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Exposição

Jango: a nossa breve história

 

  • Apresentação

    Jango: a nossa breve história marca os 50 anos do golpe que deu início a mais de duas décadas de regime militar. E também pôs fim ao governo democrático de João Goulart, compreendido entre setembro de 1961 e março de 1964. A efervescência que caracterizou seu governo dá a medida da intensa mobilização, também popular, na vida pública. Essa é uma das mais recorrentes narrativas sobre esse tempo, que ganhou sentido, sobretudo pelo desfecho conhecido: é assim que uma série de acontecimentos se articula, primordialmente, pela possibilidade de explicar a ruptura da ordem constitucional.

    João Goulart foi um político influente nas décadas de 1950 e 1960 no cenário político brasileiro: deputado, ministro do Trabalho, vice-presidente nos governos Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros, presidente da República. Jango, como era conhecido, foi classificado e incluído em diversas tendências, do trabalhismo, do nacionalismo distributivo, do estatismo, do populismo de matizes variados que permeou os governos latino-americanos, sendo certo que como presidente empenhou-se pelas reformas de base, apresentadas no 1º de maio de 1962, em Volta Redonda, e que envolviam as reformas agrária e do sistema bancário, a reforma eleitoral, entre tantas transformações ambicionadas.

    Os anseios por uma maior participação em todos os campos, muito além de governos ou equívocos, eclodem no início da década de 1960, da qual, contemporâneos ou não, somos tributários, aqui e em todo mundo: essa breve história pertencia ou prometia pertencer a muitos, em contraste com o que lemos nas imagens sombrias em que contracenam militares cada vez mais marginais aos princípios democráticos.

    Meio século depois, procura-se seguir a reportagem fotográfica da Agência Nacional, órgão oficial, e do jornal Correio da Manhã, então engajado na campanha contra o governo. Outros acervos de natureza privada puderam aqui ser exibidos ao público, como Campanha da Mulher pela Democracia, Santiago Dantas e João Goulart. Arquivos dos órgãos de repressão do período militar como o SNI e a Divisão de Segurança e Informações do Ministério da Justiça geraram processos e dossiês que investigavam os "inimigos" do regime e são apresentados em vitrines, restituídos a seus aspectos formais, que dão conta dessa rotina burocrática, e das redes em que circulava essa informação.

    Desse amplo conjunto de imagens emergem os ícones de vanguarda na vida intelectual, cultural, artística, com sua economia de crítica e conflito, e que também e tanto quanto, expõem por toda a década as fissuras nos modelos concebidos e a fragmentação das grandes narrativas conciliadoras, exibindo resistência, pensamento e transgressão.

    Claudia Beatriz Heynemann
    Curadora

  • Galerias

    • Abertura
    • 14 de abril de 1962
    • 27 de agosto de 1962
    • 7 de setembro de 1962
    • 23 de setembro de 1962
    • 30 de julho de 1963
    • 10 de agosto de 1963
    • 13 de março de 1964
    • 31 de março de 1964
    • Abertura

      23 de setembro de 1961

      Agência Nacional

    • 14 de abril de 1962

      Correio da Manhã

    • 27 de agosto de 1962

      Agência Nacional

    • 7 de setembro de 1962

    • 23 de setembro de 1962

      Correio da Manhã

    • 30 de julho de 1963

      Correio da Manhã

    • 10 de agosto de 1963

      Correio da Manhã

    • 13 de março de 1964

      Correio da Manhã

    • 31 de março de 1964

      Correio da Manhã

    • Abertura
    • 14 de abril de 1962
    • 27 de agosto de 1962
    • 7 de setembro de 1962
    • 23 de setembro de 1962
    • 30 de julho de 1963
    • 10 de agosto de 1963
    • 13 de março de 1964
    • 31 de março de 1964
    • Golpe militar
    • Lei de Remessa de Lucros
    • Goulart na Escola de Aeronáutica
    • Relações diplomáticas Brasil-URRS
    • Leonel Brizola
    • Carnaval
    • Aniversário da tomada de Monte Castelo pela FEB
    • Palácio das Laranjeiras
    • Universidade do Brasil
    • Escola Superior de Guerra
    • Jango cercado por populares no Arsenal de Marinha
    • Comício das Reformas
    • Comício das Reformas, em frente à estação Central do Brasil
    • Comício da Central
    • O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro
    • Marcha da Família com Deus pela Liberdade
    • Campanha da Mulher pela Democracia
    • Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais
    • Miguel Arraes
    • Sala em que foi interrogado o ex-governador Miguel Arraes
    • D. Hélder Câmara
    • Carlos Lacerda
    • Marinheiros e fuzileiros navais
    • Cabo Anselmo
    • Oficiais no Clube Naval
    • Presidente João Goulart no Automóvel Clube
    • Deslocamentos militares
    • Deslocamentos militares na avenida Presidente Vargas
    • O Jornal
    • Automóveis de estudantes são revistados
    • Polícia militar ocupa autarquias e ministérios
    • Leitura do Ato Institucional no. 1
    • Departamento de Ordem Política e Social
    • A seleção brasileira treina
    • Familiares de presos políticos
    • Militares invadem a casa do poeta Ferreira Gullar
    • Apresentação de armas
    • Livros apreendidos na Universidade de Brasília
    • Carlos Lacerda recebe Castelo Branco
    • Rubens Paiva
    • Carlos Heitor Cony
    • Espetáculo Opinião
    • Lincoln Gordon
    • Passeata de estudantes
    • Golpe militar

      Um verão "bissexto, ameno e calmo" se encerrou na Guanabara, em 22 de março de 1964, segundo a edição do Correio da Manhã. Naqueles quase três meses sucederam-se os acontecimentos em sequência ritmada pelas manchetes de jornais, seguindo a lógica de um acirramento, dos discursos inflamados, das marchas da família organizadas pela direita, das greves, das reformas propostas pelo governo e exigidas nas ruas, dos acordos políticos declarados ou não. Saiba mais

      1o. de abril de 1964

      O II Exército, comandado pelo general Amaury Kruel, adere às tropas do general Olympio Mourão Filho, comandante da 4ª Região Militar em Minas Gerais que havia marchado para o Rio de Janeiro. Correio da Manhã

    • Lei de Remessa de Lucros

      Aprovada pelo Congresso Nacional desde setembro de 1962, a Lei de Remessa de Lucros, entre outras medidas, limitava a remessa de valores para o exterior a dez por cento do capital registrado das empresas multinacionais no país e classificava como capital nacional os lucros de reinvestimentos. O presidente João Goulart assinou a regulamentação dessa lei em 17 de janeiro de 1964, acirrando o descontentamento dos empresários com o governo. Correio da Manhã

    • Goulart na Escola de Aeronáutica

      [Rio de Janeiro], janeiro de 1964. Correio da Manhã

    • Relações diplomáticas Brasil-URRS

      As relações diplomáticas entre Brasil e URSS, rompidas no momento da Revolução de 1917, seriam retomadas em 1945, após a derrota do nazifascismo. Novamente interrompidas em 1947, no bojo de outras medidas do governo Dutra, como a cassação do Partido Comunista Brasileiro (PCB), foram afinal reatadas em 23 de novembro de 1961. Em depoimento por ocasião dos trinta anos do golpe militar ao jornal Folha de São Paulo, de 27 de março de 1994, Nicolai Vladimirovich Mostovietz, chefe do Departamento de Américas e responsável, em Moscou, pelas relações entre "partidos-irmãos", afirmou que havia escapado aos soviéticos a iminência de um golpe militar fruto da "ofensiva imperialista". Entre as fontes de informação de que dispunha o Partido Comunista Soviético e o Ministério de Relações Exteriores, estavam a embaixada em Brasília e o PCB, cujo secretário-geral era Luís Carlos Prestes. Embora não tivessem sido alertados sobre a destituição de João Goulart, Mostovietz relatou que, pouco antes da ação militar, o embaixador Andrei Fomin teria reportado ao seu governo que destruíra documentos temendo ataques contra a representação do país.

       

       

      O embaixador da URSS, Andrei Fomin, com Jango. Janeiro de 1964. Correio da Manhã

    • Leonel Brizola

      Após ter formado a "cadeia da legalidade" para garantir a posse de Jango face à renúncia de Jânio Quadros, o ex-governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, candidatou-se a representante da Guanabara na Câmara dos Deputados do Congresso Nacional em 1962, por uma aliança entre o PTB e o PSB, recebendo a maior votação obtida até então para aquele cargo. Como governador, havia tomado medidas voltadas para o desenvolvimento econômico do estado, seguindo a vertente da "esquerda nacionalista". Em sua atuação parlamentar, Brizola assumiu posturas cada vez mais radicais pelas reformas, acusando o governo Goulart de atender aos setores conservadores. Conforme reportagem do Correio da Manhã, o deputado teria concluído seu discurso aos ferroviários da Estrada de Ferro Leopoldina sob forte chuva, afirmando que "o povo não abrirá mão de seu destino e que está esperando a hora do Sr. Goulart voltar a ser ‘o Jango do tempo de Getúlio Vargas'". Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 1964. Correio da Manhã

    • Carnaval

      Avenida Presidente Vargas às vésperas do desfile de Carnaval que teve a Portela como campeã. Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1964. Correio da Manhã

    • Aniversário da tomada de Monte Castelo pela FEB

      Na Vila Militar, João Goulart comemora o 19º aniversário da tomada de Monte Castelo pela Força Expedicionária Brasileira, na Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 1964. Correio da Manhã

    • Palácio das Laranjeiras

      Rio de Janeiro, 4 de março de 1964. Correio da Manhã

    • Universidade do Brasil

      Recepcionado por quase cinco mil estudantes na solenidade de abertura dos cursos da Universidade do Brasil, atual UFRJ, Jango libera verbas para as obras da Cidade Universitária e para a duplicação das matrículas já autorizada por decreto.

       

      O presidente João Goulart na Cidade Universitária. Rio de Janeiro, 9 de março de 1964. Correio da Manhã

    • Escola Superior de Guerra

      Diante de uma numerosa plateia e na presença dos ministros da Guerra, Marinha, Aeronáutica, Fazenda, Justiça, Indústria e do Comércio, Relações Exteriores, do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e do comandante do I Exército, o presidente João Goulart proferiu a aula inaugural na Escola Superior de Guerra. Criada em 1949, a ESG contava com militares formados na Escola das Américas, centro de treinamento norte-americano conhecido por ter formado militares implicados em golpes, homicídios e tortura. Entre seus teóricos destacava-se Golbery do Couto e Silva, emanando também da ESG a ideologia da Segurança Nacional, um dos fundamentos do regime de 1964. Em um dos trechos de seu discurso, Goulart afirmou que "o Estado do futuro não será com certeza moldado pelo figurino ideológico que nos é proposto por cada uma das doutrinas modernas. Ele será, pelo contrário, o fruto de uma experiência histórica e trará os traços de vários regimes, precisamente daqueles que tenham sido selecionados pela experiência e tornados aptos a servir ao homem equipado com os recursos da tecnologia moderna". Rio de Janeiro, 11 de março de 1964. Correio da Manhã

    • Jango cercado por populares no Arsenal de Marinha

      Na cerimônia em que assinou decreto autorizando a complementação salarial de servidores de categorias análogas à das autarquias da Marinha, Jango foi aplaudido por seis mil operários navais e disse em seu discurso que "o que ameaça a democracia é a mortalidade infantil. O que pode ameaçar a democracia é negar direitos a milhões de analfabetos que vivem em todo o território nacional. O que ameaça a democracia é a fome, é a miséria, é a doença dos que não têm recursos para enfrentá-la. Esses são os males que podem ameaçar uma democracia, mas nunca o povo na praça pública, no uso dos seus direitos legítimos e democráticos".

      Jango é cercado por populares no Arsenal de Marinha. Rio de Janeiro, 11 de março de 1964. Correio da Manhã

    • Comício das Reformas

      Nenhuma força será capaz de impedir que o governo continue a assegurar absoluta liberdade ao povo brasileiro. E, para isto, podemos declarar, com orgulho, que contamos com a compreensão e o patriotismo das bravas e gloriosas Forças Armadas da Nação. Hoje, com o alto testemunho da Nação e com a solidariedade do povo, reunido na praça que só ao povo pertence, o governo, que é também o povo e que também só ao povo pertence, reafirma os seus propósitos inabaláveis de lutar com todas as suas forças pela reforma da sociedade brasileira. Não apenas pela reforma agrária, mas pela reforma tributária, pela reforma eleitoral ampla, e pelo voto do analfabeto, pela elegibilidade de todos os brasileiros, pela pureza da vida democrática, pela emancipação econômica, pela justiça social e pelo progresso do Brasil. João Goulart. Comício das Reformas. Rio de Janeiro, 13 de março de 1964. Correio da Manhã

    • Comício das Reformas, em frente à estação Central do Brasil

      Rio de Janeiro, 13 de março de 1964. Correio da Manhã

    • Comício da Central

      As imagens hoje célebres da manifestação daquela sexta-feira, também conhecida como Comício da Central, mostram a multidão aglomerada com cartazes que pediam reformas, legalidade para o Partido Comunista, monopólio integral para a Petrobras e, entre outras palavras de ordem, o fim dos latifúndios e dos "trustes". Com algumas divergências, os números dão conta da presença de cerca de 150 mil pessoas, entre trabalhadores urbanos e rurais, funcionários públicos, militares, estudantes, que atenderam à convocação do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT). Além de exigir as reformas de base, ali também foram defendidas as liberdades democráticas, como o direito ao voto de analfabetos, soldados, marinheiros e cabos, e a anistia aos indiciados e processados por crimes políticos e por atividades sindicais. Discursando por cerca de uma hora, Jango teve ao seu lado no palanque, além da primeira dama Maria Tereza, os chefes dos gabinetes Civil, Darcy Ribeiro, e Militar, general Argemiro Assis Brasil, o ministro da Justiça, e os três ministros militares, da Guerra, Marinha e Aeronáutica. Entre os políticos destacava-se o governador Miguel Arraes, de Pernambuco, Leonel Brizola, e deputados federais e estaduais.

