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Itinerários Indígenas

abertura expo

  • Apresentação

    Itinerários Indígenas trata de deslocamentos de diversas ordens, com outras leituras do território, do tempo histórico, dos povos indígenas e do acervo do Arquivo Nacional. Diferentes itinerários seriam percorridos por cronistas, religiosos, naturalistas, militares, fotógrafos, antropólogos e administradores, que tiveram contato com os indígenas aos quais impuseram cartografias, língua, cultura, crenças e também a violência física. O contato entre europeus e índios emerge nos fundos e coleções do Arquivo Nacional por meio de seus variados dispositivos: narrativas de viagens e gravuras reunidas em livros que circulam desde o século XVI; a vasta e única correspondência da Coroa portuguesa em manuscritos; os decretos imperiais ou a Constituição federal apresentados em seus originais.

    Destacam-se álbuns das missões religiosas salesianas em arquivos privados, como o de Afonso Pena, ou de órgãos do governo como o Serviço de Proteção aos Índios, com séries fotográficas impressionantes que visavam a propaganda ou o relato técnico de suas atividades. A partir dos anos de 1930, esses percursos receberam a cobertura jornalística de um dos mais importantes periódicos brasileiros, o Correio da Manhã, cujos arquivos guardam fotografias de estúdio de índias Bororo e as imagens trêmulas da atração aos Xavante no final da década de 1940, além da atividade de campo dos irmãos sertanistas Villas-Boas, que registram as iniciativas de aproximação entre presidentes e povos indígenas.

    Outros itinerários percorridos pelos índios, também revelados nesta exposição, enunciam percalços que, muitas vezes, colocaram em risco sua própria existência.

    A terra é, sem dúvida, uma questão fundamental para a sobrevivência dos povos indígenas no Brasil. A atual Constituição brasileira garante-lhes o direito sobre o território que eles ocupam e também o direito de serem eles próprios, mantendo suas culturas e tradições. Mas o reconhecimento das terras indígenas gera ainda sérios conflitos e polêmicas.

    Dos cinco milhões de índios estimados à época da conquista, centenas de povos cultural e linguisticamente diversos desapareceram. Na década de 1950, Darcy Ribeiro identificou quase oitenta grupos indígenas extintos ao longo do século XX, apontando para um iminente desaparecimento dessas populações.

    Porém, essa curva demográfica começa a inverter seu ciclo de declínio a partir dos anos de 1970. O aumento demográfico indígena se deve aos programas de saúde e educação adotados pelos órgãos indigenistas e pelo fortalecimento do sistema imunológico dos índios ao longo dos anos de contato. Esse crescimento, que parece ser contínuo e consolidado, confirma que os índios estão aqui para ficar. Fazem parte do nosso presente e farão parte do futuro deste país.

    Claudia Beatriz Heynemann

    Maria Elizabeth Brêa Monteiro

    Curadoras

    Filme Descaminhoshttps://www.youtube.com/watch?v=-uH6jir5lIE&list=PLQatXEugAYddkpbfy3MWrYB8gtgMRWWef&index=14

     

  • Galerias

    • Cronistas e viajantes
    • Cronistas e viajantes

      A América é uma terra vasta onde vivem muitas tribos de homens selvagens com diversas línguas diferentes. Também há muitos animais bizarros. Essa terra tem uma aparência amistosa, visto que as árvores ficam verdes por todo o ano, mas os tipos de madeira que existem lá não são comparáveis com os nossos. Todos os homens andam nus, pois naquela parte da terra situada entre os trópicos nunca faz tanto frio quanto, entre nós, no dia de São Miguel (...). Por causa do sol forte, os habitantes da terra têm uma cor de pele marrom-avermelhada. Trata-se de um povo orgulhoso, muito astuto e sempre pronto a perseguir e devorar seus inimigos. A América estende-se por algumas centenas de milhas, tanto ao sul quanto ao norte. Já velejei 500 milhas ao longo da costa e estive em muitos lugares, numa parte daquela terra. (Hans Staden, A verdadeira história dos selvagens, nus e ferozes devoradores de homens - 1548-1555) Saiba mais

       

    • Missionário calvinista francês, Jean de Léry (1534-1611) viveu no Rio de Janeiro entre 1557 e 1558, inicialmente com o objetivo de se unir ao projeto liderado por Nicolau Durand de Villegagnon de fundação de uma colônia na baía do Rio de Janeiro. Nesse período, o huguenote habitou entre os índios Tupinambá, dedicando a essa experiência a História de uma viagem feita à terra do Brasil. A obra destaca-se no universo da literatura de viagens derivadas da empreitada da França Antártica e de relatos sobre o Novo Mundo que chegaram à Europa ainda na segunda metade do século XVI. Uma das mais raras edições encontra-se na coleção de livros raros do Arquivo Nacional: escrita em latim e datada de 1586, se faz acompanhar de diversas reedições nas quais o autor inseriu informações oriundas de outros autores, como nessa de 1600. Uma referência para antropólogos do século XX, a publicação traz também partituras musicais que inspiraram o compositor Villa-Lobos a compor um dos Três poemas indígenas, “Canide Ioune-Sabath”, a partir de um canto recolhido por Jean de Léry e apresentado em 1933.

      O dançarino e o tocador de maracá. Jean de Léry. Histoire d'un voyage fait en la terre du Bresil, dite Amerique: contenant la nauigation & choses remarquables, veues sur mer par l'aucteurs. Le comportement de Villegagnon en ce pais la. Les moeurs & façons de viure estranges des Sauuages Bresiliens... 4. ed. reimpr. Genève: Pour les Heritiers d'Eustache Vignon, 1600.

    • Os povos do alto Xingu, que vivem na metade meridional do Parque Indígena do Xingu, são os Waurá, Mehinako, Yawalapiti, Kuikuro, Kalapalo, Nahukwá, Bakairi, Kamayurá, Awetí, Trumai, que apresentam uma similaridade cultural mantida pelas trocas, casamentos e rituais intergrupais. Dentre os rituais mais importantes, destaca-se o Kuarup, realizado em homenagem aos mortos, mas que também envolve a iniciação dos jovens e as relações entre as diferentes aldeias.

      Cerimônia do Kuarup. Fotograma. Parque Nacional do Xingu, Mato Grosso, c. 1980. Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa.

    • Durante o Kuarup, os cantadores (maraka`ip) entoam cantos rituais juntamente aos dançarinos no pátio da aldeia. Os tocadores de flauta participam dos preparativos com esse instrumento de cerca de dois metros de comprimento e dois canos, um para o som grave e outro para o agudo.

      Cerimônia do Kuarup. Fotograma. Parque Nacional do Xingu, Mato Grosso, c. 1980. Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa.

    • O naturalista alemão Maximilien Alexander Philipp, príncipe de Wied-Neuwied (1782-1867), percorreu o Brasil durante os anos de 1815, 1816 e 1817, acompanhado do ornitologista Georges Freyreiss e do botânico Friedrich Sellow. Interessado principalmente em zoologia e etnologia, esteve no Rio de Janeiro, no Espírito Santo, em Minas Gerais e na Bahia, conhecendo também o sertão baiano e outras partes do Nordeste. Na Paraíba, teve contato com os índios Puris e com indígenas identificados como Botocudos, levando um deles para a Europa. Em 1820, publicou o livro Reise nach Brasilien, traduzido para o francês entre 1821 e 1822, composto de três volumes e um atlas com 41 pranchas.

      Ornamentos e utensílios dos Botocudos. Maximilian Alexander Philipp, prinz von Wied-Neuwied. Voyage au Bresil: dans les années 1815, 1816 et 1817. Paris: Arthur Brandão & Cia, 1821-1822.

    • As partituras compõem um anexo intitulado “Canções populares brasileiras e melodias indígenas”, parte da obra Viagem pelo Brasil, de Johann Baptist von Spix e Karl Friedrich Philipp von Martius, e é demonstrativa do extenso programa iluminista de viagens que incluía não apenas a apreensão e coleta de espécimes e paisagens naturais, mas ainda a descrição das manifestações culturais, a exemplo das jornadas de intelectuais alemães dedicados à pesquisa folclórica em meio à cultura camponesa. Mais do que visar à execução das músicas, as transcrições eram a única possibilidade de registro, notando-se que, nas canções indígenas, o título é atribuído a partir do nome da festa e do povo: “Bei dem Trinkfest des Coroados” e “Tänze des Puris”.

      Partituras de Gesang der rudernden Indianer in Rio Negro e Der Fischtanz der Indianer in Rio Negro. Johann Baptist von Spix e Karl Friedrich Philipp von Martius. Brasilianische Volkslieder und Indianische Melodien. Musikbeilage zu Dr. v. Spix und Dr. v. Martius Reise in Brasilien.

