Manhã

Destaque para o gondoleiro, imagem típica da cidade. [1972].
Correio da Manhã

Desfile diante do Monumento ao Soldado Desconhecido, na praça Veneza, em Roma. 1958. Correio da Manhã

Palazzo Comunale (Prefeitura) de Siena. S.d. Correio da Manhã

Lago Piccolo (pequeno) com a Abadia de São Miguel ao fundo. Monticchio, Potenza.
S.d. Correio da Manhã

S.d. Correio da Manhã

Igreja de Santa Maria da Consolação, em Todi, Perugia.
S.d. Correio da Manhã

S.d. Correio da Manhã

.d. Correio da Manhã

Palácio do Quirinal, residência do presidente da República da Itália, e Palácio da Consulta, onde fica o Tribunal Constitucional.

S.d. Correio da Manhã

S.d. Correio da Manhã

S.d. Correio da Manhã

Caminho para a Igreja de Santa Maria, em Roma.
1958. Correio da Manhã

Pirâmide de Caius Cestius, ou Pirâmide Cestia, e a Porta São Paulo, nas muralhas do império romano.
1958. Correio da Manhã

1958. Correio da Manhã

Roma vista de voo. Praça e Catedral de São Pedro.
S.d. Correio da Manhã