       

      Comício das Reformas, em frente à Estação Central do Brasil. Rio de Janeiro, 13 de março de 1964. Agência Nacional

    • O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro

      "O sertão vai virar mar, e o mar vai virar sertão!" Deus e o diabo na terra do sol foi lançado em março de 1964. Naquele ano se tornaram conhecidas outras produções do cinema novo como Os fuzis, de Ruy Guerra, e Vidas secas, de Nelson Pereira dos Santos. 

       

      Cena do longa-metragem O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, de Glauber Rocha. Correio da Manhã, 1969

    • Marcha da Família com Deus pela Liberdade

      De cunho anticomunista e em franca campanha pela deposição de Goulart, as marchas da família se iniciaram, de acordo com seus promotores, como uma resposta ao Comício das Reformas em 13 de março. A primeira ocorreu em São Paulo em 19 de março e contou com a presença de Carlos Lacerda e o apoio do então governador Ademar de Barros e da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, além de organizações femininas e de representantes religiosos.

       

      Marcha da Família com Deus pela Liberdade em São Paulo, 19 de março. O Estado de São Paulo, 22 de março de 1964. Campanha da Mulher pela Democracia

    • Campanha da Mulher pela Democracia

      A Campanha da Mulher pela Democracia (Camde), organizada e financiada pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes), iniciou suas atividades na igreja Nossa Senhora da Paz, no Rio de Janeiro, em 1962, recebendo o apoio da grande imprensa. Amélia Molina Bastos, fundadora da Camde e irmã de Antônio Mendonça Bastos, membro do Serviço Secreto do Exército recebe do deputado paulista Cunha Bueno uma bandeira do Brasil para a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que aconteceu no dia 2 de abril e foi chamada de Marcha da Vitória. São Paulo, 31 de março de 1964. Correio da Manhã

    • Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais

      O Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes), fundado em 1962, destacou-se entre as organizações à direita surgidas no período. Constituído por empresários, sobretudo paulistas e cariocas, defendia a livre iniciativa, a economia de mercado e a liberdade pessoal, que estariam em risco no governo "socializante" de João Goulart. Embora não houvesse consenso em torno de suas propostas, que incluíam reforma agrária nos moldes da Aliança para o Progresso, programa norte-americano de assistência ao desenvolvimento socioeconômico da América Latina criado em 1961, a fundação do Ipes encontrou enorme adesão de empresários, recebendo o apoio de 70% dos membros da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) já no ano seguinte à sua fundação. Representando os setores mais modernos do empresariado brasileiro, o Instituto promoveu sua campanha anticomunista por meio de publicações, filmes, programas de estudo, entre outras estratégias. No Ipes do Rio de Janeiro destacavam-se os egressos da Escola Superior de Guerra, principalmente os que se dedicavam ao tema da infiltração comunista. Com grande influência nesse período, tinham a liderança de Golbery do Couto e Silva. Tanto o grupo do Rio quanto o de São Paulo se dissolveram no início dos anos 1970.

       

      Reformas de base: posição do Ipes (Rio de Janeiro: Ipes, 1963)

    • Miguel Arraes

      O governador Miguel Arraes é cumprimentado por populares no Teatro Nacional. Brasília, março de 1964. Correio da Manhã

    • Sala em que foi interrogado o ex-governador Miguel Arraes

      Com a deposição de Goulart, o governador de Pernambuco, Miguel Arraes, foi pressionado a renunciar, medida que recusou e o levou à prisão em Fernando de Noronha. Incluído na primeira lista de cassações de direitos políticos, que se seguiu ao Ato Institucional n. 1, transferido em dezembro para a Companhia de Guarda de Recife e levado para a Fortaleza de Santa Cruz no Rio de Janeiro em abril de 1965, foi libertado naquele mês por um habeas corpus. Arraes continuou a responder a diversos inquéritos policiais militares, até ser incluído na Lei de Segurança Nacional, em 20 de maio. Em junho seguiu como asilado político para a Argélia. A edição de 30 de abril de 1965 do Correio da Manhã publicou uma grande matéria sobre seu depoimento de cerca de sete horas no IPM do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb), extinto em 13 de abril, destacando a atitude de quatro servidores do Ministério da Educação, onde se deu o interrogatório, que lhe apertaram a mão desejando em voz baixa, "boa-sorte governador". 

       

      Sala em que foi interrogado o ex-governador Miguel Arraes durante o inquérito policial militar. O coronel Gérson de Pinna presidiu igualmente a investigação da editora Civilização Brasileira. Rio de Janeiro, abril de 1965. Correio da Manhã

    • D. Hélder Câmara

      arcebispo de Olinda e Recife, d. Carlos de Vasconcelos Mota, arcebispo de São Paulo, convidados do presidente João Goulart para almoço nas Laranjeiras. Rio de Janeiro, 22 de março de 1964. Correio da Manhã

    • Carlos Lacerda

      Jornalista, deputado pelo Distrito Federal (1955 e 1956-1960) e governador da Guanabara entre 1960 e 1965, Carlos Lacerda fundou, em 1949, o jornal Tribuna da Imprensa, em que defendia as posições da União Democrática Nacional (UDN), partido ao qual se filiou. Moveu acirrada campanha contra Vargas, eleito para o segundo governo em 1950. Estava à frente do grupo udenista contrário à eleição de Juscelino Kubitschek e exerceu violenta oposição a Goulart, investindo contra seu governo e acusando a "infiltração comunista". Com outros governadores defendeu o golpe e o nome de Castelo Branco para presidente da República, com quem romperia, ainda em 1964, por não aceitar a prorrogação do seu mandato, aproximando-se da linha dura militar e apostando em uma radicalização do regime. Em outra guinada, Lacerda buscou aliar-se com Juscelino e Jango, mantendo contato com representantes da esquerda e lançando a Frente Ampla em 1966. Com o AI-5, em 1968, foi preso e, posteriormente, teve seus direitos políticos cassados por dez anos. Diretor de bancos e empresas, signatário do "Manifesto dos mineiros", contrário ao Estado Novo, de 1943, Magalhães Pinto foi um dos primeiros a se integrar à UDN em 1945. Por esse partido, que então presidia, elegeu-se em 1960 governador de Minas Gerais, derrotando Tancredo Neves, do Partido Social-Democrático (PSD). Como resposta ao pedido de decretação de estado de sítio que João Goulart dirigiu ao Congresso Nacional em outubro de 1963, Magalhães Pinto foi um dos 14 governadores de oposição que assinou o documento exigindo respeito à Constituição. Conspirava com setores militares para a derrubada de Jango e aliou-se aos governadores do Rio Grande do Sul, Ildo Meneghetti; de São Paulo, Ademar de Barros, e do Rio de Janeiro, Carlos Lacerda, com quem se reuniu no dia em que eclodiu a Revolta dos Marinheiros no estado.

      Magalhães Pinto e Carlos Lacerda. 25 de março de 1964. Correio da Manhã

    • Marinheiros e fuzileiros navais

      Considerado o estopim da crise militar e até mesmo do golpe que viria dias depois, a rebelião dos marinheiros teria se iniciado com a sessão de O encouraçado Potemkin, de Sergei Eisenstein, no auditório do Ministério da Educação no Rio de Janeiro. Realizado em 1925, o filme aborda uma revolta de marinheiros na Rússia czarista em 1905 e foi exibido na semana em que se comemorava o aniversário de fundação da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil. Embora esse tipo de festejo fosse comum, o ministro da Marinha proibiu a festa, e foi desobedecido pelos associados, o que levou à ordem de prisão de 12 dirigentes, entre eles o presidente, marinheiro José Anselmo dos Santos. Diante da crise, ocorreram negociações entre os ministros da Justiça e da Marinha, que aceitou atender reivindicações desde que desistissem do evento, mas essa condição não foi atendida. Em 25 de março, perto de dois mil marinheiros e fuzileiros navais se reuniram no Sindicato dos Metalúrgicos, aguardando os convidados de honra, que faltaram. Em um discurso tido como provocador, Anselmo dos Santos apoiou as reformas de base e a reforma da Constituição de 1946, proposta pelo presidente João Goulart. Seguiram-se a ordem do ministro da Marinha de prisão de mais quarenta marinheiros e cabos e a cena surpreendente em que parte da tropa enviada se recusou a executar as prisões, aderindo aos revoltosos. À ordem de Jango para que não investisse contra os marinheiros, o ministro Sílvio Mota respondeu com a demissão, sendo substituído pelo almirante Paulo Márcio Rodrigues. Os marinheiros anistiados saíram pelas ruas do Centro em desafio aos militares e foram vaiados na passagem do grupo pelo Clube Naval.

       

      Marinheiros e fuzileiros navais no Sindicato dos Metalúrgicos. Rio de Janeiro, 25 de março de 1964. Correio da Manhã

    • Cabo Anselmo

      José Anselmo dos Santos, estudante de direito, marinheiro de 1ª classe e presidente da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil, ficou conhecido como cabo Anselmo. Atuou como agitador no período, chegando a se suspeitar que fosse agente da CIA, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, infiltrado para acirrar o clima contra Goulart. Após o golpe, foi para Cuba, e no retorno ao Brasil, preso e torturado, tornando-se um delator. Entregou diversos militantes, muitos deles ex-companheiros que foram então torturados ou mortos pela repressão.

       

      Assembleia no Sindicato dos Metalúrgicos. Rio de Janeiro, 25 de março de 1964. Correio da Manhã

    • Oficiais no Clube Naval

      A reportagem do jornal descrevia a cena: "Oficiais das três armas reunidos ontem no Clube Naval, que permanece o centro de efervescência da crise, viram chegar ao prédio da Av. Rio Branco o marechal Augusto Magessi, que foi levar-lhes a nota oficial de solidariedade do Clube Militar. Tendo lançado às últimas horas da tarde, mais um manifesto, os almirantes e oficiais da Marinha mantêm o mesmo clima emocional da primeira hora da crise. Entre uma e outra fase da assembleia que é permanente, moços e velhos entoam o Hino Nacional (foto) como nos dias de comemoração cívica". No dia anterior, um manifesto dos almirantes e outro, do Clube Militar condenando a indisciplina e a rebelião já sinalizavam o desdobramento da crise dos marinheiros e fuzileiros navais.

       

      Oficiais no Clube Naval. Rio de Janeiro, 30 de março de 1964. Correio da Manhã

    • Presidente João Goulart no Automóvel Clube

      Em meio à crise militar instaurada a partir da rebelião dos marinheiros, tomaria posse a nova diretoria da Associação dos Sargentos e Suboficiais da Polícia Militar, marcada com antecedência e para a qual Jango era o convidado de honra. Apesar de ter sido aconselhado por seus assessores a não comparecer, Jango foi à solenidade no auditório do Automóvel Clube, discursando para os cerca de dois mil presentes. Suas palavras desagradaram os oficiais, que difundiram a ideia de que o presidente incentivava a desobediência e a insubordinação nas Forças Armadas.

       

      O presidente João Goulart no Automóvel Clube. Rio de Janeiro, 30 de março de 1964. Correio da Manhã

    • Deslocamentos militares

      O general Cunha Melo, leal ao presidente João Goulart, liderou militares do 2º Regimento de Infantaria e parte do Regimento Sampaio e Floriano, permanecendo na cidade de Areal até retornar ao Rio de Janeiro e evitando chocar-se com as tropas comandadas pelo general Muricy que vinham de Minas Gerais.

       

      Deslocamentos militares. 1º de abril de 1964. Correio da Manhã

    • Deslocamentos militares na avenida Presidente Vargas

      Rio de Janeiro, 2 de abril de 1964. Correio da Manhã

    • O Jornal

      O Jornal do Rio de Janeiro. 2 de abril de 1964. Campanha da Mulher pela Democracia

    • Automóveis de estudantes são revistados

      Rio de Janeiro, abril de 1964. Correio da Manhã

    • Polícia militar ocupa autarquias e ministérios

      A reportagem do Correio da Manhã explicava que os presidentes das autarquias vinham sendo substituídos e alguns ministérios interditados. Em entidades como o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários, Instituto Brasileiro do Café, Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transporte e Cargas, Instituto do Açúcar e do Álcool e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, funcionários haviam sido empossados na presidência diante de oficiais das Forças Armadas. Logo após a mudança de cargo iniciava-se a procura por material subversivo ou armas.