    • O Kuarup é uma cerimônia fúnebre antecedida de diversas etapas que se prolongam por meses, como a preparação de alimentos e bebidas a serem oferecidas pela aldeia anfitriã, pelas danças, cantos e toque das uruás (longas flautas), pela preparação dos lutadores de huka-huka e pela ornamentação dos troncos de madeira rituais chamados kuarup.

      Cerimônia do Kuarup. Fotogramas. Parque Nacional do Xingu, Mato Grosso, c. 1980. Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa.

    • Cerimônia do Kuarup. Fotogramas. Parque Nacional do Xingu, Mato Grosso, c. 1980. Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa.

    • Cerimônia do Kuarup. Fotogramas. Parque Nacional do Xingu, Mato Grosso, c. 1980. Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa.

    • Ao longo da história colonial, a escravidão dos índios foi abolida várias vezes, contudo a perseguição e as guerras se mantiveram como práticas usuais por parte das forças de governo e por iniciativas particulares. Na capitania do Rio de Janeiro, a presença dos índios Coroados e Puris era a maior ameaça à ocupação portuguesa dos seus sertões, em especial no médio vale do rio Paraíba. No século XVIII, o Diretório Pombalino (1755-1798) se configurou como a expressão mais clara e favorável à liberdade dos índios. Todavia, declarada ou disfarçada, a escravidão indígena perdurou até pelos menos meados do século XIX.

      Portaria do governador da capitania do Rio de Janeiro, Vasco Fernandes César de Meneses, sobre os “índios bravos” da serra de Macaé, que inquietavam os moradores daqueles distritos e tomavam a estrada que vai para os Campos dos Goitacazes. Recomenda ainda a captura de alguns desses indígenas para o “conhecimento daqueles sertões”. Rio de Janeiro, 4 de maio de 1726. Registro original de correspondência dos governadores do Rio de Janeiro, destes com outros e com diversas autoridades.

       

    • Assinada por d. João logo depois de sua chegada ao Rio de Janeiro a ordem de guerra é justificada pelas invasões praticadas pelos Botocudos, sobretudo na área do rio Doce, “onde não só devastam todas as Fazendas sitas naquelas vizinhanças, e tem forçado muitos proprietários a abandoná-las, com grave prejuízo seu, e da Minha Real Coroa; mas passam a praticar as mais horríveis e atrozes cenas da mais bárbara antropofagia, ora assassinando os portugueses, e os índios mansos, por meio de feridas, de que sorvem depois o sangue, ora dilacerando os corpos, e comendo os seus restos”. Em contrapartida a esse cenário o príncipe indica como principais objetivos de futuras políticas a “pacificação, aldeamento e civilização” dos índios. Rio de Janeiro, 13 de maio de 1808.

      Carta régia do príncipe regente que determina a guerra ofensiva contra os botocudos. Rio de Janeiro, 13 de maio de 1808. Junta da Real Fazenda da Capitania do Rio de Janeiro.

    • O governo do Marquês de Pombal introduziu modificações significativas na política indigenista ao expulsar os jesuítas em 1759, eliminando o regime das missões e estabelecendo uma relação direta entre os índios e a sociedade colonial. Previamente ao ato de expulsão, foi baixado, em 1757, o Directorio que se deve observar nas Povoações dos Índios do Pará e Maranhão, que estabelecia, como parte da política de modernização do Estado português, a transformação das aldeias indígenas em vilas e lugares e promovia a miscigenação física e cultural dos índios.

      Diretório, que se deve observar nas povoações dos índios do Pará, e Maranhão em quanto Sua Majestade não mandar o contrário. Lisboa: Officina de Miguel Rodrigues, impressor do Eminentíssimo Senhor Cardial Patriarca, 1758.

    • A Carta do Peru, do rio Amazonas e do Brasil contém, além das indicações topográficas, a distribuição e algumas características dos povos indígenas, tal como identificados pelos que teriam percorrido aquelas regiões. Entre os exemplos, a nação Tapuia, definida como composta de “vários povos diferentes de costumes e língua”, embora a língua guarani fosse compreendida por estes e pelas “outras nações do Brasil”. A autoria da obra, atribuída ao aventureiro espanhol François Coreal, é tida como falsa, um artifício comum no século XVIII, utilizado na publicação de relatos de viagens inventados ou de outros autores. O gênero das viagens alcançava sucesso na Europa e as mesmas narrativas circularam em diversas edições, com diferentes graus de intervenção literária.

      Carte du Perou, du fleuve des Amazones et du Brésil. François Coreal. Voyages de François Coreal aux Indes occidentalles: contenant ce qu'il a vu de plus remarquable pendant son sejour depuis 1666 jusqu'en 1697. Traduits de l 'espagnol avec relation de la Guiane de Walter Raleigh & le voyage de Narborough a la Mer du Sud par le Detroit de Magellan. Traduits de l'anglois. Amsterdam: Chez F. Frederic Bernard, 1722.

    • O naturalista Francis de la Porte, conde de Castelnau (1812-1880), estudou na França com Georges Cuvier, Geoffroy-Saint-Hilaire e Antoine de Jussieu à frente do Museu de História Natural francês. Chega ao Rio de Janeiro em um brigue de guerra trazendo equipamentos científicos tidos como excelentes, iniciando observações botânicas, zoológicas, meteorológicas, a partir do Rio de Janeiro. O grupo se dividiu e uma parte percorreu Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, enquanto outros seguiram até La Paz e Lima, de lá retornando até atingir as cabeceiras do Amazonas, continuando até o Pará. Um dos membros da expedição seria morto por um grupo indígena, ao que se atribui a perda do diário de viagem, registros de observações astronômicas, barométricas, anotações de história natural.

      Les Martyrs (Os martírios). Roches sur l'Araguay (Brésil). Rochas no Araguaia. Litogravura. Francis de la Porte, conde de Castelnau. Expedition dans les parties centrales de l'Amerique du Sud, de Rio de Janeiro a Lima, et de Lima au Para: executée par ordre du gouvernement français pendant les années 1843 a 1847. Paris: Chez P. Bertrand, Libraire-E'diteur, 1850-1857.

    • Engenheiro militar, o francês Blaise François Pagan (1604-1665) dedicou-se ao estudo da matemática, da história, da geografia, da astronomia, chegando a conceber uma teoria dos planetas em 1657 e a publicar um tratado sobre a arte da fortificação. Seu livro sobre o Amazonas, impresso sob o reinado de Luís XIV, não decorreu de uma viagem por ele empreendida e sim de dados coletados junto a outros viajantes, como era comum. O mapa incluído na obra se destaca, sendo considerado um marco da cartografia do Novo Mundo, especialmente da Amazônia no século XVII, por respeitar os princípios da Revolução Científica, fornecendo variáveis do rio, como comprimento e curso, longitude e latitude, sem descurar de assinalar a localização de indígenas pelo território.

      Magni Amazoni in America meridionali. Nova delineati. Blaise François de Pagan, Comte de Merveilles. Relation historique et geographique, de la grande Riviere des Amazones dans l'Amerique. Paris: Chez Cardin Besongne, au palais, dans la Gallerie des Prisonniers, aux Roses Vermeilles, 1656.

    • Essa paisagem com animais híbridos e de expressão humana, com demônios que perseguem e assediam os Tupinambá, é antes de tudo uma manifestação missionária cristã dedicada ao espírito maligno Aygnan ou Anhanga, que atormenta os “selvagens”, traduzindo a convicção de alguns religiosos de que os indígenas ansiavam pela conversão. Esses homens brancos, trajados como europeus, estão na cena como contraponto aos “selvagens”, aos demônios das crenças gentias. Observa-se nesse quadro a permanência e atualização de uma cultura das navegações povoada de seres fantásticos, elementos do bestiário, monstros e, ainda, de uma natureza hostil ou edênica que se impôs em mapas e demais figurações da América.

      Aygnan, esprit malin, tourmentant les sauvages. Jean de Léry. Histoire d'un voyage fait en la terre du Bresil, dite Amerique: contenant la nauigation & choses remarquables, veues sur mer par l'aucteurs. Le comportement de Villegagnon en ce pais la. Les moeurs & façons de viure estranges des Sauvages Bresiliens... 4. ed. reimpr. Genève: Pour les Heritiers d'Eustache Vignon, 1600.

    • Dois cronistas franceses, ao descreverem a terra e os índios, seus costumes e a vida nas aldeais e os conflitos com os colonizadores, testemunham os primeiros anos da colonização e os esforços para a criação da França Antártica. O pastor calvinista Jean de Léry e o frade franciscano André Thevet escreveram duas obras fundantes para os estudos das raízes brasileiras: História de uma viagem feita à terra do Brasil, também chamada América e Singularidades da França Antártica.