       

      Polícia Militar ocupa autarquias e ministérios na Guanabara. Rio de Janeiro, 4 de abril de 1964. Correio da Manhã

    • Leitura do Ato Institucional no. 1

      Leitura pelo general Sizeno Sarmento Ferreira do Ato Institucional n. 1, de 9 de abril de 1964, que dispõe "sobre a manutenção da Constituição Federal de 1946 e as Constituições estaduais e respectivas emendas, com as modificações introduzidas pelo Poder Constituinte originário da revolução vitoriosa". Redigido com a colaboração de Francisco Campos, jurista também responsável pela Carta de 1937, de inspiração fascista, o AI-1 permitia a cassação de mandatos legislativos, a demissão ou afastamento de quem atentasse contra a "segurança do país" e suspendia direitos políticos por dez anos. Permitiu que militares na ativa se candidatassem à presidência da República e determinava a eleição indireta para presidente e vice-presidente dentro de dois dias. A primeira frase do preâmbulo estabelecia ser "indispensável fixar o conceito do movimento civil e militar que acaba de abrir ao Brasil uma nova perspectiva sobre o seu futuro". Rio de Janeiro, 8 de abril de 1964. Correio da Manhã

    • Departamento de Ordem Política e Social

      Por ordem do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) policiais invadem salas do deputado Hercules Correa, do PTB, no edifício Marquês de Herval no Centro do Rio de Janeiro. Foram apreendidas máquinas de escrever e caixas de material considerado "subversivo". Rio de Janeiro, 9 de abril de 1964. Correio da Manhã

    • A seleção brasileira treina

      com o time do Fluminense no Maracanã. Rio de Janeiro, 25 de maio de 1964. Correio da Manhã

    • Familiares de presos políticos

      comparecem à redação do jornal Correio da Manhã para apelar ao presidente Castelo Branco pela liberdade dos operários detidos no presídio de Neves em Niterói. Rio de Janeiro, 22 de agosto de 1964. Correio da Manhã

    • Militares invadem a casa do poeta Ferreira Gullar

      No dia 17 de setembro os escritores e jornalistas Ferreira Gullar, Dias Gomes, Geir Campos, Édson Carneiro e Alex Viany tiveram suas casas invadidas por militares que "folhearam livros e cadernos escolares, arrancaram fotografias de álbuns familiares, reviraram quadros nas paredes e quebraram lâmpadas, sempre em busca de ‘material subversivo'". As famílias foram impedidas de anotar os itens retirados das residências e mantidas sob ameaça por oficiais, sargentos e soldados.

       

      Militares invadem a casa do poeta Ferreira Gullar. Rio de Janeiro, 18 de setembro de 1964. Correio da Manhã

    • Apresentação de armas

      e material "subversivo". Setembro de 1964. Correio da Manhã

    • Livros apreendidos na Universidade de Brasília

      [1964]. Correio da Manhã

    • Carlos Lacerda recebe Castelo Branco

      Primeiro presidente a abrir o ciclo de generais, só encerrado com Figueiredo em 1985, Humberto Castelo Branco (1897-1967) serviu com a FEB na Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Diretor de Ensino e Formação do Exército em 1960, dois anos depois foi promovido a general de exército, passando a comandante do IV Exército em Recife. Em 11 de abril, sustentado por nove partidos, recebeu no Congresso Nacional 361 votos, entre os quais 123 do PSD, 105 da UDN e 53 do PTB.

       

      Carlos Lacerda recebe Castelo Branco no Rio de Janeiro. [1964]. Correio da Manhã

    • Rubens Paiva

      Deputado pelo PTB, Rubens Paiva tomou posse em 1963 e perdeu os direitos políticos em 10 de abril de 1964, com a edição do AI-1. Ameaçado de prisão, asilou-se com muitos outros, entre eles o secretário de imprensa de João Goulart, Raul Ryff, na embaixada da Iugoslávia em Brasília, onde permaneceram até a obtenção de salvo- condutos em junho daquele ano. Após alguns meses na Europa, retornou ao Brasil, vivendo no Rio de Janeiro até ser preso em casa por agentes da Aeronáutica em 20 de janeiro de 1971, acusado de manter correspondência com presos políticos no Chile. Rubens Paiva foi levado para a 3ª Zona Aérea, no aeroporto Santos Dumont, e de lá, no mesmo dia, para o DOI-I na rua Barão de Mesquita, onde faleceu, por tortura, entre os dias 20 e 22 de janeiro. Seu corpo foi jogado ao mar por agentes do Centro de Informações do Exército (CIE) no Rio de Janeiro, fato elucidado apenas em 2014 pela Comissão Nacional da Verdade.

       

      Raul Ryff e Rubens Paiva embarcam para o Rio de Janeiro, de onde seguiram rumo ao exílio em Belgrado, Iugoslávia. Brasília, 17 de junho de 1964. Correio da Manhã

    • Carlos Heitor Cony

      no lançamento de O ato e o fato: o som e a fúria do que se viu no golpe de 1964, livro em que reuniu uma série de crônicas sobre o golpe militar. A primeira delas, redigida a pedido do Correio da Manhã e intitulada ironicamente "Da salvação da pátria", era sobre o testemunho, em companhia de Carlos Drummond de Andrade, da tomada do Forte Copacabana. Rio de Janeiro, 15 de julho de 1964. Correio da Manhã

    • Espetáculo Opinião

    • Lincoln Gordon

      O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Lincoln Gordon, com o presidente Castelo Branco. Agosto de 1965. Correio da Manhã

    • Passeata de estudantes

      Passeata de estudantes. 27 de outubro de 1965. Correio da Manhã

    • Golpe militar
    • Lei de Remessa de Lucros
    • Goulart na Escola de Aeronáutica
    • Relações diplomáticas Brasil-URRS
    • Leonel Brizola
    • Carnaval
    • Aniversário da tomada de Monte Castelo pela FEB
    • Palácio das Laranjeiras
    • Universidade do Brasil
    • Escola Superior de Guerra
    • Jango cercado por populares no Arsenal de Marinha
    • Comício das Reformas
    • Comício das Reformas, em frente à estação Central do Brasil
    • Comício da Central
    • O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro
    • Marcha da Família com Deus pela Liberdade
    • Campanha da Mulher pela Democracia
    • Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais
    • Miguel Arraes
    • Sala em que foi interrogado o ex-governador Miguel Arraes
    • D. Hélder Câmara
    • Carlos Lacerda
    • Marinheiros e fuzileiros navais
    • Cabo Anselmo
    • Oficiais no Clube Naval
    • Presidente João Goulart no Automóvel Clube
    • Deslocamentos militares
    • Deslocamentos militares na avenida Presidente Vargas
    • O Jornal
    • Automóveis de estudantes são revistados
    • Polícia militar ocupa autarquias e ministérios
    • Leitura do Ato Institucional no. 1
    • Departamento de Ordem Política e Social
    • A seleção brasileira treina
    • Familiares de presos políticos
    • Militares invadem a casa do poeta Ferreira Gullar
    • Apresentação de armas
    • Livros apreendidos na Universidade de Brasília
    • Carlos Lacerda recebe Castelo Branco
    • Rubens Paiva
    • Carlos Heitor Cony
    • Espetáculo Opinião
    • Lincoln Gordon
    • Passeata de estudantes
    • Trajetória política de João Goulart
    • Partido Trabalhista Brasileiro
    • Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio
    • Discurso em Pernambuco
    • Entre correligionários no estado do Amazonas
    • Visita à Bahia
    • Visita ao Ceará
    • Posse do presidente Juscelino Kubitschek
    • João Goulart e sua esposa
    • Maria Teresa Goulart durante viagem ao Canadá
    • Viagem à Suíça
    • Moda
    • Campanha pela vice-presidência
    • Comício na Bahia
    • Comício de campanha
    • Aliança PSB-PTB
    • Comício de campanha de Jânio Quadros
    • Diplomação de Jânio Quadros
    • Viagem à China
    • Crise Jango
    • Trajetória política de João Goulart

      Não pretendo recuar, pois, senhor presidente, do caminho que até agora venho seguindo. Continuo ao lado dos trabalhadores. Apenas mudo de trincheira. (...) custe o que custar, estarei sempre fiel aos princípios da política social de Vossa Excelência, visando proporcionar ao trabalhador uma vida mais digna e mais humana. Saiba mais

      Getúlio Vargas, eleito presidente da República

      Getúlio Vargas, eleito presidente da República, seu filho Manoel Sarmanho Vargas em companhia de João Goulart, também recém-eleito deputado federal pelo Rio Grande do Sul. S.l, 1º de janeiro de 1951. João Goulart

    • Partido Trabalhista Brasileiro

      Em maio de 1945, o então presidente Getúlio Vargas, que governava o país com mão de ferro desde o golpe do Estado Novo em 1937, funda o Partido Trabalhista Brasileiro. De forma oportunista, Vargas acompanhava os ventos de mudança que se faziam sentir com a derrocada dos regimes totalitários europeus na Segunda Grande Guerra. Com ênfase na defesa do trabalhador brasileiro e no nacionalismo, a nova legenda conheceria um período de ascensão, algumas vezes em coligação com o Partido Social Democrático (PSD), interrompido pelo golpe de 1964.

      João Goulart, então deputado estadual do Rio Grande do Sul entre correligionários do Partido Trabalhista Brasileiro. S.l, 19 de abril de 1950. João Goulart

    • Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio

      Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio de Getúlio Vargas, João Goulart visita o Pão de Açúcar com funcionários do ministério. Rio de Janeiro, junho de 1953. João Goulart

    • Discurso em Pernambuco

      João Goulart, ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, discursa em um palanque durante visita a Pernambuco. S.l., 25 de outubro de 1953. João Goulart

    • Entre correligionários no estado do Amazonas

      Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio João Goulart entre correligionários no estado do Amazonas. S.l., outubro de 1953. João Goulart

    • Visita à Bahia

      Registro de João Goulart, ministro do Trabalho, em visita à Bahia. S.l., dezembro de 1953. João Goulart

    • Visita ao Ceará

      João Goulart, ministro do Trabalho visitando o interior do Ceará. Crato, outubro de 1953. João Goulart

    • Posse do presidente Juscelino Kubitschek

      Posse do presidente Juscelino Kubitschek e de seu vice, João Goulart. Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1956.
      Agência Nacional

    • João Goulart e sua esposa

      João Goulart e sua esposa, Maria Tereza, no Stork Club. Nova York, 1956. João Goulart

    • Maria Teresa Goulart durante viagem ao Canadá

      S.l., maio de 1956. João Goulart

    • Viagem à Suíça

      Desembarque de João Goulart e sua esposa Maria Teresa em retorno de viagem à Suíça. Rio de Janeiro, 16 de julho de 1957. João Goulart

    • Moda

      As roupas produzidas e consumidas no período que se estende de meados dos anos 1950 à primeira metade da década de 1960 são um convite à reflexão sobre as relações de gênero, a sexualidade, o protagonismo da juventude, a inserção feminina nas universidades e no mundo do trabalho. Na indumentária de homens e mulheres fica evidente o papel que o cinema, os músicos e grupos de rock-and-roll e a literatura e a estética beatnik possuíam na conformação dos novos padrões de comportamento, ajudando a quebrar regras que se expressavam no que tange à moda, na obrigação de seguir os ditames da alta-costura, em vigor por cerca de cem anos. Saiba mais

      Viagem à Suiça

      Desembarque de João Goulart e sua esposa Maria Teresa em retorno de viagem à Suíça. Rio de Janeiro, 16 de julho de 1957. João Goulart

    • Campanha pela vice-presidência

      Comício de Jango na Bahia em campanha pela vice-presidência. Alagoinhas, 27 de agosto de 1960. Correio da Manhã

    • Comício na Bahia

      Comício de Jango na Bahia em campanha pela vice-presidência. Valença, 27 de agosto de 1960. Correio da Manhã

    • Comício de campanha

      de Henrique Teixeira Lott e João Goulart. S.l, 1960. Correio da Manhã

    • Parlamentarismo à brasileira

      No final do governo JK, as perspectivas de continuidade da política desenvolvimentista implantada pelo Partido Social Democrático (PSD) desde 1956 pareciam muito tênues. Tampouco a corrente trabalhista, herdeira direta de Getúlio Vargas, conseguia aglutinar a massa urbana em ascensão e capitalizar a insatisfação popular com a alta da inflação. A aliança PTB-PSD, vitoriosa em 1956, mais uma vez lançaria um candidato à Presidência da República - o general Henrique Lott, em chapa composta ainda por João Goulart para a vice-presidência, que desta vez sairia derrotada das urnas. Saiba mais

      Comício de campanha

      Henrique Teixeira Lott e João Goulart. S.l, 1960. Correio da Manhã

    • Aliança PSB-PTB

      Em fevereiro de 1960, o marechal Henrique Lott, pelo PSD, compôs uma chapa com João Goulart para presidente e vice-presidente da República, respectivamente. A aliança PSB-PTB já havia sido bem sucedida nas eleições de 1955, levando JK e Jango aos mais altos cargos da República. Leonel Brizola, correligionário de João Goulart e governador do Rio Grande do Sul na época da campanha presidencial de 1960, acabou por se tornar uma peça chave no complicado jogo político que dominaria o governo de Jango. Rio de Janeiro, agosto de 1959. Correio da Manhã

    • Comício de campanha de Jânio Quadros

      São Paulo, junho de 1960. Correio da Manhã

    • Diplomação de Jânio Quadros

      Diplomação de Jânio Quadros como presidente da República e de João Goulart como vice-presidente no Superior Tribunal Eleitoral. Brasília, 31 de janeiro de 1961. Agência Nacional

    • Viagem à China

      À frente da Missão Comercial Brasileira, o vice-presidente João Goulart é recepcionado na capital chinesa pelo vice-presidente Tung Pi-Vu e pelo primeiro-ministro Chu En-Lai. Pequim, 24 de agosto de 1961. Correio da Manhã

    • Crise Jango

      A manchete dos jornais cinco dias após a renúncia de Jânio Quadros traz a crise em torno da posse de Jango. Rio de Janeiro, 30 de agosto de 1961. Correio da Manhã

     
     
    • Governo
    • Posse do presidente João Goulart
    • Primeira reunião do Conselho de Ministros
    • União Nacional dos Estudantes
    • Criação da Universidade de Brasília
    • Lei de Diretrizes e Bases da Educação
    • Presidente João Goulart em visita ao porta-aviões Minas Gerais
    • Lincoln Gordon, embaixador dos Estados Unidos
    • João Goulart nos Estados Unidos
    • Presidente John Kennedy recebe o presidente João Goulart
    • Entrega das chaves da cidade de Washington
    • Martin Luther King Jr
    • Celebrações do 1o. de maio na Praça Vermelha, em Moscou
    • Oficiais soviéticos junto ao portão de Brandemburgo, Alemanha Ocidental
    • John Lennon
    • Manifestação de trabalhadores contra a bomba atômica
    • Policiais tentam conter os protestos contra a bomba atômica
    • Protestos populares ao redor do mundo contra as experiências nucleares
    • Relações diplomáticas com a União Soviética
    • Copa do Mundo de Futebol
    • Presidente Jango, Pelé e Garrincha
    • Concurso de Miss Brasil
    • Maria Thereza Fontella Goulart
    • Maria Thereza Goulart em evento social
    • O presidente João Goulart inaugura duas turbinas
    • Usina Intendente Câmara
    • Discurso sobre a importância das reformas de base
    • Panfleto pela volta do presidencialismo
    • Carlos Lyra
    • Bonitinha, mas ordinária
    • O presidente João Goulart almoça no restaurante do SAPS
    • Edu Lobo
    • Vinícius de Moraes e Elizeth Cardoso
    • O pagador de promessas
    • Palma de Ouro
    • Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE
    • Visita do presidente da Iugoslávia
    • Companhia Siderúrgica Paulista
    • Inauguração da COSIPA
    • Recepção de gala no Itamaraty
    • Almoço oferecido aos generais promovidos
    • Governo

      Após sua tumultuada posse, João Goulart encontrou um país endividado junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), com inflação descontrolada, salários arrochados e greves e manifestações eclodindo a cada momento. Diante desse quadro, o presidente procurou ampliar a base política do governo, em uma tentativa de conciliar os interesses dos partidos e demonstrar a seriedade de suas propostas. Não se deve esquecer que Jango assumiu a presidência em regime parlamentarista, e seu primeiro ministro, Tancredo Neves, seria a face executiva do governo. Saiba mais

      Presidente João Goulart desfila em carro aberto na Broadway, por ocasião da sua sua visita aos Estados Unidos. Nova Iorque, 5 de abril de 1962. Agência Nacional

    • Posse do presidente João Goulart

      Em 25 de agosto de 1961, o presidente eleito Jânio Quadros renunciou ao mandato após breves sete meses de um governo bastante controverso, o que incluiu a linha seguida por sua política externa, divergente em muitos aspectos da norte-americana. Entre o retorno e a assunção ao cargo máximo do Executivo nacional, Jango enfrentou uma verdadeira rebelião das forças conservadoras e de direita no país contra a sua posse; pode-se considerar que foi a primeira tentativa de golpe sofrida por Goulart.

       

      Posse do presidente João Goulart, depois da renúncia do presidente Jânio Quadros. Brasília, 7 de setembro de 1961. Agência Nacional

    • Primeira reunião do Conselho de Ministros

      Apesar da pressão exercida pelos ministros militares, pelos udenistas e setores conservadores e de direita, a Campanha pela Legalidade, liderada pelo então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, conseguiu mobilizar militares, estudantes, trabalhadores, políticos, religiosos, enfim, grupos importantes da população que exigiam a posse de Jango e o respeito à democracia. A saída encontrada pelos militares e pelo Congresso foi a introdução de um governo parlamentarista no Brasil, no qual o presidente assumiria, mas não governaria de fato. Como primeiro ministro foi escolhido pelos parlamentares, o ex-deputado e ex-ministro do PSD, Tancredo Neves, que ajudou na articulação desta saída para a crise.

       

      Primeira reunião do Conselho de Ministros com o presidente João Goulart e seu primeiro ministro, Tancredo Neves, a sua direita (sentado). De pé está seu aliado e secretário de imprensa, Raul Ryff, e à esquerda, o procurador geral da República, Antônio Balbino. Brasília, 8 de setembro de 1961. Correio da Manhã

    • União Nacional dos Estudantes

      A União Nacional dos Estudantes aderiu à Campanha da Legalidade. Durante o período de interregno, entre a saída de Jânio e a posse de Jango, a UNE transferiu provisoriamente sua sede para Porto Alegre, onde se reuniram os setores a favor da Legalidade, retornando depois ao Rio de Janeiro. Menos de um mês depois da posse, o presidente João Goulart e o primeiro-ministro Tancredo Neves visitam a sede da UNE em retribuição ao apoio recebido naquele momento crítico. Jango foi o primeiro presidente do Brasil a visitar a UNE.

       

      Presidente Jango visita a sede da UNE. Rio de Janeiro, 23 de setembro de 1961. Correio da Manhã

    • Criação da Universidade de Brasília

      A ideia de fundar uma universidade de vanguarda na nova capital foi um sonho acalentado pelo antropólogo Darcy Ribeiro e pelo educador Anísio Teixeira, que redigiram as bases e o modelo pedagógico da Universidade de Brasília. O plano era criar uma instituição inovadora no centro do país, que unisse novos métodos de ensino, modernas tecnologias, e pesquisas acadêmicas de profundidade e relevância social que pudessem mudar a realidade brasileira. Até que o decreto de criação fosse assinado pelo presidente João Goulart, o projeto da universidade custou a sair do papel e a entrar na pauta de votação da Constituinte. A UnB começou a funcionar de fato em 1962, ainda precariamente, quando foi lançado o Plano Orientador e, a convite de Anísio e Darcy, grandes cientistas, intelectuais, professores e artistas iniciaram as aulas nos novos cursos, apesar de protestos dos políticos e autoridades da capital, que não desejavam a presença de estudantes e de possíveis manifestações tão próximas à Esplanada dos Ministérios.

       

      Presidente João Goulart assina o decreto de criação da Universidade de Brasília. Brasília, 16 de dezembro de 1961. Agência Nacional

    • Lei de Diretrizes e Bases da Educação

      A lei de Diretrizes e Bases da Educação estava prevista desde a Constituição de 1934, inspirada no princípio liberal democrático defendido pelos intelectuais do movimento da Escola Nova, que entendiam a educação como instrumento de transformação da sociedade e do indivíduo, baseada numa perspectiva libertadora, e ministrada na escola pública, laica, gratuita, igual para todos. Essa concepção de educação e escola enfrentava resistência e oposição da Igreja católica e de setores conservadores, além de resistências internas na Câmara e no Senado, que fizeram com que o projeto ficasse mais de dez anos parado, até que a Constituinte de 1959 o retomou, em outras bases. De um lado, uma vertente que defendia a centralização da educação no governo federal, que implementaria um plano único, de caráter nacionalista, conduzido pelo Estado; de outro lado, a dos que defendiam uma educação de cunho liberal, neste caso, não monopolizada pelo Estado, ministrada também por instituições privadas, católicas, geridas pela família, sem obrigatoriedade ou ingerência do governo. Essa última proposta, vencedora na nova lei, não estabelecia de fato as bases e diretrizes filosóficas da educação; previa regras para a educação ser desenvolvida, mas continha uma noção de democracia e liberdade muito diferente da propagada pelos Pioneiros da Escola Nova.

       

      Presidente João Goulart sanciona a Lei 4.024 de Diretrizes e Bases da Educação, aprovada pelo Congresso em 20 de dezembro de 1961. Brasília, 22 de dezembro de 1961. Agência Nacional

    • Presidente João Goulart em visita ao porta-aviões Minas Gerais

      O Minas Gerais, usado durante a Segunda Guerra, foi comprado em 1956 pelo presidente Juscelino Kubitschek à Real Marinha Britânica, para ser incorporado à Armada Brasileira. Meses antes desta foto, o porta-aviões foi designado para seguir para o sul do Brasil e ficar em prontidão na costa do Rio Grande do Sul visando a evitar a posse do presidente de direito João Goulart depois da renúncia de Jânio Quadros. S.l., dezembro de 1961. Correio da Manhã

    • Lincoln Gordon, embaixador dos Estados Unidos

      Quando chegou ao Brasil em 1961 para assumir o cargo de embaixador dos Estados Unidos, Lincoln Gordon já havia participado de importantes ações e instituições responsáveis pelo acirramento da polarização ideológica durante a Guerra Fria; atuava na "vigilância" dos governos dos países latinoamericanos e de suas aproximações com o socialismo e o comunismo.

      Pouco antes desse registro fotográfico, Gordon e o presidente João Goulart já vinham enfrentando diferenças e atritos políticos. Quer fosse pelas condições impostas pelo governo norte-americano para fornecer auxílio financeiro ao Brasil, quer fosse pelo incômodo causado pela política externa independente, que fez com que o Brasil se recusasse a participar do embargo econômico ao regime revolucionário de Fidel Castro em Cuba. O estado de insegurança econômica no Brasil, aliado ao clima de insurgência social, às relações estreitas entre o presidente e os diversos grupos de esquerda acabaram por aproximar Gordon e a parcela das Forças Armadas que conspirava para a deposição do presidente Goulart, assim como setores de direita e políticos descontentes com o governo. À medida que o golpe se avizinhava, Gordon garantiu, com anuência de Washington, apoio logístico e militar, se necessário, aos golpistas.

       

      Presidente João Goulart recebe o embaixador dos Estados Unidos, Lincoln Gordon, no Palácio das Laranjeiras. Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 1962. Agência Nacional

    • João Goulart nos Estados Unidos

      Desfile em honra da passagem do presidente João Goulart pelos Estados Unidos. Nova Iorque, 5 de abril de 1962. Agência Nacional

    • Presidente John Kennedy recebe o presidente João Goulart

      O presidente John Kennedy recebe o presidente brasileiro em sua chegada aos Estados Unidos. Neste mesmo dia, os presidentes tiveram uma longa conversa, que quebrou todos os protocolos da viagem, adiando diversas outras atividades de João Goulart. Na reunião debateu-se, principalmente, a postura independente do país em questões externas, a participação do Brasil na Aliança para o Progresso e sua adesão ou não aos princípios norteadores do pacto, e, principalmente, a postura do governo de não aceitar intervenções militares ou bloqueios econômicos a Cuba. Em um dos momentos mais acirrados da Guerra Fria, no qual uma posição independente poderia ser considerada simpatia pelo outro lado, João Goulart procurou reforçar os laços de amizade com Kennedy e com a nação norte-americana, defendendo a liberdade dos povos, o princípio da soberania e o respeito incondicional à democracia.

      Presidente John Kennedy recebe o presidente João Goulart na Base Aérea Andrews. Entre eles, o tenente-coronel Charles Murray Jr., chefe da guarda. Foto Agência Nacional. Washington, 3 de abril de 1962. Correio da Manhã

    • Entrega das chaves da cidade de Washington

      Presidente Kennedy entrega as chaves da cidade de Washington ao presidente João Goulart. Foto Agência Nacional. Washington, [4] de abril de 1962. Correio da Manhã

    • Martin Luther King Jr

      "Eu tenho um sonho, que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de seu destino: ‘Consideramos estas verdades evidentes, de que todos os homens são criados iguais.'"

       

      O pastor Martin Luther King Jr. foi um importante líder na luta pelos direitos civis dos negros norte-americanos, responsável por um movimento de massa nos EUA, que promovia grandes concentrações e marchas pacíficas de cidadãos negros, inspirados no conceito de não-violência e desobediência civil de Gandhi. Lutavam pelo direito de ir e vir livremente, pelo fim da discriminação nos postos de trabalho, transportes e em lugares públicos; pelo direito de voto, negado aos homens de cor. As muitas manifestações levaram à aprovação da Lei dos Direitos Civis, em 1964, e ao direito de voto, em 1965. Por sua atuação, King recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1964. No entanto, o ódio racial recrudecia, à medida que as conquistas se sucediam. Martin Luther King Jr., líder da luta pela igualdade racial, foi assassinado em 1968, por um segregacionista em Memphis, Tenessee, sul dos Estados Unidos.

       

      Martin Luther King Jr. S.l., s.d. Correio da Manhã

    • Celebrações do 1o. de maio na Praça Vermelha, em Moscou

      No desfile militar, o destaque aos mísseis e tanques, demonstração do poderio militar e bélico da União Soviética, em tempos de Guerra Fria. Foto de N. Sitnikov. Moscou, [ca. 1960]. Correio da Manhã

    • Oficiais soviéticos junto ao portão de Brandemburgo, Alemanha Ocidental

      Logo após o fim da 2ª Guerra Mundial, com a derrota da Alemanha, a Conferência de Potsdam estabeleceu a divisão da cidade de Berlim em quatro regiões de monitoramento, cada uma delas controlada por um dos países aliados: Reino Unido, França, Estados Unidos e União Soviética. Desde 1952 a Republica Democrática da Alemanha (GDR), governada pelo SED - Partido Comunista, impôs barreiras para evitar a fuga dos habitantes para o lado ocidental, o que não impediu que até agosto de 1961 a Alemanha Oriental tivesse perdido um sexto da sua população. No dia 13 daquele mês iniciou-se a construção da cerca de arame farpado ao longo da divisa com o lado ocidental, em poucos dias o muro foi erguido. Ao longo dos anos ele foi reforçado e expandido, guardado por policiais armados, até ser demolido pela população da cidade em 1989.