      Jean de Léry. Histoire d'un voyage fait en la terre du Bresil, dite Amerique: contenant la nauigation, & choses remarquables, veues sur mer par l'aucteurs. Le comportement de Villegagnon en ce pais la. Les  moeurs & façons de viure estranges des Sauuages Bresiliens... 4. ed. reimpr. Genève: Pour les Heritiers d'Eustache Vignon, 1600. 

      André Thevet. Les singularitez de la France Antarctique. Comme ces sauvages font guerre les uns contre les autres]. André Thevet. Les singularitez de la France Antarctique. Paris: Maisonneuve et Cie., 1878.

    • O Brasil entra no mapa das viagens contemporâneas a partir do seu “redescobrimento” desencadeado pela vinda da corte portuguesa e pelo fim das guerras napoleônicas do primeiro quartel do século XIX. Viajantes de diversas origens e com variados objetivos passam a explorar o território, formando coleções, produzindo narrativas e uma longa série de imagens que vieram desigualmente de amadores, artistas, desenhistas, em aquarelas, gravuras e litogravuras. Saiba mais

       

      Tanz der Puris. Karl Friedrich Philipp von Martius e Johann Baptist von Spix. Reise in Brasilien auf Befehl Sr. Majestat Maximilian Joseph I Königs von Bairen in den Jahren 1817 bis 1820 gemacht und beschrieben. Munchen: Gedruckt bei M. Lindauer, 1823-1831.

    • O naturalista bávaro Karl Friedrich Philipp von Martius (Erlanger, Alemanha, 1794 – Munique, Alemanha, 1868) participou, em companhia do zoólogo Johann Baptist von Spix, da Missão Austríaca que chegou ao Brasil por ocasião do casamento da princesa Leopoldina com o príncipe d. Pedro em 1817. Percorreu diversas regiões da América portuguesa, iniciando pelo Rio de Janeiro, seguindo para Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Piauí, Maranhão e Belém, subindo o rio Amazonas por três anos. Dessas expedições, resultou uma coleção de vinte mil exsicatas, com cerca de 6.500 espécies de plantas, diversos espécimes zoológicos e uma expressiva reunião de artefatos indígenas. Martius produziria uma série de textos sobre o Brasil, incluindo o ensaio premiado em concurso do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro intitulado Como se deve escrever a história do Brasil, entre outros escritos como Frei Apolônio: um romance do Brasil. Herdeiro do naturalista e explorador Alexander von Humboldt e privando do círculo intelectual de nomes como o filósofo e escritor Johann Wolfgang von Goethe, Martius foi o responsável e primeiro editor da obra Flora Brasiliensis, que envolveu diversos governos, inclusive o do Brasil, além de uma série de naturalistas, em uma empreitada somente concluída em 1906.

      Im Porto dos Miranhas, Am Rio Japurá. Karl Friedrich Philipp von Martius e Johann Baptist von Spix. Reise in Brasilien auf Befehl Sr. Majestat Maximilian Joseph I Königs von Bairen in den Jahren 1817 bis 1820 gemacht und beschrieben. Munchen: Gedruckt bei M. Lindauer, 1823-1831.

    • Índios Coroados, do aldeamento de Lontras, Paraná, s./d. Correio da Manhã.

    • Aldeia dos Coroados. Aldea der Coroados. Karl Friedrich Philipp von Martius e Johann Baptist von Spix. Reise in Brasilien auf Befehl Sr. Majestat Maximilian Joseph I Königs von Bairen in den Jahren 1817 bis 1820 gemacht und beschrieben. Munchen: Gedruckt bei M. Lindauer, 1823-1831.

    • Firmiano, identificado como um Botocudo, acompanhou o naturalista Auguste de Saint-Hilaire em suas expedições pelo Brasil por cinco anos, período que durou a viagem empreendida entre 1816 e 1822. Saint-Hilaire foi autor de diversos relatos de viagens como a Segunda viagem do Rio de Janeiro a Minas Gerais e a São Paulo (1822) e Viagem à província de Santa Catarina (1820), entre outros. Retornou a Paris com uma coleção de 24 mil plantas, dois mil pássaros, 16 mil insetos, 135 quadrúpedes e muitos répteis, peixes e minerais. Feito membro da Academia de Ciências francesa em 1830, esteve presente ao debate conduzido então por M. Serres acerca de dois indígenas Botocudos, propondo sua classificação zoológica. Segundo o historiador Marco Morel, Saint-Hilaire pediu a palavra para atestar a inteligência desses seres humanos, que podiam ser não apenas guias, mas verdadeiros coadjuvantes nas expedições, a exemplo de sua convivência com Firmiano. A presença de indígenas nas expedições científicas foi frequente e o conhecimento que detinham do meio natural, objeto de grande interesse também para os naturalistas luso-brasileiros desde o século XVIII. Outros viajantes que iniciaram a exploração do país a partir do século XIX contaram com integrantes indígenas, como o príncipe Maximilien Wied-Neuwied, o barão de Langsdorff e Karl von Steinen.

      Firmiano. Augustin François César Prouvençal de Saint-Hilaire. Voyage dans les provinces de Rio de Janeiro et de Minas Gerais. Paris: Grimbert et Dorez, Libraires Nome: Grimbert et Dorez, Libraires, 1830.

    • Índio Kayabí, nome Piunim, protegido por Orlando Villas-Boas. S/l, .27 de junho de 1957. Correio da Manhã.

    • Steinen, médico alemão nascido em 1855, veio ao Brasil em 1884 e, novamente, entre os anos de 1887 e 1889, sempre para a região do Xingu. É logo após essa primeira vez que publica Pelo Brasil Central – Expedição para a exploração do Xingu. Sobre o Brasil ainda publicaria, em 1892, A língua Bacairi e, em 1894, o livro Entre os aborígenes do Brasil Central, vindo a morrer em 1929. Sua atuação foi de grande influência para a etnologia brasileira, com repercussões teóricas ainda hoje estudadas e que evidenciam sua importância para a história das viagens no final do século XIX, em sua atuação também em etnografia, geografia e linguística. Em Pelo Brasil Central, observa-se ainda a produção da fotografia científica e sua difusão impressa.

      Dr. Karl von Den Steinen und Seine Reisegefährten (Dr. Karl von Den Steinen e seus companheiros). Fotografia tirada no Rio de Janeiro em 1883. Karl von Den Steinen. Durch Central-Brasilien: expedition zur Erforschung des Schingú in jahre 1884. Leipzig: F. A. Brockhaus, 1886.

    • Carta geral da expedição von Den Steinen através do Brasil. Carta especial do rio Xingu. S/l., s/d. Francisco Bhering.

    • In der Bakaïri – Festhütte (Nos Bakaïri – Festa na cabana). Karl von Den Steinen. Durch Central-Brasilien: expedition zur Erforschung des Schingú in jahre 1884. Leipzig: F. A. Brockhaus, 1886.

      Mapa do alto Xingu com a visão geral das tribos mais importantes (Übersicht der Wichtigsten stämme). Karl von Den Steinen. Durch Central-Brasilien: expedition zur Erforschung des Schingú in jahre 1884. Leipzig: F. A. Brockhaus, 1886.

    • Índio Suyá. | Índio Trumai. Karl von Den Steinen. Durch Central-Brasilien: expedition zur Erforschung des Schingú in jahre 1884. Leipzig: F. A. Brockhaus, 1886.

    • Originário de uma aldeia bakairi que teria sido convertida ao catolicismo, Antônio inscreve-se na tradição de uma série de indígenas que participaram como guias das expedições de naturalistas no século XIX como o Botocudo Guack, que acompanhou o príncipe Maximilian Alexander Philip de Wied-Neuwied em sua viagem pelo Brasil entre 1815 e 1817. Fotografado no mesmo registro etnográfico das outras estampas que compõem a obra de Steinen, o subtítulo o singulariza como “nosso guia Antônio”.

      Índio Bakairi Antônio. Karl von Den Steinen. Durch Central-Brasilien: expedition zur Erforschung des Schingú in jahre 1884. Leipzig: F. A. Brockhaus, 1886.

    • Em sua vocação documental, a fotografia torna-se instrumento da investigação científica tal como compreendida no século XIX. Conhecida como ferramenta de identificação policial, passa das séries de suvenires sobre as populações de negros e indígenas brasileiros para a taxonomia das fotografias de gabinetes e publicações. O médico alemão Paul Ehrenreich, também um estudioso de antropologia e etnologia, esteve no Brasil entre 1884 e 1885 visando conhecer os chamados índios Botocudos na província do Espírito Santo. Pouco tempo depois, toma parte na expedição de Karl von den Steinen ao Xingu, de quem se separa, visitando vários outros povoados. Finalmente, em 1888, lidera sua última expedição à região amazônica, valendo-se de roteiro comentado por Steinen para descer o rio Araguaia, como indicam pesquisadores do sítio web O índio na fotografia brasileira. Conhece-se um pequeno número de suas fotografias localizadas em Leipzig.