      Oficiais soviéticos junto ao portão de Brandemburgo, Alemanha Ocidental. Berlim, s.d. Correio da Manhã

    • John Lennon

      Em 1963 saiu o primeiro álbum dos Beatles, Please please me. Começava aí talvez a carreira mais bem sucedida, meteórica e revolucionária da indústria fonográfica. Liderados por John Lennon (foto) e Paul McCartney, os jovens músicos da Grã-Bretanha acabaram representando um fenômeno cultural e musical de grande alcance - famosos e cultuados no mundo inteiro. Ao longo dos anos 1960, os "quatro rapazes de Liverpool", como eram chamados, passaram por inovadoras experiências musicais, criando novos gêneros, como o folk rock, incorporando instrumentos de outras culturas, como a cítara, impulsionados por substâncias lisérgicas e estética psicodélica. Ao fim da década que introduziu o mundo ao universo da contracultura, da liberdade de expressão, da revolução sexual, das drogas, do movimento hippie, das campanhas contra as guerras promovidas por EUA e URSS nos países do Oriente, a banda acabou se desfazendo, momento marcado na memória recente pela célebre frase de Lennon: "O sonho acabou".

       

      John Lennon. S.l., 1964. Correio da Manhã

    • Manifestação de trabalhadores contra a bomba atômica

      A ameaça nuclear pairou sobre o mundo durante todo o período conhecido como Guerra Fria. Desde as explosões realizadas no Japão no fim da 2ª Guerra, os Estados Unidos mostravam ter uma arma capaz de dizimar milhares de pessoas, colocando-se em posição de vantagem sobre a rival ideológica, a União Soviética. Não tardou muito até que os soviéticos conseguissem produzir suas armas nucleares, enquanto os outros países do mundo, capitalistas ou socialistas, assistiam a esta perigosa disputa bélica e sofriam com o medo de uma guerra nuclear sem proporções.

       

      Manifestação de trabalhadores contra a bomba atômica e às explosões de teste promovidas pelos Estados Unidos,. Radiophoto UCI. Moscou, 9 de junho de 1962. Correio da Manhã

    • Policiais tentam conter os protestos contra a bomba atômica

      no centro de Londres. Radiophoto UCI. 16 de abril de 1963. Correio da Manhã

    • Protestos populares ao redor do mundo contra as experiências nucleares

      realizadas pela União Soviética e as graves consequências da radiação desprendida em tais testes. Em sentido horário, a partir da primeira de cima, manifestações em Nova Déli, Roma, Nova Iorque, em frente ao prédio das Nações Unidas, e Londres. Fevereiro de 1962. Correio da Manhã

    • Relações diplomáticas com a União Soviética

      A política externa independente do presidente Jango deu continuidade à de seu antecessor, Jânio Quadros, que havia reatado relações diplomáticas com Cuba, China e União Soviética. O Estado soviético aproveitava a oportunidade para melhorar sua imagem em outros países, diminuir as desconfianças e estreitar laços, sobretudo comerciais, com um grande parceiro como o Brasil, depois de mais de 15 anos de rompimento diplomático. A Exposição Industrial e Comercial da União Soviética no Rio de Janeiro foi uma dessas iniciativas e promoveu os avanços alcançados pela URSS em diversos setores. Em julho de 1961, o cosmonauta Yuri Gagarin, primeiro homem a orbitar em torno da Terra, veio ao Brasil narrar suas experiências e receber do presidente Jânio Quadros a Ordem do Cruzeiro do Sul.

      Presidente João Goulart e o primeiro ministro Tancredo Neves visitam a Exposição Industrial e Comercial da União Soviética, realizada no campo de São Cristóvão, Rio de Janeiro. O ministro do Comércio Exterior russo, Nikolai Seminovich Patolichav e o embaixador russo Ilya Tchervichov acompanharam o presidente na visita aos estandes. Foto Agência Nacional. Rio de Janeiro, 6 de maio de 1962. Correio da Manhã

    • Copa do Mundo de Futebol

      A Copa do Mundo de futebol de 1962 foi disputada no Chile; naquele ano, o Brasil era considerado favorito, não só por seu excelente time, com Pelé, Garrincha, Didi, Amarildo, Vavá, Zagallo, entre outros, mas também por ter conquistado a Copa de 1958 na Suécia. O primeiro jogo foi contra o México, e o Brasil venceu. Mesmo perdendo Pelé, machucado na segunda partida, a seleção conquistou o Bicampeonato mundial graças ao gênio de Garrincha, e firmou-se como uma potência do futebol. Nem mesmo o presidente Jango escapou de torcer a favor da seleção, ainda que em um radinho no gabinete.

       

      Presidente João Goulart escuta a partida de estreia do Brasil na Copa do Chile, contra o México. Brasília, 30 de maio de 1962. Correio da Manhã

    • Presidente Jango, Pelé e Garrincha

      Presidente Jango recebe a seleção brasileira bicampeã mundial de futebol no Palácio das Laranjeiras. Ladeado por Pelé e Garrincha, os dois maiores craques das duas conquistas brasileiras, Jango segura a taça Jules Rimet, que permaneceria com o time até o evento seguinte, quando seria entregue à próxima equipe vencedora.

      Presidente Jango, Pelé e Garrincha. Rio de Janeiro, 2 de outubro de 1962. Agência Nacional

    • Concurso de Miss Brasil

      Concurso de Miss Brasil 1962, realizado no estádio do Maracanãzinho. A grande vencedora da noite foi a baiana Maria Olívia Rebouças, quinto lugar no concurso de Miss Universo do mesmo ano. Os concursos de Miss eram muito populares nas décadas de 1950 e 1960, chegando a serem considerados os segundos maiores eventos do país, atrás apenas da Copa do Mundo.

      Concurso de Miss Brasil no Maracanãzinho. Rio de Janeiro, 19 de junho de 1962. Correio da Manhã

    • Maria Thereza Fontella Goulart

      A jovem primeira dama do país, Maria Thereza Goulart, chamou atenção nos anos em que acompanhou o marido na vida pública, alguns momentos foram marcantes, como o Comício da Central do Brasil. Bem mais nova que Jango, filha de uma família de pequenos fazendeiros no sul do país, casou-se aos 15 anos de idade. Era frequentemente comparada a Jackeline Kennedy, primeira dama norte-americana, ambas jovens, de boas famílias e muito belas. Tornou-se referência em termos de figurinos, penteados e comportamento glamoroso para as mulheres da época. Esteve à frente da LBA (Legião Brasileira de Assistência), criada em 1942 por Darcy Vargas, e presidida sempre pelas primeiras damas. Nesta função, promoveu diversas atividades e eventos beneficentes para arrecadar fundos para auxílio aos mais pobres. Com o Golpe, fugiu do país levando os dois filhos para o Uruguai, onde se encontrou com o marido, e juntos permaneceram no exílio até a morte de João Goulart, em 1976.

      Maria Thereza Fontella Goulart em evento social. Foto Agência Nacional. Rio de Janeiro, [1961-1964]. Arquivo João Goulart

    • Maria Thereza Goulart em evento social

      com músicos. Rio de Janeiro, [1961-1964]. Arquivo João Goulart

    • O presidente João Goulart inaugura duas turbinas

      da recém-construída hidrelétrica de Três Marias, na região central do estado de Minas Gerais, usando as águas do rio São Francisco. Essa hidrelétrica representou um salto significativo no fornecimento de energia para o país naquele momento, mas não somente. Além da eletricidade produzida, favorecia a navegabilidade do rio, controlava o fluxo e as enchentes e permitia avanços na irrigação e agricultura. Com o passar dos anos foi superada em produção energética por outras usinas, tornando-se quase obsoleta em termos de fornecimento e tecnologia, mas ainda mantém grande importância no controle da vazão do Velho Chico. Minas Gerais, 25 de julho de 1962. Agência Nacional

    • Usina Intendente Câmara

      João Goulart inaugura mais uma obra no interior de Minas Gerais, em Ipatinga, na trilha do processo de industrialização iniciado no governo Juscelino Kubitschek. Na origem, uma empresa estatal, a Usiminas foi criada para ser uma grande siderúrgica e hoje é um importante complexo produtor de aço para o Brasil e exterior. Seu capital foi logo aberto a acionistas estrangeiros e privados que, em pouco tempo, assumiram seu controle majoritário. O início das operações foi difícil. Situada no interior do estado, com escassos recursos, mão de obra desqualificada, tecnologia defasada e más condições de trabalho, a indústria sofreu com muitos acidentes de trabalho e até mortes nos canteiros de obras, onde os trabalhadores não tinham a mínima assistência. Péssimas condições de moradia, trabalho, alimentação e salários acabariam por culminar em revoltas e greves, que foram violentamente reprimidas pela polícia. Em 1963, aconteceu o "massacre de Ipatinga", quando a força policial abriu fogo contra os operários usando metralhadoras, ferindo e matando muitos deles.

      Presidente João Goulart acende o primeiro alto forno e inaugura a Usina Intendente Câmara. Ipatinga/MG, 26 de outubro de 1962. Agência Nacional

    • Discurso sobre a importância das reformas de base

      Em visita à cidade de Campina Grande, Paraíba, Jango recebeu o título de cidadão Campinense e a faixa de Presidente da Legalidade. No discurso, insistiu na importância das reformas de base e, sobretudo, da reforma agrária. Reafirmou que realizaria tais reformas pela via democrática e que ajudaria os homens do campo, sem desapropriar terras privadas, negando algumas vezes qualquer ligação de suas ações com o comunismo. O presidente mantinha o discurso conciliador que lhe era peculiar: dirigindo-se aos trabalhadores rurais, muitos ligados às ligas camponesas, afirmava a importância da reforma agrária, defendia que esta deveria ser feita dentro da legalidade democrática, sem prejuízo dos direitos dos proprietários. Para as classes médias e mais conservadoras da sociedade, falava em combate ao subdesenvolvimento e proteção dos recursos nacionais. Campina Grande/PB, 30 de julho de 1962. Correio da Manhã

    • Panfleto pela volta do presidencialismo

      Desde o final do ano de 1962 as pressões para o retorno ao regime presidencialista se avultaram entre os meios políticos, trabalhistas e setores da população. Especialmente porque para concretizar o Plano Trienal e as Reformas de Base, eram necessárias mudanças na Constituição e um braço mais forte no poder Executivo. As pressões culminaram na realização de um plebiscito em 6 de janeiro de 1963, no qual a vitória do presidencialismo foi esmagadora.

      Panfleto pela volta do presidencialismo, para que as reformas de base pudessem ser executadas. Rio de Janeiro, janeiro de 1963. Correio da Manhã

    • Carlos Lyra

      O músico Carlos Lyra foi um dos pioneiros de uma "bossa nova" que tocava pela cidade. Parceiro de Ronaldo Bôscoli, Roberto Menescal, Vinícius de Moraes, Geraldo Vandré, entre muitos outros, Lyra começou sua carreira nos anos 1950. Na década seguinte caminhou para uma vertente mais ativista, compondo trilhas sonoras para peças de Oduvaldo Vianna Filho, Chico de Assis, entre outros e para filmes, como o curta Couro de Gato, de Joaquim Pedro de Andrade, integrado posteriormente ao longa 5x favela, de 1962, por muitos considerado o primeiro impulso para o movimento do cinema novo. Uma de suas maiores contribuições foi a criação, junto com Ferreira Gullar, Oduvaldo Vianna Filho, Leon Hirszman e Carlos Estevam, do Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE. Lá conheceu artistas populares, do samba e dos morros cariocas, e possibilitou a interação entre a música mais sofisticada da bossa nova e as poesias do samba, sendo o responsável por apresentar Nara Leão a Zé Ketti e João do Vale, e pela criação do show Opinião, em 1964. 

       

      Apesar de ter sido muito visado pela ditadura implantada em 1964 e de ter se ausentado do país algumas vezes, Lyra continuou produzindo peças teatrais, trilhas e parcerias com músicos, como Chico Buarque, e artistas, como Gianfrancesco Guarnieri.

      Carlos Lyra. [Rio de Janeiro], novembro de 1962. Correio da Manhã

    • Bonitinha, mas ordinária

      Nelson Rodrigues foi dos maiores escritores e dramaturgos brasileiros, e provavelmente o mais polêmico. Ainda em vida, foi do céu ao inferno, sendo celebrado e execrado por suas obras e opiniões reacionárias e pouco ortodoxas, até virar uma quase unanimidade depois de sua morte, quando seu gênio literário e teatral é reconhecido e celebrado.

       

      Essa peça, encenada pela primeira vez em 1962 no Rio de Janeiro e levada ao cinema no ano seguinte, faz parte de sua produção situada no subúrbio carioca, revelando, debaixo de camadas de conservadorismo, os desejos, as perversões sexuais, os tabus, a falsa felicidade familiar que permeiam este universo e demonstram a hipocrisia da sociedade. Intitulada Otto Lara Resende, em virtude de o personagem principal citar recorrentemente uma frase do escritor, que acaba por dar a moral da história, a obra ficou imortalizada como Bonitinha, mas ordinária, e foi reencenada e refilmada várias vezes desde a estreia.