      Índios Bororo. Paul Ehrenreich. Anthropologische Studien über die Urbewohner Brasiliens vornehmlich der Staaten Mato Grosso, Goyas und Amazonas (Purus-Gebiet): nach sigenen Aufnahmen und Beobachtungen in den Jahren 1887 bis 1889. Braunschweig: Druck und Verlag von Friedrich Vieweg und Sohn, 1897.

    • O contato com os Bororo data do século XVII, intensificado no século seguinte com as bandeiras paulistas e a descoberta de ouro na região de Cuiabá, o que significou uma perda de seu território tradicional e uma redução populacional que ameaçou de extinção um povo que hoje conta com, aproximadamente, pouco mais de mil pessoas, distribuídas por seis terras indígenas demarcadas no estado do Mato Grosso.

      Carte générale de l'Amérique Méridionale en deux grandes feuilles, d’áprés les observations et les cartes spéciales, rapportées du Voyage dans l'intérieur du Brésil, pendant les années 1817-1820. Dediée à Sa Majesté, Le roi de Bavière par les docteurs de Spix et de Martius. Munich, 1825. Karl Friedrich Philipp von Martius e Johann Baptist von Spix. Reise in Brasilien auf Befehl Sr. Majestat Maximilian Joseph I Königs von Bairen in den Jahren 1817 bis 1820 gemacht und beschrieben. Munchen: Gedruckt bei M. Lindauer, 1823-1831.

      Índia Bororo do rio São Lourenço. S/l., 24 de abril de 1946. Correio da Manhã.

    • Índios Bororo-Knaben. Paul Ehrenreich. Anthropologische Studien über die Urbewohner Brasiliens vornehmlich der Staaten Mato Grosso, Goyas und Amazonas (Purus-Gebiet): nach sigenen Aufnahmen und Beobachtungen in den Jahren 1887 bis 1889. Braunschweig: Druck und Verlag von Friedrich Vieweg und Sohn, 1897.

    • Índia e Pajé Bororo. Jarudori, rio Vermelho, Mato Grosso, 19 de janeiro de 1937. Correio da Manhã .

    • Índios Bororo na praia de Copacabana, Rio de Janeiro,11 de janeiro de 1968. Correio da Manhã.

    • Henri Anatole Coudreau foi contratado pelo governo do Pará em 1883 para realizar o levantamento cartográfico dos rios do Estado. Professor de história e geografia, lecionou na Guiana Francesa explorando a região no âmbito do conflito de fronteiras entre a França e o Brasil, conhecido como a “Questão do Amapá” e só resolvido em 1900. Inicialmente uma espécie de aventureiro e geógrafo, Coudreau chegou a apoiar a fundação de “república” anarquista francesa situada entre os rios Araguari e Oiapoque. Das expedições, resultou uma série de livros e relatórios de viagens, em que Coudreau inclui observações sobre povos indígenas da região, como os Karajá, além de difundir imagens das aldeias, realizadas como gravuras sobre fotografias, em alguns casos de autoria de sua mulher que, como fotógrafa, o acompanhou em algumas missões.

      Mulher e criança Karajá. | Grupo Karajá. Henri Anatole Coudreau. Voyage au Tocantins-Araguaya: 31 décembre 1896-mai 1897. Paris: A. Lahure, 1897.

    • D. Alcuino Meyer atuou como missionário beneditino na região do atual estado de Roraima a partir de 1926. Aprendeu o sistema da língua dos Makuxi, o que permitiu que os doutrinasse na língua indígena, fator propício à catequese. Na década de 1940, desenvolveu o trabalho Pequeno ensaio sobre a tribo Pauxiana e sua língua, comparada com a língua Macuxí, editado pelo Arquivo Nacional em 1956. Os originais e as fotografias inclusas encontram-se conservados na instituição.

      Maloca pauxiana no rio Catrimani com o grupo dos índios, seus habitantes. Jorge Salathé 1929-1930. D. Alcuino Meyer. Pauxiana: pequeno ensaio sobre a tribo Pauxiana e sua língua, comparada com a língua makuxi. Diversos - SDH Caixas.

    • Índia Makuxi. Henri Anatole Coudreau. Voyage au Tocantins-Araguaya: 31 décembre 1896-mai 1897. Paris: A. Lahure, 1897.

    • Identificados pelo autor, os alunos do Patronato de São Bento de Calungá, em Boa Vista, no Território Federal do Rio Branco, hoje estado de Roraima, foram numerados de modo correspondente ao seu lugar nos quadros “dos índices das faculdades mentais” produzidos anualmente. Essa abordagem origina-se da antropologia física que, entre as últimas décadas do século XIX e o início do século XX, voltou-se ao estudo das “raças humanas”, partindo de características como volume do cérebro, textura do cabelo e medidas de partes do corpo humano para estabelecer hierarquias, perfis e classificações sociais. Esse determinismo racial incluía diversas populações, entre elas os indígenas, afrodescendentes e imigrantes, e serviu, em larga medida, para justificar políticas de controle e submissão de tais grupos.

      Grupo das educandas maiores das madres beneditinas de Boa Vista no Território Federal do Rio Branco, atual Roraima. Julho-agosto de 1940.

      Índios Makuxi. 3ª geração: Germano de Almeida, neto do tuxaua Ildefonso, filho de Tuxaua José Armando. [1940].

      D. Alcuino Meyer. Pauxiana: pequeno ensaio sobre a tribo Pauxiana e sua língua, comparada com a língua Macuxí. Diversos - SDH – Caixas.

    • Índios Karajá na margem do Araguaia em Goiás,17 de fevereiro de 1937. Correio da Manhã

      Índios Karajá. S/l.,17 de junho de 1960. Correio da Manhã.

    • Índios Karajá. S/l., s/d. Correio da Manhã.

    • Os Guaikurú, conhecidos hoje como Kadiwéu, adotaram o cavalo como meio de transporte e de guerra, o que lhes deu uma hegemonia sobre os demais grupos indígenas da região do Pantanal. Firmaram, em 1791, um tratado de paz com a Coroa portuguesa, no sentido de garantir as terras da região diante das indefinições do Tratado de Madri (1750) sobre os domínios lusos. A participação desses índios na Guerra do Paraguai garantiu-lhes, por parte do governo imperial, as terras em que viviam no Mato Grosso do Sul.

      Campement d'indiens Guaycurus dans une cour du Village d'Albuquerque. Acampamento de índios Guaikurú na vila de Albuquerque. Litogravura. Francis de la Porte, conde de Castelnau. Expedition dans les parties centrales de l'Amerique du Sud, de Rio de Janeiro a Lima, et de Lima au Para: executée par ordre du gouvernement français pendant les années 1843 a 1847. Paris: Chez P. Bertrand, Libraire-E'diteur, 1850-1857.

    • Em 1948, Darcy Ribeiro iniciou suas pesquisas com povos indígenas com sua primeira viagem aos Kadiwéu, na região do Pantanal Matogrossense, sobre os quais escreveu o livro Religião e Mitologia Kadiwéu (1950). Em 1949 e 1951 Darcy esteve com os Urubu-Kaapor, na região do rio Gurupi, fronteira entre Maranhão e Pará. Juntamente com Berta Ribeiro, escreveu Arte plumária dos índios Kaapor (1957).

      Darcy Ribeiro. Religião e mitologia Kadiwéu. Rio de Janeiro: Conselho Nacional de Proteção aos Índios, 1950. 

      Darcy Ribeiro e Berta G. Ribeiro. Arte plumária dos índios Kaapor. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1957.

    • Claude Lévi-Strauss permaneceu de 1935 a 1938 no Brasil como professor da recém-criada Universidade de São Paulo. Nesse período fez pesquisas entre os Bororo e os últimos representantes dos Tupi-Kawahib do rio Machado, relatadas em seu livro Tristes Trópicos, publicado em 1955.

      Claude Lévi-Strauss. Tristes tropiques. Paris: Librarie Plon, c.1955. (Terre humaine civilisation et sociétés. Collection d'études et de témoignages, dirigée par J. Malaurie)

    • Intérieur d'une grande case d'indiens Apinagés. Interior de uma oca dos índios Apinayé. Litogravura. Francis de la Porte, conde de Castelnau. Expedition dans les parties centrales de l'Amerique du Sud, de Rio de Janeiro a Lima, et de Lima au Para: executée par ordre du gouvernement français pendant les années 1843 a 1847. Paris: Chez P. Bertrand, Libraire-E'diteur, 1850-1857.