      Cena da peça Bonitinha, mas ordinária ou Otto Lara Resende, de Nelson Rodrigues, dirigida por Eros Martim Gonçalves, encenada pela primeira vez no Teatro Maison de France, com Léa Bulcão, Tereza Rachel e Carlos Alberto nos papeis centrais, entre outros. Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1962. Correio da Manhã

    • O presidente João Goulart almoça no restaurante do SAPS

      Não era a primeira vez que Jango comemorava o 1º de maio no restaurante do SAPS, Serviço de Alimentação da Previdência Social, na Praça da Bandeira, Rio de Janeiro. O presidente naquela ocasião estava cercado de seu staff, inclusive de militares, provavelmente em uma tentativa de transmitir um tom conciliador e apaziguador aos grupos econômicos, políticos e ideológicos em intensa disputa naquele período.

       

      O presidente João Goulart almoça no restaurante do SAPS, Serviço de Alimentação da Previdência Social, em comemoração ao dia do trabalhador. Foto Agência Nacional. Rio de Janeiro, 1º de maio de 1963. Agência Nacional

    • Edu Lobo

      O jovem músico Edu Lobo desponta para a MPB e a bossa nova no início dos anos 1960. Frequentador do famoso Beco das Garrafas, em Copacabana, já em 1961 compõe a primeira música de uma longa parceria com Vinícius de Moraes. A partir de 1964, Edu Lobo passa a compor trilhas sonoras para teatro e cinema, e suas músicas assumem um caráter mais político, em resposta ao momento de exceção vivido pelo Brasil. Entre os parceiros, Ruy Guerra, Gianfrancesco Guarnieri, Vinicius de Moraes, Ronaldo Bastos, Oduvaldo Vianna Filho, Chico Buarque e Capinan. Foi com este que Edu Lobo compôs a música vencedora do Festival da Canção de 1967, Ponteio, interpretada por Marília Medalha.

       

      Edu Lobo. S.l., 18 de maio de 1963. Correio da Manhã

    • Vinícius de Moraes e Elizeth Cardoso

      A parceria entre Elizeth Cardoso e Vinícius de Moraes existia desde 1958 quando a cantora gravou o álbum Canção do amor demais, considerado o primeiro disco da bossa nova. Todo o repertório era formado por músicas de Vinícius e do jovem maestro Antonio Carlos Jobim, e contou com uma batida peculiar e inovadora do violão de João Gilberto na canção Chega de Saudade, imortalizada como "a" batida da bossa nova. Em 1963, é lançado o disco Elizete interpreta Vinicius, um dos mais importantes e vendidos da carreira da artista. O álbum contribuiu não somente para consolidar seu lugar de grande diva e intérprete da música popular brasileira, mas também para confirmar a bossa nova como estilo, além de consagrar o talento de Vinícius de Moraes para a música popular.

       

      Vinícius de Moraes e Elizeth Cardoso. [Rio de Janeiro], 23 de junho de 1963. Correio da Manhã

    • O pagador de promessas

      O pagador de promessas, de autoria do escritor e dramaturgo Dias Gomes, foi encenada pela primeira vez em 1960 no Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, com direção de Flávio Rangel. Esse espetáculo marca o triunfo de Dias Gomes no teatro, em um drama polêmico, cujos principais temas eram a intolerância e a hipocrisia no seio da sociedade brasileira, analisadas em um episódio que envolvia religião, sincretismo, terra e propriedade na Bahia. Um ano depois, O pagador de promessas é transformado em filme por Anselmo Duarte, e atinge um estrondoso sucesso mundial, sobretudo depois de ganhar a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes e ser indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro naquele ano de 1963.

      Leonardo Vilar e elenco durante a encenação de O pagador de promessas, no TBC. São Paulo, setembro de 1960. Correio da Manhã

    • Palma de Ouro

      O diretor do filme O pagador de promessas, Anselmo Duarte, retorna do Festival de Cannes com a Palma de Ouro. S.l., 4 de julho de 1962. Correio da Manhã

    • Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE

      Presidente João Goulart na Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), no Recife, assina atos e convênios que visavam o melhoramento econômico e social do Nordeste brasileiro. De pé, o ministro do Planejamento, o economista, professor e intelectual Celso Furtado, criador da SUDENE, em 1959, ainda no governo JK, e também do Plano Trienal, que propunha a realização das reformas de base no Brasil. Ao lado de Jango, o governador do estado de Pernambuco, o socialista Miguel Arraes, e no oposto da mesa, o antropólogo Darcy Ribeiro, então chefe da Casa Civil do governo João Goulart. Recife, 29 de julho de 1963. Correio da Manhã

    • Visita do presidente da Iugoslávia

      A visita do presidente da Iugoslávia, o ditador Josip Broz Tito, provocou muitas reações na imprensa brasileira e entre a sociedade civil. A Campanha da Mulher pela Democracia, CAMDE, publicou anúncios nos jornais de desagravo à visita e realizou protestos com cartazes que acusavam o visitante de ser contrário à democracia e à religião. Setores do governo e das Forças Armadas também não aprovavam a visita, mas a Iugoslávia capitaneava o estilo de Política Externa Independente que o Brasil vinha praticando, e a visita de Tito pretendia exatamente promover a aproximação dos países que adotavam a posição de não-agressão e não alinhamento aos dois blocos ideológicos que dividiam o mundo durante a Guerra Fria.

       

      Presidente João Goulart recebe o presidente da República Socialista Federativa da Iugoslávia, Josip Tito. Foto Agência Nacional. [Brasília], [18 a 25] de setembro de 1963. Correio da Manhã

    • Companhia Siderúrgica Paulista

      Jango inaugura a Companhia Siderúrgica Paulista, discursa e recebe calorosa recepção dos trabalhadores. Apesar da crise instalada pela alta inflação, pela escassez de alimentos, pelas convulsões sociais e por uma forte campanha que associava o governo a grupos comunistas, boa parte da população apoiava o presidente e as reformas de base. As aparições públicas de Jango atraíam sempre multidões de trabalhadores e seguidores.

      Presidente João Goulart é recebido por populares na inauguração da COSIPA, Companhia Siderúrgica Paulista. São Paulo, 18 de dezembro de 1963. Agência Nacional

    • Inauguração da COSIPA

      Presidente João Goulart é recebido por populares na inauguração da COSIPA, Companhia Siderúrgica Paulista. São Paulo, 18 de dezembro de 1963. Agência Nacional

    • Recepção de gala no Itamaraty

      Presidente João Goulart e a primeira dama, Maria Thereza Goulart, comparecem à recepção de gala oferecida ao corpo diplomático no Itamaraty. Foto Agência Nacional. Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1963. Correio da Manhã

    • Almoço oferecido aos generais promovidos

      Apesar das aparentes boas relações entre o presidente Jango e os militares, a tensão e as conspirações golpistas já existiam desde o governo de Juscelino Kubitschek, e só se agravaram entre o final de 1963 e o início de 1964. Embora os militares já conspirassem abertamente e se articulassem com outros setores civis, o presidente acreditava que tinha apoio de alguns grupos leais das forças armadas e da população.

      Almoço oferecido pelo presidente João Goulart, no Palácio das Laranjeiras, aos generais promovidos em novembro de 1963. Rio de Janeiro, 20 de dezembro de 1963. Correio da Manhã

    • Governo
    • Posse do presidente João Goulart
    • Primeira reunião do Conselho de Ministros
    • União Nacional dos Estudantes
    • Criação da Universidade de Brasília
    • Lei de Diretrizes e Bases da Educação
    • Presidente João Goulart em visita ao porta-aviões Minas Gerais
    • Lincoln Gordon, embaixador dos Estados Unidos
    • João Goulart nos Estados Unidos
    • Presidente John Kennedy recebe o presidente João Goulart
    • Entrega das chaves da cidade de Washington
    • Martin Luther King Jr
    • Celebrações do 1o. de maio na Praça Vermelha, em Moscou
    • Oficiais soviéticos junto ao portão de Brandemburgo, Alemanha Ocidental
    • John Lennon
    • Manifestação de trabalhadores contra a bomba atômica
    • Policiais tentam conter os protestos contra a bomba atômica
    • Protestos populares ao redor do mundo contra as experiências nucleares
    • Relações diplomáticas com a União Soviética
    • Copa do Mundo de Futebol
    • Presidente Jango, Pelé e Garrincha
    • Concurso de Miss Brasil
    • Maria Thereza Fontella Goulart
    • Maria Thereza Goulart em evento social
    • O presidente João Goulart inaugura duas turbinas
    • Usina Intendente Câmara
    • Discurso sobre a importância das reformas de base
    • Panfleto pela volta do presidencialismo
    • Carlos Lyra
    • Bonitinha, mas ordinária
    • O presidente João Goulart almoça no restaurante do SAPS
    • Edu Lobo
    • Vinícius de Moraes e Elizeth Cardoso
    • O pagador de promessas
    • Palma de Ouro
    • Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE
    • Visita do presidente da Iugoslávia
    • Companhia Siderúrgica Paulista
    • Inauguração da COSIPA
    • Recepção de gala no Itamaraty
    • Almoço oferecido aos generais promovidos
    • Manifestações e movimentos sociais
    • Enfrentamento entre lavradores da colônia agrícola Coletivo
    • Polícia expulsa família de terras ocupadas
    • Reforma agrária
    • Política externa independente
    • Ligas camponesas
    • Comício de 1o. de maio
    • Assembleia do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários
    • Trem da Carestia
    • União Nacional dos Estudantes - UNE
    • O presidente João Goulart discursa para estudantes no Fundão
    • Presidente João Goulart
    • Comício lembra suicídio do presidente Getúlio Vargas
    • Comício marcando o aniversário da morte de Getúlio Vargas
    • Greve dos bancários
    • Comício em Recife
    • Comício de Jango
    • Manifestações contrárias ao estado de sítio
    • Paralisação dos ferroviários da Leopoldina
    • Estudantes da Faculdade Nacional de Filosofia
    • Cartaz do jornal Brasil, Urgente
    • Greve na Leopoldina
    • Primeira comemoração do Dia do Trabalho sob a ditadura militar
    • Manifestações e movimentos sociais

      Década de intensa polarização, os anos 1960, no Brasil, foram palco de alianças e coligações partidárias e de mobilizações populares inspiradas pelos mais diversos matizes ideológicos. Na pauta do governo João Goulart, o enfrentamento de questões como reforma agrária, política externa, melhorias no ensino, avanços nas relações trabalhistas - as chamadas reformas de base, debatidas em meio a um cenário de grave crise econômica. Saiba mais

      Posseiros no povoado de São José da Boa Morte decidem pegar em armas e lutar pelas terras após terem sido despejados. Cachoeiras de Macacu/RJ, novembro de 1963. Correio da Manhã

    • Enfrentamento entre lavradores da colônia agrícola Coletivo

      e um indivíduo que se declarava legítimo proprietário das terras e pretendia desalojá-los. Itaguaí/RJ, 26 de setembro de 1961. Correio da Manhã

    • Polícia expulsa família de terras ocupadas

      Pernambuco, 12 de janeiro de 1961. Correio da Manhã

    • Reforma agrária

      As lideranças dos trabalhadores rurais, insatisfeitas com os rumos do debate sobre a reforma agrária, proposta que era alvo de forte resistência, organizaram vários encontros que culminaram no I Congresso dos Lavradores e Camponeses sem Terra, ao qual o presidente João Goulart compareceu.

      Encerramento do I Congresso dos Lavradores e Camponeses sem Terra. Belo Horizonte, [novembro de 1961]. Correio da Manhã

    • Política externa independente

      A política externa independente, iniciada por Jânio Quadros, tem continuidade no governo João Goulart e, em relação à Cuba, vai se caracterizar por um posicionamento apoiado nos princípios da não intervenção e do direito à auto-determinação.

      Fidel Castro, na qualidade de chefe de governo, trabalhando em um canavial. Cuba, 1965. Correio da Manhã

    • Ligas camponesas

      Francisco Julião, nascido em família proprietária de engenho em Pernambuco, bacharelou-se em Direito e passou a defender, ainda na década de 1940, as causas camponesas no estado. Ingressou no Partido Socialista Brasileiro (PSB), pelo qual se elegeu deputado estadual, e na sua prática como advogado visitava engenhos, buscando organizar os trabalhadores. Sua atuação foi fundamental para a formação das Ligas Camponesas. S.l., setembro de 1963. Correio da Manhã

    • Comício de 1o. de maio

      S.l., 1961. Correio da Manhã

    • Assembleia do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários

      e Anexos do Estado da Guanabara decide a realização de uma greve geral por melhores salários. [Rio de Janeiro], 10 de outubro de 1961. Correio da Manhã

    • Trem da Carestia

      O "Trem da Carestia", recoberto de cartazes com dizeres sobre o aumento do custo de vida, foi promovido pelas Ligas Femininas do Estado da Guanabara com o apoio da Federação Nacional dos Ferroviários e de vários sindicatos. [Rio de Janeiro], 8 de março de 1963. Correio da Manhã

    • União Nacional dos Estudantes - UNE

      O recém-empossado presidente da UNE, José Serra. São Paulo, 30 de julho 1963. Correio da Manhã

    • O presidente João Goulart discursa para estudantes no Fundão

      O presidente João Goulart discursa para estudantes no Fundão. Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1963. Correio da Manhã

    • Presidente João Goulart

      Brasília, 21 de agosto de 1963. Correio da Manhã

    • Comício lembra suicídio do presidente Getúlio Vargas

      O suicídio do presidente Getúlio Vargas foi lembrado com a realização de um grande comício, que contou com a presença de Jango, líder trabalhista visto como herdeiro político do presidente morto. Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1963. Correio da Manhã

    • Comício marcando o aniversário da morte de Getúlio Vargas

      Rio de Janeiro, 24 de agosto de 1963. Correio da Manhã

    • Greve dos bancários

      Rio de Janeiro, 13 de setembro de 1963. Correio da Manhã

    • Comício em Recife

      Comício de Jango. Recife, setembro de 1963. Correio da Manhã

    • Comício de Jango

      Recife, setembro de 1963. Correio da Manhã

    • Manifestações contrárias ao estado de sítio

      União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) manifestam-se contrárias ao estado de sítio. [Rio de Janeiro], 5 de outubro de 1963. Correio da Manhã

    • Paralisação dos ferroviários da Leopoldina

      em advertência à implantação do estado de sítio. Rio de Janeiro, 8 de outubro de 1963. Correio da Manhã

    • Estudantes da Faculdade Nacional de Filosofia

      Rio de Janeiro, novembro de 1963. Correio da Manhã

    • Cartaz do jornal Brasil, Urgente

      S.l., s.d.