    • Imagens de índios produzidas em estúdios fotográficos tornaram-se comuns nas primeiras décadas do século XX, e sua circulação em cartões postais evidencia o apelo e o exotismo desses registros.

      Pe’motché. Índio Apinayé do Tocantins, Pará. Cartão postal. Foto Oliveira [Belém]. Assinatura J. Hurley na fotografia refere-se provavelmente a Jorge Hurley, autor do Vocabulário Tupi-Português falado pelos Tembé dos rios Gurupi e Guamá no Pará, de 1931. Correio da Manhã, s/d.

    • Os Kraho (Mehin), os Xerente (Akwé) e os Apinayé são povos indígenas de língua Jê que vivem em territórios localizados no atual estado do Tocantins.

      Índios Kraho, habitantes do vale do Tocantins, 30 de junho de 1955. Correio da Manhã

      Índios Xerente, março de 1959. Correio da Manhã.

    • Índios Menkrangnotí. Serra do Cachimbo, Pará, 20 de junho de 1967. Correio da Manhã.

    • O sertanista Orlando Villas-Boas em expedição que partiu da serra do Cachimbo, chefiada pelo seu irmão, Claudio Villas-Boas, Mato Grosso,13 de novembro de 1957. Correio da Manhã.

    • Nascido no Rio de Janeiro em 1884, o médico, antropólogo, etnólogo, ensaísta, poeta e radialista foi, entre muitas funções, diretor do Museu Nacional. Em 1912, acompanhou Cândido Mariano da Silva Rondon em uma de suas expedições à área compreendida por trechos de diversos estados: Mato Grosso, Amazonas, Pará, Acre e Guaporé (atual Rondônia), entre os rios Juruena e Madeira. Teve, então, contato com as populações indígenas, identificadas como Nambikwára e Paresi, cumprindo um programa de pesquisa que incluiu a gravação em fonógrafo de diversas cantigas. Com a sua morte em 1954, essa imagem voltou a circular na imprensa.

      Gravação de cantigas indígenas por Edgar Roquette-Pinto, 1912. Serra do Norte, Mato Grosso, 1954. Correio da Manhã.

    • Cronistas e viajantes
    • Indígenas e a República
    • Indígenas e a República

      Os índios não devem ser tratados como propriedade do Estado dentro de cujos limites ficam seus territórios, mas como Nações Autônomas, com as quais queremos estabelecer relações de amizade. Cândido Mariano da Silva Rondon, 1910.

      O período entre o final do século XIX e início do XX é caracterizado por uma profunda mudança no cenário brasileiro. A proclamação da República, o crescimento das cidades, as primeiras indústrias e o conhecimento científico apontavam para uma modernização do país. A concretização desse ideal de nação moderna exigia alguns passos: explorar cientificamente vastas áreas desconhecidas, estabelecer a comunicação entre os sertões, consolidar a defesa estratégica das fronteiras do território nacional e contatar os povos indígenas que se configuravam como uma ameaça a esse projeto. Saiba mais

       

      Cândido Mariano da Silva Rondon no marco da fronteira do Brasil com Venezuela, em Cucuí. Ministério da Guerra.

    • Posto militar. Missões Salesianas em Matto Grosso, 1908. Arquivo Afonso Pena.

    • A instauração da República e o fim da aliança entre Igreja e Estado legaram a cada estado sua atuação face às populações indígenas. Alguns mantiveram suas políticas anteriores de entregar a missões religiosas o trabalho de catequese como forma de civilizar os índios. Outros criaram suas próprias políticas indígenas inspiradas nos ideais do positivismo. Em Mato Grosso e alto Rio Negro, a ordem salesiana instalou um complexo institucional de internatos para moças e rapazes Tukano, Bororo e de outras etnias.

      Igreja, colégio e hospital. Missão Salesiana na cidade de São Gabriel, Amazonas. Ministério da Guerra.

    • Missões Salesianas do Amazonas. Prelazia do Rio Negro (1937-50).

      Álbum de homenagem das missões salesianas do Amazonas ao seu grande protetor, presidente Getúlio Vargas.

    • Interior da antiga capela. Prelazia de Taracuá. Missões Salesianas do Amazonas. Prelazia do Rio Negro (1937-50).

    • Missões Salesianas em Matto Grosso, 1908. Arquivo Afonso Pena.

    • A ação evangelizadora se estendia pelos diferentes povos da região do Rio Negro. Missões Salesianas do Amazonas. Prelazia do Rio Negro (1937-50).

    • Povo em procissão. Missão de Tapurucuára. Prelazia de Uaupés, Amazonas. Missões Salesianas do Amazonas. Prelazia do Rio Negro (1937-50).

    • Prelazia do Rio Negro. Missão Salesiana de Juareté, Amazonas. Missões Salesianas do Amazonas. Prelazia do Rio Negro (1937-50).

    • Escola de índios do patronato de São Bento de Calungá em Boa Vista, no Território do Rio Branco. Julho de 1940. D. Alcuino Meyer. Pauxiana: pequeno ensaio sobre a tribo Pauxiana e sua língua, comparada com a língua Macuxí. Diversos - SDH – Caixas.

      Aula no orfanato masculino. Missão Salesiana de Barcelos. Amazonas. Prelazia do Rio Negro (1937-50).

    • Aula de ginástica.

      Meninos na lavoura.

      Missão Salesiana de Pari-Cachoeira, Amazonas. Missões Salesianas do Amazonas. Prelazia do Rio Negro (1937-50).

    • Escola em posto indígena. Fotograma. Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa.

    • Crianças Kaingang na “Escolinha de Arte” implantada pela Secretaria de Educação do Paraná no posto indígena Palmas, 16 de agosto de 1969. Correio da Manhã.

    • Índios Kaingang ou Coroados reunidos na povoação de Platina, município de Campos Novos de Paranapanema, São Paulo, em proteção à ação dos “bugreiros” especializados em exterminar índios, considerados incapazes de serem civilizados e um empecilho ao desenvolvimento econômico de São Paulo e Paraná. 27 de janeiro de 1911. Coleção Fotografias avulsas.

    • Maloca Mararó. Índios Jaminawa e Amuácas, 1913. Rio Amoáca. Alto Rio Juruá.

      SPI. Razões de defesa apresentada à Junta de Sanções Federal por Bento Pereira de Lemos. Comissão de inquérito da inspetoria do Serviço de Proteção aos Índios, 1931. Tribunal Especial.

    • Posto Rio Gregório, índios Curina, 1928.

      Posto Rio Gregório, índios Canamary, 1928.

      SPI. Razões de defesa apresentada à Junta de Sanções Federal por Bento Pereira de Lemos. Comissão de inquérito da Inspetoria do Serviço de Proteção aos Índios, 1931. Tribunal Especial.

    • Missões Salesianas em Matto Grosso, 1908. Arquivo Afonso Pena.

    • Alunos da missão de Taracuá. Missões Salesianas do Amazonas (1937-50). Prelazia do Rio Negro.

    • A Constituição de 1934 foi a primeira a reconhecer os índios como parte da nação e o direito às terras em que “se achem permanentemente localizados”. As constituições seguintes mantiveram menção aos índios e às terras por eles habitadas como “posse permanente e ficando reconhecido o seu direito ao usufruto exclusivo das riquezas e de todas as utilidades nelas existentes” (Emenda Constitucional nº1, 1969). Porém, somente em 1988 foi possível a elaboração de uma Constituição com a participação dos índios e do movimento indígena, o que conferiu aos povos indígenas uma garantia mais clara de seus direitos expressando o respeito à sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, ou seja, o direito à diferença.

      Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. Promulgada em 16 de julho de 1934. Constituições e emendas constitucionais.

    • Cândido Mariano da Silva Rondon, a convite de Getúlio Vargas, presidiu o Conselho Nacional de Proteção aos Índios, órgão de aconselhamento do SPI, de 1939 a 1958. Rio de Janeiro, 16 de agosto de 1940. Agência Nacional.

    • Café Filho no Palácio do Catete. Rio de Janeiro, janeiro de 1955. Agência Nacional

      Raoni Mentuktire, liderança Kayapó, com o presidente Juscelino Kubitschek. Rio de Janeiro, 15 de abril de 1959. Agência Nacional.

    • Presidente João Goulart e Orlando Villas-Boas. Brasília, 9 de fevereiro de 1963. Agência Nacional.

      Presidente Médici recebe lideranças Xavante no Palácio do Planalto. Brasília, 20 de novembro de 1972. Agência Nacional.

    • Ao longo da era republicana, a aproximação dos governantes com os índios expressa, de certo modo, uma formulação de Estado. Durante o Estado Novo (1937-1945), Getúlio Vargas mobilizou o país em uma campanha de integração nacional, a Marcha para o Oeste, em que se procurava dar ao índio um papel de destaque na construção do sentimento de brasilidade e identidade cultural. A Fundação Brasil Central (1942-1967) e as expedições Roncador-Xingu (1943) e Xingu-Tapajós (1948) forneceram as bases para esse projeto criando redes de infraestrutura para a colonização e desenvolvimento do “sertão remoto”. Os irmãos Claudio, Leonardo e Orlando Villas-Boas participaram dessas iniciativas em que os índios, ao se interporem aos projetos do governo, poderiam pôr em risco o êxito da campanha getulista. Saiba mais

       

      Presidente Getúlio Vargas visitou Porto Velho no atual estado de Rondônia em outubro de 1940. Outubro de 1940. Agência Nacional.

    • Getúlio Vargas, acompanhado do ministro do Exército, Eurico Gaspar Dutra, visita o marco inicial da cidade de Nova Xavantina em Mato Grosso, que iria ser construída pela Fundação Brasil Central como parte do projeto de colonização deslanchado no Estado Novo, a Marcha para o Oeste, 25 de maio 1944. Correio da Manhã.

    • Após malogradas tentativas de contato com os Xavante, em 1946, uma turma de atração do SPI, chefiada pelo sertanista Francisco Meireles, conseguiu estabelecer os primeiros encontros amistosos.

      Atração dos índios Xavante às margens do rio das Mortes, Mato Grosso, [1946]. Correio da Manhã.

    • Atração dos índios Xavante às margens do rio das Mortes, Mato Grosso, [1946]. Correio da Manhã.

    • Componentes da turma de atração do SPI montando o rancho e o jirau onde são depositados os brindes para os Xavante, [1946]. Correio da Manhã.

    • O inspetor Francisco Meireles apresenta, na sala da imprensa do Ministério da Agricultura, ao qual o SPI estava subordinado, as “flechas da paz” dos Xavante. Rio de Janeiro, 1951. Correio da Manhã.

    • Indígenas Xavante. Caminhos do progresso. Fotogramas. Superintendência de Desenvolvimento da Região Centro-Oeste, s/d.

    • Em janeiro de 1954, chegavam ao Rio de Janeiro oito índios Xavante, acompanhados por Francisco Meireles, sertanista do SPI que liderara a pacificação da aldeia Xavante, do cacique Apoena, da área do rio das Mortes. A excursão à capital incluiu encontros com o presidente Getúlio Vargas, o Marechal Rondon e o ministro da Agricultura. Rio de Janeiro, 14 de janeiro de 1954. Agência Nacional.

    • Presidente Getúlio Vargas recebe em audiência os índios Xavante no Palácio do Catete. Rio de Janeiro, 14 de janeiro de 1954. Agência Nacional.

    • Claudio e Orlando Villas-Boas, 19 de dezembro de 1957. Correio da Manhã.

    • Noel Nutels, presidente do SPI até a queda do governo João Goulart com o golpe militar de 1964, e os irmãos Orlando e Claudio Villas-Boas, s/d. Correio da Manhã.

    • Adrian Cowell (1934-2011) produziu ao longo de meio século um dos maiores conjuntos audiovisuais sobre a Amazônia. Nessa trajetória, fez registros de personagens fundamentais para a história da identidade brasileira, como os sertanistas Orlando e Claudio Villas-Boas e seu trabalho em defesa dos povos indígenas do Xingu; Apoena Meireles; Raoni, célebre chefe Kayapó; e Takuman, chefe dos Kamayurá (um dos povos do Parque do Xingu).

      Orlando Villas-Boas e Adrian Cowell, 12 de outubro de 1958. Correio da Manhã.

    • O Parque Indígena do Xingu, localizado na região nordeste do estado do Mato Grosso, compreende 2.642.003 ha e é habitado por diferentes etnias. Os povos do alto, situados próximo aos formadores do rio Xingu, se identificam por uma similaridade cultural cultivada pelas trocas, casamentos e rituais intergrupais, predominância do uso do peixe sobre o da carne, entre outros aspectos.

      Índios Kayabi, Reserva Leonardo Villas-Boas, Parque Indígena do Xingu, Mato Grosso, setembro de 1972. Correio da Manhã.

    • Parque Indígena do Xingu. Fotograma. Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa.

       Parque Indígena do Xingu. Mato Grosso, 25 de março de 1956. Correio da Manhã.

    • Parque Indígena do Xingu. Fotogramas. O Homem da Amazônia. s/d.

    • O Centro de Operações Especiais - COE era composto por oficiais e sargentos “imbuídos de destemor na defesa dos ideais pátrios”. O hasteamento da bandeira, sentimento de brasilidade, e o uso de armamento, na defesa contra guerrilheiros, eram tarefas da missão.

      Exercícios do Centro de Operações Especiais (COE) do Exército no alto Xingu, Mato Grosso, 27de outubro de 1961. Correio da Manhã.

    • O apoio do Correio Aéreo Nacional (CAN) e da Força Aérea Brasileira (FAB) foi fundamental para o trabalho do médico-sanitarista Noel Nutels de implantação de unidades volantes de saúde, que atendiam os povos indígenas na prevenção de doenças e em campanhas de vacinação. Graças a essa cooperação, Nutels conseguiu conter a disseminação de tuberculose entre os Karajá da ilha do Bananal (GO) e a epidemia de sarampo entre os índios do alto Xingu. s/d. Correio da Manhã.

    • Batizado do filho do cacique Uataú, ilha do Bananal. 28 de junho de 1960. Agência Nacional

      Juscelino Kubitschek e sua esposa Sarah em cerimônia de batismo no palácio do Catete. Rio de Janeiro, 30 de abril de 1956. Agência Nacional.

    • A Operação Bananal consistia em instalar na ilha do Bananal um centro turístico e de promoção do Brasil Central, composto por hotel, hospital, escola, residência oficial e pista de pouso, que começou a ser construído a partir de 1960 com recursos da Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA). O fundamento que embasa a Operação Bananal remonta aos tempos da Marcha para o Oeste, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, para ocupação da região do vale do Araguaia, situada nas divisas dos estados de Mato Grosso, Tocantins e Goiás. Em agosto de 1940, Vargas encontra os Karajá, da ilha do Bananal, tornando-se o primeiro presidente a visitar a região e os índios. Juscelino Kubitschek também esteve na ilha no intuito de instalar um posto avançado capaz de auxiliar no projeto de integração territorial deflagrado, em seu governo, com a mudança da capital federal para Brasília.

      Professora Silvia Saraiva com meninas Karajá. Aldeia Santa Isabel, ilha do Bananal (Goiás), 10 de junho de 1960. Correio da Manhã.

    • Presidente Juscelino Kubitschek e Nelson de Mello (chefe do gabinete militar da presidência da República) encontram Orlando Villas-Boas em visita a Aragarças (Goiás), 1957. Superintendência de Desenvolvimento da Região Centro-Oeste.

    • Expedição do SPI chefiada pelo inspetor Fernando Cruz, acompanhado do sertanista Fernando Gama, faz contato com os Pakaanova da região do rio Negro, Rondônia.

      Fernando Cruz, chefe da expedição Pakaanova, fevereiro de 1962. Correio da Manhã. 

      Sertanista Gilberto Gama, 9 de março de 1962. Correio da Manhã.

    • Nas décadas de 1970 e 1980, Apoena Meireles trabalhou principalmente com os povos indígenas em Rondônia. Estabeleceu um bom relacionamento com os Cintas-Largas e contatou os Suruí, os Zoró e vários grupos Uruewauwau. Essas populações foram atingidas pelo Polonoroeste, projeto financiado pelo Banco Mundial, cuja espinha dorsal era a BR-364 (Cuiabá-Porto Velho), que fomentou projetos de assentamento, garimpo e agropecuária, provocando, consequentemente, um forte movimento migratório, s/d. Correio da Manhã.

    • Índios Kayapó fotografados pelo servidor do SPI Nilo Veloso no posto indígena Gorotire, [Pará, 1958]. Correio da Manhã.

    • Representantes do povo Xavante visitam o ministro da Justiça Gama e Silva em seu gabinete, [Brasília], 13 de janeiro de 1968. Correio da Manhã.

    • Presidente Médici; vice-presidente Augusto Rademaker; ministro do Exército, Aurélio de Lira Tavares, e do Planejamento, João Paulo dos Reis Veloso; outros membros do governo e índios Karajá, [1969-1974]. Correio da Manhã.

    • Placa de identificação de área indígena. Posto indígena Amambai, 9ª Delegacia Regional, Mato Grosso do Sul. Fotograma. Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa.