    • Greve na Leopoldina

      Rio de Janeiro, 30 de março de 1964. Correio da Manhã

    • Primeira comemoração do Dia do Trabalho sob a ditadura militar

      S.l., 1º de maio de 1964. Correio da Manhã

    • Manifestações e movimentos sociais
    • Enfrentamento entre lavradores da colônia agrícola Coletivo
    • Polícia expulsa família de terras ocupadas
    • Reforma agrária
    • Política externa independente
    • Ligas camponesas
    • Comício de 1o. de maio
    • Assembleia do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários
    • Trem da Carestia
    • União Nacional dos Estudantes - UNE
    • O presidente João Goulart discursa para estudantes no Fundão
    • Presidente João Goulart
    • Comício lembra suicídio do presidente Getúlio Vargas
    • Comício marcando o aniversário da morte de Getúlio Vargas
    • Greve dos bancários
    • Comício em Recife
    • Comício de Jango
    • Manifestações contrárias ao estado de sítio
    • Paralisação dos ferroviários da Leopoldina
    • Estudantes da Faculdade Nacional de Filosofia
    • Cartaz do jornal Brasil, Urgente
    • Greve na Leopoldina
    • Primeira comemoração do Dia do Trabalho sob a ditadura militar
    • Exílio
    • Ministro boliviano acompanha asilados brasileiros que desembarcam na capital
    • Asilados
    • Asilados - 1964
    • Asilados aguardando voo para o Chile
    • José Serra
    • José Serra, ex-presidente da UNE
    • Solicitação de asilo
    • Exílio na Bolívia
    • Celso Furtado
    • Miguel Arraes
    • João Goulart e sua esposa, Maria Tereza Goulart
    • Chegada de João Goulart ao Uruguai, onde viveria a maior parte do seu exílio
    • Chegada de João Goulart ao Uruguai
    • João Goulart no exílio
    • João Goulart com a esposa e os filhos no exílio
    • Exílio

      Milhares de brasileiros - políticos, militantes de movimentos sociais, religiosos, intelectuais, artistas, estudantes - deixaram o Brasil durante o último período de exceção. Alguns se refugiaram em um exílio auto imposto pelo medo, pela desesperança, pela falta de alternativas e oportunidades. Outros, com seus direitos políticos cassados, pediam asilo oficial em diferentes países. Muitos partiram em uma verdadeira peregrinação, em certos casos, em trágicas trajetórias que percorriam países da América do Sul que pouco a pouco sucumbiam à onda de golpes - Chile, Uruguai, Argentina. Outros foram para terras mais distantes: França, Inglaterra, Estados Unidos, Itália, onde continuavam a se envolver, de alguma forma, com os acontecimentos em seu país de origem. Saiba mais

      João Goulart e seu filho João Vicente

      Montevidéu, 4 de maio de 1964. Correio da Manhã.

    • Ministro boliviano acompanha asilados brasileiros que desembarcam na capital

      La Paz, 11 de junho de 1964. Correio da Manhã.

    • Asilados

      S.l., s.d. Correio da Manhã.

    • Asilados - 1964

      S.l., 2 de julho de 1964. Correio da Manhã

    • Asilados aguardando voo para o Chile

      Rio de Janeiro, 9 de maio de 1966. Correio da Manhã

    • José Serra

      O então presidente da UNE José Serra foi o mais jovem orador do comício de Jango na Central do Brasil, em 13 de março de 2014. Depois do golpe de abril, Serra passou 3 meses na embaixada da Bolívia, impedido de embarcar para o país vizinho. Eventualmente liberada sua partida, Serra vai para a Bolívia e de lá para a França, onde permaneceu até o ano seguinte. Depois de um breve (e clandestino) retorno, refugia-se no Chile. Após o golpe de 1973, ele parte em busca de novo exílio, na Itália e depois nos Estados Unidos. Saiba mais

      José Serra e outros asilados. S.l., 2 de julho de 1964. Correio da Manhã

    • José Serra, ex-presidente da UNE

      S.l, 2 de julho de 1964. Correio da Manhã

    • Solicitação de asilo

      Mulher não-identificada tenta entrar no consulado mexicano para solicitar asilo. Rio de Janeiro, 11 de abril de 1964. Correio da Manhã

    • Exílio na Bolívia

      Estudante angolano José Manuel Gonçalves e o marinheiro Roque dos Santos Carvalho partem para o exílio na Bolívia. Rio de Janeiro, 8 de maio de 1965. Correio da Manhã

    • Celso Furtado

      Doutor em economia pela Universidade de Paris, um dos representantes do pensamento da Cepal - Comissão Econômica para a América Latina, responsável pela criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), autor do Plano Trienal elaborado no governo João Goulart, Celso Furtado era um economista de renome internacional quando sua carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 1964. Cassados seus direitos políticos, peregrina pelo Chile, Estados Unidos e França em seu exílio. Durante este período lecionou em duas das mais prestigiadas universidades no mundo: em Yale, nos Estados Unidos, e Sorbonne, na França. É autor de estudos clássicos, entre eles, o livro Formação econômica do BrasilSaiba mais

      Celso Furtado desembarca no Chile

      Santiago, 13 de maio de 1964. Correio da Manhã

    • Miguel Arraes

      Governador de Pernambuco, eleito em 1962 pelo Partido Social Trabalhista (PST), com apoio do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e de setores do Partido Social Democrático (PSD).

      Miguel Arraes era considerado político subversivo pelas forças civis e militares que articularam o golpe. Foi deposto e preso em 1º de abril, logo em seguida ao golpe militar. Libertado em 25 de maio de 1965, exilou-se na Argélia. Em 1979 com a anistia Miguel Arraes voltou ao Brasil elegendo-se novamente governador de Pernambuco, em 1986 e em 1994.  Saiba mais

      João Goulart, Celso Furtado e Miguel Arraes se encontram no exílio

      S.l., 1º de abril de 1965. Correio da Manhã

    • João Goulart e sua esposa, Maria Tereza Goulart

      Montevidéu, 4 de maio de 1964. Correio da Manhã

    • Chegada de João Goulart ao Uruguai, onde viveria a maior parte do seu exílio

      Montevidéu, abril de 1964. João Goulart

    • Chegada de João Goulart ao Uruguai

      Montevidéu, abril de 1964. João Goulart

    • João Goulart no exílio

      Montevidéu, abril de 1964. João Goulart

    • João Goulart com a esposa e os filhos no exílio

      Fotografia de João Goulart com a esposa Maria Tereza Goulart e os filhos, Denise e João Vicente, em um restaurante no exílio. Montevidéu, s.d. João Goulart

    • Exílio
    • Ministro boliviano acompanha asilados brasileiros que desembarcam na capital
    • Asilados
    • Asilados - 1964
    • Asilados aguardando voo para o Chile
    • José Serra
    • José Serra, ex-presidente da UNE
    • Solicitação de asilo
    • Exílio na Bolívia
    • Celso Furtado
    • Miguel Arraes
    • João Goulart e sua esposa, Maria Tereza Goulart
    • Chegada de João Goulart ao Uruguai, onde viveria a maior parte do seu exílio
    • Chegada de João Goulart ao Uruguai
    • João Goulart no exílio
    • João Goulart com a esposa e os filhos no exílio
     
     
     
     
  • Sobre as imagens

    As imagens que integram a exposição são reproduções que receberam tratamento digital e foram editadas para compor a narrativa da exposição.

    Abertura

    23 de setembro de 1961 - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_07725_003
    14 de abril de 1962 - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_078
    27 de agosto de 1962 - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_07838_004
    7 de setembro de 1962 - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_028
    23 de setembro de 1962 - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_311
    30 de julho de 1963 - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_065
    10 de agosto de 1963 - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_161
    13 de março de 1964 - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05610_030
    31 de março de 1964 - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_256

     

    Golpe militar

    1o. de abril de 1964 - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05609_013
    Lei de Remessa de Lucros - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_011
    Goulart na Escola de Aeronáutica - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_255
    Relações diplomáticas Brasil-URSS - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_310
    Leonel Brizola - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_13241_037
    Carnaval - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_00144_058 cópia
    Aniversário da tomada de Monte Castelo pela FEB - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_302
    Palácio das Laranjeiras - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_322
    Universidade do Brasil - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_312
    Escola Superior de Guerra - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_391
    Jango cercado por populares... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_325
    Comício das Reformas - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_08001_034
    Comício das Reformas, em frente à estação Central... 0 BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05610_004
    Comício da Central - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_08001_015
    O Dragão da Maldade... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_40260_002
    Marcha da Família com Deus pela Liberdade - PE_0_041_17
    Campanha da Mulher pela Democracia - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_13428_004
    Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais - ACG_07679_capa
    Miguel Arraes - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_09472_030
    Sala em que foi interrogado o ex-governador - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_09472_019
    D. Hélder Câmara - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_190
    Carlos Lacerda - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_18090_281
    Marinheiros e fuzileiros navais - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05610_010
    Cabo Anselmo - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05610_033
    Oficiais no Clube Naval - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05610_003
    Presidente João Goulart no Automóvel Clube - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05610_035
    Deslocamentos militares - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_013
    Deslocamentos militares na avenida Presidente Vargas - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05609_018
    O Jornal - PE_0_049_19_P1
    Automóveis de estudantes são revistados - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05609_020
    Polícia militar ocupa autarquias... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_076
    Leitura do Ato Institucional no. 1 - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_091
    Departamento de Ordem Política e Social - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_069
    A seleção brasileira treina... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_03401_100 cópia
    Familiares de presos políticos - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_023
    Militares invadem a casa do poeta Ferreira Gullar - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_072
    Apresentação de armas - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_119
    Livros apreendidos na Universidade de Brasília - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_127
    Carlos Lacerda recebe Castelo Branco... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_18090_223
    Rubens Paiva - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_134
    Carlos Heitor Cony - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_17128_017
    Espetáculo Opinião - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_49238_007
    Lincoln Gordon - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_24250_022
    Passeata de estudantes - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_02007_064

     

    Trajetória política de João Goulart

    Getúlio Vargas... - BR AN,RIO D7.0.APT,FOT.3
    Partido Trabalhista Brasileiro - BR AN,RIO D7.0.APT,FOT.7
    Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio - BR AN,RIO D7.0.APT,FOT.12
    Discurso em Pernambuco - BR AN,RIO D7.0.APT,FOT.15
    Entre correligionários... - BR AN,RIO D7.0.APT,FOT.18
    Visita à Bahia - BR AN,RIO D7.0.APT,FOT.20
    Visita ao Ceará - BR_RJANRIO_D7_0_APT_FOT_0016
    Posse do presidente... - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_05522_028.
    João Goulart e sua esposa - BR AN,RIO D7.0.APT,FOT.32
    Maria Teresa Goulart... - BR AN,RIO D7.0.APT, FOT.30
    Viagem à Suiça - BR AN,RIO D7.0.APT, FOT.36
    Campanha pela vice-presidência - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_252.
    Comício na Bahia - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_251
    Comício de campanha - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_00164_020 cópia.
    Aliança PSB-PTB - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_223
    Comício de campanha de Jânio Quadros -  BR_RJANRIO_PH_0_FOT_00163_116
    Diplomação de Jânio Quadros - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_07711_002
    Viagem à China - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_069
    Crise em torno da posse de Jango - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_03872_011 

     