    • Tradicionalmente no Brasil, os direitos mais essenciais dos povos indígenas foram contestados e ameaçados pela conjugação de interesses de natureza econômica, administrativa e política. A esses interesses contrapõe-se a resistência indígena, marcada por importantes lideranças como Mario Juruna, Xavante e primeiro índio eleito deputado federal (1983-1987), e o Guarani Marçal de Souza Tupã’i, assassinado em 1983 ao fim de uma luta contra a invasão das terras de seu povo no Mato Grosso do Sul.

      Conferência – 1º Seminário Sul-matogrossense de Estudos Indígenas. Fotograma. Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa.

    • A abertura de grandes vias terrestres cortando florestas e cerrados impactou diretamente a sobrevivência e autonomia de vários povos indígenas. A Transamazônica, apresentada como instrumento de integração da nação, foi construída em áreas onde viviam autonomamente povos como os Parakanã, Araweté e Asurini, e provocou a transferência compulsória de outros grupos indígenas. A rodovia Belém-Brasília (BR-153), também projetada em terras habitadas por índios durante o governo de Juscelino Kubitschek, foi concluída em 1960. Mais de uma década após sua inauguração, durante o governo Médici, foi realizado o asfaltamento da rodovia.

      Placa à beira da Transamazônica (BR-230), no trecho de Jacareacanga, Pará, 30 de janeiro de 1974. Agência Nacional.

    • Inauguração de trecho da Transamazônica ckom a presença do presidente Emilio Garrastazu Médici, 13 de fevereiro de 1974. Agência Nacional.

    • Indígenas e a República

  • Sobre o acervo

    Galeria 1 – Cronistas e viajantes

    O dançarino e o tocador de maracá. Jean de Léry. Histoire d'un voyage fait en la terre du Brésil, dite Amérique. OR 2082 f312

    Cerimônia do Kuarup. G_119_09

    Cerimônia do Kuarup. G_119_06

    Ornamentos e utensílios dos Botocudos. Maximilian Alexander Philipp, prinz von Wied-Neuwied. Voyage au Brésil. OR_1753_13

    Partituras de Gesang der rudernden Indianer in Rio Negro e Der Fischtanz der Indianer in Rio Negro. OR_4614_Bib_Pag_5

    Cerimônia do Kuarup. G_119_16

    Cerimônia do Kuarup. G_119_03

    Cerimônia do Kuarup. G_119_04

    Portaria do governador da capitania do Rio de Janeiro... Registro original de correspondência dos governadores do Rio de Janeiro, destes com outros e com diversas autoridades. Códice 87, v. 2, fl. 206. Secretaria de Estado do Brasil.

    Carta régia do príncipe regente que determina a guerra ofensiva contra os botocudos. Junta da Real Fazenda da Capitania do Rio de Janeiro. Códice 206, vol. 1.

    Diretório, que se deve observar nas povoações dos índios do Pará, e Maranhão.... OR 1988i Bib.

    Carte du Perou, du fleuve des Amazones et du Brésil. François Coreal. Voyages de François Coreal aux Indes occidentalles. OR_1943_71093

    Les Martyrs (Os martírios). Roches sur l'Araguay (Brésil). OR_1912_V2_T2_PTE 7_P10

    Magni Amazoni in America meridionali. Nova delineati. Blaise François de Pagan.... OR_1784_P mapa

    Aygnan, esprit malin, tourmentant les sauvages. Jean de Léry. Histoire d'un voyage fait en la terre du Brésil, dite Amerique…. OR 2082 f299

    Jean de Léry. Histoire d'un voyage fait en la terre du Brésil, dite Amerique.... OR 2082

    André Thevet. Les singularitez de la France Antarctique.... OR 0244.

    Tanz der Puris. Karl Friedrich Philipp von Martius e Johann Baptist von Spix. Reise in Brasilien …. Álbum 86_pl_015

    Im Porto dos Miranhas, Am Rio Japurá. Karl Friedrich Philipp von Martius e Johann Baptist von Spix. Reise in Brasilien …. Álbum 86_002

    Índios Coroados, do aldeamento de Lontras, Paraná. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_04447_113

    Aldeia dos Coroados. Aldea der Coroados. Karl Friedrich Philipp von Martius e Johann Baptist von Spix. Reise in Brasilien …. Álbum 86_pl_009

    Firmiano. Augustin François César Prouvençal de Saint-Hilaire. Voyage dans les provinces de Rio de Janeiro et de Minas Gerais. OR_1155_FOLHA DE ROSTO

    Índio Kayabí, nome Piunim, protegido por Orlando Villas-Boas. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_04445_070

    Dr. Karl von Den Steinen und Seine Reisegefährten. Karl von Den Steinen. Durch Central-Brasilien…. OR_1494_P_2

    Carta geral da expedição von Den Steinen através do Brasil. Carta especial do rio Xingu. Francisco Bhering. BR_RJANRIO_F4_0_MAP_0480_A_m0001; BR_RJANRIO_F4_0_MAP_0480_B_m0001

    In der Bakaïri – Festhütte. Karl von Den Steinen. Durch Central-Brasilien…. OR_1494_P_170

    Mapa do alto Xingu com a visão geral das tribos mais importantes. Karl von Den Steinen. Durch Central-Brasilien…. OR_1494_P_298

    Índio Suyá. | Índio Trumai. Karl von Den Steinen. Durch Central-Brasilien…. OR_1494_P_205 e P_195

    Índio Bakairi Antônio. Karl von Den Steinen. Durch Central-Brasilien…. OR_1494_P_121

    Índios Bororo. Paul Ehrenreich. Anthropologische Studien über die Urbewohner Brasiliens vornehmlich der Staaten Mato Grosso, Goyas und Amazonas (Purus-Gebiet…. OR_1498_P_XIV

    Carte générale de l'Amérique Méridionale en deux grandes feuilles.... Karl Friedrich Philipp von Martius e Johann Baptist von Spix. Reise in Brasilien …. Álbum 86_pl_001

    Índia Bororo do rio São Lourenço. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_04447_043

    Índios Bororo-Knaben. Paul Ehrenreich. Anthropologische Studien über die Urbewohner Brasiliens vornehmlich der Staaten Mato Grosso, Goyas und Amazonas. OR_1498_P_XVIII

    Índia e Pajé Bororo. Jarudori, rio Vermelho, Mato Grosso. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_04447_047

    Índios Bororo na praia de Copacabana, Rio de Janeiro. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_04447_085

    Mulher e criança Karajá. | Grupo Karajá. Henri Anatole Coudreau. Voyage au Tocantins-Araguaya.... OR_1680

    Maloca pauxiana no rio Catrimani com o grupo dos índios, seus habitantes. Jorge Salathé 1929-1930. D. Alcuino Meyer. Pauxiana.... BR_RJANRIO_2H_0_0_80_f093

    Índia Makuxi. Henri Anatole Coudreau. Voyage au Tocantins-Araguaya.... OR_1680

    Grupo das educandas maiores das madres beneditinas.... D. Alcuino Meyer. Pauxiana... BR_RJANRIO_2H_0_0_80_f102

    Índios Makuxi. 3ª geração.... D. Alcuino Meyer. Pauxiana.... BR_RJANRIO_2H_0_0_80_f101

    Índios Karajá na margem do Araguaia em Goiás. Correio da Manhã, 17 de fevereiro de 1937. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_04447_036

    Índios Karajá. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_04447_133

    Índios Karajá. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_04447_170

    Campement d'indiens Guaycurus dans une cour du Village d'Albuquerque. Expedition dans les parties centrales de l'Amerique du Sud, de Rio de Janeiro a Lima, et de Lima au Para.... OR_1912_V2_T2_PTE 7_P21

    Darcy Ribeiro. Religião e mitologia Kadiwéu. ACG 03960

    Darcy Ribeiro e Berta G. Ribeiro. Arte plumária dos índios Kaapor. ACG03965

    Claude Lévi-Strauss. Tristes tropiques. ACG05336

    Intérieur d'une grande case d'indiens Apinagés. Expedition dans les parties centrales de l'Amerique du Sud, de Rio de Janeiro a Lima, et de Lima au Para.... OR_1912_V2_T2_PTE 7_P15

    Pe’motché. Índio Apinayé do Tocantins, Pará. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_04447_023

    Índios Kraho, habitantes do vale do Tocantins. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_04447_016

    Índios Xerente. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_04447_008

    Índios Menkrangnotí. Serra do Cachimbo, Pará. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_04447_150

    O sertanista Orlando Villas-Boas em expedição. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_12084_011

    Gravação de cantigas indígenas por Edgar Roquette-Pinto. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_04447_128

    Galeria 2 – Indígenas e a República

    Cândido Mariano da Silva Rondon no marco da fronteira do Brasil com Venezuela. BR_RJANRIO_OG_0_Fot_001_019

    Posto militar. Missões Salesianas em Matto Grosso. Arquivo Afonso Pena. BR_RJANRIO_ON_0_Fot_0058_p016

    Igreja, colégio e hospital. Missão Salesiana na cidade de São Gabriel, Amazonas. BR_RJANRIO_OG_0_Fot_0001_011

    Missões Salesianas do Amazonas. Prelazia do Rio Negro (1937-50). Álbum 14 Fot 085

    Interior da antiga capela. Prelazia de Taracuá. Missões Salesianas do Amazonas. Prelazia do Rio Negro (1937-50). Álbum 14 Fot 096

    Missões Salesianas em Matto Grosso, 1908. Arquivo Afonso Pena. BR_RJANRIO_ON_0_Fot_0058_p027

    A ação evangelizadora se estendia pelos diferentes povos da região do Rio Negro. Missões Salesianas do Amazonas. Prelazia do Rio Negro (1937-50). Álbum 48 Fot 132

    Povo em procissão. Missão de Tapurucuára. Prelazia de Uaupés, Amazonas. Missões Salesianas do Amazonas. Prelazia do Rio Negro (1937-50). Álbum 14 Fot 48

    Prelazia do Rio Negro. Missão Salesiana de Juareté, Amazonas. Missões Salesianas do Amazonas. Prelazia do Rio Negro (1937-50). Álbum 14 Fot 117

    Escola de índios do patronato de São Bento de Calungá em Boa Vista, no Território do Rio Branco. Julho de 1940. D. Alcuino Meyer. Pauxiana. BR_RJANRIO_2H_0_0_80_f100

    Aula no orfanato masculino. Missão Salesiana de Barcelos. Amazonas. Prelazia do Rio Negro (1937-50). Álbum 14 Fot 017

    Aula de ginástica. Meninos na lavoura.Missões Salesianas do Amazonas. Prelazia do Rio Negro (1937-50). Álbum 14 Fot 158 e 167

    Escola em posto indígena. Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa. G_330_R5_03

    Índios Kaingang na “Escolinha de Arte”. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04447_149

    Índios Kaingang ou Coroados reunidos na povoação de Platina.... Fotografias avulsas. BR_RJANRIO_02_0_Fot_00225_001

    Maloca Mararó. Índios Jaminawa e Amuácas, 1913. Tribunal Especial. Cx 2920_311_F29 maloca

    Posto Rio Gregório, índios Curina e índios Canamary, 1928. Tribunal Especial. Cx 2920_311

    Missões Salesianas em Matto Grosso, 1908. Arquivo Afonso Pena. BR_RJANRIO_ON_0_Fot_0058_p009

    Alunos da missão de Taracuá. Missões Salesianas do Amazonas (1937-50). Prelazia do Rio Negro. Álbum 14 Fot 110

    Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. Promulgada em 16 de julho de 1934. Constituições e emendas constitucionais. BR_RJANRIO_DK_C34_CST_0001

    Cândido Mariano da Silva Rondon.... Agência Nacional. BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_00756­001

    Café Filho no Palácio do Catete. Agência Nacional. BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_4762_001

    Raoni Mentuktire, liderança Kayapó. Agência Nacional. BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_7266_001

    Presidente João Goulart e Orlando Villas-Boas. Agência Nacional. BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_8302_002

    Presidente Médici recebe lideranças Xavante. Agência Nacional. BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_09640_0001

    Presidente Getúlio Vargas visitou Porto. Agência Nacional. BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_00003_034

    Getúlio Vargas, acompanhado do ministro do Exército, Eurico Gaspar Dutra.... Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_18089_207

    Atração dos índios Xavante às margens do rio das Mortes.... Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04445_031 e 058

    Atração dos índios Xavante às margens do rio das Mortes. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04445_028

    Componentes da turma de atração do SPI.... Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04447_059

    O inspetor Francisco Meireles apresenta.... Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04447_057

    Indígenas Xavante. BR RJANRIO_TS.0.FIL.15_02_45346 e  BR RJANRIO_TS.0.FIL.15_03_45344

    Em janeiro de 1954, chegavam ao Rio de Janeiro oito índios Xavante.... Agência Nacional. BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_02987_001

    Presidente Getúlio Vargas recebe em audiência os índios Xavante.... Agência Nacional. BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_02987_004

    Claudio e Orlando Villas-Boas. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_Fot_12084_009

    Noel Nutels, presidente do SPI. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_Fot_12084_012

    Orlando Villas-Boas e Adrian Cowell. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_fot_12084_014

    Índios Kayabi, Reserva Leonardo Villas-Boas, Parque Indígena do Xingu. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_fot_04445_017 e BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04445_016

    Parque Indígena do Xingu. Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa. G119_02

     Parque Indígena do Xingu. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04445_020

    Parque Indígena do Xingu. O Homem 01 e 03

    Exercícios do Centro de Operações Especiais. Correio da Manhã, BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04447_118 e BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04447_120

    O apoio do Correio Aéreo Nacional (CAN) e da Força Aérea Brasileira (FAB).... Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04447_144

    Batizado do filho do cacique Uataú. Agência Nacional. BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_5222_004

    Juscelino Kubitschek e sua esposa Sarah. Agência Nacional. BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_05630_005

    Professora Silvia Saraiva com meninas Karajá. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04447_129

    Presidente Juscelino Kubitschek e Nelson de Mello.... Superintendência de Desenvolvimento da Região Centro-Oeste. Aragarças_ts_fil_23_01_45338

    Fernando Cruz, chefe da expedição Pakaanova. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04447_021

    Sertanista Gilberto Gama. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_04445_040

    Nas décadas de 1970 e 1980, Apoena Meireles trabalhou .... Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04447_069

    Índios Kayapó fotografados pelo servidor do SPI. Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04445_012

    Representantes do povo Xavante visitam .... Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04447_068 e BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04447_158

    Presidente Médici; vice-presidente Augusto Rademaker.... Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_Fot_04420_020

    Placa de identificação de área indígena. Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa. G153_R5_01

    Conferência – 1º Seminário Sul-matogrossense de Estudos Indígenas. Fundação Centro Brasileiro de TV Educativa. G249_R2_02

    Placa à beira da Transamazônica (BR-230), no trecho de Jacareacanga. Agência Nacional. BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_09863_0001

    Inauguração de trecho da Transamazônica. Agência Nacional. BR_RJANRIO_EH_0_FOT_PRP_09876_0001

  • Créditos

    Presidente da República

    Michel Temer

    Ministro da Justiça

    Torquato Jardim

    ARQUIVO NACIONAL

    Diretor-Geral Interino do Arquivo Nacional

    Diego Barbosa da Silva

    Coordenador-Geral Interino de Acesso e Difusão Documental

    Christiano de Carvalho Cantarino

    Coordenador Substituto de Pesquisa e Difusão do Acervo

    Leonardo Augusto Silva Fontes

    Supervisor de Pesquisa para Difusão do Acervo

    Thiago Cavaliere Mourelle

    Coordenadora-Geral de Processamento e Preservação do Acervo

    Adriana Cox Hollós

    Coordenadora de Preservação do Acervo

    Lucia Peralta

    EXPOSIÇÃO

    Curadoria e textos

    Claudia Beatriz Heynemann

    Maria Elizabeth Brêa Monteiro

    Pesquisa de imagens e legendas

    Claudia Beatriz Heynemann

    Denise de Morais Bastos

    Maria Elizabeth Brêa Monteiro

    Viviane Gouvea

    Programação visual

    Sueli Araujo – exposição

    Luciana Peralva - site

    Tratamento de imagens

    Sueli Araujo

    Revisão de texto

    Alba Gisele Gouget (supervisão)

    Maria Cristina Martins

    Raquel Fabio

    Filme Descaminhos

    Ana Moreira – edição e pesquisa de som

    Viviane Gouvea – concepção e pesquisa

    Digitalização de imagens

    Flávio Lopes (supervisão)

    Tecnologia da informação

    Ricardo Almeida Fonseca da Silva

  • Ficha técnica

    A exposição Itinerários Indígenas foi a primeira entre as cerca de 30 mostras já realizadas pelo Arquivo Nacional inteiramente dedicada ao tema dos povos indígenas com acervo da Instituição. A curadoria seguiu os itinerários percorridos por cronistas, religiosos, naturalistas, militares, fotógrafos, antropólogos e administradores, em seu contato com os indígenas aos quais impuseram cartografias, língua, cultura, crenças, leis e, não raro, a violência física. Organizada em dois módulos, a exposição, valendo-se de pesquisa a grandes conjuntos documentais, públicos e privados, compreendidos entre os séculos XVI e XX, articula etnias, rituais, regiões, narrativas de viagens, economia e política. Na sua versão original, a exposição exibia, em vitrines alguns documentos originais que foram, em parte, editados para o formato do site Exposições Virtuais do Arquivo Nacional. Itinerários Indígenas esteve em exibição no espaço do Arquivo Nacional entre 2017 e 2018.

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