    Governo

    Presidente João Goulart desfila em carro aberto - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_08153_011
    Posse do presidente João Goulart - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_08198_011
    Primeira reunião do Conselho de Ministros - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_340
    União Nacional dos Estudantes - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_311
    Criação da Universidade de Brasília - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_08245_002
    Lei de Diretrizes e Bases da Educação - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_08247_004
    Presidente João Goulart em visita ao porta-aviões...BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_121
    Lincoln Gordon, embaixador dos Estados Unidos - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_07766_001
    João Goulart nos Estados Unidos - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_08153_044
    Presidente John Kennedy... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_059
    Entrega das chaves... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_238
    Martin Luther King Jr - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_27666_048
    Celebrações do 1o. de maio... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_06775_003
    Oficiais soviéticos... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_00630_001
    John Lennon - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_29215_001
    Manifestação de trabalhadores... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_06244_006
    Policiais tentam conter... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_06244_005
    Protestos populares ao redor do mundo... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_06244_003
    Relações diplomáticas com a União Soviética - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_018
    Copa do Mundo de Futebol - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_008
    Presidente Jango, Pelé e Garrincha - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_07844_001
    Concurso de Miss Brasil - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_00160_007
    Maria Thereza Fontella Goulart - BR_RJANRIO_D7_0_APT_FOT_0049
    Maria Thereza Goulart em evento social - BR_RJANRIO_D7_0_APT_FOT_0050
    O presidente João Goulart inaugura duas turbinas - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_08009_023
    Usina Intendente Câmara - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_08010_005
    Discurso sobre a importância das reformas de base - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_012
    Panfleto pela volta do presidencialismo - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_18090_329
    Carlos Lyra - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_29922_010
    Bonitinha, mas ordinária - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_00377_231
    O presidente João Goulart almoça no restaurante... - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_07890_001
    Edu Lobo - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_30063_001
    Vinícius de Moraes e Elizeth Cardoso - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_35014_011
    O pagador de promessas - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_47695_019
    Palma de Ouro - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_19848_008
    SUDENE - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_134
    Visita do presidente da Iugoslávia - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_180
    Companhia Siderúrgica Paulista - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_08146_001
    Inauguração da COSIPA - BR_RJANRIO_EH_0_NEG_P_08146_005
    Recepção de gala no Itamaraty - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_403
    Almoço oferecido aos generais promovidos - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_415

     

    Manifestações e movimentos sociais

    Posseiros no povoado de São José da Boa Morte - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_02675_036
    Enfrentamento entre lavradores... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_02675_003
    Polícia expulsa família... BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05150_002
    Reforma agrária - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_423
    Política externa independente - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_15637_182
    Ligas camponesas - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_27221_007
    Comício de 1o. de maio - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_07017_013
    Assembleia do Sindicato... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_06387_010
    Trem da Carestia - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_02007_055
    União Nacional dos Estudantes - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_41914_001
    O presidente João Goulart discursa para estudantes... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_182
    Presidente João Goulart - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_125
    Comício lembra suicídio do presidente Getúlio Vargas - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_00161_013
    Comício marcando o aniversário da morte de Getúlio... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_00161_021
    Greve dos bancários - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_06386_014
    Comício em Recife - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_175
    Comício de Jango - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_424
    Manifestações contrárias ao estado de sítio - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_06825_024
    Paralisação dos ferroviários da Leopoldina - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_06476_107
    Estudantes da Faculdade Nacional de Filosofia - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_06878_038
    Capa do jornal Brasil, Urgente - Reg Fase 61265 V2 Ano1 n34
    Cartaz do jornal Brasil, Urgente - BR_RJANRIO_F5_0_CAR_01
    Greve na Leopoldina - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_083
    Primeira comemoração do Dia do Trabalho... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_07017_006

     

    Exílio

    João Goulart e seu filho... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_071_
    Ministro boliviano acompanha... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_063_
    Asilados - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_001_
    Asilados - 1964 - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_140_
    Asilados aguardando... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_133_
    José Serra e outros asilados - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_126_
    José Serra, ex-presidente da UNE - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_128_
    Solicitação de asilo - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_061_
    Exílio na Bolívia - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05608_065_
    Celso Furtado... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_22769_041_
    João Goulart, Celso Furtado e Miguel Arraes - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_062_
    João Goulart e sua esposa... - BR_RJANRIO_PH_0_FOT_21175_327_
    Chegada de João Goulart ao Uruguai, onde... - BR_RJANRIO_D7_0_EXI_FOT_0002_01_
    Chegada de João Goulart ao Uruguai - BR_RJANRIO_D7_0_EXI_FOT_0002_02_
    João Goulart no exílio - BR_RJANRIO_D7_0_EXI_FOT_0002_05_
    João Goulart com a esposa e os filhos no exílio - BR_RJANRIO_D7_0_EXI_FOT_0010_

     

    Vitrine

    Crise dos mísseis - Q8, caixa 36, pacotilha 3
    Carta ao presidente John Kennedy - Q8, caixa 36, pacotilha 3
    Reformas de Base - Q8, caixa 33, pacotilha 1
    Cadernos do Povo Brasileiro - Ligas Camponesas - ACG07820
    Cadernos do Povo Brasileiro - Reforma Agrária - ACG09051
    Campanha da Mulher pela Democracia - ACG07279
    Publicações consideradas subversivas - BR_AN_RIO_TT_MCP_PRO_29
    Ofício reservado - BR_AN_RIO_TT_MCP_PRO_29
    Inquérito Policial Millitar contra João Goulart - BR_AN_RIO_TT_0_IRR_PRO_781
    Jango vigiado no período de exílio - AC_ACE_81974_75

  • Ficha Técnica

    Nos cinquenta anos do golpe militar o Arquivo Nacional apresentou, em sua sede no Rio de Janeiro, a exposição Jango: a nossa breve história, com cerca de 160 fotografias, reproduzidas ou projetadas, um vídeo de 32 minutos e cinco vitrines contendo 20 documentos originais e publicações dos anos 1960. Composta exclusivamente com o acervo da instituição, a mostra é dedicada ao governo de João Goulart, sem esquecer sua trajetória pessoal, chegando até as imagens de exílio.

    O circuito da mostra divide-se em cinco módulos, começando pelo desfecho, em 1964: uma série fotográfica com os eventos tidos como detonadores da crise militar, os conspiradores como Lacerda e Magalhães Pinto, as lideranças de Brizola e Arraes;, o dia após dia de março daquele ano que continua nos meses seguintes com a leitura do AI-1, as prisões, as invasões de residências, os inquéritos, o deputado cassado Rubens Paiva a caminho do exílio; e ainda, lembrando e homenageando a agitação cultural de então,  o show Opinião, e já em 1965 uma manifestação estudantil contrária ao regime.
    A trajetória de Jango é retomada a partir de seu mandato de deputado federal, da posterior ocupação da pasta da Justiça no segundo governo Vargas, do cargo de vice-presidente no governo JK, de sua eleição como vice-presidente no governo Jânio Quadros, até se tornar presidente em 1961, no sistema parlamentarista. Dos palanques de campanha à renúncia de Jânio, até a crise em torno da posse de João Goulart, chega-se ao terceiro módulo, voltado para os anos de seu governo, incluindo a campanha pelo retorno ao presidencialismo.

    Esses breves anos são retratados pelo gabinete parlamentarista, sobretudo, o do primeiro-ministro Tancredo Neves, a assinatura de importantes atos como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a criação da Universidade de Brasília, e momentos de grande projeção como a cobertura da visita aos Estados Unidos com a chuva de papel picado em Nova Iorque e com Kennedy na Casa Branca. No Brasil, a agenda política alterna encontros com trabalhadores e estudantes; com líderes como o governador Arraes, o economista e responsável pelo Plano Trienal, Celso Furtado, o sempre lembrado embaixador norte-americano Lincoln Gordon; a seleção bicampeã de 1962, essa, uma das poucas notas festivas em meio a muitas greves e conflitos. Há lugar também para lembrar as inaugurações de grandes obras que seguiam a trilha do desenvolvimentismo de JK. Personagens da cena cultural e política do início da década de 1960 dão o tom da inovação radical que se anuncia na música, no teatro de Nelson Rodrigues, no Cinema Novo. E no mundo, Lennon, Martin Luther King, manifestações pacifistas contra a bomba atômica, o 1º de maio na Praça Vermelha, a construção do Muro de Berlim, a Guerra Fria.

    O quarto módulo é voltado às manifestações e protestos nos quais eclodiu de fato a campanha pelas reformas de base: trabalhadores rurais armados, famílias de posseiros, o líder das ligas camponesas, Francisco Julião discursando na assembleia da UNE, as greves, as multidões;, o cenário da cidade do Rio de Janeiro, ainda uma capital em sua centralidade;, no Recife as faixas que gritavam "o Brasil não é quintal de Kennedy". Não faltou o protesto de estudantes e trabalhadores contra a proposta de Jango de decretar estado de sítio para viabilizar as reformas. Esse clima de inédita e expressiva participação popular se apresenta pelos filtros da Agência Nacional, órgão do governo e do jornal Correio da Manhã, além de outros fundos de natureza privada como a Campanha da Mulher pela Democracia (Camde), o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (Ipeês), Santiago Dantas. Arquivos de imagens em movimento como da TV Tupi do Rio de Janeiro e César Nunes foram pesquisados para a edição do vídeo que acompanha a mostra.

    O último módulo, Exílio, projeta imagens dos primeiros banidos do regime, ainda em 1964. Mostra também, inclusive com retratos do arquivo privado de João Goulart o exílio de Jango e sua família. Documentos do SNI se mesclam nessa projeção e estão ainda em vitrines, nas quais serão expostos originais como a minuta de carta de João Goulart a Kennedy sobre a crise de mísseis em Cuba, de 1962, ou o Aviso do chefe do SNI encaminhando informe sobre as atividades do ex-governador Miguel Arraes no exílio, de 1972.

    A exposição oferece ao público, além de registros do golpe militar de 1964, a oportunidade de conhecer o perfil de João Goulart, uma janela de acesso à política brasileira das décadas de 1950 e 1960, chave para acompanharmos rumos partidários, movimentos sociais, o papel dos estudantes, o cenário do pós-guerra, o clima de irreversível mudança que se respirava no país, de bossa nova e democracia.

    A exposição Jango: a nossa breve história ficou em cartaz de 2 de outubro de 2014 a 31 de janeiro de 2015, na sede do Arquivo Nacional.

  • Créditos

    Presidenta da República
    Dilma Rousseff

    Ministro da Justiça
    José Eduardo Cardozo

    Diretor-Geral do Arquivo Nacional
    Jaime Antunes da Silva

    Coordenadora-Geral de Acesso e Difusão Documental
    Maria Aparecida S. Torres

    Coordenação de Pesquisa e Difusão de Acervo
    Maria Elizabeth Brêa Monteiro

    Coordenação de Consultas ao Acervo
    Maria Helena Soares Miranda

    Coordenador-Geral de Processamento e Preservação do Acervo
    Mauro Domingues de Sá

    Coordenadora de Preservação de Acervo
    Lucia Saramago Peralta

    Coordenador de Documentos Audiovisuais e Cartográficos
    Marcelo Nogueira de Siqueira

    Coordenador de Documentos Escritos
    Mauro Lerner Markowski

    Coordenador Regional do Distrito Federal
    Marcus Vinícius Barbosa

    EXPOSIÇÃO

    Coordenação de Pesquisa e Difusão do Acervo

    Curadoria 
    Cláudia Beatriz Heynemann - Supervisão de Pesquisa

    Assistentes de Produção
    Renata William Santos do Vale
    Viviane Gouvêa

    Pesquisa de imagens, textos e legendas
    Denise de Morais Bastos
    Mariana Lambert Passos Rocha
    Renata William Santos do Vale
    Viviane Gouvêa
    Pablo Endrigo Franco - Supervisão de Acesso e Difusão - Brasília

    Vitrines
    Denise de Morais Bastos
    Renata William Santos do Vale
    Viviane Gouvêa

    Programação Visual e Design Gráfico
    Sueli Araújo - Exposição

    Alzira Reis - Catálogo

    Revisão de Textos
    Heloísa Frossard

    Iluminação e Sonorização
    Cosme Ubiracy Campos Cassemiro
    Roberto Montero Rodrigues Filho
    Nelson Silva Melo

    Tratamento de imagens
    Actionitec Informação e Tecnologia

    Impressão de imagens
    Arqforma Construções

    Equipe técnica

    Coordenação de Pesquisa e Difusão de Acervo
    Carlos Frederico Bittencourt Silva
    Nival Norberto da Silva

    Coordenação de Consultas ao Acervo

    Biblioteca
    Alexandra Werneck da Silva - Supervisão

    Sala de Consultas
    Tereza Palazzo Schmitt Filardo - Supervisão

    Coordenação de Preservação do Acervo

    Laboratório de Digitalização
    Flávio Lopes - Supervisão
    Agnaldo Neves Santos
    Rodrigo Rangel da Costa

    Laboratório de Conservação e Restauração
    Maria Júlia Faissal Cardoso - Supervisão
    Alice de Jesus Nunes
    Álvaro César de Carvalho
    Anivaldo dos Santos Gonçalves
    Erika Benirschke
    Leonardo Borges
    Rosana Peixoto Caramez
    Tiago César da Silva
    Victor Bernard Lacoste
    Walter da Silva Júnior

    Coordenação de Documentos Audiovisuais e Cartográficos

    Ilha de Edição de Vídeo
    Fernando Fonseca Rocha - Supervisão
    Ana Lúcia Soares Moreira
    Carlos Eduardo Marconi

    Documentos sonoros
    Thiago de Oliveira Vieira - Supervisão
    Pablo Mello Ferraz e Silva

    Coordenação de Recursos Logísticos
    Joelson da Silva - Supervisão

    Assessoria de Comunicação
    Claudia Miller

    Agradecimentos

    Equipe de Documentos do Executivo e Legislativo
    Sátiro Ferreira Nunes - Supervisão
    Marcus Vinícius Pereira Alves

    Equipe de Documentos Iconográficos
    Sérgio Miranda de Lima - Supervisão

    Equipe de Imagens em Movimento
    Antonio Laurindo dos Santos Neto - Supervisão

    Equipe de Serviços Gerais pelo apoio no processo de produção e montagem

    A todos os servidores e colaboradores do Arquivo Nacional que direta ou indiretamente contribuíram para a realização e divulgação desta exposição.

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